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quarta-feira, 6 de março de 2024

Estudo diz que consumo de refrigerante está ligado a doenças cardíacas


Segundo o novo estudo, mesmo as bebidas zero açúcar estavam ligadas ao aumento de até 20% das chances de desenvolver fibrilação atrial

 

A revista científica Circulation: Arrhythmia and Electrophysiology, da Associação Americana do Coração, publicou nesta terça-feira (5) um estudo que apontou que o consumo de bebidas adoçadas está ligado a um maior risco de fibrilação atrial — quadro em que a frequência cardíaca fica irregular, afetando a circulação sanguínea e podendo causar infarto. Dentre as bebidas levantadas na pesquisa está o refrigerante.

 

Mais de 200 mil adultos, entre 37 e 73 anos, tiveram seus dados analisados para o estudo. Essas informações contavam no UK Biobank, que reúne dados da saúde dos britânicos entre 2006 e 2010. Os indivíduos analisados não possuíam o quadro de fibrilação atrial no início do acompanhamento. Entretanto, 9.362 casos foram diagnosticados com ele no final do acompanhamento.

 

Quando analisaram as informações nutricionais dos pacientes, observaram que os indivíduos que consumiam mais de dois litros por semana de bebidas adoçadas artificialmente, tiveram um risco 20% maior para desenvolver a fibrilação atrial.

 

Segundo o estudo, a incidência da doença era maior nas pessoas que consumiam mais de dois litros por semana de bebidas adoçadas, artificialmente ou não. Entretanto, o aumento foi menor, com 10%.

 

Em contrapartida, os indivíduos que consumiam até um litro por semana de suco puro, sem adição de açúcares, estavam associados a um risco 8% menor de fibrilação atrial. O estudo, no entanto, era um trabalho observacional, apontando uma associação ao longo do tempo sem definir que se trata 100% de uma relação de causa e consequência.

 

Ainda que o estudo não consiga cravar que uma bebida representa mais riscos à saúde do que outra por conta das complexidades das dietas, o autor do estudo e pesquisador do Shanghai Ninth People's Hospital e da Universidade Shanghai Jiao Tong, em Xangai, na China, Ningjian Wang, explica que, "com base nessas descobertas, recomendamos que as pessoas reduzam ou até mesmo evitem bebidas adoçadas artificialmente e com açúcar sempre que possível. Não considere que o consumo de bebidas adoçadas artificialmente com baixo teor de açúcar e calorias é saudável, isso pode representar possíveis riscos à saúde".

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/2024-03-05/pesquisa-aponta-refrigerante-ligado-riscos-de-doencas-cardiacas.html - Por iG Saúde - shutterstock/Reprodução


Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém! Romanos 11:36


quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Alimentos ultraprocessados podem aumentar risco de câncer, diz estudo


Esse estilo de consumo só agrava a condição de um sujeito

 

Resumidamente, alimento ultraprocessado é submetido ao longo processo industrial, ou seja, são comidas com alto teor de açúcar, conservantes e gorduras, características que não denotam nenhuma qualidade saudável. Além disso, há um estudo, que associou alimentos ultraprocessados com aumento da taxa de câncer.

 

Veja a relação entre alimentos ultraprocessados com aumento da taxa de câncer

Essa pesquisa se baseou em dados do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Escola de Medicina da Universidade de Washington, dos Estados Unidos, e expôs o aumento de câncer em pessoas com idades entre 25 e 29 anos nas últimas décadas, o que superou até os casos de câncer entre os idosos.

 

O alerta se estende ao câncer colorretal, que resultou no aumento de 70% entre pessoas de 15 a 39 anos de 1990 até 2019. Esse tipo de câncer está intimamente ligado ao consumo de alimentos ultraprocessados e produtos embutidos, que contêm ingredientes com potenciais cancerígenos.

 

Outro dado agravante

Há outro estudo do King’s College London, do Reino Unido, que valoriza lanches saudáveis para manutenção de uma dieta leve, opções que não estão em alta pela maioria.

 

O motivo é que os cientistas dessa instituição britânica detectaram que 25% dos participantes desse estudo conciliam opções saudáveis com consumir rotineiro de lanches à base de alimentos ultraprocessados e guloseimas açucaradas.

 

A visão do especialista

“Diante dessas descobertas preocupantes, é fundamental repensar nossas escolhas alimentares, mesmo quando se trata de lanches entre refeições. Optar por opções saudáveis e nutritivas pode fazer uma grande diferença na manutenção da saúde e na prevenção de doenças graves, como o câncer”, diz o médico nutrólogo Dr. Ronan Araújo.

 

Questionado sobre como seria essa opção nutritiva para acabar com a “besteira” após a refeição, Ronan sugere frutas frescas, como maçãs, peras, bananas, uvas, morangos ou fatias de melancia, que são ricas em fibras e vitaminas.

 

“Nossas escolhas de lanches importam tanto quanto as principais refeições quando se trata de manter uma dieta equilibrada e promover a saúde a longo prazo. Portanto, pense duas vezes antes de optar por aquele lanche ultraprocessado e faça escolhas que beneficiem seu corpo e bem-estar. Seu futuro saudável agradecerá”, termina o Dr. Ronan Araujo.

