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quinta-feira, 17 de março de 2022

Como ensinar uma criança a ler: 7 dicas importantes


Claro que o trabalho de um alfabetizador não se resume a sete dicas simples e rápidas. Mas, para os pais e cuidadores, são ótimas estratégias!

 

Faz tanto tempo que a maioria de nós foi alfabetizado, que não nos lembramos das técnicas que a professora usava para ensinar a ler. Então, se você estiver querendo aprender como ensinar uma criança a ler, veja algumas dicas simples para colocar em prática no dia a dia, mesmo na hora das brincadeiras.

 

1. Letras, desenhos e símbolos: mostre as diferenças

Para a criança que não é alfabetizada, ainda não existe diferença entre letras, desenhos e símbolos. Então, cabe a você começar a mostrar as diferenças.

É como quando você precisa entender o que está escrito em um idioma completamente diferente, com outro alfabeto, tipo o japonês ou russo. Você não conseguirá entender porque nem sabe diferenciar o que são letras, desenhos ou símbolos ali no meio.

A lógica para a criança não alfabetizada é a mesma. Use figuras (desenhos, fotos) para explicar o significado das palavras e mostre com quais letras elas são escritas. Pode fazer isso de forma lúdica, quando surgir a oportunidade e a criança estiver interessada.

 

2. Mostre a ordem da leitura

Para quem já é alfabetizado há tantos anos, parece óbvio começar uma leitura da esquerda para a direita. Mas, como ensinar uma criança a ler sem dizer a ela que a leitura de uma palavra começa da esquerda e vai para a direita? Lembre-se disso.

 

3. Ensine o alfabeto

Essa dica é fácil porque as músicas infantis que ensinam o alfabeto costumam estar presentes desde os primeiros meses do bebê.

Mas, quando a criança estiver perto da idade escolar, você já pode ensinar a ela o alfabeto escrito, não apenas falado. Mostre as letras na ordem certa e use as músicas para ajudar a criança a memorizar.

Mais uma dica é usar aquelas réguas com letras vazadas e outros materiais didáticos que ajudam a desenhar as letras para a criança praticar e ir acostumando sua memória muscular para a escrita.

 

4. Ensine as vogais e os fonemas de forma lógica

Comece com sílabas que possuam consoantes fáceis de serem pronunciadas, como “F, L, M e S”. Explique à criança que, quando unimos as letras “F” e “A”, formamos “FA”. Se unirmos “F” com “E”, formamos “FE”, e assim por diante:

FA – FE – FI – FO – FU

Em seguida, apresente palavras formadas por essas sílabas (FACA, FOCA, FOTO…) e explore-as por meio de jogos, exercícios escritos e orais.

Quando você estiver dizendo as palavras, sempre deixe claro o som de cada letra e peça que a criança repita esses sons e a escrita das letras correspondentes.

A ideia é que a criança entenda que o objetivo das sílabas é servir como base de “blocos” para a formação de palavras.

 

5. Ensine a escrever o nome

A criança já vai ficar bem confiante com o exercício de aprendizado das vogais e dos fonemas, entendendo a formação das sílabas. O próximo passo para deixá-la ainda mais interessada é ensiná-la a escrever o próprio nome.

Você pode apenas ditar as palavras ou escrever o nome numa folha e pedir que a criança escreva igual logo abaixo, mostrando a ela quais são aquelas letras e o som de cada uma.

 

6. Incentive a leitura

Fica mais fácil saber como ensinar uma criança a ler quando você se dá conta que é o maior exemplo dela. Se você deixar a criança ver seu interesse pela leitura, há grandes chances de ela se interessar também. Além de deixar a criança conhecer e explorar os livros físicos, incentive a leitura em todo lugar, em casa e na rua, nas placas, propagandas, etiquetas, em tudo.

 

7. Incentive a escrita

Quando a criança já estiver conseguindo formar algumas palavras de forma consciente, sabendo o que está escrevendo, incentive a produção de histórias que a criança pode inventar e depois contar, ou uma troca de vários bilhetes entre vocês para treinar a escrita.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/como-ensinar-crianca-a-ler/ - por Priscilla Riscarolli


Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele.

Provérbios 22:6


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

8 truques infalíveis para seu filho amar a leitura

Transforme seu filho em um amante dos livros com essas dicas simples de seguir para incentivá-lo a gostar de ler

Incentivar em seu filho o amor pela leitura é um grande favor que você pode fazer para ele e para toda a sociedade. Além de estimular um indiscutível desenvolvimento mental, a leitura melhora todas as funções cognitivas e de entendimento, o senso crítico, a imaginação, a originalidade e a lógica.

É o que explica Júlia Miranda, psicóloga clínica especializada em Terapia Cognitiva Comportamental e Neurociências: “A leitura estimula a criança a converter palavras em ideias, desenvolve a criatividade, a linguagem (tanto oral, quanto escrita), estimula a consciência de si mesmo e a empatia. Melhora os relacionamentos interpessoais, proporciona vivências emocionais, estimula o raciocínio, a imaginação e a curiosidade e o interesse por mundos e coisas diferentes”.

Diferente da televisão, um livro não oferece todas as imagens de cenários, ações, personagens etc. Por isso, ele não pode ser substituído por um desenho ou filme, ou perderia sua capacidade de excitação da criatividade.

A influência dos pais é sempre a melhor maneira de fazer uma criança gostar de alguma coisa. Aliados, claro, ao incentivo da escola e dos parentes, os pais que demonstrarem ter interesse real na leitura e que transmitam aos filhos o prazer dessa atividade, terão mais sucesso na empreitada.

Ao ver os pais gostando e valorizando a leitura, certamente a criança também se interessará.

