Mostrando postagens com marcador Histórias. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Histórias. Mostrar todas as postagens

domingo, 10 de maio de 2015

5 verdades básicas que parecem antigas, mas são muito recentes

Você provavelmente já assistiu inúmeros filmes e programas de TV que ocorrem no Velho Oeste, na Roma Antiga, na Renascença etc. O problema é que essas histórias são sempre contadas pensando em um público moderno – ou seja, elas incluem algumas invenções muito recentes que acabamos assumindo que remontam milhares de anos.

5. Os médicos não eram respeitados como profissionais até o século 20
Quando você era criança, a maior esperança de seus pais é que você superasse as chances e se tornasse alguém altamente respeitado, como um médico. Voltando apenas um século ou dois para trás, isso não seria melhor do que dizer aos seus pais hoje que você decidiu ter uma carreira criticando videogames no YouTube.
Na Roma antiga, ser um médico era considerado uma das mais humildes profissões. Naquela época, o trabalho de costurar pessoas depois de terem sido esfaqueadas por um visigodo era relegado a pessoas dos degraus mais baixos da sociedade, como escravos ou estrangeiros. Por quê? Bem, há o fato de que até recentemente a arte de curar pessoas era uma extremamente frustrada.
Todo o conceito de ter que obter uma licença médica, ou ter que aprender muita coisa sobre como o corpo funciona, é muito recente. Os médicos não sabiam que tinham que lavar as mãos antes de cirurgias até meados de 1800! Assim, por séculos, hospitais eram onde você ia para morrer, e os médicos eram os açougueiros que usavam ferramentas enferrujadas antes de enviá-lo para casa com algum mercúrio para beber.
Por volta do século 18, os médicos eram colocados no mesmo nível social que, por exemplo, barbeiros. Na verdade, uma revista médica dessa época uma vez lamentou que se tornar um médico era popularmente considerado jogar sua vida fora.
Então, quando nos aproximamos do início do século 20, uma série de avanços na medicina introduziu a ideia radical dos pacientes irem do hospital para suas casas vivos. Governos começaram a exigir que os profissionais da saúde aprendessem tudo o que pudessem antes de chamar a si mesmos de médicos e, de repente, as pessoas estavam dispostas a pagar muito dinheiro para seus serviços.

4. Nós não emprisionávamos criminosos a longo prazo até 1800
Você seria perdoado por assumir que o conceito de prisão é tão antigo quanto o conceito de crime. Afinal de contas, temos histórias e histórias de pessoas sendo trancadas em torres. Mas, apesar de masmorras e prisões existirem em certa medida há muito tempo, o conceito de prisão como punição por cometer um crime é novo: nasceu em cerca de 1800.
Ao longo da história, a prisão era usada apenas para evitar que criminosos fugissem das suas cidades antes de seu julgamento. Quando as punições eram efetivamente entregues, geralmente vinham na forma de algo muito mais público e imediato do que o encarceramento. Antes do século 19, as sentenças variaram de enforcamento para os piores criminosos, a açoitamento ou humilhação pública para os casos menos graves.
Tão recentemente quanto o século 18, era prática comum para criminosos simplesmente serem marcados com seu crime para que os outros sempre estivessem cientes do tipo de idiota que ele era.
Na verdade, toda a nação da Austrália deve sua existência ao fato de que a Grã-Bretanha não tinha um conceito de prisão antes de 1800. Confrontados com o problema de um número crescente de criminosos simplesmente se reintegrando à sociedade, a Grã-Bretanha achou a descoberta de um novo continente para onde pessoas indesejáveis poderiam ser enviadas uma excelente ideia. O fato de que a Austrália era cheia de animais mortais era apenas um bônus, tornando a deportação uma espécie de execução cruel e incomum.
Foram os EUA que, eventualmente, surgiram com a ideia de aprisionamento de longo prazo como uma alternativa para a morte ou banimento dos criminosos. Na década de 1830, a América proferia a pena de morte para um número surpreendente de infrações, de assassinato a andar fora da faixa de pedestre. Assim, os EUA começaram a pensar em alternativas menos cruéis para certos crimes. Foi assim que nasceu o conceito de simplesmente trancar criminosos em um grande edifício de pedra durante vários anos, o que também deu à luz o conceito de reabilitação. A ideia era que, dado o tempo suficiente para refletir sobre o que tinham feito, os antissociais poderiam mais uma vez tornar-se membros produtivos da sociedade. Ainda não sabemos se isso realmente funciona (em certos cenários), mas já foi um avanço.

