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terça-feira, 13 de dezembro de 2022

O açúcar é mesmo um vilão das dietas? Entenda

Endocrinologista explica como o açúcar age no organismo e diferencia os impactos da frutose e da sacarose, subtipos do macronutriente

 

Assim como o carboidrato, o açúcar constantemente é encarado como o vilão da alimentação saudável. O macronutriente é motivo de receio especialmente para quem deseja perder peso. No entanto, muitas das suas propriedades são essenciais ao organismo.

 

Diferentes tipos de açúcar

A Dra. Thais Mussi, endocrinologista e metabologista pela SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) explica que, antes de tudo, é necessário entender como o açúcar afeta o organismo. Além disso, a médica conta que existem dois tipos do macronutriente que são importantes para as funções do corpo: a sacarose e a frutose.

 

O açúcar é fonte de energia, o que o torna uma substância importante para o nosso corpo – especialmente a sacarose, presente nos alimentos refinados. Ela desempenha dois papéis bem interessantes no corpo, que ainda são pouco falados:

 

Colabora para o bom funcionamento do cérebro;

Contribui para a redução do estresse.

“Já a frutose é um açúcar natural presente nas frutas, e também em muitos alimentos processados. Pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardíacas e auxiliar na redução da pressão arterial. Um estudo recente constatou que a frutose desempenha uma função benéfica que pode melhorar inclusive o funcionamento do cérebro de idosos”, conta a endocrinologista.

 

Entretanto, a médica destaca que é preciso estar atento aos exageros. É um erro pensar que, por vir de alimentos considerados saudáveis, não existe problema em consumir a frutose à vontade. “A frutose, como todo açúcar, deve ser consumida com moderação”, reforça a médica.

 

Frutose ou sacarose: qual o melhor?

Você deve estar se perguntando qual a melhor opção de açúcar. Mas, na verdade, essa diferença não é tão significativa do ponto de vista da nutrição, explica a endocrinologista. “A variação entre uma escolha e outra de açúcar fica por conta do paladar de quem consome. Dito isso, o açúcar por si só não é o vilão, mas sim a quantidade e a maneira com que é consumido”, afirma.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/o-acucar-e-mesmo-um-vilao-das-dietas-entenda.phtml - By Redação - Foto: Shutterstock

sábado, 2 de julho de 2022

Açúcar pode prejudicar a fertilidade: 6 motivos para diminuir o consumo


Açúcar pode prejudicar a fertilidade e dificultar o processo de reprodução. Mas, essa é apenas uma das desvantagens que o abuso da substância pode causar em nosso organismo. Não é novidade para – quase – ninguém que esse condimento docinho é extremamente calórico e, quando o ingerimos, ele é rapidamente absorvido pelo organismo e transformado em gordura. Fator que contribui diretamente para o ganho de peso e a obesidade.

 

Açúcar pode prejudicar a fertilidade© Shutterstock Açúcar pode prejudicar a fertilidade

Além disso, essa absorção veloz também interfere no balaço hormonal do corpo e pode causar doenças graves, como o diabetes, por exemplo. Mas, não estamos aqui para relembrar apenas desses efeitos colaterais mais conhecidos. Por isso, reunimos um time de profissionais de saúde, de diversas especialidades, para que eles apontassem outras desvantagens. Açúcar pode prejudicar a fertilidade e muito mais. Confira:

 

1 – Açúcar pode prejudicar a fertilidade

“O consumo excessivo de açúcar pode levar a um processo inflamatório com consequente risco de estresse oxidativo, o que pode lesar o DNA de células germinativas, aumentar a frequência de mutações prejudiciais e desequilibrar a expressão de genes que atuam na reprodução, assim comprometendo o processo reprodutivo”, afirma o Dr Marcelo Sady, pós-Doutor em Genética.

 

2 – Tem potencial cancerígeno

“As células cancerígenas, assim como todas as outras células do organismo, precisam de fontes de energia para sobreviver. Enquanto algumas células retiram essa energia do oxigênio, outras, como as células neoplásicas, utilizam como fonte de energia a fermentação do açúcar. Dessa forma, o açúcar, mais especificamente a glicose, pode impulsionar o desenvolvimento do câncer, já que alimenta as células cancerígenas, que crescem e se espalham pelo organismo”, explica a Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

 

3 – Causa envelhecimento da pele

“A glicação é a relação entre o consumo excessivo de açúcar refinado (carboidratos) e o envelhecimento cutâneo acelerado. Neste processo, a glicose que fica solta no sangue liga-se as proteínas, formando assim os AGEs (produtos finais da glicação avançada). Esses AGEs causam uma desordem tecidual, degradando as fibras de colágeno e elastina e levando à perda da elasticidade da pele, formação de rugas e ao envelhecimento do tecido”, diz a nutricionista Luisa Wolpe Simas.