“Os benefícios da leitura para as crianças são muitos e para toda a vida. Muitos pais desejam despertar o gosto pela leitura em seus filhos, entretanto, na maioria das vezes, buscam fazer isso por meio de uma obrigação, tornando-se algo desinteressante e chato para a criança. Sendo assim, a primeira dica é: não busque obrigá-lo, busque cativá-lo e conquistá-lo para o mundo da leitura”, sugere Julia Miranda.

Com tantas opções de divertimento, principalmente os eletrônicos, que chamam toda a atenção da criançada, desenvolver em seu filho a paixão pela leitura vai depender inicialmente de você, que deverá fazer o movimento necessário para abrir o mundo dos livros para seu pequeno.

Na correria do dia a dia, às vezes nos permitimos deixar nossos filhos se divertirem com celulares, computadores ou com a televisão, assim ganhamos mais tempo, isso é normal. Mas essa rotina não deve ser longa e será necessário que você e as outras pessoas que convivem com a criança tenham a paciência de reservar um tempo para ler junto com ela.


Como, para as crianças, diversão é o que mais importa a todo o momento, a escolha e a leitura dos livros deve ser uma atividade muito prazerosa. Quando a contação de história é somada de outras atividades lúdicas como música, brincadeiras, narração fantástica, enfim, qualquer outra coisa que deixe a leitura mais emocionante, a prática será mais prazerosa e atraente para os pequenos.

O interesse pelos livros não deve ser incentivado apenas quando a criança aprende a ler, mas sim muito antes, desde sempre, com a ajuda de livros apenas com figuras e da sua participação, claro. Para crianças muito pequenas, dê preferência a livros com pouco texto e linguagem bem simples, para evitar que a criança perca a concentração em grandes textos detalhados.

8 truques para incentivar seus filhos a amar a leitura

1. Leia livros com ele
Crie um momento da leitura em casa. Pode ser antes de dormir ou após o café da manhã – o importante é que seja um horário tranquilo, no qual vocês possam ler sem pressa ou interrupções. Demonstre interesse pela história, peça para seu filho te contar o que acontece na imagem ou faça leituras dramatizadas. Vale tudo para deixar o momento divertido e interessante para seu filho, ao mesmo tempo em que vocês aumentam e reforçam seus laços familiares.

2. Leve a criança em bibliotecas, livrarias e encontros literários
A percepção de que existe um espaço amplo e divertido dedicado inteiramente aos livros pode fazer com que as crianças vejam a importância deles de outro modo. Leve-o à sessão infantil e deixe que ele folheie e descubra o livro que mais o interessa. Vocês podem abrir uma carteirinha em alguma biblioteca e inserir na rotina esses momentos direcionados à leitura, da escolha, da devolução ou da compra de livros. Aproveite e leve um livro para você também – seu filho vai ficar muito orgulhoso de ter a mesma responsabilidade que os pais.

3. Crie um espaço de leitura em casa
A psicóloga Julia Miranda destaca a importância de que o acesso aos livros seja fácil: “Algo bem positivo é, conforme for comprando livros adequados e do interesse do seu filho, ir deixando-os em um local da casa de fácil acesso, para que a criança possa pegá-los espontaneamente e sempre que desejar”.
Reserve um espaço no quarto da criança exclusivo para a leitura, pode ser uma prateleira baixa ou um espaço no armário. Deixe que os livros fiquem bem visíveis e fáceis de serem alcançados, para que a criança não tenha que te pedir para pegar quando tiver interesse. Você também pode colocar uma luminária e uma poltrona exclusiva para a leitura, se tiver condições de espaço.
Livros emprestados de bibliotecas ou da escola demandam maior cuidado com a preservação. Mas se o livro for de seu filho, deixe-o folheá-lo livremente, apenas lembrando-o de manusear com cuidado.

4. Atenção para a indicação de faixa etária
Procure livros específicos para a idade do seu filho. Crianças que gostam de livros vão adorar ganhar qualquer um que tenha imagens. Mas livros avançados ou atrasados demais para o nível do seu filho podem deixar a atividade sem graça, desengonçada ou cansativa. A indicação de idade de um livro leva em consideração a quantidade de textos, de imagens e de interações. Respeitando a faixa etária recomendada, mais fácil será a chance de sucesso.

5. Escolha temas que o agradam
É sempre bom que ofereçamos assuntos diversos para a leitura de nossos filhos. Isso ajuda a inserir outros pontos de vista e abrir o leque de temas. Mas em um momento inicial de inserção da leitura na vida da criança, o ideal mesmo é se limitar aos assuntos que o interessam. Assim você vai evitar a possibilidade dele se cansar da história.

6. Escrevam seu próprio livro
Crie um livro exclusivo com seu filho. Vocês podem inventar o enredo, para depois pensarem no tipo de narrativa, e dividir a história em partes que possam receber imagens desenhadas por seu filho.
Depois da história pronta, criem uma bonita capa e mostrem o trabalho para a família e os amigos. A sensação de dever cumprido poderá ajuda-lo a amar e respeitar os livros.

7. Faça perguntas após a leitura
Um pequeno debate após a leitura de um livro vai fazer com que seu filho interiorize ainda mais a história e os acontecimentos. Faça perguntas como “Qual parte você mais gostou?” ou “Você acha certo o que o personagem fez?”. Assim você estimulará o entendimento e o aprendizado do seu filho.

8. Deixe que a criança seja o contador de histórias
Peça para a criança te contar histórias. Pode ser de um livro que acabou de ler ou apenas uma história imaginária, para crianças que ainda não alfabetizadas. A criatividade será aflorada, assim como o poder da narrativa.
Normalmente não é preciso que você fique para sempre tendo que influenciar seu filho pela leitura. Um bom trabalho desde cedo nesse sentido, pode criar em seu filho um prazer e carinho pelos livros que ele levará ao longo da vida, sem que ninguém tenha que leva-lo pelos braços até a frente de uma livraria. O tempo desse processo dependerá de cada família, mas depois de bem realizado, poderá durar por muitos anos sem que você tenha que fazer grandes esforços.