 

Fonte: https://sportlife.com.br/alimentos-ultraprocessados-podem-aumentar-risco-de-cancer-diz-estudo/ - Por Guilherme Faber - Shutterstock


Ele mesmo levou os nossos pecados” em seu corpo na cruz, para que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; “por suas feridas fostes curados. (1 Pedro 2:24)


quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Dormir menos de 5 horas aumenta risco de depressão, aponta estudo


Estudo da Inglaterra descobriu que noites de sono mal dormidas podem interferir no desenvolvimento de transtornos como a depressão

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a depressão como o mal do século. Afinal, 5% dos adultos em todo o mundo sofrem com a doença, números alarmantes que têm feito com que cada vez mais pesquisas fossem conduzidas sobre isso.

 

Um estudo de cientistas da University College London, na Inglaterra, por exemplo, descobriu que a doença tem relação íntima com o sono. Os pesquisadores analisaram mais de 7.240 indivíduos de, em média, 60 anos, e descobriram que noites de sono mal dormidas podem interferir no desenvolvimento de transtornos psicológicos, como a depressão.

 

De acordo com a pesquisa, publicada na revista científica Nature, indivíduos que dormem diariamente menos de 5 horas têm maiores chances de desenvolver quadros depressivos. Assim, a propensão genética à insônia tem relação direta com os sintomas depressivos.

 

Sono e saúde mental

 

De acordo com o psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento, diversos estudos relacionam a insônia com várias outras condições psiquiátricas além da depressão. “O sono sempre foi um ponto muito analisado pela psiquiatria pois em vários distúrbios ele é um dos principais afetados. Vários estudos correlacionam más noites de sono com aumento do estresse, ansiedade, esquizofrenia e outras condições”, afirma o especialista.

 

Ele lembra que noites mal dormidas não são apenas causadoras das condições, como também são sintomas causados por elas. “Por isso, deve-se sempre buscar ajuda de um profissional para identificar as causas por trás da falta de sono recorrente e prejudicial”, ressalta o Dr. Flávio H. Nascimento.

 

7 dicas para dormir bem

Segundo Carol Tavares, nutricionista da Vitamine-se, o primeiro passo para dormir bem é adotar hábitos saudáveis no dia a dia. “Passamos cerca de 1/3 das nossas vidas dormindo e, para que isso aconteça de forma reparadora, é importante manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente, além de controlar seus níveis de estresse. Inclua pausas em sua rotina, com momentos de descontração e relaxamento, e cuide muito bem da sua saúde”, afirma a especialista.

 

Carol dá 7 dicas para melhorar a qualidade do sono e afastar o risco de depressão. Confira:

 

Diminua a luminosidade do quarto;

Experimente adicionar rituais de relaxamento antes de dormir, como meditação, yoga ou um banho relaxante;

Mantenha uma alimentação que ajude a melhorar a qualidade de sono;

Faça exercícios físicos regularmente;

Evite o consumo de cafeína e de alimentos ricos em açúcares antes de dormir;

Não beba grandes volumes de líquidos antes de dormir;

Não confira seus e-mails, nem trabalhe antes de dormir.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/dormir-menos-de-5-horas-aumenta-risco-de-depressao-aponta-estudo.phtml - Por Milena Vogado - Foto: Shutterstock


"Deem graças ao Senhor, porque ele é bom. O seu amor dura para sempre!" (Salmos 136:1)


domingo, 19 de novembro de 2023

Estudo indica qual é a temperatura ideal para dormir mais e melhor


A temperatura influencia na qualidade do sono e um novo estudo definiu qual é a melhor

 

Um novo estudo definiu qual seria a temperatura ideal para ter um sono gostoso, profundo e duradouro: entre 20ºC e 25ºC. A conclusão foi de uma pesquisa publicada na revista científica Science of Total Environment, que recrutou 50 voluntários com mais de 60 anos. De acordo com os pesquisadores, a eficiência do sono pode cair em até 10% caso a temperatura ambiente esteja entre 25ºC e 30ºC.

 

“Nossas conclusões indicam que o sono é mais eficiente e restaurador quando a temperatura ambiente noturna varia entre 20°C e 25°C, com uma queda clinicamente relevante de 5% a 10% na eficiência do sono quando a temperatura aumenta de 25°C para 30°C”, afirma os autores do estudo.

 

“Quando está perto da hora de dormir, precisamos de uma ligeira queda na temperatura para iniciar o sono. A temperatura tem essa queda inicialmente, atinge o ponto mais baixo do meio para o final da noite e começa a subir no momento que se aproxima do despertar pela manhã, para facilitar esse processo”, explica João Gallinaro, psiquiatra especialista em medicina do sono.

 

Ele explica que, quando o ambiente do quarto está muito quente, a queda na temperatura que ajuda no sono é mais lenta, levando à dificuldade de pegar no sono. É por isso que nos dias de calor é comum dormir mal ou dormir pouco.

 

O que fazer para ajustar a temperatura do quarto?

Existem diversos recursos que podem ajudar a regular a temperatura do quarto, favorecendo o sono. O mais simples e econômico de todos é dormir com a janela aberta.

 

“Isso permite uma melhor ventilação e já ajuda a controlar a temperatura. O único cuidado que temos que tomar é em relação aos ruídos que vêm de fora, mas, se for possível, deixar a janela aberta é uma opção boa”, comenta João. Outra alternativa simples é o uso de pijamas e roupas de cama leves e confortáveis.

 

O uso de ventilador também é um recurso interessante. “Ele não precisa, necessariamente, estar direcionado para a pessoa. Ele pode estar direcionado a outro ponto do quarto, só para permitir uma melhor circulação de ar”, explica o psiquiatra. Por fim, uma outra alternativa que requer um pouco mais de recursos é o uso de ar condicionado, que pode ser ajustado a uma temperatura de 20ºC.