3. O fim de semana foi uma estratégia empresarial inventada no século 20
“Espere, o conceito de ter um dia de folga a cada semana não está na Bíblia ou algo assim?”. Sim. Ter um dia de folga vem da ideia de que Deus precisou fazer uma pausa depois de passar seis dias criando o universo. Mas o conceito de “fim de semana” como nós o conhecemos não existia no mundo ocidental até tão recentemente quanto 1926. Sábado era apenas mais um dia de trabalho regular. Domingo era dia de folga apenas se você conseguisse convencer o seu patrão de que Deus iria te queimar no inferno se você trabalhasse nesse dia.
Como resultado, a semana de trabalho média no passado era de cerca de 50 horas. Então, como é que os trabalhadores do mundo fizeram seus chefes duplicar suas férias semanais? Uma das principais questões foi que havia tensões entre os trabalhadores sobre qual seria o melhor dia de folga. Os cristãos reconheciam o domingo como dia de descanso, mas na tradição judaica, seria o sábado. Então, se você tinha uma mistura de religiões representadas na força de trabalho de sua empresa, você teria que pedir para alguém violar a sua fé, não importa em que dia fechasse os negócios.
Uma solução simples foi criada pelo magnata do automóvel Henry Ford – em 1926, ele decidiu dar a todos os trabalhadores de suas fábricas o sábado e o domingo de folga, não importa a sua religião. Foi uma boa decisão de negócios. Provavelmente, os trabalhadores pararam de brigar entre si e começaram a passar a maior parte de seu fim de semana dirigindo seus automóveis Ford, fazendo propagandas em passeios longos e gastando mais dinheiro consertando-os depois.
Mais tarde, a Grande Depressão bateu nos EUA e a semana de trabalho reduzida foi vista puramente como uma maneira de cortar horas de trabalho sem ter que despedir trabalhadores. Em seguida, o governo estabeleceu a semana de trabalho com no máximo 40 horas, imaginando que ajudaria a criar empregos (uma vez que seria mais barato contratar mais pessoas do que pagar horas extras). O fim de semana finalmente se estabeleceu no mundo trabalhista.
A notícia ruim é que provavelmente vai morrer em breve – muitos hoje já trabalham nos fins de semana, graças à proliferação de serviços que mantêm suas portas abertas sete dias por semana. Ei, foi divertido enquanto durou.

2. Nós não sabíamos como a economia funcionava até depois da Depressão
Dinheiro faz o mundo girar desde o momento em que um homem das cavernas descobriu que poderia adquirir a melhor caverna de seu vizinho simplesmente dando-lhe 20 coelhos, em vez de precisar matá-lo. Por isso, é surpreendente saber que, apesar de ser um dos conceitos mais antigos da humanidade, não sabíamos como ele funcionava em grande escala até o início do século 20.
Quando a Grande Depressão atingiu os EUA na década de 1930, levou milhões de pessoas a ruína. Naquele momento, ninguém sabia como isso tinha acontecido. Não era como se houvesse um monte de ideólogos políticos avisando de uma recessão – os preços apenas começaram a subir, a renda a cair, e ninguém conseguia explicar por quê. Claro, as pessoas conheciam conceitos como pânicos bancários, inflação e mercado de ações. Só não sabiam como todas essas coisas se entrelaçavam de tal maneira que de repente elas não podiam mais alimentar seus filhos.
Então, o governo americano teve de reunir todos os seus assistentes para descobrir uma maneira de medir a saúde financeira global do país e prever uma desgraça como essa da próxima vez. O resultado foi a renda nacional, agora conhecida como produto interno bruto, ou PIB – essa foi a primeira vez que fomos capazes de colocar números para o que está realmente acontecendo na economia de uma nação, em vez de depender de superstições e boatos.
O relatório apresentado ao Congresso feito por essas pessoas que acabaram conhecidas como “economistas” ficou tão popular entre a população em geral durante a Grande Depressão que se tornou um bestseller do New York Times. Pense nisso!
O conceito de PIB se tornou tão útil na previsão das reviravoltas da economia que logo foi adotado por praticamente todo o mundo, razão pela qual não tivemos uma crise financeira global desde então.