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/8-truques-infaliveis-para-seu-filho-amar-a-leitura/ - Por Suzane Werdt - Foto: Thinkstock

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Ler faz bem para a saúde?

Ler, aparentemente faz bem não só para a mente, mas para o corpo todo, de acordo com estudo feito pela professora Kjersti Lundetræ, do Centro de Leitura da Universidade de Stavanger, na Noruega.

Segundo o artigo intitulado “Health in Every Word” (“Saúde em Cada Palavra”, em tradução livre), existe uma relação entre a autopercepção de saúde e o letramento, a capacidade de ler e compreender textos complexos.

A autopercepção de saúde pode significar a capacidade de perceber dores, atividades diárias que prejudicam a condição física, fadiga ou então problemas emocionais que afetam relacionamentos sociais.

O estudo, usando dados da pesquisa internacional de letramento de adultos e habilidades (ALL) descobriu que o grupo de pessoas que tem um pior letramento tem também pior condição física do que o grupo das pessoas que tem um bom letramento. Mas isto só vale para o estado físico – a saúde mental parece não ser afetada pelo letramento.

Um dos motivos para este relacionamento, aponta a professora Lundetræ, é que os artigos de saúde nem sempre são acessíveis, com vocabulário complicado e estilo de difícil acesso. Para quem lê pouco e lê mal, isto significa uma barreira para informações de qualidade sobre saúde.

A sugestão da professora Lundetræ é que, além de programas de incentivo à leitura entre adultos, artigos com conselhos e dicas de dietas saudáveis e exercícios físicos sejam fáceis de ler. “Eles tem que ser escritos em uma linguagem que não seja muito técnica ou que use muitas palavras, e devem comunicar de forma clara e simples”, completa. [MedicalXpress]

segunda-feira, 1 de abril de 2013

6 opções para cultivar o hábito da leitura


Descubra as diversas alternativas ao livro para manter o costume de ler

Nada como um bom livro para relaxar, aprender e, de quebra, manter o cérebro funcionando a todo vapor. O hábito da leitura permite que o ser humano desenvolva uma série de habilidades, melhorando a capacidade de absorção, interpretação e arquivamento de novos conhecimentos. Ou seja, quanto mais se lê, mais se aprende e, quanto mais se aprende, mais se pode ler e continuar aprendendo.

Mas, nos dias de hoje, manter o livro como parte da rotina torna-se cada vez mais difícil. Como a maioria das pessoas trabalha longe de suas casas e muito tempo é gasto para ir e vir, as horas de descanso se tornam mais raras e, quando finalmente temos tempo para a leitura, ele tende a ser ocupado por um cochilo ou pela resolução de um problema qualquer.

Como, então, manter a leitura em dia? Há diversos formatos de texto que podem ajudar nessa tarefa tão importante quanto prazerosa.

Revistas

Mais leves que os livros, as revistas podem ser facilmente transportadas para onde você for. Sejam de atualidades, esportes, celebridades ou conteúdo técnico e científico, o importante é treinar o cérebro e, sendo assim, elas são boas alternativas para não deixar a leitura de lado.

E-books

Embora não substituam por completo a delícia de folhear um livro de verdade, os e-books – ou livros eletrônicos – são uma boa opção para quem considera o papel impresso pouco prático ou só tem tempo nos intervalos das tarefas diárias. Eles podem ser comprados ou baixados pela internet e ficam disponíveis através de computadores, notebooks, tablets e até celulares.

Quadrinhos

Ao contrário do que se possa pensar, as histórias em quadrinhos não são apenas destinadas às crianças. Muitas possuem um conteúdo voltado ao público adulto. Além de divertidas, também podem ser transportadas com facilidade. Há publicações em qualquer banca de jornal, além da possibilidade de encontrá-las também na internet, em páginas dedicadas a manter essa tradição.

Sites de notícias

Para quem não abre mão de se manter informado a respeito do que acontece no mundo, os sites de notícias são os mais indicados. Seu conteúdo normalmente é exposto de forma simples e direta, facilitando a compreensão e a localização dos assuntos de interesse do leitor.

Jornal impresso

Pai dos sites de notícias, o jornal impresso pode ser adquirido nas bancas, por meio de uma assinatura mensal ou mesmo diretamente com os vendedores ambulantes. Essa forma de informação costuma ser bastante completa, abrangendo todos os tipos de notícia e, até mesmo, trazendo colunas com conteúdo mais literário, como crônicas e contos.

Blogs

A principal contribuição da internet para quem aprecia uma boa leitura são os blogs pessoais. Estes já revelaram diversos novos escritores e são bastante dinâmicos, permitindo uma interação entre o autor e o público que só tem a acrescentar ao conteúdo disponibilizado. Basta encontrar aqueles espaços com os quais você mais se identifica e passar a acompanhar sua atualização.

Embora todas essas maneiras sejam bastante práticas e contribuam fortemente para a manutenção do hábito da leitura, os livros ainda são o “suporte” preferido da maioria dos aficionados por literatura. Se você não cultiva esse hábito, experimente começar: a melhoria nas suas habilidades de leitura, escrita e mesmo fala serão facilmente percebidas e, sem dúvida, em pouco tempo você não conseguirá mais deixar de ler por um só dia.

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/6-opcoes-para-cultivar-o-habito-da-leitura/ - Por Carolina Werneck - Foto: Thinkstock

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Você é o que você lê

Além do que você come e do que pensa, agora você também é o que você lê. Pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio, EUA, descobriram que conforme você se envolve em alguma obra de ficção, de acordo com suas preferências por determinados personagens, você vai ficando cada vez mais e mais influenciado e sofrendo uma metamorfose mental para pensar e se comportar como o “ídolo”.

Apesar de eu pessoalmente pensar que não deve ser muito bom se confundir com o Harry Potter, os autores Geoff Kaufman e Lisa Libby afirmam que esse tipo de comportamento pode nos mudar em um bom sentido.