 

Já nos dias mais frios, o objetivo é deixar o quarto mais aquecido, o que pode ser feito com a ajuda de aquecedores. Mas também há opções mais simples e baratas, como usar pijamas mais quentes e roupas de cama mais adequadas, como colchas e cobertores.

 

Não é apenas a temperatura: outros fatores influenciam no sono

A temperatura é apenas um dos fatores importantes para ter uma boa noite de sono. Segundo João, é preciso ficar atento também ao barulho e à luminosidade. “Quando falamos de barulho, um ambiente que é muito ruidoso pode piorar a qualidade de sono. Mas não é apenas o barulho da rua, mas também dormir com alguém que ronca”, afirma o especialista. “Estudos mostram que um ruído acima de 30 decibéis no ambiente piora a qualidade do sono profundo”, completa.

 

Já em relação à luminosidade, é importante dormir no escuro, pois, quanto mais luz, menor a produção de melatonina, o hormônio do sono. Uma dica é já ajustar a luminosidade do quarto minutos antes de se deitar, com a ajuda de um abajur ou velas, por exemplo, para já ir induzindo o sono. Ao dormir, apague completamente as luzes, se possível.

 

“Uma qualidade de sono ruim pode trazer consequências tanto no curto prazo como no longo prazo”, ressalta João. “No curto prazo, é fácil de perceber: quando dormimos mal ou pouco, ficamos mais cansados, sem energia, irritados e sonolentos ao longo do dia. Já no longo prazo, há uma série de problemas de saúde que têm seu risco aumentado pela má qualidade do sono, como doenças cardiovasculares, diabetes, depressão, ansiedade e doenças relacionadas à memória”, afirma o especialista.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-23291 - Escrito por Gabriela Maraccini - Especialista consultado Dr. João Gallinaro - Wavebreakmedia/GettyImages


Nós o amamos porque ele nos amou primeiro.

1 João 4:19


quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Estudo mostra quantos passos dar para reduzir risco de morte


A pesquisa mostra que uma quantidade mínima de passos já ajuda a prevenir doenças cardiovasculares e outras condições fatais

 

Sua meta é sair do sedentarismo? Saiba que não é preciso dar muitos passos para isso. Um novo estudo sugere o número de passos que devemos dar todos os dias para obter benefícios para a saúde e reduzir o risco de morte - e é menos do que você imagina!

 

O estudo, publicado no European Journal of Preventive Cardiology, descobriu que caminhar, pelo menos, 3.967 passos por dia reduz o risco de morte por qualquer causa. Além disso, andar 2.337 passos por dia reduz o risco de morrer de doenças cardiovasculares.

 

A análise também mostrou que quanto mais você caminha, maiores são os benefícios para a saúde. O risco de morrer por qualquer causa ou doença cardiovascular diminui significativamente a cada 500 a 1.000 passos extras dados - além do valor mínimo estipulado anteriormente.

 

De acordo com o estudo, um aumento de 1.000 passos por dia foi associado a uma redução de 15% no risco de morte por qualquer causa e um aumento de 500 passos por dia foi associado a uma redução de 7% nas mortes por doenças cardiovasculares. O trabalho foi feito a partir da análise de 226.889 pessoas de 17 estudos diferentes em todo o mundo.

 

Os pesquisadores também descobriram que mesmo que as pessoas dessem até 20 mil passos por dia, os benefícios continuaram a aumentar. Eles ainda não conseguiram encontrar um limite máximo de passos que devem ser dados para obter os benefícios. O estudo foi liderado por Maciej Banach, professor de cardiologia da Universidade Médica de Lodz, na Polônia.

 

“Nosso estudo confirma que quanto mais você anda, melhor”, diz o Prof. Banach. “Descobrimos que isso se aplica a homens e mulheres, independentemente da idade e independente de se você vive em uma região temperada, subtropical ou subpolar do mundo, ou em uma região com uma mistura de climas. Além disso, nossa análise indica que apenas 4.000 passos por dia são necessários para reduzir significativamente as mortes por qualquer causa e menos ainda para reduzir as mortes por doenças cardiovasculares”.

 

O que os resultados do estudo mostram?

Os estudos analisados acompanharam os participantes por uma média de sete anos. A idade média foi de 64 anos e 49% dos participantes eram do sexo feminino. Em pessoas com 60 anos ou mais, a redução no risco de morte foi menor do que o observado em pessoas mais jovens.

 

De acordo com a análise, houve uma redução de 42% no risco observado nos idosos que caminharam entre 6 mil e 10 mil passos por dia. Por outro lado, houve uma redução de 49% no risco em adultos mais jovens que caminharam entre 7 mil e 13 mil passos por dia.

 

“Em um mundo onde temos medicamentos cada vez mais avançados para tratar condições específicas, como doenças cardiovasculares, acredito que devemos sempre enfatizar que as mudanças no estilo de vida, incluindo dieta e exercícios, que foram os principais heróis de nossa análise, podem ser pelo menos tão ou até mais eficazes na redução do risco cardiovascular e no prolongamento da vida”, afirma Banach.

 

O autor enfatiza que são necessários mais estudos, com ainda mais participantes, para investigar se esses benefícios podem existir para exercícios intensos, como corrida e musculação. O estudo também possui limitações por ter sido observacional e pelo impacto da contagem dos passos não ter sido testado em pessoas com diferentes doenças.