1. O conceito de minutos e segundos foi inventado por causa dos horários de trem
Existem civilizações na Terra que não têm noção do tempo. Obviamente, eles têm noção que o “dia” é que o tempo entre o sol nascer e se por, e que depois vem a noite. No entanto, eles não sabem dizer as horas como nós fazemos. E isso não é tão estranho: tal conceito é na verdade muito recente.
Bom, o conceito da hora é antigo – veio dos sumérios, que usavam 24 como a base de seu sistema de contagem, em vez de 10. Isso porque, em vez de contar com os dedos, eles contavam com os nós dos dedos (e existem 12 em cada mão, descontando o polegar). Então, depois que os sumérios decidiram que havia 24 horas em um dia, o normal seria que outra subdivisão surgisse, não? Ou seja, minutos e segundos.
Na verdade, no entanto, ninguém se incomodou com isso por milhares de anos. Só começamos a subdividir as horas quando inventamos a locomotiva.
Antes disso, a hora era medida por relógios de sol. No mundo antigo e medieval, a maioria das pessoas cultivavam seus campos durante o dia, enquanto as ricas se sentavam em seus tronos. Chegava o anoitecer, e era isso. Ninguém realmente precisava saber qual era o momento específico do dia.
Quando os primeiros relógios mecânicos foram inventados, a maioria só marcava horas. Finalmente, em 1800, quando a viagem de trem se tornou popular, as pessoas começaram a perceber que uma unidade de tempo menor do que a hora era necessária em suas vidas diárias. Como trens viajavam muito mais rápido do que os cavalos, as pessoas precisavam de alguma maneira de medir o tempo de chegada do veículo mais especificamente do que apenas olhar para cima para ver onde o sol estava.
Na década de 1860, a empresa ferroviária Great Western Railway da Grã-Bretanha decidiu padronizar o tempo arbitrariamente com base em um relógio de Greenwich (por que não?). Assim, finalmente o conceito de minutos e segundos começou a fazer parte do nosso cotidiano. [Cracked]

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

15 filmes que fazem você repensar toda sua vida

Todo mundo tem seus filmes preferidos. Aqueles que formam o caráter, ou que foram vistos em momentos especiais, outros com atuações incríveis e alguns com histórias marcantes. Mas e quando o filme tem a capacidade de mudar vida de quem assiste?

Ainda que o conceito seja bastante subjetivo, há algumas histórias que são tão bem contadas que nos deixam com cara de bobo quando os créditos começam a rolar na tela. É aquele tipo de roteiro que não sai da sua cabeça por dias e que você quer mostrar para todo mundo só para poder dividir esta experiência.

A lista é longa, mas preparamos uma seleção com 15 destes filmes que fazem você repensar toda a sua vida e que foram lançados nas últimas décadas. Quem sabe eles não incentivam alguém a mudar a maneira como age com as pessoas e o mundo ao seu redor. Confira:

15 – O Show de Truman (The Truman Show, 1998)
Quem já não teve a impressão de que a sua vida é um grande reality show, com câmeras espalhadas por todos os cantos, com cada movimento sendo observado e julgado? “O Show de Truman” é um retrato da sociedade cada vez mais conectada em que vivemos. Um reality show que mostra a vida toda de uma única pessoa, sem que ela saiba que está sendo filmada. A diferença para o Big Brother é que os participantes sabem onde estão se metendo – ao contrário do pobre Truman. O que você faria se fosse com você: curtiria a fama ou escolheria a liberdade?