E a conexão só tende a aumentar. “Se você tem uma conexão forte com os personagens, pode ter um impacto duradouro. Pode inspirar você a reler algo. E então o impacto será reforçado com o tempo”, afirma Kaufman.

Mas vamos os fatos. Os pesquisadores fizeram uma série de experimentos com os voluntários para comprovar a hipótese. Em um deles, alguns participantes leram uma história na qual o protagonista se esforça muito para votar (lembre-se que nos EUA o voto é facultativo), enquanto outros não. Aqueles que leram se mostraram muito mais animados para votar do que os outros.

Em um outro momento, foi apresentada aos voluntários uma história na qual o personagem principal era homossexual. Mas eram duas versões: em uma, a verdade era revelada logo no início, na outra apenas no final. Aqueles que souberam apenas no fim acabaram mostrando, em entrevistas posteriores, sentimentos muito mais positivos para com os gays do que os outros.

Os pesquisadores explicam que nesse caso houve o processo de conexão, sem que pressupostos ou opiniões “contaminassem” o julgamento do leitor. Se você já sabe de antemão alguma característica chave do personagem que destoa de você, fica mais complicado a ideia de empatia e similaridade.

Isso poderia ser uma ferramenta interessante para a educação das crianças, não? E você, já foi (muito) influenciado por um personagem de livro, chegando ao ponto de imitá-lo em alguns aspectos ou deixar a influência agir? E só valem personagens de livros! Até porque, explica Kaufman, quando você assiste um filme, está mais para espectador do que realmente envolvido. [MSN]

Fonte: http://hypescience.com/voce-e-o-que-voce-le/ - Bernardo Staut

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Ler para lidar com os males da alma


A Biblioterapia pode diminuir a ansiedade, depressão, fobias e até mesmo melhorar a autoestima entre diversos tipos de público e faixas etárias

Ao escolher um bom livro, o leitor pode viajar para outro espaço e época e conhecer personagens únicos que podem marcá-lo para sempre. Quem costuma ler sabe bem como é. Já foi comprovado que os benefícios vão além do entretenimento. Desde as antigas civilizações acreditava-se que a leitura poderia proporcionar alívio às enfermidades. Porém o nome específico de biblioterapia (terapia por meio de livros) surgiu apenas no século XX. Inicialmente, ela era recomendada para pessoas portadoras de conflitos internos como depressão, medos, fobias e para idosos. Hoje, após anos de pesquisa, sabe-se que a leitura terapêutica pode trazer diversos benefícios para diferentes tipos de pessoas em faixas etárias distintas.

Essa terapia complementar pode ser aplicada em grupo ou individualmente. De acordo com Lucélia Paiva, autora do livro A arte de falar da morte para crianças (Editora Ideias & Letras), a leitura proporciona o aumento da autoestima e pode ser aplicada em processos de desenvolvimento pessoal, educacional ou em quadros clínicos. “As histórias podem levar a mudanças, pois auxiliam o indivíduo a enxergar outras perspectivas e distinguir opções de pensamentos, sentimentos e comportamentos, dando oportunidades de discernimento e entendimento de novos caminhos saudáveis para enfrentar dificuldades”, diz.

Para quem é indicada a terapia complementar?

A prática tem sido usada em várias situações clínicas, na qualidade de terapia complementar. Confira:

- luto (divórcio ou morte)
- depressão
- hospitalizações
- falta de perspectiva na vida
- doenças crônicas
- dificuldades para se relacionar
- presidiários
- idosos
- dependências
- traumas
- ansiedade
- desemprego
- estresse e bullying

Para Clarice Fortkamp Caldin, autora do livro Biblioterapia: um cuidado com o ser (Porto das Ideias Editora), a leitura, ao descortinar um outro mundo, uma outra realidade, permite ao ser humano exercitar o imaginário, assumir as características de determinados personagens especialmente admirados, refletir sobre suas atitudes e aliviar suas angústias. “Isso só acontece com a leitura do ficcional, que permite a liberdade de interpretações”, afirma. Além de todos esses benefícios, a biblioterapia também amplia a compreensão intelectual, desenvolve senso de pertencimento, dá inspiração, corrige ou elimina comportamentos nocivos ou confusos, e além disso pode diminuir a ansiedade e a solidão.

Profissionais como psicólogos, educadores, bibliotecários e assistentes sociais, quando bem preparados e treinados, podem aplicar a terapia por meio de livros. O especialista, primeiramente, identifica o problema a ser tratado, para depois selecionar a obra que será utilizada. Em seguida, são feitos o compartilhamento das experiências e o acompanhamento do impacto do material escolhido.

Ao ler um texto, o indivíduo constrói um texto paralelo, ligado às suas experiências e vivências pessoais, o que o torna diferente para cada leitor. A literatura tem o poder de mexer com as emoções porque admite a suspensão temporária do que se conhece por descrença. Isso significa que durante a leitura, ele passa a acreditar nos acontecimentos dos livros e esquece dos próprios problemas, causando o bemestar e assim diminuindo a dor.

"Com a leitura terapêutica o leitor se distancia de sua própria dor e também é capaz de expressar seus sentimentos e ideias, possibilitando uma percepção mais aguçada de sua situação de vida. A partir daí desenvolve-se ainda uma forma de pensar criativa e crítica. Ler também diminui o sentimento de solidão, e estimula uma maior empatia com outras pessoas"

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/106/ler-para-lidar-com-os-males-da-alma-a-246206-1.asp - Por Samantha Cerquetani

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Como sue cerbero pedo lre itso?


Você já deve ter ouvido falar isso: Nõa imortpa a oderm das ltreas drtneo da pvarala, bsata que a pmrireia e a úmtila etjasem no lguar crteo praa que vcoê enednta o que etsá erctiso. Da mesma forma, É F4C1L L3R 357A M3N5AG3M S3M P3NS4R MU170. Mas como o nosso cérebro é capaz de executar estas tarefas?