 

4 – Prejudica a cicatrização

“Como chave dos procedimentos estéticos é o estímulo de colágeno, pacientes com marcadores altos de estresse oxidativo tendem a conquistarem resultados menos expressivos quando submetidos a cirurgias plásticas, além de possuírem mais riscos de sofrerem com problemas de cicatrização e trombose no pós-operatório”, esclarece a cirurgiã plástica, Dra. Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

 

5 – Provoca problemas de circulação sanguínea

“Com a obesidade e a diabetes, cria-se um círculo vicioso no organismo, no qual a obesidade retroalimenta e potencializa os riscos de diabetes e patamares elevados de gordura no sangue, tudo convergindo para uma constante e crescente ameaça à saúde cardiovascular. Além disso, o açúcar pode favorecer o aparecimento de problemas cardiovasculares, causando, por exemplo, o espessamento e o acúmulo de placas de gordura dentro da parede das artérias, com consequente obstrução desses vasos”, alerta o médico cardiologista e geriatra Dr. Juliano Burckhardt, membro do Corpo Clínico do Hospital Sírio Libanês, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

 

6 – Açúcar prejudica a saúde bucal

“Um dos principais problemas nesse sentido é a formação de cáries, que ocorre quando as bactérias da boca metabolizam o açúcar que consumimos, tornando o pH da boca ácido e, consequentemente, provocando a desmineralização do esmalte dos dentes e o aparecimento das cáries. E o pior é que o início dessa ação ocorre poucas horas após a ingestão do açúcar. Além disso, o açúcar também favorece o acúmulo de placa bacteriana que, quando não removida adequadamente, também pode ocasionar gengivite e mau hálito”, alerta o Dr. Hugo Lewgoy, cirurgião-dentista e doutor em Odontologia pela USP.

 

Fonte: https://www.msn.com/pt-br/saude/medicina/a%c3%a7%c3%bacar-pode-prejudicar-a-fertilidade-6-motivos-para-diminuir-o-consumo-em-2022/ar-AARSEnh


Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.

João 16:33


sábado, 4 de junho de 2022

Açúcar escondido nos alimentos: você sabe identificar?


Entenda os diferentes tipos do elemento e suas propriedades nutricionais

 

Estamos cada vez mais em busca de uma alimentação saudável e equilibrada, mas mesmo com o fácil acesso à informação, alguns assuntos ainda são difíceis de serem tratados com clareza. Eu acredito que uma alimentação saudável de verdade é aquela que inclui mais e exclui menos.

 

Não é novidade que, para ter uma alimentação equilibrada, você deve priorizar alimentos naturais, minimamente processados e evitar alimentos ultraprocessados. E quando falamos em processamento de alimentos, entra um tópico muito importante e que vale a pena ser esclarecido: o açúcar.

 

Diferentes tipos

O açúcar é o menor e mais simples carboidrato que existe. O refinado é aquele branco que conhecemos. Ele é processado a partir do melado de cana-de-açúcar, onde recebe uma série de produtos químicos que alteram sua cor e sabor para que ele fique claro e uniforme. Esse processo de refinamento faz com que o produto perca suas vitaminas e sais minerais, o que o transforma em um alimento pobre nutricionalmente. 

Existe também outro tipo de açúcar. Aqueles produzidos naturalmente em alguns alimentos, como as frutas, legumes, leites e laticínios.

 

A confusão

O excesso de açúcar na alimentação aumenta o risco de doenças cardiovasculares e cáries. Aumenta triglicérides, gordura no fígado, peso e obesidade. O problema é que ele passou a aparecer em excesso no dia-a-dia das pessoas e, muitas vezes, sem que elas nem percebam. E esse é dos motivos  pelos quais o Guia Alimentar para a População Brasileira recomenda preferir sempre os produtos naturais e minimamente processados, além de evitar os ultraprocessados.

 

Isso porque o açúcar está presente em muitos industrializados: refrigerantes, sucos, bolachas, pães, biscoitos, congelados, condimentos, conservas etc. Quando falamos em evitar o ingrediente em uma dieta saudável, é sobre esse açúcar adicionado aos alimentos - e não aqueles naturalmente encontrados nas frutas e legumes.

 

Quanto consumir e como identificar?

Os açúcares  têm um limite diário máximo de consumo segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A recomendação é de que no máximo 10% das calorias ingeridas no dia sejam provenientes deles. Vale salientar que as crianças não devem consumir açúcar até os dois anos de idade.

 

O elemento pode ser identificado nos rótulos de alimentos com os nomes açúcar, açúcar invertido, açúcar turbinado, dextrose, dextrina, frutose, glicose, glucose, maltose, maltodextrina, oligossacarídeos, sacarose, xarope glucose-frutose, xarope de milho, entre outros. A lista de ingredientes está sempre em ordem decrescente: o primeiro item é o que tem em maior quantidade no alimento. Na tabela nutricional no rótulo dos alimentos também aparece a quantidade de açúcar por porção, vale sempre dar uma conferida.

 

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/fitness/noticia/2022/03/acucar-escondido-nos-alimentos-voce-sabe-identificar-cl0tv8e1l0054017cbp8fgp34.html -  Paula Mar Pinto - nutricionista


Conceda-te conforme o teu coração e cumpra todo o teu desígnio.

Salmo 20:4


domingo, 14 de novembro de 2021

Conheça 8 riscos do excesso de açúcar no sangue


Junto com a diabetes, muitos outros problemas podem acabar com a saúde de quem exagera no açúcar

 

Em uma certa quantidade, de forma equilibrada, o açúcar é necessário para o bom funcionamento do organismo. Mas, quando passa dos limites, seja por consumo exagerado ou uma deficiência que provoca seu acúmulo, existem sérios riscos do excesso de açúcar no sangue. Veja quais são e aprenda a se cuidar para evitá-los.

 

Riscos do excesso de açúcar no sangue

Praticamente todo mundo sabe que o açúcar em excesso faz mal para a saúde. Mas, diferente do que muitos pensam, não é só porque o açúcar causa diabetes. Essa doença é muito perigosa, pois pode ser a porta de entrada para outras doenças, porém, não é a única preocupação.

 

1. Cáries nos dentes

Esse é o motivo que se dá para as crianças pequenas quando elas insistem em comer muito doces. E é um motivo real. Mesmo escovando bem os dentes, quando se consome muitas guloseimas açucaradas, é mais açúcar em contato com o dente, por cantinhos mais difíceis de alcançar, gerando as cáries.