14 – À Espera de um Milagre (The Green Mile, 1999)
Baseado na obra de Stephen King, “À Espera de um Milagre” lida com temas sensíveis como injustiça, compaixão, preconceito, bondade e sacrifício. Pessoas presas injustamente sempre rendem uma reflexão sobre o tipo de justiça que é feita na sociedade – ainda mais quando o preso tem poderes mágicos. O filme vale ser visto também pela atuação de Michael Clarke Duncan, ator icônico que faleceu em 2012, com apenas 54 anos.

13 – Uma Mente Brilhante (A Beautiful Mind, 2001)
A linha tênue entre a genialidade e a loucura é o fio condutor de “Uma Mente Brilhante”, vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2002. A história é baseada na vida do matemático John Forbes Nash, que chegou a ser nomeado matemático sênior de investigação da Universidade de Princeton. A perseverança de Nash para superar os obstáculos que sua própria mente impunha através da esquizofrenia é, no mínimo, inspiradora.

12 – Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption, 1994)
Voltando à temática da prisão (e voltando também a obras baseadas em histórias de Stephen King), “Um Sonho de Liberdade” é comumente considerado um dos filmes mais inspiradores em várias listas do tipo. A história de um marido condenado à prisão pela morte da mulher, que consegue reconstruir a vida dentro da cadeia, é bastante forte. Assim como em todos os bons filmes, os personagens secundários sustentam a história de maneira consistente e precisa. Um tema bastante interessante abordado pela história é a incrível capacidade do ser humano de se adaptar a uma situação, por mais terrível que seja.

11 – Náufrago (Cast Away, 2000)
Falando em liberdade, “Náufrago” apresenta uma outra forma de falta dela. Tom Hanks está em uma ilha paradisíaca, com um mar clarinho, areia, sombra e água fresca. Mas sozinho, por anos, sem contato algum com o mundo exterior. Náufrago é certamente um daqueles filmes que te fazem pensar sobre o sentido da vida, do universo e das relações que você está construindo com os outros seres humanos ao seu redor. Outro bom motivo para ver o filme é a tocante atuação da bola Wilson.

10 – Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind, 2004)
Se você pudesse apagar as memórias indesejadas – como, digamos, as de um relacionamento mal sucedido -, ficando apenas com o lado bom de seu passado na cabeça, você faria isso, mesmo considerando todo o aprendizado perdido? É essa a questão de “Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças”, outro filme que traz Jim Carrey fazendo um raro papel sério. Trilhando caminhos por lados obscuros da mente e da memória, o filme vai além das lembranças e coloca em pauta o valor das experiências, tanto as boas quanto as ruins, como construtoras da personalidade. Mais do que lembrar, se você pudesse fazer de novo coisas que teriam consequências tão boas quanto ruins, tão positivas quanto negativas, você faria?

9 – 127 horas (127 hours, 2010)
Esse é para quem tem estômago forte. “127 horas” também é baseado em uma história real, a do alpinista Aron Ralston, que em 2003 ficou preso pelo braço entre duas pedras quando escalava uma formação rochosa em Utah, nos EUA. O desespero, a angústia e a vontade de viver de Aron são as marcas da história, contada com habilidade pelo diretor Danny Boyle. Um clássico exemplo da vida continuando mesmo depois de um trauma grande e totalmente inesperado.