 

Benefícios da caminhada

A caminhada é um dos exercícios mais fáceis e acessíveis. "Para uma pessoa que não pratica nenhum tipo de esporte, uma caminhada de apenas 10 minutos por dia já provoca efeitos perceptíveis ao corpo depois de apenas uma semana", destacou o fisiologista do esporte Paulo Correia, da Unifesp, em matéria publicada anteriormente no MinhaVida.

 

Além disso, conforme explica Roberto Ranzini, ortopedista e especialista em Medicina Esportiva, também em matéria anterior, além dos benefícios físicos, a atividade também aumenta a síntese de neurotransmissores no cérebro, gerando a sensação de bem-estar.

 

Entre os principais benefícios da caminhada, estão:

 

Melhora a circulação sanguínea

Deixa o pulmão mais eficiente

Combate a osteoporose

Aumenta a sensação de bem-estar

Deixa o cérebro mais saudável

Promove o emagrecimento

Previne e reduz o diabetes

 

Para compreender melhor as sugestões apresentadas pelo estudo, dar mil passos leva, aproximadamente, 10 minutos. Portanto, para atingir a quantidade mínima de passos que são benéficos, de acordo com a pesquisa, basta caminhar por 40 minutos diariamente. Smartphones e smartwatches também podem indicar quantos passos são dados em um dia.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-23231 - Escrito por Gabriela Maraccini - FG Trade/GettyImages


Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.

João 16:33


domingo, 5 de novembro de 2023

Pesquisadores de Harvard descobrem como reverter o envelhecimento


Pesquisa feita em camundongos mostrou que o envelhecimento está associado a fatores que afetam a expressão do DNA. Entenda o que diz o estudo

 

O processo de envelhecimento é absolutamente natural e inevitável. Ao menos, parecia ser inevitável até então. Isso porque um time de pesquisadores da Universidade de Harvard, nos EUA, parece ter descoberto uma maneira de reverter esse processo. O estudo utilizou reparos no DNA de camundongos e foi publicado em janeiro no periódico científico Cell.

 

“Por muito tempo, acreditou-se que as mudanças no DNA propriamente dito, chamadas de mutações, eram a principal causa do envelhecimento. Mas as descobertas do presente estudo apoiam uma outra hipótese: o processo de envelhecimento está relacionado às mudanças que afetam a expressão do DNA, chamadas de epigenética”, afirma a Dra. Cintia Guedes, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

 

A especialista explica que a epigenética se trata de uma série de fatores ambientais que modificam a maneira como os genes se comportam. Isso ocorre sem necessariamente causar alterações na sequência de DNA. “Esses fatores podem incluir, por exemplo, dieta, exposição a poluentes, tabagismo, obesidade, estresse e prática de atividade física”, completa Cintia.

 

Como os pesquisadores revertem o envelhecimento?

Os pesquisadores criaram cortes temporários e de rápida regeneração no DNA de camundongos para simular o efeito que certos fatores ambientais e de estilo de vida possuem no padrão epigenético do DNA.

 

Tais cortes causaram mudanças e, consequentemente, mal funcionamento no padrão epigenético dos camundongos. Isso fez com que parecessem mais velhos, apresentando, inclusive, biomarcadores de envelhecimento aumentados.

 

Em seguida, os cientistas realizaram terapia genética nos animais para reverter as mudanças epigenéticas. Eles redefiniram o padrão epigenético e, assim, reverteram o envelhecimento sofrido pelos camundongos.

 

“Os pesquisadores observaram que, ao ativar uma série de genes normalmente acionados durante a embriogênese, isto é, durante o desenvolvimento embrionário, é possível reverter com segurança o processo de envelhecimento em mais de 50%. Isso porque tais genes causam um processo que, apesar de ainda não ser bem compreendido, é capaz de retroceder a idade biológica e restaurar a função de tecidos. A restauração permitiria, por exemplo, reverter a deterioração da visão, a diminuição da capacidade de atenção e o enfraquecimento do tecido cutâneo”, destaca a dermatologista.

 

O efeito em humanos

Apesar de essa não ser a primeira vez em que trabalhos usam a epigenética para estudar o envelhecimento, os pesquisadores acreditam que esse é o primeiro estudo a apontar a mudança epigenética como fator primário do envelhecimento em mamíferos. “Por exemplo, pesquisas anteriores mostraram que a epigenética é capaz de demonstrar a idade biológica de uma pessoa. Isto é, a real idade do nosso organismo e a velocidade em que envelhecemos, ao contrário da idade cronológica, aquela que contamos pelo calendário”, afirma a médica.

 

Vale ressaltar ainda que o presente estudo possui suas limitações. Como, por exemplo, o fato de ter sido feito com camundongos. Por isso, é necessário então que mais pesquisas sejam realizadas para testar os resultados em mamíferos maiores ou mesmo em humanos.

 

“No entanto, a pesquisa mostra-se de grande relevância por transformar a maneira como enxergamos o processo de envelhecimento e como abordarmos o tratamento dos sinais que surgem com o passar dos anos. Afinal, é o primeiro estudo a demonstrar que podemos ter um controle preciso da idade biológica de um animal complexo, podendo aumentá-la ou diminuí-la conforme necessário”, destaca Cintia.

 

É possível retardar o envelhecimento de maneira natural?

Mas não é preciso aguardar até que surjam mais pesquisas para começarmos a agir sobre a velocidade em que envelhecemos. Existe uma extensa literatura científica mostrando medidas que podem retardar o envelhecimento. E é mais simples do que aparenta.