 

2. Obesidade

O açúcar, quando é digerido e vai para a corrente sanguínea, vira glicose. Se não for absorvido e usado como fonte de energia, começa a ficar acumulado como gordura, levando ao aumento de peso. Portanto, esse risco é maior em pessoas sedentárias, que consomem mais calorias do que conseguem gastar.

 

3. Diabetes

A diabetes tem diferentes causas. Há pessoas que já nascem com a doença, pois têm uma deficiência no metabolismo da glicose. Mas, também pode ocorrer pelo excesso de consumo de alimentos açucarados, inclusive carboidratos e frutas.

 

4. Colesterol alto

Não são apenas os alimentos ricos em gorduras trans e saturadas que aumentam o colesterol. Como o excesso de açúcar acumula gordura no corpo e gera obesidade, logo, ele também é o responsável pelo acúmulo de gordura nas paredes das artérias, levando ao aumento do colesterol, além de outras doenças cardiovasculares, como aterosclerose.

 

5. Gordura no fígado

Da mesma forma que o exemplo do colesterol alto, quando a pessoa começa a engordar pelo excesso de consumo de açúcar, parte dessa gordura fica instalada no fígado. Alguns dos principais sintomas são cansaço crônico, mau hálito, aumento de peso, sudorese, acne e alergias.

 

6. Gastrite

Quem tem gastrite pode ter desenvolvido a doença pelo excesso de consumo de açúcares. Ou, mesmo quando não é essa a causa da gastrite, a pessoa sabe que deve evitar guloseimas, pois elas irritam a mucosa estomacal e pioram os sintomas.

 

7. Gota

A gota é uma doença provocada pelo excesso de ácido úrico no sangue. Uma das causas do excesso de ácido úrico é a frutose, aquele açúcar natural das frutas, muito usado na indústria alimentícia e que você encontra não apenas nas guloseimas doces, mas em bebidas alcoólicas e alimentos industrializados salgados.

 

8. Acne

Principalmente quando o açúcar é combinado com gorduras, faz a pele ficar mais oleosa e, assim, ter acne. Os poros ficam entupidos com o excesso de produção das glândulas sebáceas, e podem inflamar, gerando as desagradáveis espinhas.

 

Artigo com informações de News Medical Life Science

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/riscos-excesso-acucar-sangue/ - por Priscilla Riscarolli


Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.

Efésios 6:11


terça-feira, 24 de agosto de 2021

Entenda como o açúcar em excesso pode arruinar sua saúde bucal


Consumo de açúcar, que cresceu durante a pandemia, segundo pesquisa, está associado a problemas de saúde

 

Comer chocolate, bolo, paçoca e outras guloseimas contendo açúcar, apesar de tentador e prazeroso para muitas pessoas, pode representar um fator de risco aos dentes e também à saúde como um todo, principalmente se não forem tomados os devidos cuidados.

 

O açúcar é presença constante na dieta de quase todos os brasileiros e seus efeitos sobre a saúde nem sempre são conhecidos, mas ele é o responsável pela cárie dentária e outras complicações que não se restringem à boca, como diabetes, problemas cardiovasculares, hipertensão e obesidade.

 

“O açúcar é a causa da cárie dentária, que é uma doença que atinge grande parte da população mundial, independentemente da idade, e que pode levar à perda dentária, afetando a saúde geral do indivíduo”, conta a cirurgiã-dentista Dra. Sofia Takeda Uemura.

 

A cárie é um processo de desmineralização dos dentes, que ocorre quando as bactérias que vivem, normalmente, na cavidade bucal se multiplicam pela presença de resíduos alimentares e produzem ácidos que dissolvem o esmalte do dente, causando lesões cavitadas e dor. Nesse processo, o açúcar é fermentado por essas bactérias, produzindo os ácidos que darão origem à cárie.

 

“Os microrganismos são habitantes comuns na boca de todas as pessoas. Eles vivem entre si em equilíbrio, mas, diante de um consumo frequente de açúcares (especialmente sacarose), ocorre um desequilíbrio na composição dessas bactérias com seleção de microrganismos que têm maior capacidade de produzir ácidos e sobreviver em meio a essas substâncias. Portanto, o grande vilão no processo de desenvolvimento da cárie não é a bactéria; é o açúcar”, explica o Dr. Camillo Anauate Netto, membro da Câmara Técnica de Dentística do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

 

Consumo de doces cresce na pandemia

 

Durante a pandemia de Covid-19, o hábito de consumo de doces se intensificou entre a população brasileira. É o que revela a pesquisa ConVid, estudo feito entre abril e maio de 2020 pela Fundação Oswaldo Cruz em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

 

De acordo com o levantamento, quase metade das mulheres está consumindo chocolates e doces em dois ou mais dias da semana, um aumento de 7% em relação ao consumo observado antes da pandemia. Mais da metade dos entrevistados entre 18 e 29 anos (totalizando 63%) também disseram consumir doces duas vezes ou mais por semana. Um dos fatores para esse aumento no consumo de açúcar é que a pandemia de Covid-19 alterou a rotina dessas pessoas, incluindo sua alimentação, pois boa parte delas aderiram ao sistema de trabalho remoto, passando mais tempo em casa.

 

Reduzir o açúcar e adotar hábitos saudáveis como prevenção

 

A higienização bucal após as refeições, sobretudo quando se trata de alimentos com açúcar, ajuda a evitar o risco de cárie e outras doenças bucais, mas deve estar alinhada ao controle no consumo de doces. Quanto menor for a quantidade de açúcar na boca, maiores são as chances de removê-lo no processo de higienização.