A resposta, infelizmente, ainda não é muito certa. A ciência ainda diverge sobre os mecanismos mentais envolvidos no processo, embora haja fortes suspeitas. Neurologistas da Universidade da Califórnia (San Diego, EUA), por exemplo, explicam que o principal instrumento para isso é o contexto.

A capacidade de identificar o contexto de uma frase faz com que o cérebro seja pré-ativado logo no início da leitura. Quando você descobriu, no primeiro parágrafo, que “não importa a ordem das letras dentro da palavra”, seu cérebro imediatamente já se reportou ao contexto de adivinhar porque as letras estavam embaralhadas. A tradução de palavras como “primeira”, “última” e “escrito” ficou muito mais fácil a partir deste momento.

No exemplo da primeira frase, seu cérebro nem precisa realmente identificar cada palavra. A compreensão do contexto faz você simplesmente pular algumas sentenças e mesmo assim entender a frase. Além disso, nossa mente é mais independente do que parece: em uma leitura normal, nós batemos o olho na palavra como um conjunto e a lemos de uma vez só; não é preciso decodificar palavra por palavra.

Isso não funciona apenas com a palavra escrita, mas também com outros procedimentos cerebrais como a audição e a identificação visual. Este segundo quesito, aliás, é importante para traduzir o segundo exemplo, que mescla letras e números.

Estudos sugerem que nosso cérebro tenta automaticamente fazer uma equivalência entre o formato de letras e números, por isso não é estranho tomar um “4” como “A”, “3” como “E” e “5” como “S”. Em ambos os casos, a leitura acaba saindo fluentemente. [LiveScience]

Fonte: http://hypescience.com/como-sue-cerbero-pedo-lre-itso/ - Por Stephanie D’Ornelas

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Como surgiram os sinais de pontuação?

A maioria dos sinais que conhecemos apareceram na Europa entre os séculos XIV e XVII. "Eles nasceram para facilitar a leitura e a compreensão dos textos", afirma o linguista Osvaldo Humberto Leonardi Ceschin, da USP. O período em que as primeiras vírgulas, pontos de interrogação e dois pontos surgiram coincide com o momento em que o hábito de ler, praticamente restrito aos monges na Idade Média, crescia com o surgimento da impressão tipográfica. O grande ancestral da pontuação, porém, apareceu bem antes disso. O ponto já era usado no antigo Egito em textos poéticos e no ensino de crianças na escrita hierática - espécie de letra de fôrma que simplificava os complexos hieróglifos. À medida que os jovens ficavam mais fluentes na leitura, os pontos eram retirados.

Os usos e funções dos sinais de pontuação também variaram muito ao longo dos séculos. "O ponto, por exemplo, nem sempre marcou a conclusão de uma ‘idéia completa’. Na Idade Média, ele era inserido antes do nome do herói ou de um personagem importante da narrativa, por questões de respeito ou só para que seu nome fosse enfatizado", diz a lingüista Ana Cristina de Aguiar, que desenvolve doutorado sobre essa questão na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Ponto a ponto

A maioria dos sinais de pontuação surgiu após a Idade Média

Sinal - Ponto final (.)
Quando surgiu - 3000 a.C.

Sinal - Interrogação (?) / Exclamação (!)
Quando surgiu - Século XIV

Sinal - Vírgula (,) / Ponto e vírgula (;)
Quando surgiu - Século XV

Sinal - Dois pontos (:)
Quando surgiu - Século XVI

Sinal - Aspas ("")
Quando surgiu - Século XVII

Fonte: Revista Mundo Estranho

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Adapte a leitura para evitar a vista cansada


Ler no ônibus ou no computador não necessariamente prejudica a visão

Diante da falta de tempo, é comum a leitura ocorrer em lugares inusitados, como no ônibus, na cama e em ambientes escuros. Mas será que esses hábitos de leitura podem prejudicar a vista? Segundo o oftalmologista Wagner Ghirelli do Hospital Santa Catarina, na verdade, quanto mais lemos, melhor. "Quem lê muito tem uma capacidade visual melhor e lê mais rápido", conta. "Com o uso do computador, há pessoas que se tornam muito ágeis e desenvolvem habilidade visual muito grande, já que associam habilidade visual com motora." Desbanque os mitos a seguir e fique atento a alguns cuidados.

Ler no ônibus faz mal?

Há quem acredite que esse hábito pode causar até mesmo descolamento de retina, mas não é verdade. "O problema na retina é relacionado a traumas e independe de hábitos relacionados à leitura", explica o oftalmologista Omar Assae, do Hospital CEMA. Um baque muito grande, por exemplo, é o que pode causar o descolamento, que é mais comum em pessoas com alto grau de miopia ou com diabetes.

O que a leitura no ônibus pode causar é incômodo e mal-estar, pois o balanço do veículo provoca uma confusão no sistema vestibular do cérebro, responsável pelo equilíbrio.

Leitura no escuro é prejudicial?

Ler em locais com pouca luminosidade está longe de piorar doenças como miopia, hipermetropia, astigmatismo etc., tampouco "forçar a vista". O que pode acontecer, segundo Osmar Assae, é a fadiga, ou seja, sensação de cansaço dos olhos, já que é preciso força-los mais para enxergar.

"O que se recomenda é apenas não permanecer muito tempo com o foco de visão em um mesmo objeto próximo, já que isso causa dor de cabeça e sensação de baixa visão", aconselha o oftalmologista. "O ideal é fazer pequenas pausas durante a leitura."

Tablets deixam a vista cansada?

Ler em tablets (como iPad) também não pode ser considerado um mau hábito, pelo contrário: o oftalmologista Osmar Assae vê esses gadgets como aliados da boa leitura, já que a função "zoom" permite aumentar as letras, o que confere melhor visualização, além da possibilidade de ajustar a iluminação ao seu conforto.

