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terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Consumo excessivo de álcool no Carnaval pode prejudicar o coração


Cardiologista explica como essa bebida pode aumentar o risco de infarto, miocardiopatia е AVC

 

Durante o período do Carnaval, é comum observar um aumento significativo no consumo de álcool, muitas vezes associado às festividades e celebrações. Embora a diversão seja uma parte integral dessa temporada, é importante estar ciente dos potenciais impactos negativos que o excesso de álcool pode ter sobre a saúde, especialmente em relação ao coração.

 

Segundo o cardiologista Dr. Roberto Yano, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas é um fator importante para problemas cardiovasculares. “O álcool em excesso pode ocasionar uma série de problemas cardiovasculares. Pode elevar a pressão arterial, aumentar os triglicérides, contribuir para o ganho de peso, facilitar o acúmulo de gordura nas artérias е aumentar, assim, o risco de problemas cardíacos como infarto, miocardiopatia е AVC (Acidente Vascular Cerebral)”, ressalta.

 

Prejuízos do consumo excessivo

O consumo desregrado de álcool pode ser um fator de risco para doenças cardíacas tanto no curto quanto no longo prazo, confirma o Dr. Roberto Yano. “O consumo excessivo e frequente de bebidas alcoólicas pode aumentar a pressão arterial, desencadear arritmias е contribuir para a formação de placas nas artérias, elevando o risco de doenças cardíacas. Além disso, o consumo crônico está associado a condições como a miocardiopatia alcoólica ao longo dos anos”, explica.

 

Danos para quem bebe pouco

Até quem costuma consumir bebida alcoólica em menor frequência pode ser afetado. “Se engana quem pensa ‘um dia não faz mal’; na verdade, em períodos como o Carnaval, em que há um grande consumo de álcool em um pequeno espaço de tempo, também é possível sofrer efeitos, mesmo sendo ocasional. Isso porque o aumento súbito de álcool no sangue pode ocasionar o que chamamos ‘holiday hеart syndromе’, ou síndrome do coração pós-feriado”, esclarece o profissional.

Nessa síndrome, o coração intoxicado pelo álcool gera arritmias cardíacas (dentre a mais comum, a fibrilação atrial), que são potencialmente graves, pois podem instabilizar o coração, sendo em alguns casos necessário realizar até um procedimento médico para reverter o ritmo.

 

Pessoas com problemas cardíacos

Os riscos relacionados ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas no Carnaval são ainda maiores quando se trata de pessoas que já apresentaram problemas anteriores, afirma o Dr. Roberto Yano.

“Para pessoas com condições cardíacas prévias, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas é ainda mais perigoso, podendo agravar arritmias prévias, elevar ainda mais a pressão arterial е aumentar assim o risco de eventos cardíacos. Mesmo assim, os cuidados devem ser os mesmos, seja para quem tem a predisposição ou mesmo para aqueles que sejam previamente sadios”, ressalta.

 

Protegendo o coração

Os riscos relacionados ao consumo excessivo de álcool ao sistema cardiovascular são amenizados com alguns cuidados, principalmente a partir da moderação no uso de bebidas. “A principal medida preventiva é, sem dúvidas, a moderação, evitar ingerir grandes doses de bebidas alcoólicas, principalmente em curtos períodos”, recomenda o médico

“No caso de pessoas com algum fator de risco, é fundamental realizar seus exames preventivos antes do Carnaval; optar por alternativas não alcoólicas e evitar grandes esforços que possam sobrecarregar o coração “, ressalta o Dr. Roberto Yano

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/edicase/2024-02-06/consumo-excessivo-de-alcool-no-carnaval-pode-prejudicar-o-coracao.html - Por Adriana Quintairos - Imagem: Vergani Fotografia | Shutterstock


Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso e busque a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão.

1 Timóteo 6:11


sexta-feira, 6 de outubro de 2023

5 benefícios do café para quem pratica atividade física


Bebida apreciada pelos brasileiros ajuda a potencializar a execução e os resultados dos treinos

 

O café é uma das paixões dos brasileiros. Segundo dados da Organização Internacional do Café (OIC), o país é o segundo maior consumidor da bebida no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Mesmo com a preferência, poucos sabem que a cafeína oferece diversos benefícios para a prática de exercícios físicos, principalmente quando consumida antes do treino. Inclusive, é um verdadeiro estimulante natural para o corpo.

 

“Além da popularidade nas casas brasileiras, o café também é popular no âmbito científico, e são muitas as pesquisas que atestam os benefícios da bebida para a saúde”, comenta Juliana Wood, nutricionista da Sami, operadora de saúde.

 

Por isso, listamos os 5 principais benefícios do consumo de café para a atividade física. Confira!

 

1. Aumenta o desempenho físico

A cafeína é um estimulante para o sistema nervoso central (aumentando o estado de alerta). Por isso, muitas pessoas consomem o café para se manterem dispostas. Isso acontece porque, apesar do efeito temporário, a substância faz as pessoas se sentirem com mais energia, consequentemente, aumentando o desempenho para atividades físicas.

 

2. Queima gordura

De acordo com a nutricionista, o café é um dos poucos alimentos naturais que auxiliam na queima de calorias. Isso porque ele acelera o metabolismo e aumenta os níveis de adrenalina no sangue, melhorando a performance durante os exercícios físicos, como indica um estudo publicado pelo International Journal of Sports Nutrition , que revelou que a ingestão de apenas 3 miligramas da bebida já impacta positivamente o desempenho de atletas.

 

3. Possui efeito antioxidante

O café é uma importante fonte de antioxidante e contém uma série de nutrientes, como vitamina s B2, B3 e B5, magnésio e potássio, fundamentais para o funcionamento do organismo. Isso porque eles ajudam a combater os radicais livres que prejudicam o equilíbrio celular, causando estresse oxidativo, que está relacionado ao envelhecimento e desenvolvimento de doenças. “As propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias [do café] melhoram a circulação sanguínea e ajudam a prevenir doenças cardiovasculares”, comenta a nutricionista Juliana Wood.

 

4. Favorece a recuperação muscular

Alguns estudos sugerem que a cafeína atua como um importante agente para a recuperação muscular, pois facilita a ressíntese de glicogênio muscular (restauração de estoque de glicogênio), reduzindo a dor, aumentando a resistência e evitando a fadiga.