 

“Sabemos que o açúcar na forma sólida ou pastosa tem maior adesão sobre os dentes e é mais difícil de ser removido do que o açúcar líquido, por exemplo. Devemos, portanto, orientar que o paciente faça um consumo moderado e que fique atento para a higienização, não só nas superfícies lisas dos dentes mas também nos espaços interdentais, aguardando trinta minutos após a ingestão do doce”, diz o Dr. Anauate.

 

Alinhado a isso, é fundamental que sejam adotados hábitos alimentares mais saudáveis, evitando assim complicações tanto para os dentes quanto para a saúde em geral. O primeiro passo começa por substituir alimentos industrializados e processados por alternativas mais naturais. Também é importante ter atenção quanto aos rótulos dos produtos que indicam sua composição.

 

“Temos uma ideia errada de que a higiene bucal é a principal arma contra a cárie, mas na realidade a prevenção é uma associação de medidas e a primeira é disciplinar o consumo de açúcar”, diz a Dra. Uemura. “Faça uma dieta equilibrada e nutritiva; limite a frequência de lanchinhos entre as refeições e, quando o fizer, selecione alimentos saudáveis; verifique os rótulos dos alimentos para identificar a presença de açúcar; troque refrigerantes ou sucos industrializados por suco natural sem açúcar ou água e faça consultas periódicas de prevenção e controle ao cirurgião-dentista”, completa.

 

Fonte: https://www.revistanovafamilia.com.br/entenda-como-o-acucar-em-excesso-pode-arruinar-sua-saude-bucal - Redação - Banco de imagem

terça-feira, 8 de junho de 2021

8 sinais que você está comendo muito açúcar

 


Sintomas são muito comuns e podem passar despercebidos; médico explica

 

Estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que os brasileiros consomem 50% a mais açúcar do que deveriam. Isso porque a recomendação é que a ingestão máxima por dia seja de até 50 gramas. Isso equivale a 10 pacotinhos, para se ter uma ideia.

 

Limite de açúcar

Mas como saber se estamos comendo açúcar demais? O nosso corpo dá alguns sinais disso:

 

Cansaço excessivo

Mudanças de humor

Aumento de peso

Acne

Mais vontade de consumi-lo (isso porque ele causa picos de satisfação no cérebro e esse tipo de alimento gera compulsão e dependência)

Falta de concentração

Baixa imunidade

Pressão alta, entre outros, indicam que ultrapassamos o limite.

 

Risco do excesso de açúcar

A lista de problemas de saúde ocasionados pelo excesso deste ingrediente também é grande:

 

Obesidade

Hipertensão

Resistência insulínica

Diabetes tipo 2

Dislipidemias (aumento de colesterol e triglicérides)

Doenças cardiovasculares

Síndrome metabólica (associação de todas as disfunções citadas)

Esteatose hepática (gordura no fígado)

E até câncer.

 

Açúcar mais saudável

Hoje já existem no mercado diversos outros tipos de açúcar que podem substituir o refinado, como o orgânico, mascavo, demerara, cristal, light, mel e açúcar de coco. Seriam eles mais saudáveis?

A resposta é não. Eles são apenas "menos piores", mas o consumo deles não também não está totalmente liberado, por isso, evite abusar.

 

Benefícios do açúcar

Apesar das questões citadas acima, não é preciso cortar totalmente o açúcar da sua rotina. Ele pode sim fazer parte de uma alimentação equilibrada. Afinal, quem resiste a um docinho de vez em quando?

 

Além de ser uma fonte de prazer e nos dar energia, ele também é responsável pela liberação do neurotransmissor serotonina, que traz a sensação de bem-estar. Ou seja, o consumo, além de bom para o organismo, é bom para a mente.

 

Desde que a ingestão seja feita com moderação, não mais do que 50 gramas por dia, e esteja associado a uma vida saudável, na qual não falte o consumo de frutas, verduras, legumes, e nem a prática de alguma atividade física. Nesse contexto, o açúcar não é considerado vilão. O segredo, é manter o equilíbrio.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/35870-8-sinais-que-voce-esta-comendo-muito-acucar?utm_source=news_mv&utm_medium=AL&utm_campaign=9117818 - Escrito por Durval Ribas - Créditos: Dean Drobot/Shutterstock

terça-feira, 13 de abril de 2021

O açúcar não é tão bom para o desenvolvimento do cérebro do seu filho, o estudo sugere


Uma nova pesquisa mostra como o alto consumo afeta o aprendizado, a memória

 

Uma nova pesquisa mostrou em um modelo de roedor que o consumo diário de bebidas adoçadas com açúcar durante a adolescência prejudica o desempenho em tarefas de aprendizagem e memória durante a idade adulta. O grupo mostrou ainda que as mudanças nas bactérias do intestino podem ser a chave para o comprometimento da memória induzida pelo açúcar.

 

O açúcar praticamente grita nas prateleiras da sua mercearia, principalmente nos produtos comercializados para crianças.

 

As crianças são os maiores consumidores de açúcar adicionado, mesmo com as dietas ricas em açúcar associadas a efeitos na saúde, como obesidade e doenças cardíacas, e até mesmo ao comprometimento da memória.

 

No entanto, pouco se sabe sobre como o alto consumo de açúcar durante a infância afeta o desenvolvimento do cérebro, especificamente uma região sabidamente importante para o aprendizado e a memória chamada hipocampo.

 

Uma nova pesquisa liderada por um membro do corpo docente da Universidade da Geórgia em colaboração com um grupo de pesquisa da Universidade do Sul da Califórnia mostrou em um modelo de roedor que o consumo diário de bebidas adoçadas com açúcar durante a adolescência prejudica o desempenho em tarefas de aprendizagem e memória durante a idade adulta. O grupo mostrou ainda que as mudanças nas bactérias do intestino podem ser a chave para o comprometimento da memória induzida pelo açúcar.

