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domingo, 18 de maio de 2014

País do futebol: um país que excluí talentos!

A Copa do Mundo aproxima-se rapidamente de sua execução no Brasil em 2014. Um dos maiores eventos do mundo em que o “país do futebol” foi contemplado. Apesar do país ser inexperiente para acolher tal evento, será grande e de imprescindível valor o legado deixado, tanto em questão de cultura quanto financeira.

Para a realização do evento foi investido muito dinheiro e trará grande arrecadação de lucros, porém, há controversas em relação ao destino deste. Como tudo no Brasil, esse recurso é do povo brasileiro que batalha todos os dias para obter melhores condições de vida e na maioria das vezes, desiste de seus ideais por falta de oportunidades.

Foi prioridade investir no evento de um mês, em que a nação é denominada “país do futebol”, no entanto, o resto do ano não é preferencial investir em garotos que sonham ser grandes jogadores, esportistas e muitas vezes, desistem de seus objetivos. São muitos sonhos e futuros brilhantes do povo jogados no lixo, junto com o dinheiro público, desperdiçados em fins que não serão para melhorar a saúde, segurança, transporte e principalmente para educação, a base para resolver alguns problemas sociais do brasil.

Diferentemente das outras copas do mundo, a preocupação da população agora não é se a seleção brasileira irá ganhar, e sim, quais vantagens vão ter com tantos gastos. Sabemos que muito dinheiro vai ser arrecadado, todavia, usado de forma absurda pelos políticos, sobrará apenas as dividas excessivas, comprometendo o “bolso” da sociedade.

Não adianta sermos à “7ª economia do mundo, e na educação 88º”, pagamos um dos maiores impostos, contudo, o dinheiro não é retornado em forma de benefícios para a população. Além da copa, em 2014 é ano de eleição, assim, temos que ser pacíficos para não persistir no ciclo do erro. Nós podemos mudar a nação, fazendo a diferença, o presente e o futuro do país estão em nossas mãos, basta acreditar no poderio que os brasileiros exercem sobre o Brasil.

Autor: Abnael Nunes Santos, aluno do 3º Ano B1 do Colégio Estadual Murilo Braga

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Sistema de Cotas nas Universidades: A inclusão que exclui

“Uma criança afrodescendente observava o homem dos balões na quermesse.
Evidentemente, o homem era um bom vendedor, pois deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores em perspectiva.
Então ele soltou um balão azul, depois um amarelo e, finalmente, um branco.
Todos foram subindo cada vez mais até desaparecerem.
A criança ficou bastante tempo olhando o balão preto, aí perguntou:
- Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?
O vendedor de balões deu ao garotinho um sorriso compreensivo.
Partiu o cordão que prendia o balão preto e, enquanto ele se elevava nos ares, disse:
- Não é a cor, filho. É o que está dentro dele que o faz subir.”

O governo criou um sistema de cotas nas universidades públicas para beneficiar os alunos afrodescendentes e os que estudam em escolas públicas com a afirmação de que haverá uma diminuição das desigualdades entre cidadãos e grupos sociais, como se eles fossem menos competentes, capazes ou inteligentes em relação aos brancos e aos que estudam em escolas particulares para passar no vestibular.

Algumas décadas atrás estudei em escola pública e o nível de ensino era bom, mas com o passar dos anos piorou, vieram os filhos e optei em colocá-los para estudar na escola particular para terem uma melhor qualidade de ensino. O fato de ter estudado em escola particular não quer dizer que meu filho seja de família rica, porque na maioria das vezes, quem tem filhos estudando na escola particular está se sacrificando financeiramente para oferecer melhores condições de ensino a eles e aumentando as chances de aprovação no vestibular, mas com o sistema de cotas, estão perdendo 50% de chances de ingressarem nas universidades públicas.

O sistema de cotas já foi muito discutido no país, uns a favor e outros contra, mas agora que saíram os resultados dos vestibulares é que veremos na prática as suas deficiências. Milhares de alunos estão comemorando a aprovação no vestibular, mas também é verdade que outros milhares estão frustrados, decepcionados e revoltados, principalmente, os que estudaram em escola particular e não conseguiram a vaga por causa do sistema de cotas e viram alunos do grupo B e C (afrodescendentes e alunos das escolas públicas), com menos pontos ingressarem nos seus lugares. Por exemplo, no curso de medicina da UFS, apenas um aluno do grupo B e C ficaria classificado para o grupo A (escolas particulares) se não existissem as cotas, provavelmente dezenas de alunos do grupo A tiveram mais pontos que os alunos aprovados nos grupos B e C e ficaram de fora. Provavelmente, isto ocorreu em quase todos os cursos oferecidos pela UFS e em todas as universidades públicas brasileira.

Algumas perguntas precisam de reflexões e respostas: É justo que os alunos do grupo A que obtiveram mais pontos que os alunos do grupo B e C fiquem de fora da universidade por causa das cotas? O ensino nas universidades será nivelado pelos alunos aprovados no grupo A ou pelos alunos dos grupos B e C? É justo que depois de 12 anos de estudo, o aluno seja discriminado por ter estudado em escola particular e perca a chance de 50% em ingressar na universidade pública por causa de um sistema de cotas? Os afrodescendentes que são juízes, promotores, engenheiros, professores, médicos precisaram de cotas para ingressar nas universidades e serem bem sucedidos na vida ou foi por estudo, capacidade e competência? O sistema de cotas não está sendo uma discriminação racial e social para todos?

O governo também deveria criar um sistema de cotas para o ingresso de políticos no congresso nacional, nas assembleias legislativas e nas câmaras de vereadores determinando vagas obrigatórias aos índios, sem terra, trabalhadores assalariados, mulheres, afrodescendentes e cidadãos que estudaram em escolas públicas, porque a maioria dos políticos eleitos vem da elite que domina o Brasil há centenas de anos como: fazendeiros, empresários, usineiros, banqueiros.

O que o governo precisa fazer é melhorar o ensino nas escolas públicas e aumentar o poder aquisitivo do cidadão para diminuir as desigualdades sociais e não criar sistemas de cotas, porque desta maneira o mérito acadêmico está ficando em segundo plano, em que alguns alunos bem pontuados perdem as vagas para outros menos pontuados. Seria o mesmo que você chegar em 3º lugar numa corrida e perder a medalha de bronze para o 4º colocado.

Para o cidadão ser alguém na sociedade, ele precisa ser capaz, competente, inteligente e não privilegiado por um sistema de cotas, por que é injusto incluir alguns, excluindo outros. O sistema de cotas precisa ser revisto para que a injustiça não prevaleça no mérito do conhecimento, por que alguém está sendo discriminado por ele; quem será?

Por Professor José Costa