 

5. Melhora o foco e a concentração

Praticar exercícios físicos exige muito foco e concentração, afinal é preciso executar os movimentos com precisão para que eles gerem resultados. Nesse sentido, a cafeína é uma excelente aliada, pois estimula as funções mentais e cognitivas, o que pode ser extremamente útil para pessoas que precisam estar alerta durante as tarefas.

 

Cuidado com o consumo exagerado

É importante consumir cafeína com moderação, pois o exagero pode levar a efeitos colaterais indesejados, como nervosismo, insônia e aumento da frequência cardíaca. Além disso, a resposta a essa substância pode variar de pessoa para pessoa. Portanto, é importante observar como seu corpo reage. Consultar um profissional de saúde também é aconselhável antes de fazer alterações significativas na sua dieta ou consumo de cafeína.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/edicase/2023-10-02/5-beneficios-do-cafe-para-quem-pratica-atividade-fisica.html - Por EdiCase


Adora o SENHOR, teu Deus, e a sua bênção estará sobre a tua comida e água. Tirarei as doenças de entre vós. (Êxodo 23:25)


sábado, 12 de fevereiro de 2022

Este é o número de cafés que deve beber por dia para viver mais anos


Há muito tempo que os especialistas afirmam que o café pode de fato aumentar a longevidade - mas que é necessário ter em atenção a quantidade diária ingerida.

 

Uma equipe de investigadores decidiu analisar os hábitos dos consumidores de café no Reino Unido.

 

Os cientistas estudaram pessoas que não bebiam café, bebedores moderados que consumiam aproximadamente três xícaras por dia, e pessoas que ingeriam mais de três xícaras diariamente.

 

Durante o estudo, que decorreu por um período de 11 anos, os pesquisadores apuraram que aqueles que bebiam três xícaras de café moído por dia tinham um risco 12% menor de morrerem prematuramente - com essa quantidade sendo associada a melhores resultados para a saúde.

 

Além desses indivíduos estarem menos propensos a morrerem mais cedo no geral, os especialistas também descobriram que estavam entre 17 e 21% menos propensos a morrer de doença cardíaca ou vítimas de um acidente vascular cerebral (AVC).

 

Ao longo do estudo, conduzido por médicos da Universidade Semmelweis em Budapeste, na Hungria, e da Universidade Queen Mary em Londres, no Reino Unido, 3,4% dos bebedores de café moderados morreram.

 

Valor que se compara a 3,7% dos que se abstiveram de tomar café e a 4% dos que bebiam mais de três xícaras por dia.

 

No entanto, os especialistas afirmaram que esses resultados incidiam apenas em pessoas que bebiam café moído e não o café instantâneo que se compra no supermercado.

 

De acordo com os investigadores, podem ocorrer resultados distintos com diferentes tipos de café, devido à forma como são processados e os vários produtos químicos que podem ser adicionados durante a cadeia de produção.

 

Por outro lado, pode ainda optar por café descafeinado. Os investigadores apontaram que pessoas que bebem esse tipo de café têm um menor risco de morte em comparação com aqueles que não ingerem café de todo.

 

Tendo em conta os dados apurados relativamente ao consumo de café descafeinado, os especialistas creem que os benefícios para a saúde associados à bebida sejam provavelmente antioxidantes, e não provenientes da cafeína.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1883704/este-o-nmero-de-cafs-que-deve-beber-por-dia-para-viver-mais-anos - © Shutterstock


Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.

Hebreus 4:16


segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Café ou chá: benefícios de cada bebida e quando tomar


Na hora de escolher entre café ou chá, veja o que considerar além do sabor de cada um

 

Em várias partes do mundo as pessoas têm o hábito de tomar café ou chá durante o dia. Essas bebidas têm muita história e fazem parte das mais variadas culturas, inclusive da brasileira. O café faz mais sucesso no Brasil do que o chá, embora ambos sejam muito consumidos.

 

Mas, para escolher qual delas vai fazer parte do seu dia a dia, não basta saber qual é mais popular, e sim quais os benefícios de cada um para a saúde. Só então você poderá escolher se vai tomar café ou chá, e em quais momentos do dia.

 

Benefícios do café para a saúde

O café está presente na cultura brasileira desde os tempos da colonização, por isso é tão popular. As pessoas bebem café logo ao acordar porque essa bebida é estimulante e ajuda a despertar o cérebro.

Quem fuma costuma tomar café porque é uma combinação viciante. E, claro, tem quem goste de tomar café porque acha saboroso mesmo, em suas mais variadas formas de preparo. Seja qual for o seu motivo, veja alguns dos benefícios do café para a saúde.

 

O café é rico em antioxidantes

Os antioxidantes são importantes para prevenir a oxidação precoce das células, causada pelo excesso de radicais livres no organismo. Essa oxidação envelhece e adoece as células, então, o café ajuda a prevenir o envelhecimento precoce.

 

Promove o alívio de dores leves

O café é um vasoconstritor, por isso, ajuda a aliviar a dor de cabeça, combater as inflamações e a sobrecarga muscular, principalmente no pescoço e ombros. É por isso, também, que existe cafeína na composição dos remédios para dor de cabeça.

 

Ajuda na atenção e no foco

É bem comum que quem está precisando focar e se concentrar no trabalho ou nos estudos faça uso do café, pois, além de despertar o cérebro, a bebida contribui para manter a atenção e foco na atividade.

 

Quando tomar e quando evitar?

O café deve ser tomado com cuidado, sem exagero, pois em excesso pode fazer mal. Adultos saudáveis podem tomar até 4 xícaras ao dia, mas evitando logo após as refeições, pois o café atrapalha a absorção de alguns nutrientes, como as proteínas vegetais.

Deve ser evitado horas antes de dormir, já que a cafeína pode prejudicar a qualidade do sono. As gestantes também devem consumir com cuidado, dando preferência para o descafeinado, já que o café em excesso pode prejudicar o bebê.

Outro cuidado é não tomar café junto com medicamentos, principalmente antidepressivos, para controle da tireoide e para osteoporose, pois a bebida pode interferir no efeito dos remédios.