8 – Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine, 2006)
Ah, nada supera o amor familiar. Talvez apenas a loucura familiar. “Pequena Miss Sunshine” mostra as relações de uma típica família disfuncional – bom, talvez não tão típica assim: um avô desapegado de qualquer modo ou bom costume, um tio gay e suicida, um pai viciado em trabalho, uma mãe neurótica e um irmão propositalmente mudo são os parentes mais próximos de Olive, uma menina inocente e cheia de vida que tenta se enquadrar nos parâmetros sociais. O filme, que venceu diversos prêmios e foi bastante elogiado pela crítica, surpreendeu por ter tanto diretor e roteirista fazendo seus primeiros trabalhos no cinema.

7 – À Procura da Felicidade (The Pursuit of Hapiness, 2006)
Parece que a vida real é realmente uma boa fonte de inspiração para filmes. “À Procura da Felicidade” dá um exemplo de superação baseado na história de Chris Gardner, um pai de família sem um centavo no bolso que consegue superar todas as dificuldades para dar uma vida melhor ao filho que cria sozinho. Assim como todas as adaptações, a história foi criticada (principalmente pela ex-mulher de Chris) por não apresentar os fatos exatamente como aconteceram na verdade. A essência da história, no entanto, de lutar e conseguir dias melhores, se mantém.

6 – Na Natureza Selvagem (Into the Wild, 2007)
Ao contrário de “À Procura da Felicidade”, a busca de Christopher McCandless, personagem real de “Na Natureza Selvagem”, é por uma fuga da loucura da sociedade moderna. Formado, jovem e com dinheiro suficiente no banco, McCandless decide largar tudo e fazer uma viagem solitária até o Alasca, buscando na natureza um refúgio contra uma sociedade que acredita não fazer parte. Alexander Supertramp, pseudônimo que dá a si mesmo, é o retrato de todo jovem que passa a questionar o mundo a seu redor, mas com coragem suficiente para deixar tudo para trás e fazer o que quiser.

5 – A Vida é Bela (La Vita è Bella, 1997)
Se há algum filme que pode ser apontado como capaz de mudar a forma como lidamos com nossos problemas, este filme é “A Vida é Bela”. Dirigido e estrelado pelo italiano Roberto Benigni, o filme encara de frente a temática da Segunda Guerra Mundial sob o ponto de vista dos judeus forçados a trabalhar e morrer nos campos de concentração. Os esforços de Guido para tornar o fardo menos pesado para o pequeno Giosué são tristes, engraçados, inspiradores e belos como a vida. Uma história de amor entre pai e filho poucas vezes retratada com tanto carinho no cinema.

4 – Up – Altas Aventuras! (Up, 2009)
Já faz tempo que as animações deixaram de ser coisa de criança. Apesar do tom mais leve que um filme assim costuma ter, “Up” tem uma bonita história de amizade e passa uma mensagem importante de valorização e recomeço, independentemente da idade ou dos sonhos que ficaram para trás. Ah, e tem também cachorros falantes. Nada pode ser mais inspirador do que cachorros falantes.

3 – Intocáveis (Intouchables, 2011)
Filme mais recente desta lista, “Intocáveis” lida com um tema sensível como a deficiência física de uma forma livre de tabus. Driss é o típico jovem egoísta e autocentrado que passa a cuidar de um aristocrata tetraplégico. Apesar dos conflitos, os dois passam a cultivar uma inesperada amizade baseada no respeito e na sinceridade. O resultado é um aprendizado mútuo sobre a condição humana.

2 – Efeito Borboleta (The Butterfly Effect, 2004)
Outro filme que lida com a questão do passado e das escolhas, Efeito Borboleta faz o que cada um de nós já teve vontade de fazer pelo menos uma vez na vida: voltar ao passado para mudar algo de que nos arrependemos. Em seguida, o enredo mostra como o protagonista, interpretado por Ashton Kutcher, lida com a questão das consequências que atitudes como essa causam. Cada mudança gera uma tempestade em sua vida, alterando o curso dos acontecimentos de forma incontrolável. Talvez o recado seja mesmo esse: preste bem atenção no presente, ele é a única chance que temos de fazer qualquer coisa.