 

Apoiando essa possibilidade, eles descobriram que déficits de memória semelhantes foram observados mesmo quando a bactéria, chamada Parabacteroides, foi experimentalmente enriquecida no intestino de animais que nunca haviam consumido açúcar.

 

"O açúcar no início da vida aumentou os níveis de Parabacteroides, e quanto mais altos os níveis de Parabacteroides, pior os animais se saíram na tarefa", disse Emily Noble, professora assistente da Faculdade de Ciências da Família e do Consumidor da UGA que foi a primeira autora do artigo. "Descobrimos que a bactéria sozinha foi suficiente para prejudicar a memória da mesma forma que o açúcar, mas também prejudicou outros tipos de funções da memória."

 

As diretrizes recomendam limitar o açúcar

 

O Dietary Guidelines for Americans, uma publicação conjunta dos Departamentos de Agricultura e de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, recomenda limitar os açúcares adicionados a menos de 10% das calorias por dia.

 

Dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças mostram que os americanos com idades entre 9 e 18 anos excedem essa recomendação, a maior parte das calorias provenientes de bebidas adoçadas com açúcar.

 

Considerando o papel que o hipocampo desempenha em uma variedade de funções cognitivas e o fato de a área ainda estar se desenvolvendo até o final da adolescência, os pesquisadores procuraram entender mais sobre sua vulnerabilidade a uma dieta rica em açúcar via microbiota intestinal.

 

Os ratos juvenis receberam ração normal e uma solução de açúcar a 11%, que é comparável às bebidas adoçadas com açúcar disponíveis no mercado.

 

Os pesquisadores então fizeram com que os ratos realizassem uma tarefa de memória dependente do hipocampo, projetada para medir a memória contextual episódica, ou lembrar o contexto onde eles tinham visto um objeto familiar antes.

 

"Descobrimos que os ratos que consumiram açúcar no início da vida tinham uma capacidade prejudicada de discriminar que um objeto era novo para um contexto específico, uma tarefa que os ratos que não receberam açúcar eram capazes de fazer", disse Noble.

 

Uma segunda tarefa de memória mediu a memória de reconhecimento básico, uma função de memória independente do hipocampo que envolve a capacidade dos animais de reconhecer algo que viram anteriormente.

 

Nessa tarefa, o açúcar não teve efeito na memória de reconhecimento dos animais.

 

"O consumo de açúcar no início da vida parece prejudicar seletivamente o aprendizado e a memória do hipocampo", disse Noble.

 

Análises adicionais determinaram que o alto consumo de açúcar levou a níveis elevados de Parabacteroides no microbioma intestinal, os mais de 100 trilhões de microorganismos do trato gastrointestinal que desempenham um papel na saúde e nas doenças humanas.

 

Para identificar melhor o mecanismo pelo qual a bactéria impactou a memória e o aprendizado, os pesquisadores aumentaram experimentalmente os níveis de Parabacteroides no microbioma de ratos que nunca haviam consumido açúcar. Esses animais mostraram deficiências nas tarefas de memória dependentes e independentes do hipocampo.

 

"(A bactéria) induziu alguns déficits cognitivos por conta própria", disse Noble.

 

Noble disse que pesquisas futuras são necessárias para identificar melhor as vias específicas pelas quais essa sinalização intestinal do cérebro opera.

 

"A questão agora é como essas populações de bactérias no intestino alteram o desenvolvimento do cérebro?" Noble disse. "Identificar como as bactérias no intestino estão afetando o desenvolvimento do cérebro nos dirá de que tipo de ambiente interno o cérebro precisa para crescer de maneira saudável."

 

O artigo, "Táxons microbianos intestinais elevados por açúcar na dieta perturbam a função da memória", aparece na Translational Psychiatry. Scott Kanoski, professor associado da Faculdade de Letras, Artes e Ciências da USC Dornsife, é o autor correspondente do artigo.

 

Os autores adicionais do artigo são Elizabeth Davis, Linda Tsan, Clarissa Liu, Andrea Suarez e Roshonda B. Jones, da University of Southern California; Christine Olson, Yen-Wei Chen, Xia Yang e Elaine Y. Hsiao, da Universidade da Califórnia-Los Angeles; e Claire de La Serre e Ruth Schade da UGA.

 

Fonte: https://www.sciencedaily.com/releases/2021/03/210331130910.htm - Crédito: © schankz / stock.adobe.com

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

5 alimentos para driblar a vontade de comer doces


Em menor escala, a compulsão por açúcar age da mesma forma que o vício por drogas

 

Seja depois do almoço, durante a TPM ou no final de tarde acompanhando o café, a vontade de comer algum docinho sempre surge, não é mesmo? E quando comemos, a sensação de prazer é tão grande que fica difícil controlar o impulso quando a vontade reaparece.

O fato é que embora a vontade de comer doces seja normal e até saudável em todos nós, em algumas pessoas ela se apresenta mais constante e até de forma incontrolável, fazendo com que os ataques à geladeira e o consumo de açúcar comprometam a dieta e a saúde, favorecendo o desenvolvimento de doenças como a obesidade e o diabetes.

 

De acordo com a nutricionista Clarissa Fujiwara, isso acontece porque o açúcar ativa os sensores gustativos presentes na língua que enviam sinais ao nosso cérebro liberando a dopamina, hormônio conhecido por promover a sensação de bem-estar, fazendo com que nosso corpo receba como um sinal de recompensa.