 

Benefícios do chá para a saúde

Na hora de escolher entre café ou chá é legal saber que eles têm uma coisa em comum: a cafeína. Não são todos os chás que contêm essa propriedade, mas ela está presente em todos os chás provenientes da planta Camellia sinensis, da qual se extrai os chás verde, preto, branco, azul e mate.

É importante saber disso, pois os efeitos da cafeína são os mesmos, seja no café ou chá. Logo, são iguais os cuidados que você deve ter ao consumir café com cafeína ou algum desses chás com cafeína. Mas, claro que existem os benefícios, que vão variar de acordo com as propriedades da planta que você escolher para fazer chá.

 

Chá de hortelã traz muitos benefícios

O chá de hortelã é um dos mais tradicionais, encontrado com facilidade nos mercados e para colher no quintal. Esse chá é bom porque:

 

Ajuda a reduzir os espasmos da dor de estômago;

Alivia enjoos e vômitos;

Alivia a prisão de ventre;

Estimula a circulação do sangue;

Tem ação anti-inflamatória;

Age como antibacteriana;

Fornece efeitos antioxidantes para proteger as células;

Estimula a produção da bílis do fígado.

 

Os benefícios do chá verde

O chá verde contém cafeína e, por isso, deve ser tomado com mais cuidado. Por outro lado, ele oferece muitos benefícios à saúde, tais como:

 

Ação antioxidante que protege as células;

Melhora do colesterol bom junto com uma dieta saudável;

Estimula o cérebro, por causa da cafeína;

Ajuda no controle dos níveis de glicose;

Acelera o metabolismo, contribuindo com a perda de peso;

Tem vitaminas que ajudam a fortalecer o sistema imune.

Os chás são reconfortantes

 

Como existe uma variedade quase infinita de chás, suas propriedades são igualmente variadas. Mas, uma sensação que todos os chás promovem é do conforto e do relaxamento.

Até mesmo os chás estimulantes com cafeína são capazes de trazer alívio a uma pessoa que está muito cansada ou com alguma dor. Isso se deve não apenas às propriedades, mas ao hábito cultural de tomar chá quente para se sentir melhor.

 

Quando tomar e quando evitar?

Os chás mais comuns, como hortelã, camomila e erva-doce, podem ser tomados algumas vezes ao longo do dia.

Mas, os chás com cafeína devem ser tomados com o mesmo cuidado do café com cafeína, sendo evitados em casos de gravidez e perto da hora de dormir, principalmente por quem já tem dificuldades no sono.

Outros chás mais específicos para tratar problemas de saúde devem ser tomados com recomendação médica e por um tempo determinado, sempre pesquisando se existe algum grau de toxicidade antes de ingerir.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/cafe-ou-cha/ - por Priscilla Riscarolli


O que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra.

Provérbios 21:21


terça-feira, 2 de novembro de 2021

Por que os energéticos podem ser perigosos para o coração?


Entenda como a bebida pode afetar sua saúde cardiovascular

 

Sabe aquele momento em que você sente que precisa de uma dose extra de energia para dar conta da sua programação de atividades? O problema é que nem sempre a saída escolhida para esse caso é saudável ou benéfica para o organismo. E parte disso tem a ver, especialmente, com o exagero ou combinações perigosas de certos produtos.

 

É neste ponto que entram os energéticos que, como o próprio nome já diz, são bebidas que prometem fornecer mais energia em apenas alguns goles. Facilmente encontrado na prateleira dos estabelecimentos comerciais, o produto reúne substâncias que estimulam o metabolismo e colaboram para aumentar os níveis de disposição física e mental. Por exemplo, a cafeína, presente neste tipo de bebida, é um psicoestimulante, ou seja, um estimulante que age no sistema nervoso central.

 

Nos primeiros 45 minutos após a ingestão, de modo geral, há um pico da substância na circulação sanguínea, deixando o indivíduo mais alerta, atento e concentrado. O produto ainda ajuda a reduzir a sensação de cansaço, sono e fadiga mental. Porém, o efeito da cafeína começa a baixar com o passar do tempo e surge, então, a necessidade de repetir a dose - e aqui devemos acender o sinal de alerta.

 

Cafeína: mocinha ou vilã?

Em doses adequadas, é possível que a cafeína faça bem à saúde, inclusive ao coração. Mas, em excesso, ela se torna prejudicial. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a substância pode ser consumida, desde que de forma moderada, mesmo por hipertensos. Suas propriedades antioxidantes, por exemplo, eliminam os radicais livres e ajudam na resposta do sistema imunológico.

Como saber, então, a quantidade que estamos consumindo? A estimativa é que uma lata de 250 ml de energético tenha aproximadamente 80 a 90 mg de cafeína (o consumo recomendado para adultos é de até 400 mg por dia). Há, porém, algumas bebidas que chegam a ter, de cafeína, o equivalente a seis xícaras de café. Em um breve comparativo: uma xícara de café de 30 ml tem aproximadamente 35 mg da substância.

Assim, quando alguém consome energéticos excessivamente pode estar se colocando em risco. Estudos demonstram que a associação entre a ingestão deste tipo de bebida e os consequentes efeitos sobre arritmias atriais e ventriculares está diretamente relacionada à quantidade.

 

Cafeína e o coração

Devido ao seu poder estimulante, a cafeína promove a liberação de hormônios de excitação, como a adrenalina e noradrenalina, que favorecem o aumento da pressão arterial, da frequência cardíaca e promovem a vasoconstrição.

Por isso, as principais complicações cardiovasculares decorrentes do uso excessivo dos energéticos são os picos hipertensivos, irritação do músculo do coração (miocárdio) e as arritmias. A consequência do quadro em longo prazo - e se mantido o consumo excessivo regular - é uma possível sobrecarga no coração e um maior risco de infarto, especialmente quando já há algum tipo de suscetibilidade para doenças cardiovasculares.

A ingestão de cafeína em altas doses por períodos prolongados pode causar ainda superexcitação, insônia, ansiedade, nervosismo, inquietação, dor de cabeça, irritação do estômago, náuseas, vômitos, piora em quadros de gastrite, desconforto intestinal, tremores, diurese, convulsões, entre outros efeitos, que envolvem até a intoxicação aguda pela substância.