 

“Quando se trata de reverter nossa idade biológica, pequenas mudanças no estilo de vida já são capazes de causar grande impacto. Por exemplo, procure adotar uma dieta rica em alimentos nutritivos, incluindo grande quantidade de verduras, vegetais, ervas e temperos, como beterrabas, açafrão e chá verde, que possuem a capacidade de rejuvenescer nossa expressão genética. Além disso, procure exercitar-se regularmente, reduzir seus níveis de estresse e dormir bem”, orienta a médica.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/pesquisadores-de-harvard-descobrem-como-reverter-o-envelhecimento.phtml - By Redação - Foto: Shutterstock


Ele cura os corações partidos e fecha suas feridas. (Salmos 147: 3)


domingo, 15 de outubro de 2023

Refrigerante aumenta risco de câncer de mama; entenda


Estudo recente descobriu que alimentos ricos em fosfato, como o refrigerante, estão associados ao surgimento do câncer de mama

 

Um estudo recente publicado no National Library of Medicine mostrou que a ingestão elevada do mineral fosfato pode estar associada ao câncer de mama. Vale destacar que uma lata de refrigerante, sem açúcar, já ultrapassa a recomendação diária de fosfato. Outros riscos que podem acontecer são osteoporose, hipertensão, diabetes e obesidade.

 

O Dr. Leandro Maritan de Almeida, médico oncologista da Unimed Franca e São Joaquim Hospital e Maternidade, explica que o fósforo é um nutriente essencial para o funcionamento do organismo.

 

Dentre suas principais funções, ele mantém o equilíbrio da densidades mineral óssea, função renal, digestiva, integra a membrana das células, atividade neurológica e também é importante no crescimento e desenvolvimento. No entanto, em excesso, o nutriente pode causar danos ao organismo.

 

O estudo

 

Pesquisadores estadunidenses descobriram que grandes quantidades de fósforo na dieta, que são duas vezes maiores que a ingestão dietética de referência dos EUA de 700 mg para adultos, estão associadas à mortalidade por todas as causas, toxicidade do fosfato e tumorigênese.

 

O estudo mediu o risco relativo de câncer de mama autorrelatado associado à ingestão de fosfato durante 10 consultas anuais em uma coorte de mulheres norte-americanas de meia-idade do Estudo de Saúde da Mulher em todo o país.

 

Analisando os dados dos questionários de frequência alimentar, o nível mais alto de ingestão diária de fósforo na dieta – isto é, > 1.800 mg de fósforo – foi aproximadamente equivalente aos níveis de fósforo na dieta nos cardápios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Após ajuste para a ingestão de energia dos participantes, este nível de fósforo dietético foi de 2.p = 0,07.

 

Apesar da falta de significância estatística, provavelmente devido ao pequeno tamanho da amostra da coorte, os resultados atendem aos critérios de causalidade já publicados em estudos observacionais, justificando novas investigações, afirmam os pesquisadores. Além disso, estes resultados sugerem que é recomendável testar uma dieta pobre em pacientes com cancro da mama.

 

Alimentos associados ao câncer

Leandro lembra que existem outras opções alimentares ricas em fosfato além do refrigerante. É o caso, por exemplo, do leite, iogurte, queijo, carne bovina, aves e peixes. Além disso, nozes, castanha de caju, amendoim e arroz integral também apresentam maiores concentrações da substância.

 

No entanto, boa parte desses alimentos são considerados saudáveis, e fazem parte de uma dieta equilibrada. Por isso, é importante pensar com atenção nas opções alimentares. “Uma coisa que se deve fazer para manter a ingestão de fósforo sob controle é evitar alimentos processados sempre que possível”, afirma o médico. Ele cita, por exemplo, a salsicha, o presunto e o bacon, que já têm uma relação conhecida com o surgimento de câncer

 

Como prevenir o câncer de mama

“Estilo de vida saudável com atividade física regular, dieta balanceada e evitar o consumo excessivo de bebida alcoólica são importantes para prevenção da doença”, destaca o oncologista. Além disso, ele recomenda a realização do autoexame das mamas e exames de rastreamento como a mamografia.

 

Pacientes assintomáticas devem iniciar a investigação aos 40 anos. Já aquelas com histórico familiar da doença devem começar a rotina de exames aos 35 anos.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/refrigerante-aumenta-risco-de-cancer-de-mama-entenda.phtml - By Milena Vogado - Foto: Shutterstock


Tem misericórdia de mim, Senhor, porque estou fraco; cura-me, Senhor, porque os meus ossos estão em agonia. (Salmos 6: 2)


segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Estudo sugere a melhor combinação de exercícios físicos para reduzir o risco de morte


 A pesquisa avaliou diferentes combinações de atividades físicas para entender qual a quantidade ideal para prolongar a vida


Que a prática de atividade física é fundamental para a saúde, todos já sabem. Mas um novo estudo buscou entender quais as melhores combinações de exercícios para reduzir o risco de morte por várias causas.

 

Para chegar ao resultado, o estudo avaliou várias combinações de atividade física: aeróbica moderada, aeróbica vigorosa e fortalecimento muscular. O estudo concluiu que a melhor alternativa é realizar uma quantidade equilibrada desses três tipos de exercícios.

 

O estudo foi publicado no JAMA Internal Medicine no dia 7 de agosto. Os pesquisadores analisaram dados da Pesquisa Nacional de Saúde dos Estados Unidos, analisando dados de um total de 500.705 adultos norte-americanos, com idades entre 18 e 85 anos, que foram acompanhados durante uma média de 10 anos. Eles relataram os exercícios físicos que praticaram durante esse período.