É importante lembrar, apenas, de fazer pequenas pausas, já que o esforço repetitivo para visualizar imagens em curta e média distância causa o ressecamento da vista. Uma pessoa pisca os olhos, em média, 20 vezes por minuto, enquanto em frente ao eletrônico pisca apenas de seis a sete vezes.

Leitura na praia é permitida?

A luz da praia exige mais cuidados. Essa luminosidade excessiva, segundo o oftalmologista Wagner Ghirelli, pode gerar degenerações na retina, . Por isso, a leitura exige óculos escuros ou, pelo menos, um boné para proteger os olhos da luz intensa.

Crianças precisam de cuidados ao ler?

Para os pequenos, ficar muito próximo ao livro (ou da televisão, computador etc.) pode levar ao desenvolvimento de miopia, que se acentua conforme o hábito perdura. "Isso faz com que o olho tenha um crescimento maior do que deveria ter pelo fato dela ler muito de perto", esclarece Wagner Ghirelli. Mas esse risco só vale para crianças. Em adultos, ler com o livro muito perto pode causar, no máximo, desconforto.

Para uma boa leitura

Mais do que se preocupar com boatos, é preciso prestar atenção em pequenas atitudes que, com certeza, garantirão maior conforto durante a leitura:

- Independente de ser livro, tablet etc., o objeto deve ficar a, aproximadamente, 40 cm de distância dos olhos, com luminosidade adequada (determinada pela sensação de conforto ao ler);

- O objeto de leitura deve ficar sempre abaixo dos olhos, nada de deitar na cama e colocar o livro acima deles;

- A iluminação é importante aliada de leitura e não pode incomodar a visão, seja pela falta ou pelo excesso. Embora o conforto seja relativo, Osmar Assae recomenda uma lâmpada de 60w, que deve fornecer iluminação suficiente.

Fonte: Minha Vida-UOL - Por Ana Paula de Araujo

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Hábito da leitura cresce entre crianças e jovens brasileiros


Esperança

As crianças e os adolescentes brasileiros estão lendo mais.O diagnóstico foi revelado durante o 13ª Salão Nacional do Livro Infantil e Juvenil, no Rio de Janeiro.

De acordo com pesquisa divulgada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), do total de 12 mil títulos novos lançados no país em 2010, cerca de 2,5 mil foram direcionados a crianças e adolescentes.

"A própria produção é uma comprovação de que as nossas crianças e jovens estão lendo mais", disse Ísis Valéria Gomes, diretora da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ).

Literatura infanto-juvenil

O presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL), Ednilson Xavier, disse que a parte destinada à literatura infanto-juvenil já representa cerca de 15% do faturamento das lojas.

Levantamento feito em 455 livrarias de todo país mostra que as vendas do setor cresceram 9,6% em 2010 em relação ao ano anterior, refletindo a expansão da economia nacional. Ele ressaltou que a área infanto-juvenil lidera o ranking em termos de crescimento de vendas no ano passado.

Para Xavier, a tendência é que o hábito da leitura do público infanto-juvenil seja crescente. "Não tenha dúvida. Há, nesse aspecto, a constatação do mercado editorial de que os livros nessa área, a cada ano, se tornam mais atrativos".
A ANL está elaborando pesquisa sobre o livro no orçamento familiar, que será divulgada em agosto, durante a 21ª Convenção Nacional das Livrarias.

Hábito da leitura

Na opinião de Ísis Valéria Gomes, o hábito da leitura é fundamental não só para ampliar o conhecimento mas, inclusive, para a formação da cidadania. "A criança que começa a ler desde pequena segue lendo depois. Não existe postura cidadã sem que você seja um leitor".

Segundo ela, a criança e o jovem brasileiros são penalizados em função do analfabetismo funcional, que exclui as pessoas do conhecimento. "Mas, entre as crianças que leem, a leitura vem aumentando muito. E o consumo [de livros] também, inclusive entre os adolescentes".

Livros eletrônicos

A diretora da FLNIJ observou que o governo federal já desonerou impostos sobre os livros eletrônicos (e-book).

Ela avaliou, porém, que, para que o livro digital chegue às camadas da população de menor poder aquisitivo, são necessárias novas ações, uma vez que esses livros são ainda muito caros, custam cerca de R$ 1,8 mil.

Ela disse, também, que é preciso garantir a qualidade dos textos impressos oferecidos ao público infanto-juvenil. "Isso é alguma coisa que precisa ser vigiada, do ponto de vista de se oferecer coisa boa aos adolescentes e às crianças".

A experiência da Fundação German Sanchez Ruiperez, de Salamanca, na Espanha, foi apresentada durante o encontro nacional de livreiros. A instituição aposta na alfabetização digital para crianças a partir de cinco anos de idade, onde os menores convivem com o aprendizado simultâneo no computador e no livro impresso.

Fonte: Diário da Saúde

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Por que o brasileiro lê pouco?


Além de a leitura não vir de casa, a escola mais atrapalha que ajuda

Fiquemos com a resposta da maior autoridade no mundo, a Unesco. Para o setor da ONU que cuida de educação e cultura, só há leitura onde: 1) ler é uma tradição nacional, 2) o hábito de ler vem de casa e 3) são formados novos leitores. O problema é antigo: muitos brasileiros foram do analfabetismo à TV sem passar na biblioteca. Para piorar, especialistas culpam a escola pela falta de leitores.

"Os professores costumam indicar livros clássicos do século 19, maravilhosos, mas que não são adequados a um jovem de 15 anos", diz Zoara Failla, do Instituto Pró-Livro. "Apresentado só a obras que considera chatas, ele não busca mais o livro depois que sai do colégio." Muitos educadores defendem que o Brasil poderia adotar o esquema anglo-saxão, em que os clássicos são um pouco mais próximos, dos anos 50 e 60, e há menos livros, que são analisados a fundo. Mas aí teria de mudar o vestibular, é isso já é outra história.