 

Nas palavras de Clarissa, estas áreas são as mesmas que ficam ativas em indivíduos que apresentam vícios por bebida alcoólicas e drogas, por exemplo. Porém, com o açúcar acontece em uma escala bem menor. Mas, quando as áreas de recompensa são ativadas, há o estímulo para a repetição desse comportamento na busca por maior produção de dopamina e assim sucessivamente, desencadeando a compulsão por doces.

 

Mas calma, existem alguns alimentos que promovem a mesma sensação de prazer e podem te ajudar a driblar a vontade excessiva pelos doces, prevenindo a saúde. Confira:

 

Bananas e tâmaras

Segundo Clarissa, tanto a tâmara quanto as bananas são fontes de triptofano, aminoácido essencial necessário para a produção da serotonina (5-HT), neurotransmissor presente no organismo que apresenta diversas funções, sobretudo no sistema nervoso central relacionado à sensação de bem-estar e que atuam positivamente frente ao estresse e a redução da ansiedade. Ambas as frutas apresentam como característica o sabor doce que podem torná-los boas substituições à necessidade de sabor doce proveniente de alimentos com altos níveis de sacarose, o temido açúcar de mesa. Aprenda 14 receitas saudáveis com banana que contém poucas calorias.

 

Canela

A nutricionista aponta que um estudo sugere que a canela pode, em conjunto com outras medidas de controle da glicemia, auxiliar modestamente no controle do nível de glicose no sangue. "A queda abrupta da glicemia pode levar à fome e desejo por mais doces, gerando uma espécie de ciclo vicioso. Quando um indivíduo se alimenta, ocorre elevação do açúcar no sangue, aumentando como resposta os níveis da insulina, que tem como função reduzir a glicemia. Os carboidratos simples, como o açúcar presente nos doces provocam um aumento rápido na glicemia e pico nos níveis de insulina. Consequentemente, essa queda do acentuada da glicemia, ocorrendo até um hipoglicemia e, diante de níveis mais baixos de glicose no sangue, pode haver estímulo à fome e desejo de consumir mais doces, gerando esse no organismo", explica. Estudo afirma que canela ajuda no controle de absorção de açúcar em pacientes com diabetes tipo 2. Saiba mais.

 

Aveia

Clarissa explica que a aveia é um cereal que estimula a saciedade, uma vez que o conteúdo de fibras - melhorando adicionalmente o funcionamento intestinal e a saúde da microbiota intestinal - fazem com que seja digerida mais lentamente, retardando o esvaziamento do estômago e consequentemente levando ao aumento do açúcar no sangue mais lentamente. Adicionalmente, contém vitamina B5 ou ácido pantotênico que atua como cofator para a síntese de serotonina juntamente ao triptofano. Conheça outras 5 razões excelentes para você incluir aveia no cardápio.

 

Oleaginosas

"As sementes oleaginosas como castanhas, amêndoas, nozes e outras sementes, são compostas principalmente por gorduras do tipo insaturadas, que além de serem benéficas à saúde cardiovascular, propiciam como as fibras alimentares, tornando o esvaziamento gástrico mais lento e, portanto, menor pico na glicemia. Uma boa sugestão para ter esse efeito é misturá-las às sobremesas nas versões convencionais que elevariam mais rapidamente a glicemia", sugere Clarissa.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/33734-5-alimentos-para-driblar-a-vontade-de-comer-doces?utm_source=news_mv&utm_medium=AL&utm_campaign=8850411 - Escrito por Heloisa Freitas - Redação Minha Vida - GettyImages

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Mascavo, demerara, de coco: saiba tudo sobre as opções mais saudáveis de açúcar


Nutricionista ensina as principais diferenças e lembra por que o açúcar refinado deve ser restringido em uma alimentação saudável

Um dos alimentos que mais gera dúvidas entre quem busca uma alimentação saudável é o açúcar. Posso utilizar? Devo banir totalmente? Açúcar mascavo ou açúcar de coco? Adoçante é cancerígeno?

Nos últimos tempos, surgiram novas maneiras de introduzir o sabor doce nos pratos e, com isso, é natural ficarmos um pouco perdidos. Vamos começar pelo básico: a forma mais saudável é dar preferência aos alimentos in natura. Seja em chás, cafés, sucos e shakes, o ideal é apreciar o real sabor de cada um.  É preciso adaptar o seu paladar para curtir o sabor doce do próprio alimento, sem adicionar açúcar ou adoçante. Para ajudar no processo, uma dica é utilizar frutas para rechear panquecas, bolos e muffins. Use a criatividade!

Mas, em uma ocasião ou outra, aquele docinho extra faz falta. É quando os diversos tipos de açúcares geram dúvidas sobre qual seria a melhor opção. Porém, seja o mascavo ou o de coco, continua sendo açúcar, certo?

Diferentemente do açúcar refinado, esses tipos possuem nutrientes - um ponto positivo. Lembre-se: quanto mais processado for o açúcar, menos nutrientes contém, tornando-se apenas calorias vazias.

De qualquer forma, todo tipo de açúcar deve ser consumidos com moderação. As melhores opções que encontramos no mercado e que são recomendadas para quem segue uma alimentação equilibrada são as seguintes:

Açúcar mascavo
É o açúcar em uma das formas mais brutas, extraído depois do cozimento do caldo de cana. Como não passa por nenhum tipo de refinamento, apresenta coloração mais escura e sabor mais encorpado, muito semelhante ao da cana-de-açúcar. Pelo mesmo motivo, são preservados nutrientes importantes como o cálcio, o ferro e sais minerais.