 

Segundo os achados da pesquisa, as combinações ideais de exercícios físicos para reduzir o risco de morte são:

 

Mortalidade por todas as causas: até 75 minutos por semana de atividade aeróbica moderada, junto com mais 150 minutos de atividade aeróbica vigorosa e mais duas ou mais sessões de fortalecimento muscular por semana

 

Mortalidade por câncer e doença cardiovascular: entre 150 e 225 minutos de atividade aeróbica moderada por semana, mais 75 minutos, no máximo, de atividade aeróbica vigorosa e duas ou mais sessões de fortalecimento muscular

 

Além disso, o estudo também descobriu que níveis de atividade aeróbica moderada maiores do que as recomendações atuais, indicadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), podem reduzir ainda mais o risco de mortalidade. As diretrizes atuais são de 150 a 300 minutos de aeróbico moderado e 75 a 150 minutos de aeróbico vigoroso, além de sessões de fortalecimento muscular em dois dias.

 

Segundo os pesquisadores, ao ultrapassar essas recomendações, fazendo mais minutos em cada tipo de atividade, foi possível observar uma taxa de mortalidade aproximadamente 50% menor para todas as causas e por câncer. Também foi possível notar uma taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares três vezes menor.

 

Benefícios da atividade física

Ter um estilo de vida sedentário é um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas. Segundo a Federação Mundial do Coração, a falta de atividade física regular aumenta as chances de doenças relacionadas ao órgão em 50%.

 

Em seu artigo publicado anteriormente no MinhaVida, o médico cardiologista Paulo Chaccur elencou os benefícios da atividade física, como manutenção do equilíbrio, ganho de massa muscular, proteção dos ossos, aumento dos níveis de energia e redução de sintomas de envelhecimento. Além disso, o exercício também pode controlar o diabetes, a pressão arterial e a obesidade, diminuindo o colesterol ruim (LDL) e estimulando o colesterol bom (HDL).

 

“Todos esses pontos, juntos, retardam ou ajudam a evitar o aparecimento de problemas cardiovasculares, como a doença arterial coronariana, o acidente vascular cerebral (AVC) e o infarto”, completou o especialista no artigo.

 

O exercício físico também traz diversos benefícios para o coração em si, fazendo com que ele melhore sua performance de funcionamento para suprir as necessidades do corpo advindas da atividade física. Com isso, ele se torna mais eficiente, podendo manter um ritmo mais lento para transportar o sangue necessário para os músculos e demais órgãos.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-23246 - Dr. Paulo Chaccur - Cardiologia - CRM 22868/SP Especialista consultado - Escrito por Gabriela Maraccini - Renata Angerami/GettyImages

sábado, 26 de agosto de 2023

Esses 8 hábitos podem prolongar sua vida em décadas, segundo estudo


Uma pesquisa, apresentada em congresso nos EUA, listou o que fazer para viver mais e com maior qualidade de vida

 

Qual é o segredo para viver mais e com saúde? Essa é a pergunta que guiou um estudo apresentado no congresso Nutrition 2023, encontro anual da American Society for Nutrition, no dia 22 de julho, em Boston (EUA). Segundo a pesquisa, as pessoas que adotam oito hábitos de vida saudáveis na meia-idade podem viver mais do que aquelas com poucos ou nenhum desses hábitos, que incluem:

 

Ser fisicamente ativo

Estar livre do vício em opioides

Não fumar

Controlar o estresse

Ter uma boa dieta

Não beber compulsivamente regularmente

Ter uma boa higiene do sono

Ter relações sociais positivas

 

Para chegar a essa conclusão, o estudo analisou registros médicos e questionários coletados entre 2011 e 2019 de 719.147 estadunidenses inscritos no Veterans Affairs Million Veteran Program, um grande estudo representativo de veteranos dos Estados Unidos. A análise incluiu dados de adultos entre 40 e 99 anos, com 33.375 mortes durante o acompanhamento.

 

Segundo os achados da pesquisa, prevê-se que homens que tenham todos os oito hábitos aos 40 anos vivam, em média, 24 anos a mais do que homens sem nenhum desses hábitos. Já as mulheres que cumprem com todos os oito fatores de estilo de vida saudável na meia-idade podem esperar viver 21 anos a mais do que as mulheres sem nenhum desses hábitos.

 

“Ficamos realmente surpresos com o quanto poderíamos ganhar com a adoção de um, dois, três ou todos os oito fatores de estilo de vida”, disse Xuan-Mai T. Nguyen, especialista em ciências da saúde do Departamento de Assuntos de Veteranos e estudante de medicina de um ano na Carle Illinois College of Medicine. “Nossas descobertas de pesquisa sugerem que adotar um estilo de vida saudável é importante tanto para a saúde pública quanto para o bem-estar pessoal. Quanto mais cedo melhor, mas mesmo que você faça apenas uma pequena mudança aos 40, 50 ou 60 anos, ainda é benéfico.”

 

Mais alimentos saudáveis e menos tabagismo e álcool

De acordo com os resultados da pesquisa, o sedentarismo, o uso de opioides e o tabagismo foram os fatores que tiveram o maior impacto na expectativa de vida. Esses hábitos foram associados a um risco de morte de cerca de 30% a 45% maior durante o período de estudo.