 

Ingredientes além da cafeína

Existem no mercado muitas marcas de energéticos, cada qual com sua própria composição. No entanto, a base da formulação consiste na presença de taurina e açúcar, além da cafeína.

A taurina é um aminoácido sintetizado no fígado e cérebro, que trabalha na regulação dos níveis de água e sais minerais do sangue. Seu papel nas bebidas energéticas é contrabalancear os efeitos da cafeína, isso porque melhora o receptor de GABA, um neurotransmissor que promove o relaxamento e diminui a euforia.

Já o açúcar, a principal fonte de energia destes produtos, quando em excesso no corpo, pode ser prejudicial à saúde, sobretudo para pessoas com (ou com tendência) a diabetes, um dos fatores de risco para o sistema cardiovascular. A ingestão de altas doses de açúcar causa picos de glicemia e, em seguida, pode trazer uma exaustão maior do que a sentida antes do seu consumo.

A grande quantidade de açúcar aumenta ainda a possibilidade de danos aos dentes e à saúde bucal, além de contribuir para o sobrepeso e a obesidade - também pontos de alerta para problemas cardíacos.

Normalmente, essas bebidas apresentam de 10 a 30 g de açúcar por 250 ml, a depender da marca - considerando as do tipo padrão, ou seja, excluindo as versões com redução de açúcar ou sugar free. As versões sem açúcar, por sua vez, contêm adoçantes artificiais, mas continuam a ter substâncias estimulantes e, portanto, não são isentas de riscos.

 

Combinação perigosa

Se não bastassem os riscos inerentes ao produto sozinho, o cenário fica ainda mais preocupante quando o energético vem acompanhado de uma bebida alcoólica. A mistura pode se tornar uma bomba relógio no sistema cardiovascular. Caso a pessoa já tenha uma doença cardíaca, como arritmias e doença arterial coronária, o cuidado deve ser redobrado. O álcool por si só já acelera os batimentos e faz subir a pressão arterial - e com o energético, os efeitos são potencializados.

Outro agravante: de modo geral, a combinação permite, inclusive, que o indivíduo tolere uma quantidade de álcool muito maior do que o normal. Isso gera uma confusão que precisa ser esclarecida. Alguns acreditam que, ao ingerir cafeína com uma bebida alcoólica, o impacto estimulante da substância neutraliza a ação depressora do álcool. Porém, isso não é verdade!

Como vimos, a cafeína apenas diminui a sensação de sonolência causada pelo álcool, mas não seus efeitos. Ou seja, altos níveis de cafeína mascaram e reduzem a percepção da embriaguez. Ademais, tanto a cafeína quanto o álcool são diuréticos. Eles estimulam o organismo a eliminar líquidos e aumentam o fluxo urinário. Com isso, podem levar mais facilmente à desidratação.

E aqui vale mais um alerta: jovens também podem ter uma doença cardíaca muitas vezes de forma silenciosa, não diagnosticada nos exames de rotina, assintomática e que, em grande parte dos casos, só se manifesta quando o coração é estimulado. E como nem sempre uma arritmia ou outros problemas no órgão dão sinais claros, as chances de uma parada cardíaca e até mesmo uma morte súbita são uma realidade com o abuso do consumo de energéticos.

 

Outros efeitos que merecem atenção

Como dito anteriormente, as bebidas energéticas podem trazer problemas e distúrbios do sono, como a insônia, que afetam diretamente a qualidade de vida. E dormir bem é fundamental para a saúde cardiovascular. É o momento em que os batimentos cardíacos são reduzidos, assim como a pressão arterial, o que permite ao organismo compensar energia.

Quando dormimos mal, pode ocorrer um aumento da pressão, amplificando o trabalho do coração e a possibilidade de aparecimento da doença coronária. Noites mal dormidas geram também cansaço, estresse e irritabilidade, estimulando a liberação de cortisol - hormônio que age no controle da pressão. Com tudo isso misturado, os riscos são, portanto, ainda maiores!

 

Consumir ou não consumir?

Falar do consumo de energéticos é importante para desmistificar a relação da bebida como algo bom para a saúde. Não é difícil encontrar ações de marketing e publicidade que associam o produto com vitalidade, esportes e atividades saudáveis, especialmente aquelas que envolvem adrenalina.

Apesar de ser regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ter respaldo em pesquisas e padrões internacionais, é preciso tomar cuidado, já que há riscos e efeitos negativos para o organismo, principalmente em caso de consumo exagerado. Uma opção é a utilização de energéticos 100% naturais, mas sempre buscando a moderação e não o uso frequente. Sintomas recorrentes de fadiga, cansaço, sono e falta de concentração, por exemplo, devem ser investigados e tratados.

Generalizar e dizer o quanto de cafeína ou de energético cada pessoa pode ingerir por dia pode ser perigoso, pois cada um tem um metabolismo e reações distintas ao consumo. A recomendação é que crianças, gestantes, mulheres que estão amamentando, idosos e portadores de enfermidades (como diabetes, pressão alta, arritmias, doenças do coração ou úlceras no estômago) evitem o produto e procurem orientação médica antes de optar por sua ingestão.

Os energéticos também não são indicados para quem sofre de insônia, ansiedade, enxaqueca, zumbido e labirintite, já que pode piorar os sintomas. Entram ainda nesse grupo aqueles que fazem uso de alguns antidepressivos. Portanto, esteja sempre em dia com seus exames de rotina e busque a opinião de um especialista antes de consumir o produto.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/38117-por-que-os-energeticos-podem-ser-perigosos-para-o-coracao - Por Dr. Paulo Chaccur


Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei.

Gálatas 5:22-23


domingo, 26 de setembro de 2021

3 Líquidos que cães podem beber e 6 que não podem


Além da água, veja o que é seguro oferecer ao seu cão, e o que não deve oferecer, mesmo que ele queira experimentar

 

Os cachorros não precisam tomar nada além de água. Aliás, a água potável deve ser a bebida principal que o cão precisa tomar, pois é o que vai deixá-lo hidratado de forma segura. Mas, mesmo assim é interessante saber o que pode acontecer caso o cão tome outra bebida. Veja, a seguir, quais são os líquidos que os cachorros podem e não podem beber, pela segurança da saúde deles.