1 – A Lista de Schindler (Schindler’s List, 1993)
Na história do cinema contemporâneo, mais comuns do que filmes biográficos, só aqueles sobre a Segunda Guerra Mundial. Apostando em uma fórmula de ouro, “A Lista de Schindler” resolveu unir os dois gêneros ao contar a emocionante trajetória do alemão Oskar Schindler. Bem relacionado com a SS, a polícia nazista, ele se apropria de uma fábrica de panelas polonesa em 1939, depois da criação do Gueto de Varsóvia e do decreto que proibia que judeus fossem proprietários de negócios. Utilizando sua posição privilegiada, emprega e salva a vida de mais de mil judeus poloneses. Mostrando cenas fortes de campos de concentração e da violência dos nazistas, o longa é filmado em preto e branco, garantindo uma imersão no clima da época. Lembre-se de apertar o play tendo uma caixa bem grande de lenços à mão. Você vai precisar.

domingo, 18 de agosto de 2013

Correndo pelas ruas de Aracaju


     Em 1976, a equipe de basquete do Colégio Estadual Murilo Braga disputou pela primeira vez os Jogos Estudantis de Sergipe, atualmente Jogos da Primavera, em Aracaju, e eu participei pela categoria A juntamente com alguns colegas, na época eu estudava 8ª série. O nosso primeiro jogo foi disputado na quadra da Marinha, localizada na Rua Ivo do Prado, conhecida também como Rua da “frente”. Apesar do CEMB ser um colégio do interior, a coordenação de basquete colocou o nosso jogo por último na rodada da noite. O professor Romilto Mendonça reclamou e solicitou a mudança do horário, que não foi acatado.

 

     Mais ou menos às 21 horas entramos em quadra para enfrentar o Salesiano, um dos melhores colégios do basquete sergipano. Ao término do 1º tempo, estávamos perdendo o jogo pelo placar de 51 a 2, quando o professor Romilto resolveu retirar a equipe do jogo, porque se assim não fizesse, perderíamos o ônibus de retorno a Itabaiana, que saia da rodoviária, no centro de Aracaju. Ao chegar à rodoviária, o funcionário da empresa  informou que a lotação do ônibus estava completa e que não podia vender passagens, pois o DER não permitia que o ônibus iniciasse a viagem com passageiros em pé.

 

     Fomos orientados pelo funcionário a ir correndo para o Bairro Siqueira Campos, no ponto do cinema Plaza, atualmente, a Igreja Universal do Reino de Deus, e aguardar a chegada do ônibus, se desse tempo, pois o mesmo sairia dentro de poucos minutos. E assim fizemos, professor e alunos, corremos pelas ruas de Aracaju, aproximadamente a uma distância de 2 quilômetros, percorrendo ruas escuras com pessoas estranhas e cachorros latindo e, em algumas vezes, correndo atrás de nós.

 

     Ao chegarmos a frente do cinema, cansados e suados, o ônibus parou, pois, o motorista já estava sabendo do problema, e adentramos ao mesmo. Tivemos que viajar em pé e ouvindo reclamações dos outros passageiros pelo odor que desprendia dos nossos corpos.

 

     No decorrer da viagem alguns passageiros desembarcaram em pontos da rodovia e nós aos poucos, fomos sentando e descansando. Chegamos a Itabaiana e desembarcamos na Praça João Pessoa, local que ficava a sede da empresa de ônibus, e fomos para nossas casas. A equipe foi desclassificada dos jogos e apesar dos percalços do episódio, todos os alunos continuaram praticando o basquete naquele ano.

 

     Em 1977, o Professor Romilto foi trabalhar em Aracaju assumindo a coordenação de educação física do Colégio Atheneu Sergipense e alguns colegas foram estudar em escolas da capital, e por isso, a equipe foi desfeita. Em 1978, o Professor José Antônio reuniu o restante do grupo e somou com alguns alunos novatos para a formação de uma nova equipe. A partir daí, o basquete do CEMB se tornou no maior celeiro de basqueteiros de Sergipe.

 

Professor José Costa