 

Além disso, o consumo de álcool e a má alimentação também foram associados a um aumento de cerca de 20% no risco de morte, de acordo com o estudo. “Hábitos de vida pouco saudáveis repercutem no maior risco de apresentar outras doenças. Logo, a prevenção, que inclui alimentação saudável e atividade física, aumenta a qualidade de vida das pessoas. Não é só viver mais 20 anos, é viver mais com menos risco cardiovascular, de infarto, de AVC e de demência”, explica Simone Fiebrantz, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

 

A especialista comenta que há vários estudos na área de nutrição, atividade física e genética que relacionam a longevidade saudável com hábitos de vida para traçar o melhor perfil para viver melhor e com mais qualidade. “Há estudos que mostram que pessoas veganas, que consomem menos álcool e drogas e possuem uma regularidade na atividade física sofrem menor prejuízo genético, podendo viver mais”, completa.

 

O impacto do sono e do estresse na longevidade

O estudo também sugere que o estresse e a má higiene do sono foram associados a um aumento de 20% do risco de morte. “O corpo precisa do estresse como uma reação biológica diante de uma situação de emergência, como ao levar um susto ou estar atrasado para um compromisso. Nessas situações, há uma descarga de cortisol para aumentar os batimentos cardíacos para os músculos reagiram rápido”, explica Simone.

 

O problema é que, atualmente, com o estilo de vida que vivemos - incluindo o estresse no trabalho, tarefas domésticas acumuladas, preocupações financeiras e com a violência urbana, por exemplo - passamos muito tempo estressados, ultrapassando o limite saudável de cortisol no organismo.

 

“Esses níveis de cortisol elevados, por muitas horas do dia, fazem com que haja um prejuízo cardiovascular e cerebral, pois há uma maior descarga de hormônios do estresse que provoca fatores inflamatórios no organismo”, esclarece a especialista. “Em vez de ter cinco ou dez segundos de reação de estresse, a pessoa fica o dia inteiro estressada, aumentando o batimento cardíaco e a pressão arterial”, completa.

 

O sono também é um fator importante e determinante para a longevidade. A restrição do sono, caracterizada por menos de seis horas dormidas por dia sem um sono reparador, pode levar ao declínio cognitivo. “Se um idoso dormir apenas cinco horas, mas essas horas forem reparadoras e ele atingir o sono profundo, o cérebro consegue descansar e os neurônios não vão sofrer. Agora, se ele dorme pouco e esse sono não é reparador, há prejuízo cognitivo e isso a ciência e a prática clínica já nos mostram”, afirma.

 

Interações sociais de qualidade são fundamentais

Por fim, o estudo também descobriu que a falta de relações sociais positivas foi associada a um aumento de 5% no risco de morte. “Essa parte de interação social é algo que a psicologia vem estudando muito e o que vemos é o impacto positivo da rede de amigos e de cuidados na saúde, principalmente na saúde cognitiva, como menor risco de depressão e isolamento”, comenta Simone. “O isolamento e o menor vínculo com as pessoas também favorecem o déficit cognitivo”, completa.

 

Porém, a especialista ressalta que essa interação social precisa ser positiva para ter benefícios na saúde e favorecer o envelhecimento saudável. “Não é só estar junto, mas ter uma convivência saudável, de troca, principalmente, intergeracional, ou seja, a convivência com diferentes gerações”, finaliza.

 

Os pesquisadores afirmam que as descobertas do estudo ressaltam o papel dos fatores de estilo de vida na contribuição de doenças crônicas, como diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. Os resultados também ajudam a quantificar o grau em que as nossas escolhas podem ajudar a reduzir o risco dessas doenças e viver mais.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-23207 - Escrito por Gabriela Maraccini - FG Trade/GettyImages


Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis.

Marcos 11:24


segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Atividade física reduz em até 40% risco de 9 tipos de câncer


Estudo analisou dados de recrutas suecos com idades entre 16 e 25 anos

 

Recentemente, um estudo de longa duração foi publicado na edição online da revista científica British Journal of Sports Medicine, o qual revelou que uma sólida condição cardiorrespiratória está relacionada a uma redução de até 40% no risco de desenvolvimento de nove variedades de câncer, principalmente entre o público masculino.

 

A aptidão cardiorrespiratória diz respeito à capacidade de uma pessoa realizar atividades aeróbicas prolongadas, como corrida, ciclismo e natação, ou até mesmo subir escadas. Apesar de já se ter conhecimento da ligação entre essa capacidade e a redução dos riscos de determinados tipos de câncer, a pesquisa nesse campo tem sido limitada em relação a estudos abrangentes e de longo prazo. Porém, isso mudou.

 

Nesse novo estudo, os cientistas utilizaram dados de registros suecos, abrangendo informações até o final de 2019. Esses dados englobavam detalhes fundamentais, diagnósticos médicos e óbitos de jovens recrutas que ingressaram no serviço militar entre 1968 e 2005. No início de seu período de serviço, quando tinham entre 16 e 25 anos, os recrutas passaram por uma bateria padrão de avaliações. Isso incluía medições como altura, peso (IMC), pressão arterial, força muscular e a própria aptidão cardiorrespiratória.

 

Dados do estudo

A avaliação final englobou uma população com mais de 1 milhão de homens, dentre os quais 84.117 (7%) foram diagnosticados posteriormente com câncer em pelo menos um local, durante um período médio de acompanhamento que durou cerca de 33 anos.

 

No total, 365.874 recrutas apresentavam um nível reduzido de aptidão cardiorrespiratória; 519.652 registraram um nível moderado; e 340.952 exibiram um nível elevado.

 

A análise demonstrou que os recrutas com aptidão cardiorrespiratória baixa apresentavam uma inclinação ligeiramente maior para a obesidade, histórico de abuso de álcool e substâncias, além de terem pais com um nível educacional mais baixo quando comparados aos indivíduos com melhor condicionamento físico.