 

Suco de fruta natural e sem açúcar adicionado

Pode. De vez em quando você pode fazer um suco natural para seu cachorro, com frutas como kiwi, maçã, manga, melancia, morango e pera, que ele pode consumir sem risco. Use apenas a fruta e água, sem adicionar açúcar nem adoçante.

 

Água de coco

Pode. Assim como é para os humanos, a água de coco é uma bebida muito nutritiva para os cães, servindo para hidratar e como fonte de nutrientes. Não deve substituir a água, mas você pode oferecer uma água de coco pura e geladinha para seu pet nos dias de calor.

 

Chás

Pode. Mas, só os chás que não contêm cafeína, como camomila e hortelã. Se for oferecer um chá para seu cão, não adicione açúcar, adoçante nem qualquer outro ingrediente para adoçar. Além disso, cuidado com a temperatura. O chá deve estar frio.

 

Não ofereça ao seu cão chás que possuem cafeína, como chá verde, preto, branco, oolong e chá mate. A cafeína pode causar intoxicação e outros problemas nos órgãos internos do cão.

 

Café

Não pode. Pelo mesmo motivo dos chás com cafeína, seu cão não deve tomar café, nem mesmo o descafeinado.

 

Leite

Não pode. Por mais que seja comum oferecer leite para cães filhotes que não são amamentados pela mãe, essa bebida não é recomendada pelos veterinários. O motivo é o mesmo que para os humanos: para alguns cães, as proteínas do leite podem fazer mal, causando dor de barriga, gases, inchaço abdominal e diarreia. Além disso, nenhum derivado de leite é recomendado.

 

Refrigerantes

Não pode. O organismo dos cães não precisa de refrigerante, pois essa bebida tem excesso de açúcar, não tem nutrientes e o gás pode causar dor de estômago e gases no cão. Além do mais, as bebidas de cola (Coca-Cola e Pepsi) têm cafeína.

 

Gatorade

Não pode. Essa bebida pode parecer bem refrescante e saudável, mas não para o seu cão. Bebidas como Gatorade e outros suplementos vitamínicos podem ser uma dose exagerada de nutrientes para os cães, principalmente se tomarem demais. Então é melhor evitar antes que seu cão precise de cuidados médicos.

 

Bebida alcoólica

Não pode. Essa nem precisa falar que é muito prejudicial para o cão, ainda que em pequena quantidade. Não faça essa maldade com seu cachorro, nem de brincadeira. O álcool é muito prejudicial para o organismo do cão, assim como é para os humanos, sem contar na sensação de confusão que ele vai ter, caso fique embriagado.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/3-liquidos-que-caes-podem-beber-e-6-que-nao-podem/ - por Priscilla Riscarolli

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

8 benefícios do vinho para a saúde


O consumo moderado da bebida pode causar impacto positivo na saúde do corpo e da mente

 

Uma das bebidas mais antigas do mundo, o vinho faz parte da rotina alimentar de muitas pessoas. Popular em países europeus e sul-americanos, como Chile e Argentina, ele vem ganhando cada vez mais espaço entre os brasileiros - que aumentam seu consumo a cada ano.

 

Além de seu sabor marcante, que varia de acordo com a data de produção e tipo de uva utilizada na fabricação, o vinho é conhecido por conter propriedades benéficas para o corpo e mente.

 

"Isso se deve mais especificamente ao polifenol chamado de resveratrol, presente nas cascas das uvas tintas, que tem mais influência sobre nosso corpo, especialmente no que diz respeito à formação do colesterol bom", explica a nutricionista Greice Carolina.

 

Para usufruir de todas essas vantagens, é necessário fazer o consumo moderado da bebida: no geral, os especialistas recomendam uma taça de vinho (200 ml) por dia para mulheres e até duas para os homens. Lembrando que o consumo excessivo de álcool pode acarretar em diversos riscos para a saúde.

 

Antes de incluí-lo na dieta, é preciso garantir que não haja complicações ou condições específicas que impeçam a ingestão da bebida. Por isso, é sempre importante fazer exames de check up regularmente. Confira a seguir oito benefícios do vinho para a saúde:

 

Protege o coração

Uma série de estudos feitos no mundo todo já indicaram que o vinho pode ajudar a prevenir a aparição de doenças cardíacas, auxiliando no controle da pressão arterial e do colesterol. Segundo uma pesquisa realizada pela Barts and the London School of Medicine e a Queen Mary University, em Londres, os antioxidantes presentes na bebida inibem a produção de camadas gordurosas nas paredes das artérias.

 

Evita o ganho de peso

Uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Washington, nos Estados Unidos, revelou que beber vinho antes de dormir pode auxiliar na perda de peso durante o sono. Isso ocorre devido ao resveratrol (polifenol), presente principalmente na casca e semente da uva tinta.

"Os polifenóis em frutas aumentam a oxidação de gorduras na dieta de modo que o corpo fica sobrecarregado. Converter gordura branca em gordura marrom auxilia na queima de lipídios e ajuda a manter o corpo em equilíbrio, prevenindo a obesidade e disfunção metabólica", comentou Min Du, professor e cientista que liderou o estudo.

 

Mantém a pele jovem

O vinho também pode ser um aliado da beleza. Um estudo da Universidade de Exeter, na Inglaterra, descobriu que a bebida, assim como o chocolate amargo e o mirtilo, possui propriedades que ajudam a evitar o aparecimento de rugas.

Através de um composto chamado flavonoide, conhecido por seu efeito antioxidante e anti-inflamatório, o vinho promove o rejuvenescimento das células mais velhas, alterando seu comportamento. A quantidade recomendada é de uma taça de vinho para mulheres e até duas para homens por dia.

 

Aumenta a libido

Segundo uma pesquisa feita pela Universidade de Florença, na Itália, com 800 pessoas que se identificaram como mulheres, o vinho pode ajudar a ativar o desejo sexual feminino. As participantes do estudo foram submetidas a um questionário, respondendo questões ligadas ao consumo da bebida, rotina e saúde sexual.

Os resultados indicaram que mulheres acostumadas a beber uma ou duas taças de vinho por dia apresentam um desejo sexual maior em comparação às participantes que não consomem nenhuma dose da bebida.