Açúcar demerara
Assim como o mascavo, também conserva os nutrientes da cana-de-açúcar. Entretanto, passa por um leve refinamento, mas não recebe nenhum aditivo químico.

Seus grânulos são dourados e grandes e o sabor é levemente caramelado, se aproximando do sabor da cana-de-açúcar. Os nutrientes encontrados no açúcar demerara são muito similares ao açúcar mascavo, sendo uma melhor opção quando comparado ao açúcar refinado.

Açúcar de coco
É produzido a partir do fluído das flores da palma do coco. Não passa por processo de refinamento e adição de conservantes químicos, tem alto valor nutricional e é fonte de ferro e potássio, além das vitaminas B1, B2, B3 e B6.

Embora tenha a mesma quantidade de calorias do que o açúcar refinado, o índice glicêmico do açúcar de coco é mais baixo - por isso, se tornou o queridinho nos últimos anos.

Vale lembrar
O açúcar refinado, o orgânico e o cristal são as forma mais processadas, o que faz com que sejam pobres em nutrientes. Independentemente do tipo de açúcar escolhido por você, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de 25 gramas de açúcar por dia, o que equivale a  6 colheres de chá. Quem busca emagrecimento ou tem diabetes deve evitar qualquer tipo de açúcar.

Procure orientação com o profissional de saúde que acompanha você antes de inserir qualquer alimento à sua dieta.


quarta-feira, 4 de março de 2020

Açúcar, não gordura, é mais responsável por ataques cardíacos


O que podemos aprender da história? O Dr. John Yudkin, professor de nutrição do Queen Elizabeth College de Londres, chegou às manchetes em 1972 quando seu livro “Pure White and Deadly” foi publicado (Branco puro e mortal em tradução livre). A pesquisa de Yudkin o convencia de que não era a gordura que causava ataque cardíaco, mas o açúcar. Então a história provou que ele estava certo? E o açúcar é a principal razão da epidemia atual de doenças cardiovasculares e outros problemas de saúde?

Condenar o açúcar obviamente não deu popularidade de Judkin na indústria açucareira. É triste que tenham sido feitos grandes esforços, mesmo por colegas acadêmicos, para desacreditar seu trabalho. De fato, um pesquisador rotulou seus estudos como “ficção científica”.

Mas Robert Lustig, professor de endocrinologia da Universidade da Califórnia, saudou a pesquisa de Yudkin como “profética”. Ele diz que tudo o que Yudkin escreveu foi “a verdade honesta de Deus” e que o açúcar deve ser rotulado como uma substância tóxica, como tabaco e álcool.

Foi Ancel Keys quem afirmou que sua pesquisa mostrou que a gordura saturada era o principal culpado do ataque coronário. Isso enviou a mensagem de que todos deveriam comer uma dieta pobre em gordura. E também apresentou às empresas de alimentos uma oportunidade de ouro para oferecer aos clientes uma série de iogurtes, sobremesas e biscoitos com baixo teor de gordura.

Mas Yudkin acreditava que havia uma maior associação com ataque cardíaco pelo aumento no consumo de açúcar em vários países do que no consumo de gordura. Afinal, as pessoas comem manteiga há séculos sem ver um aumento nas mortes de artérias coronárias.

Yudkin, no entanto, enfrentou um grande problema. Sua pesquisa foi observacional, não a forte evidência de pesquisa em laboratório. Portanto, não foi até a década de 1980 que várias descobertas deram crédito às teorias de Yudkin.

Estudos revelaram que a frutose, um dos principais carboidratos do açúcar refinado e presente em muitos produtos, é metabolizada principalmente pelo fígado. E que quantidades excessivas de frutose são convertidas em gordura. A glicose, o outro componente do açúcar, encontrado no pão e nas batatas, é queimado (metabolizado) por todas as células.

A história mostra outra tendência importante. No século 18, o açúcar era considerado um luxo caro. De fato, tanto que as caixas de açúcar receberam fechadura e chave! À medida que o açúcar se tornou acessível, seu uso aumentou dramaticamente ao longo dos anos.

Duzentos e cinquenta anos atrás, os britânicos consumiam quatro quilos de açúcar por ano. Em 1972, aumentou para 50 libras por ano. O mesmo vale para o resto do mundo. Na América do Norte, a pessoa média consome cerca de 19,5 colheres de chá de açúcar por dia ou 66 libras por ano. Hoje, estima-se que 68% dos alimentos embalados contenham açúcar adicionado.

Anos atrás, rotulei o açúcar de “diabo branco”. A indústria açucareira novamente não se divertiu e exigiu que a Faculdade de Médicos e Cirurgiões me disciplinasse. Fui obrigado a defender meus pontos de vista perante a faculdade, um processo estressante e demorado. Mas eu não fui disciplinado.

Não mudei de opinião sobre o açúcar. O açúcar adicionado tornou-se parte de tantos produtos que as pessoas desconhecem a quantidade de açúcar que estão consumindo. E de acordo com Robert Lustig e outros especialistas em nutrição, possui qualidades viciantes como álcool e tabaco.

O açúcar também contém calorias. Mas o açúcar é diferente da fibra das maçãs, que tem um efeito de preenchimento. Normalmente, não se deseja uma segunda maçã. Uma lata de refrigerante carregada de açúcar não satisfaz nosso reflexo de fome.

Mas, por mais que eu culpe o açúcar por ser um fator significativo nos problemas nutricionais, o excesso de calorias de todos os tipos é responsável pela epidemia de obesidade, diabetes tipo 2 e mortes coronárias.

No final, somos todos arquitetos de nossas próprias loucuras. Shakespeare estava certo quando escreveu séculos atrás: “A culpa, meu caro Brutus, não está nas estrelas mas em nós mesmos.”.