 

Comparativamente aos homens com baixo condicionamento físico no início do recrutamento, constatou-se que uma maior aptidão cardiorrespiratória estava relacionada a um menor risco de desenvolvimento de tipos específicos de câncer, como os que afetam a região da cabeça e pescoço, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim e pulmão.

 

Confira abaixo:

 

Câncer retal: redução de 5% no risco;

Câncer pancreático: redução de 12% no risco;

Câncer de intestino: redução de 18% no risco;

Câncer de cabeça e pescoço: redução de 19% no risco;

Câncer renal: redução de 20% no risco;

Câncer de estômago: redução de 21% no risco;

Câncer de tubo alimentar: redução de 39% no risco;

Câncer de fígado: redução de 40% no risco;

Câncer de pulmão: redução de 42% no risco.

 

Contudo, uma elevada capacidade cardiorrespiratória também demonstrou estar vinculada a um aumento de 7% no risco de câncer de próstata e um incremento de 31% no risco de câncer de pele.

 

Os pesquisadores sugerem que a realização de triagens para detectar câncer de próstata e a exposição à luz solar podem explicar essas descobertas. Importante mencionar as limitações presentes nesse estudo, uma vez que ele se configura como um estudo observacional, não possibilitando o monitoramento das mudanças na aptidão cardiorrespiratória ao longo do tempo ou a coleta de dados genéticos dos participantes.

 

Porém, as conclusões obtidas estão alinhadas com as orientações da Sociedade Americana de Oncologia Clínica em relação ao exercício físico durante o tratamento do câncer.

 

Os autores afirmam que este estudo evidencia que uma melhor aptidão física em homens jovens e saudáveis está correlacionada a uma redução no risco de desenvolvimento de 9 dos 18 tipos específicos de câncer analisados, destacando as taxas de risco clinicamente mais relevantes na região gastrointestinal.

 

Os resultados têm a capacidade de ajudar na formulação de políticas públicas de saúde, ampliando ainda mais o estímulo para a implementação de intervenções que visem aprimorar a capacidade cardiorrespiratória entre os jovens.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/2023-08-16/estudo-aponta-que-atividade-fisica-reduz-ate-40--o-risco-de-9-tipos-de-cancer.html - Por Caciane Sousa - Foto: Reprodução Freepik


Minha carne e meu coração podem desfalecer, mas Deus é a força do meu coração e minha porção para sempre. (Salmos 73:26)


sábado, 19 de agosto de 2023

Qual a chave para o rejuvenescimento? Veja o que descobriu um novo estudo


Pesquisadores dos Estados Unidos descobriram que uma união de fatores foi capaz de reduzir a idade biológica de um grupo de mulheres

 

Já imaginou como seria o mundo se fosse possível reverter a idade biológica? Desde a antiguidade diversos povos buscavam pela lendária fonte da juventude, uma suposta nascente de águas capazes de reverter a idade de quem a bebesse. Parece fantasioso demais, porém se assemelha à busca atual por métodos e tecnologias capazes de atingir o chamado rejuvenescimento, mudando não só aspectos físicos, mas também a idade biológica.

 

De acordo com a médica e cirurgiã plástica especialista em rejuvenescimento Dra. Elodia Avila, cuidados estéticos são apenas “a ponta do iceberg” de um processo de rejuvenescimento completo.

 

“Tratamentos e cirurgias estéticas são uma parte importante do processo de rejuvenescimento, mas não são o mais importante. Isso porque, para que ele seja realmente completo, é importante associá-los a uma série de outros cuidados essenciais que tratam da idade biológica”, destaca.

 

Qual a diferença entre idade biológica e cronológica?

 

Segundo a Dra. Elodia Avila, a idade biológica refere-se ao estado funcional dos tecidos, órgãos e sistemas do corpo, medindo a saúde e a vitalidade em relação ao tempo vivido. Ela é influenciada por fatores como genética, estilo de vida e exposição a estresses ambientais.

 

“Já a idade cronológica, por outro lado, é a medida do tempo transcorrido desde o nascimento. Ou seja, sua idade tradicional, sob a qual não se pode fazer nada para alterar, ao contrário da idade biológica”, elucida.

 

Estudo revela a possibilidade de um rejuvenescimento completo

A ciência busca recorrentemente estratégias para estimular a regressão de idade biológica – e parece que os cientistas estão no caminho certo. Um novo estudo realizado por um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos apontou que abordagens multifatoriais em mudanças no estilo de vida podem ser a chave para o rejuvenescimento.

 

O estudo analisou seis mulheres que foram submetidas durante oito semanas a uma série de mudanças de estilo de vida, envolvendo sono, dieta, relaxamento, exercícios físicos e processos de metilação (isto é, um processo bioquímico que envolve a adição de grupos metila à molécula de DNA, influenciando a expressão gênica). Ao fim do processo, houve uma redução média de 4,60 anos na idade biológica do paciente.

 

“Este estudo reforça que não basta uma mudança específica ou um tratamento único para o processo de rejuvenescimento, é necessária uma abordagem mais completa e sempre com acompanhamento profissional”, destaca Elodia.

 

“O rejuvenescimento deve ser feito considerando o organismo como um todo para ter não apenas uma aparência jovem, como uma saúde, mobilidade, raciocínio e cognição jovens”, completa a especialista.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/qual-a-chave-para-o-rejuvenescimento-veja-o-que-descobriu-um-novo-estudo.phtml - By Milena Vogado - Foto: Shutterstock


“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. (João 8:33)