 

Reduz o diabetes

Além de auxiliar na perda de peso, o resveratrol pode ajudar na diminuição dos níveis de glicemia, fazendo com que ocorra uma melhora na secreção pancreática de insulina. "O principal mecanismo envolvido nesse processo está relacionado à sua capacidade em ativar proteínas de controle presentes no interior da célula, como a sirtuína 1 (Sirt1) e a proteína quinase ativada por AMP (AMPK)", contou a nutricionista Maria Cláudia, em entrevista prévia ao Minha Vida.

 

Diminui dores articulares

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, revelou que os polifenóis, grupo do qual o resveratrol faz parte, também possuem capacidade analgésica, principalmente em pacientes vítimas de artrite. Os efeitos analgésicos, ainda que em baixa quantidade, devem-se às características anti-inflamatórias da substância.

 

Melhora a digestão

O vinho é considerado um dos melhores acompanhamentos na hora da refeição. Além do seu sabor que complementa diferentes tipos de pratos, a ingestão da bebida pode ser de grande ajuda para o sistema digestivo.

"Quando se ingere a bebida junto aos alimentos, diminui-se muito o volume de radicais livres na circulação sanguínea durante a digestão. E é justamente neste período que a quantidade de gorduras circulantes é maior. Com isso, há menos chance delas serem oxidadas pelos radicais livres, que acarretaria na formação e deposição de placas de gorduras nas paredes dos vasos sanguíneos", contou o cardiologista Jairo Monson de Souza Filho, em entrevista prévia ao Minha Vida.

 

Diminui sintomas de depressão e ansiedade

De acordo com um estudo feito pela Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, o composto resveratrol também é capaz de evitar e diminuir sintomas de ansiedade e depressão - condições que podem ser induzidas pelo estresse. O componente presente no vinho bloqueia a ação da fosfodiesterase 4, uma enzima influenciada pela corticosterona, regulando a resposta do corpo ao estresse.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/11960-8-beneficios-do-vinho-para-a-saude - Escrito por Paula Santos

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Álcool e ansiedade: como a bebida pode agravar o distúrbio?


Beber para lidar com emoções negativas não é a melhor alternativa para quem vive com o transtorno e pode ser muito perigoso

 

O Brasil é o país com a maior taxa de transtorno de ansiedade no mundo, com 9,3% da população vivendo com esta condição, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso representaria cerca de 18,6 milhões de brasileiros acometidos pela doença.

 

Importante: não se trata daquele tipo de ansiedade que nos mantém alertas para possíveis situações perigosas e que, além de saudável, é natural. Trata-se de um transtorno mental, no qual a ansiedade é exacerbada e gera sintomas como preocupação excessiva, dificuldade de concentração e problemas no sono. Em ambos os cenários, associar o uso de álcool é muito preocupante.

 

Beber para lidar com as emoções ou com a expectativa de aliviar ou reduzir a ansiedade é uma escolha perigosa. Já falamos por aqui que bebida não é remédio e beber com essa motivação é um sinal de alerta. Inclusive, pesquisas indicam que esse comportamento está associado a uma maior possibilidade de problemas atuais e futuros com o álcool.

 

Além dos quadros de ansiedade serem agravados com o uso abusivo de álcool, existe o risco de ocorrer uma mudança no padrão de consumo: para ter os mesmos efeitos de relaxamento, a pessoa passa a beber cada vez mais, aumentando as chances de desenvolver dependência. Outro aspecto a ser considerado nesses casos é o adiamento da busca por um profissional da saúde e de um tratamento, prolongando ou piorando o sofrimento.

 

Dependência de álcool e ansiedade

A ocorrência simultânea desses transtornos é mais frequente do que se imagina. Estimativas indicam que ela varia de 20% a 40% entre países. Isso quer dizer que, no mínimo, um em cada cinco pacientes com transtorno de ansiedade faz consumo nocivo de álcool. E o contrário também acontece.

 

Um número significativo de pessoas que têm problemas com o álcool também apresenta fortes problemas de ansiedade e humor. Estudos psiquiátricos e epidemiológicos mostram que ter um diagnóstico relacionado à ansiedade ou ao álcool aumenta o risco potencial de desenvolver o outro transtorno, ou seja, um pode levar à piora do outro.

 

Além disso, há também evidências de que a depressão e a ansiedade combinadas com o uso de álcool podem criar um ciclo, contribuindo para lapsos, recaídas e fissura, que é um desejo intenso pela substância.

 

Diagnóstico e sinais de alerta

A combinação do álcool com a ansiedade nunca é benéfica. Portanto, a prevenção e a identificação precoce são fundamentais, tanto para evitar os efeitos danosos para a saúde física e mental provocados pela ansiedade, como para a prevenção de comorbidades.

 

Como não há exames que permitam o diagnóstico conclusivo, a identificação do transtorno de ansiedade é feita a partir das queixas e da gravidade dos sintomas relatados pelo paciente.

 

Ao perceber mudanças de humor, dificuldade de manter o foco ou de dormir, preocupação excessiva, presença de sintomas físicos, como tremores, boca seca, tontura ou coração acelerado, procure um profissional da saúde. É possível lançar mão de medidas mais saudáveis para enfrentar os momentos difíceis e lidar com as emoções negativas.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/37084-alcool-e-ansiedade-como-a-bebida-pode-agravar-o-disturbio?utm_source=news_mv&utm_medium=BE&utm_campaign=9099887 - Escrito por Arthur Guerra de Andrade

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Consumir uma a três xícaras de café por dia pode reduzir o risco de hipertensão


Estudo com 8.780 participantes concluiu que ingestão moderada da bebida pode reduzir em 20% risco de hipertensão

A associação entre o consumo de café e o risco de hipertensão é investigada em pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. Com base na análise dos hábitos de consumo da bebida, dados sociodemográficos, de estilo de vida, exames de sangue e medição de pressão arterial de um grupo de 8.780 funcionários públicos, o estudo concluiu que a ingestão moderada de café (uma a três xícaras por dia) pode reduzir em 20% o risco de hipertensão. Os resultados do estudo são detalhados em artigo da publicação científica Clinical Nutrition, no último dia 7 de junho.