Fonte Instituto Pró-Livro, ANL, Centro Regional para el Fomento del Libro en América Latina, el Caribe, España y Portugal (Cerlalc).

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Dependendo da posição, o prazer será maior!


DEPENDE DA POSIÇÃO...

Segundo estudos recentes, parado, fortalece a coluna;
de cabeça baixa, estimula a circulação do sangue;
de barriga para cima é mais prazeroso;
sozinho, é estimulante, mas egoísta;
em grupo, pode até ser divertido;
no banho, pode ser arriscado;
no automóvel, é muito perigoso...
com frequência, desenvolve a imaginação;
entre duas pessoas, enriquece o conhecimento;
de joelhos, o resultado pode ser doloroso...

Enfim, sobre a mesa ou no escritório,
antes de comer ou na sobremesa,
sobre a cama ou na rede,
nus ou vestidos,
sobre o sofá ou no tapete,
com música ou em silêncio,
entre lençóis ou no closet, sempre é um ato de amor e de enriquecimento.

Não importa a idade, nem a raça, nem a crença, nem o sexo, nem a posição socioeconômica...

Ler é sempre um prazer!!!

DEFINITIVAMENTE, LER LEVA A DESFRUTAR DA IMAGINACÃO... E VOCÊ ACABOU DE EXPERIMENTAR ESSE FATO...

Autor desconhecido

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Leia para seu filho


Essa brincadeira gostosa, que estreita os laços familiares, também ajuda no desenvolvimento pedagógico e psicológico da criança e deve ser encarada com seriedade.

Era uma vez” é o começo de uma história que pode fazer toda a diferença no desenvolvimento infantil. Quando papai e mamãe — professores e até irmãos mais velhos — se sentam com os pequenos para ler um livro ou contar uma historinha, mais do que um mundo encantado de fantasia, eles estão descortinando uma verdadeira experiência de aprendizado. Par acompletar, essa aula ainda pode ser transformada em momento de intimidade e amor familiar que, muitas vezes, se perde em meio ao caos do dia a dia. Mas, como toda brincadeira de criança, a “contação” é coisa séria.

Ao lado de bonecas e carrinhos, ela funciona como um mediador da relação entre a meninada, os adultos e o mundo. E, apesar da sua importância pedagógica e psicológica, deve ser mantida sempre no campo da arte, e não no do exame, como é comum acontecer na escola. A atividade deve ser lúdica e divertida, sem imposições, cobranças, tarefas ou castigos. “Tudo o que é feito com e para as crianças precisa ser envolvente e realizado com afeto”, diz Christine Fontelles, responsável pelo Programa Ler É Preciso, do Instituto Ecofuturo. Não há motivos, então, para ser diferente com as histórias.

Contar e ler um relato deve ser algo prazeroso. É por meio dessas atividades, e do contato com o imaginário e com a ficção, que meninos e meninas descobrem e expressam sentimentos que não conheciam ou ainda não eram capazes de compreender. “Devido ao próprio estágio de desenvolvimento, as crianças não possuem muitos recursos para administrar esse lado emocional”, conta a psiquiatra Marisol Montero Sendin, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Como a linguagem verbal ainda é incipiente, a forma natural de expressão são a imagem, o jogo e o faz de conta. “Na falta de outras possibilidades, a dificuldade de lidar com as emoções se manifestará por meio da agressividade, problemas de aprendizado, de sono ou alimentares”, diz Marisol. Enquanto os personagens enfrentam coisas estranhas, a garotada tem contato com o medo, o ciúme e o luto. Em um diálogo interno, adquirem conceitos e vivenciam experiências valiosas. Cada conto que a criança conta contribui para a construção de um autorretrato para o qual ela pode olhar, pensar e mudar.

O famoso “senta que lá vem história” não tem momento certo ou idade mínima para começar. A paulistana Laura Volponi Medeiros, de 2 anos e meio, já era uma ouvinte atenta mesmo antes de nascer. “Quando estava grávida de Laura, minha mulher se sentava na cadeira e, enquanto namorava a barriga, lia um monte de livros”, conta o pai da menina, o vendedor Wellington Medeiros, de 32 anos. Hoje, mesmo sem ter sido alfabetizada, a menina adora “ler”. Nos semáforos, sempre que possível pede para Medeiros pegar jornais gratuitos e propagandas e os folheia do alto de sua cadeirinha de segurança.

Como uma esponja, a criança tende a absorver tudo que os adultos ao seu redor fazem. É assim que ela aprende, por imitação e repetição. Portanto, se os pais leem, as chances de os filhos se tornarem leitores é enorme. A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, uma associação sem fins lucrativos cuja missão é fomentar a leitura e a difusão de livros, revela que um em cada três leitores brasileiros se lembra de ter visto a mãe lendo alguma coisa. O levantamento mostra também que 49% do público adulto considerado leitor, ou seja, que leu pelo menos um livro nos últimos três meses, se refere à figura materna como a pessoa que mais o incentivou. Entre garotos e garotas, esse número sobe para 73%. Mas os pais também têm um papel de destaque nesse cenário. Afinal, 30% dos leitores os consideram como maiores responsáveis por incutir neles o prazer de conjugar o verbo ler.

Por falar em verbos, não importa se se trata de ler ou de contar histórias, ambos desenvolvem a criatividade, imaginação e o raciocínio lógico da meninada. Estudos indicam, inclusive, que a leitura em voz alta na primeira infância melhora o desempenho escolar. Permitir que os pequenos inventem novos finais deixa a brincadeira ainda mais estimulante. “Aqui no Brasil, onde os livros infantis são muito caros, vale recortar figuras de jornal e revista, fazer colagens, pintar com o dedo e criar sua própria obra”, sugere Maria Ângela Barbato Carneiro, professora da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. O mais importante é a interação: ao desenhar, modelar ou recontar uma história, a criança põe para fora fatos do seu próprio mundo.