Portanto, embora a história redima o trabalho de Yudkin sobre Keys, a natureza humana é culpada. A obesidade é freqüentemente autoinfligida. Então, observe, a balança é a resposta. Pise nela todos os dias. Se continuar subindo, perceba que você está comendo muito de tudo. Então fique esperto.

Fonte: https://www.revistasaberesaude.com/acucar-nao-gordura-e-mais-responsavel-por-ataques-cardiacos/ - Dr. W. Gifford-Jones / The Courier Press - Crédito da edição de imagem: The Hearty Soul

segunda-feira, 2 de março de 2020

Estudo sugere possível ligação entre bebidas açucaradas e câncer

Um estudo observacional encontrou uma ligação entre o consumo de bebidas açucaradas e um risco aumentado de câncer. 100ml de bebidas açucaradas por dia foi associado com um risco de 18% de câncer em geral, e um aumento de 22% no risco de câncer de mama. Os pesquisadores especulam que o efeito do açúcar em refrigerantes e sucos de frutas pode estar ligado aos níveis de açúcar no sangue e à inflamação, que estão ligados ao desenvolvimento do câncer. Outros compostos, como aditivos, também podem desempenhar um papel.

Um estudo publicado pelo BMJ hoje relata uma possível associação entre o maior consumo de bebidas açucaradas e um aumento do risco de câncer.

Embora seja necessária uma interpretação cautelosa, os resultados somam-se a um crescente corpo de evidências que indicam que a limitação do consumo de bebidas açucaradas, juntamente com a tributação e as restrições de comercialização, pode contribuir para uma redução nos casos de câncer.

O consumo de bebidas açucaradas aumentou em todo o mundo durante as últimas décadas e está convincentemente associado ao risco de obesidade, que por sua vez é reconhecido como um forte fator de risco para muitos tipos de câncer. Mas a pesquisa sobre bebidas açucaradas e o risco de câncer ainda é limitada.

Assim, uma equipe de pesquisadores sediada na França decidiu avaliar as associações entre o consumo de bebidas açucaradas (bebidas adoçadas com açúcar e sucos de frutas a 100%), bebidas adoçadas artificialmente (dieta) e risco de câncer em geral, além de mama, câncer de próstata e intestino (colo-retal).

Suas descobertas são baseadas em 101.257 adultos franceses saudáveis ​​(21% homens; 79% mulheres) com uma média de idade de 42 anos no momento da inclusão do estudo de coorte NutriNet-Santé.

Os participantes completaram pelo menos dois questionários alimentares on-line validados 24 horas por dia, projetados para medir o consumo habitual de 3.300 alimentos e bebidas diferentes e foram acompanhados por um período máximo de 9 anos (2009-2018).

O consumo diário de bebidas açucaradas (bebidas adoçadas com açúcar e sucos de frutas 100%) e bebidas adoçadas artificialmente (dieta) foi calculado e os primeiros casos de câncer relatados pelos participantes foram validados por registros médicos e vinculados a bancos de dados nacionais.

Vários fatores de risco bem conhecidos para o câncer, como idade, sexo, nível educacional, histórico familiar de câncer, tabagismo e níveis de atividade física, foram levados em consideração.

O consumo médio diário de bebidas açucaradas foi maior nos homens do que nas mulheres (90,3 mL v 74,6 mL, respectivamente). Durante o acompanhamento, 2.193 primeiros casos de câncer foram diagnosticados e validados (693 cânceres de mama, 291 cânceres de próstata e 166 cânceres colorretais). A idade média no diagnóstico de câncer foi de 59 anos.

Os resultados mostram que um aumento de 100 mL por dia no consumo de bebidas açucaradas foi associado com um aumento de 18% no risco de câncer em geral e um aumento de 22% no risco de câncer de mama.

Quando o grupo de bebidas açucaradas foi dividido em sucos de frutas e outras bebidas açucaradas, o consumo de ambos os tipos de bebidas foi associado a um maior risco de câncer em geral. Nenhuma associação foi encontrada para câncer de próstata e colorretal, mas o número de casos foi mais limitado para esses locais de câncer.

Em contraste, o consumo de bebidas adoçadas artificialmente (diet) não foi associado ao risco de câncer, mas os autores advertem que é necessário cautela na interpretação deste achado devido a um nível de consumo relativamente baixo nesta amostra.

Possíveis explicações para esses resultados incluem o efeito do açúcar contido em bebidas açucaradas sobre a gordura visceral (armazenada em torno de órgãos vitais, como fígado e pâncreas), níveis de açúcar no sangue e marcadores inflamatórios, todos ligados ao aumento do risco de câncer.

Outros compostos químicos, como aditivos em alguns refrigerantes, também podem ter um papel, acrescentam.

Este é um estudo observacional, por isso não pode estabelecer causa, e os autores dizem que não podem descartar algum erro de classificação de bebidas ou garantir a detecção de cada novo caso de câncer.

No entanto, a amostra do estudo foi grande e eles puderam se ajustar a uma ampla gama de fatores potencialmente influentes. Além do mais, os resultados foram praticamente inalterados após mais testes, sugerindo que os resultados resistem ao escrutínio.

Esses resultados precisam de replicação em outros estudos de grande escala, dizem os autores.

“Estes dados suportam a relevância das recomendações nutricionais existentes para limitar o consumo de bebidas açucaradas, incluindo suco de frutas 100%, bem como ações políticas, como impostos e restrições de marketing direcionadas a bebidas açucaradas, que podem contribuir potencialmente para a redução da incidência de câncer” eles concluem.