A pesquisa usou dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA Brasil), feito com 15.105 funcionários de seis instituições públicas brasileiras de ensino superior e pesquisa. “Através de um questionário padronizado foram obtidos dados sociodemográficos, como idade, sexo, cor da pele, renda familiar per capita, nível educacional”, relata Andreia Miranda, pós-doutoranda da FSP que realizou o presente estudo. “Além disso, também foram obtidos dados de estilo de vida, entre os quais prática de atividade física, hábito de fumar, ingestão de bebida alcoólica, bem como o histórico médico-familiar, uso de medicação, além de medição do peso e altura e avaliação do consumo alimentar por meio de um questionário específico.”

Durante a pesquisa foi realizada a coleta de sangue para análises bioquímicas e também foi aferida a pressão arterial dos participantes por um enfermeiro previamente treinado. “Para o presente estudo, foram excluídos da amostra os indivíduos com diagnóstico de hipertensão no início da pesquisa, aqueles que apresentavam histórico prévio de doença cardiovascular (infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e cirurgia cardíaca), além dos que não tinham informação sobre o consumo de café”, explica a pesquisadora. “Dessa forma, foram analisados 8.780 participantes, com seguimento médio de quatro anos.”

O consumo de café foi obtido por meio de um questionário de frequência alimentar, sendo agrupado em quatro categorias: quem nunca ou quase nunca tomava café, quem bebia menos de uma xícara por dia, de uma a três xícaras por dia e mais de três xícaras por dia. “Foi definido que o tamanho das doses de café é de 50 mililitros (50 ml), o que corresponde a uma xícara pequena”, relata Andreia. “A presença de hipertensão foi definida com o valor de pressão acima de 140 por 90 milímetros de mercúrio (mmHg), o uso de medicação anti-hipertensiva ou ambos.”

Consumo de café
Para analisar a relação entre o consumo de café e o risco de hipertensão foi utilizado um método estatístico, conhecido como regressão de Poisson, que permitiu calcular o risco relativo e o respectivo intervalo de confiança. “O modelo final foi ajustado de acordo com outras variáveis descritas na literatura que poderiam influenciar no resultado, tais como idade, sexo, cor da pele, nível educacional, renda, tabagismo, consumo de álcool, prática de atividade física, índice de massa corporal (IMC), consumo de frutas e vegetais, ingestão de sódio, potássio e gordura saturada, açúcar de adição, uso de suplementos, e níveis séricos de glicose, colesterol total e triglicerídeos”, aponta a pesquisadora. “Em estudos prévios, já é bem documentado que o tabagismo é um fator de risco, fortemente associado com a ingestão de café e que pode exercer influência no desenvolvimento de doença cardiovascular, em especial na hipertensão. Por esse motivo, na pesquisa foi avaliado o efeito da interação do café com o tabagismo.”

A pesquisa apurou que o consumo médio de café é de 150 ml por dia, o equivalente a três xícaras. “A maioria dos participantes relatou consumir a bebida com cafeína, filtrada/coada e com adição de açúcar, o que corresponde ao hábito tradicional de consumo de café pelos brasileiros. Durante os quatro anos de acompanhamento, um total de 1.285 participantes desenvolveu hipertensão”, destaca Andreia. “Dessa forma, foi possível observar uma associação significativa inversa entre o consumo moderado de café e a incidência de hipertensão. Ou seja, comparativamente às pessoas que nunca ou quase nunca tomavam café, o risco de hipertensão foi aproximadamente 20% menor naqueles que ingeriam de uma a três xícaras por dia”. “Estudos recentes mostram que o efeito benéfico do consumo moderado de café é atribuído aos polifenóis, compostos bioativos que são encontrados em abundância nessa bebida.”

Como foi verificada uma interação significativa entre o hábito de fumar e a ingestão de café, novas análises estatísticas foram realizadas. “Verificou-se então uma diminuição do risco de hipertensão somente em pessoas que nunca fumaram e tomavam de uma a três xícaras por dia”, afirma a pesquisadora.

Entre os fumantes e não fumantes, bem como na maior categoria do consumo de café, ou seja, quem tomava mais de três xícaras por dia, não se verificou associação significativa no risco de desenvolver hipertensão. “Esses achados não permitem afirmar que haja um risco nessa população ou se trata de uma dose prejudicial para a saúde”, diz Andreia. “Em resumo, os resultados mostram o efeito benéfico da ingestão de uma a três xícaras de café por dia e a importância de moderar o consumo dessa bebida para a prevenção da hipertensão.”

A pesquisa teve o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e contou com a colaboração dos professores Alessandra Goulart, Isabela Benseñor e Paulo Lotufo, do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário (HU) da USP e da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e da professora Dirce Marchioni, da FSP. Os resultados da pesquisa são apresentados no artigo Coffee consumption and risk of hypertension: A prospective analysis in the cohort study, publicado no Clinical Nutrition Journal.


quarta-feira, 22 de julho de 2020

20 benefícios do café que atuam de forma importante na sua saúde


Os benefícios do café vão além daquela sensação deliciosa de experimentar a bebida. Se consumido moderadamente e com certa frequência, ele atua de modo importante na sua saúde e pode diminuir o risco de algumas doenças. Para saber os efeitos dessa bebida tão amada e consumida ao redor do mundo, continue com a gente!

Conversamos com a nutricionista funcional Flávia Ferreira (CRN 9-3121), que selecionou os principais benefícios envolvidos no consumo do café. Confira:

1. Melhora a sensação de cansaço
Por ser rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal, a cafeína tem efeito termogênico e energético, que bloqueia os receptores de adenosina e inibe a sensação de cansaço.

2. Ajuda a melhorar a sonolência
Os benefícios do café mais conhecidos são ligados ao efeito energético da cafeína. Nesse sentido, a adenosina, que é a responsável por promover o sono, é bloqueada ao consumirmos o café, como aponta estudo da Universidade Fernando Pessoa. A pesquisa traz uma análise de como a cafeína atua no sono e no apetite.

3. Melhora os sintomas da asma
Isso se deve ao efeito broncodilatador conferido pela cafeína. Segundo a ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café), os consumidores da bebida têm 30% menos chance de desenvolverem os sintomas da asma.