Para os pequeninos, comprar livros de plástico, que possam ser usados até no banho, ou mesmo mordidos, é uma boa sugestão. Os de pano, laváveis à máquina, também são interessantes. “Os livros têm que ser de posse”, explica Maria Ângela. “Deve-se ensinar à criança que é preciso tomar cuidado com eles, que não se pode rasgá-los, mas sem impor nenhum tipo de obstáculo a seu acesso”, explica. Quando ela estiver cansada e dispersa, por exemplo, é possível contar uma história em capítulos, como nas novelas. Assim, no dia seguinte, continuará curiosa e disposta a ouvir um pouco mais.

Outra estratégia é guar dar os livros junto com os brinquedos. Na casa da Laura, nossa futura leitora, os livros estão todos ao seu alcance. “Ela mesma escolhe e pega a história que quer ouvir”, diz Wellington Medeiros. A literatura também pode colaborar no tratamento de traumas, doenças e dificuldades psicoemocionais (veja o quadro "Contação" terapêutica). No final das contas, isso ajuda a melhorar a imunidade e até a cicatrização. Ler ou ouvir histórias traz benefícios ao corpo e à mente infantis. Fim!
Fases da leitura

›› O bebê apenas responde ao ritmo e ao tom da voz do leitor. Frases ritmadas, como cantigas e poemas, dão o estímulo certo.

›› Quando a criança já balbucia, jogos rítmicos sonoros são perfeitos. Experimente frases como “janela, janelinha, porta e companhia”.

›› Se ela já fala algumas palavras e mantém a atenção por mais tempo, conte histórias ligadas às experiências dela. Depois, entram em cena relatos com fenômenos naturais e bichos.
›› Mais para a frente, temas como medo, ciúme, raiva, amor e amizade são bem-vindos.
›› Com a ampliação de seus horizontes, histórias fantásticas, de outros países e planetas passam a gerar mais curiosidade.

“Contação” terapêutica

Para a psicanálise, as histórias têm um caráter mais simbólico e ajudam a elaborar as emoções dos pequenos. Já na terapia cognitivo-comportamental — muito usada em casos de abuso físico ou sexual — elas também oferecem sugestões de enfrentamento. Quando se trata de uma doença física, os relatos acolhem o sofrimento psicológico. “Como uma pessoa não pode manifestar dois tipos de humor ao mesmo tempo, a ‘contação’ a tira de um estado depressivo e a transporta para a euforia, o que diminui a produção de hormônios corticoides”, explica a psiquiatra Marisol Montero Sendin. Segundo a Associação Viva e Deixe Viver, que desenvolve um trabalho voluntário de leitura para crianças com problemas mentais no Instituto de Psiquiatria do HC paulistano, cerca de 60% dos garotos e garotas atendidos pelos contadores passaram a se alimentar melhor. E, graças aos valores de coragem e força transmitidos pelas histórias, se socializam mais com médicos e enfermeiros.

Como contar um conto

›› O livro deve ser usado conforme a necessidade de desenvolvimento da criança. Para cada fase, um modelo diferente: para morder, para mexer, para olhar, para ver as figuras e, claro, para ler.

›› A “contação” pode ocorrer em casa, na creche, na escola, no hospital, na faculdade, em encontros literários. Ela faz parte da nossa natureza.

›› Guardar os livros junto com os brinquedos e deixá-los ao alcance das crianças não cria obstáculos nem transforma a literatura em algo sério e chato.

›› Inventar histórias, mudar os finais, cortar e colar figuras, montar cenários, encenar, moldar massinha e desenhar também é divertido. Crie o seu próprio livro.

Fonte: Revista Saúde - por Camila Carvas

domingo, 8 de novembro de 2009

O que o hábito de ler pode fazer por você?

1 - Soltar sua imaginação.

2 - Estimular sua criatividade.

3 - Aumentar seu vocabulário.

4 - Facilitar a escrita.

5 - Simplificar a compreensão das coisas.

6 - Melhorar a comunicação com os outros.

7 - Ampliar seu conhecimento geral.

8 - Mostrar semelhanças em pessoas diferentes.

9 - Revelar novas afinidades.

10 - Levar a mares nunca antes navegados.

11-Desenvolver seu repertório.

12 - Emocionar e causar impacto.

13 - Ligar seu senso crítico na tomada.

14 - Mudar a sua vida, e, até, ampliar sua renda.

15 - Melhorar seu desempenho na escola.

Fonte: Internet

sábado, 16 de maio de 2009

A leitura ajuda nos estudos

Ler 15 minutos por dia estimula a imaginação e facilita à escrita. Bastam alguns minutos de imersão nos livros para aproveitar os benefícios que a leitura traz. Leia um livro, jornal, revista ou mesmo um blog bem escrito. Quem não lê tem dificuldade de escrever e mesmo de formular idéias. Veja algumas dicas como o hábito de ler pode fazer por você.

1 – Soltar sua imaginação;

2 – Estimular sua criatividade;

3 – Aumentar seu vocabulário;

4 – Facilitar a escrita;

5 – Simplificar a compreensão das coisas;

6 – Melhorar a comunicação com os outros;

7 – Ampliar seu conhecimento geral;

8 – Mostrar semelhanças em pessoas diferentes;

9 – Revelar novas afinidades;

10 – Levar a mares nunca navegados;

11 - Desenvolver seu repertório;

12 – Emocionar e causar impacto;

13 – Ligar seu senso crítico na tomada;

14 – Mudar sua vida e, até, ampliar sua renda;

15 – Melhorar seu rendimento na escola.

Fonte: Revista Mundo Estranho/Edição 87