4. Possui grande potencial antioxidante
A nutricionista explica que a cafeína contém alta quantidade de polifenóis e flavonóides, que possuem ação antioxidante.

5. Protege o fígado
De acordo com estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Southampton, duas xícaras de café extras por dia podem reduzir o risco de cirrose hepática em 44%.

6. Ajuda a prevenir o colesterol ruim
Isso ocorre, principalmente, porque a cafeína previne a oxidação da fração LDL-colesterol, como esclarece a nutricionista.

7. Auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares e câncer
Segundo Flávia Ferreira, o café previne a oxidação do DNA (inibindo a oxidação da adenosina e guanosina), além da oxidação da fração LDL-colesterol e, possivelmente, colabora para a não formação de placas de ateroma. Isso previne doenças cardiovasculares e câncer.

8. Reduz o risco de formação de cálculos biliares (pedras na vesícula)
Estudos, como o da Universidade de Copenhagen, publicado no Journal of Internal Medicine, apontam que a ingestão diária de café reduz em 23% o risco de desenvolvimento de pedras na vesícula.

9. Previne a doença de Parkinson e o Alzheimer
Há uma menor incidência da doença de Parkinson e Alzheimer em quem consome a bebida diariamente, como aponta artigo da ABIC (Associação Brasileira de Indústria do Café).

10. Melhora a sensibilidade à insulina
Isso se dá, principalmente, devido à presença do ácido clorogênico, que ajuda a reduzir as quantidades de insulina necessárias para baixar os níveis de glicose no sangue. Em estudo da Universidade de São Paulo, descreveu-se que participantes que consumiram de 4 a 7 xícaras de café por dia tiveram melhoras na sensibilidade à insulina, diminuindo a quantidade de glicose no sangue.

11. Melhora o metabolismo

Segundo artigo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a presença do ácido clorogênico proporciona melhora no metabolismo lipídico.

12. Ajuda a prevenir o diabetes tipo II
De acordo com a nutricionista, o ácido clorogênico melhora o metabolismo da glicose e das gorduras, além de reduzir a resistência à insulina. Isso pode ajudar a prevenir o diabetes, como mostra estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard. Nesse experimento, 11% da pessoas, em um período de quatro anos, tiveram menor risco de apresentar a doença.

13. Colabora na performance cognitiva e psicomotora
Isso se deve ao seu efeito estimulante, do bloqueio da adenosina. Segundo a ABIC: “A cafeína pode ligar-se a receptores da adenosina, bloqueando-os. Deste modo, a ação majoritariamente inibitória da adenosina fica impedida, sendo o efeito da cafeína, consequentemente, estimulante.”

14. Melhora o estado de alerta e concentração
Também ocorre pelo efeito estimulante da cafeína. Um estudo publicado na Revista Psychopharmacology Human: Clinical and Experimental e noticiado na Universidade de Barcelona mostrou que o responsável por essa melhora no cérebro é a junção de glicose e cafeína, de modo que uma aumenta os efeitos da outra.

15. Melhora o desempenho de tarefas simples e a vigilância auditiva
Esse é mais um efeito do bloqueio da adenosina que é alcançado ao consumir a bebida, trazendo o estímulo para a realização de tarefas.

16. Alivia a dor de cabeça relacionada às tensões
A cafeína está associada a medicamentos frequentemente utilizadas no combate às dores de cabeça. No entanto, o consumo deve ser moderado, para que o efeito não seja o contrário.

17. Auxilia na perda de peso
Isso se deve ao aumento do gasto energético após a ingestão do café. Além disso, segundo cientistas da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, a cafeína ativa a gordura boa, chamada por eles de “gordura marrom”.

18. Melhora a memória
Além do efeito estimulante, um estudo publicado na revista Nature Neuroscience mostrou que a cafeína foi a responsável por melhorar o desempenho da memória 24 horas após a ingestão, funcionando na consolidação de memória também a longo prazo.

19. Seu efeito antioxidante pode ser benéfico para a pele
A nutricionista aponta que esse efeito do café pode atuar melhorando a saúde da pele, mas não há estudos que comprovem como a ingestão da bebida colabora para essa finalidade. Apesar disso, o uso da cafeína em cosméticos, aliada a outros componentes, atua na melhora das olheiras e rugas ao redor dos olhos, como aponta estudo da Universidade de Ciências Médicas de Isfahan.

20. Diminui o risco de desenvolvimento de cálculos renais
De acordo com estudo da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, há uma diminuição no risco de desenvolvimento de cálculos renais em 10 e 9% com o consumo diário da bebida.

A nutricionista Flávia Ferreira alerta que os efeitos da cafeína variam de pessoa para pessoa, dependendo dos genes. Alguns são metabolizadores rápidos de cafeína e sentem efeito estimulante em doses baixas, de 2 e 4mg/kg. No entanto, outros indivíduos são metabolizadores lentos e não sentem rapidamente esses efeitos.

Malefícios do café
A nutricionista Flávia Ferreira chama atenção para os efeitos negativos do café, que são derivados, principalmente, do consumo excessivo da bebida. Veja a seguir:

Pode provocar taquicardia e palpitações: devido ao aumento da frequência cardíaca.
Agrava a insônia e a ansiedade: pessoas com ansiedade generalizada e distúrbios de sono podem piorar os sintomas com o consumo do café.
Pode originar o refluxo gastroesofágico: por estimular a secreção gástrica, pode causar desconforto no estômago e não é indicado para pessoas com gastrite ou distúrbios gástricos.
Oferece riscos à gravidez: nas grávidas, a cafeína pode interferir em uma substância chamada adenosina, que é importante para formação do bebê. Em excesso, pode ser a causa de abortos.
Pode causar tremores e dores de cabeça: esses efeitos também são derivados do consumo excessivo do café.
Para aproveitar da melhor forma os benefícios do café, a nutricionista aponta que, segundo estudos, para a população adulta é saudável a ingestão de cafeína de até 400 mg ao longo do dia (6,6 mg/kg de peso corpóreo, em um adulto com 60 kg). Para saber mais sobre essa bebida, veja outras razões para tomar café.

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/beneficios-do-cafe/ - Escrito por Isla Ramos - ISTOCK