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sábado, 27 de abril de 2019

Mudanças que melhoram sua vida e a do planeta


Não é só da nossa saúde que precisamos cuidar, não. Ao repensar alguns hábitos e tomar atitudes simples, você ajuda o planeta, os outros e a si mesmo

Tudo começou com meu guarda-roupa. Percebi que tinha muitas peças boas ali que por alguma razão estavam paradas: ou porque meu estilo havia mudado, ou porque havia usado tanto que peguei bode, ou porque elas continuavam nas etiquetas, na esperança de que algum dia pudessem me vestir por aí. A primeira limpa no armário foi libertadora. Me senti leve e desapegada. Mas essa mudança de consciência ainda se resumia ao guarda-roupa.

A grande virada aconteceu ano passado, com o nascimento da minha filha, Marieta. Li que, em 2050, quando ela completasse 32 anos, a mesma idade que tenho hoje, encontraríamos mais plástico do que peixes nos oceanos. Diante disso, eu tinha dois caminhos: ou me desesperava ou fazia algo para mudar.

Decidi ficar com o segundo e, de lá pra cá, venho descobrindo maneiras de cuidar de mim e da família e minimizar nosso impacto no mundo. Por isso vou compartilhar três mudanças que podem parecer pequenas, mas que, levadas à rotina, já fazem diferença para o planeta.

Primeiro: precisamos eliminar o plástico descartável da nossa vida. Quando descobri que 40% do plástico que consumimos é usado apenas uma vez, cortei todos os “inhos” e “inhas” do meu dia a dia.

A garrafinha, o copinho, a sacolinha, o garfinho e o canudinho foram substituídos por opções reutilizáveis, como copo de silicone, garrafa de metal, ecobag, talheres de bambu e canudo de inox. Dá pra levar tudo na bolsa e é cada vez mais automático me lembrar deles antes de sair de casa.

Segundo: vale a pena reduzir o consumo de carne. Estudos mostram que a ingestão excessiva eleva o risco de diabetes, doença cardiovascular e câncer. Além disso, a agropecuária é a principal causa do aquecimento global — haja desmatamento para tanto gado!

Ainda não consegui virar vegetariana, mas cada um tem seu tempo e suas limitações. Já fico feliz em reduzir o consumo de carne para duas vezes por semana.

Terceiro: vamos investir em roupas de fibras naturais. Hoje, a maioria das peças do vestuário possui poliéster, material sintético feito de plástico e que demora 450 anos para se decompor. Roupas com poliéster não são tão agradáveis ao toque, fazem a gente suar mais e provocam mau cheiro, pois não deixam a pele respirar direito.

Tenho optado pelas de algodão, seda, linho ou viscose. São tecidos biodegradáveis que duram anos no armário. Por isso, dê uma espiada na composição da peça, informação costurada no interior da etiqueta.

Da mesa ao guarda-roupa, que tal refletir e tentar mudar você também?

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/mudancas-que-melhoram-sua-vida-e-a-do-planeta/ - Por Giovanna Nader - Ilustração: Adriana Komura/SAÚDE é Vital

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Se há 1,5 bilhões km³ de água na Terra, por que podemos ficar sem?

Embora seja uma substância abundante em nosso planeta, especialistas alertam para um possível colapso das reservas de água doce, que vêm se tornando uma raridade em vários países. A quantidade de água no mundo permanece constante, produzida pelo seu ciclo natural, é hoje basicamente a mesma que em 1950 e que deverá permanecer inalterada até 2050. Ou seja, ela é finita.

Só um terço dos 3% de água doce é acessível

Apesar de 75% da superfície do planeta ser recoberta por massas líquidas, que somam um total que cerca de 1,5 bilhões km³, água doce não representa mais do que 3% desse total. Desse percentual, apenas um terço da água doce - presente nos rios, lagos, lençóis freáticos superficiais e atmosfera - é acessível. O restante está concentrado em geleiras, calotas polares e lençóis freáticos profundos.

Ou seja, a água potável mesmo disponível na natureza é bastante restrita. Cerca de 97,61% da água total do planeta é proveniente dos oceanos; calotas polares e geleiras representam 2,08%, a água subterrânea 0,29%, água doce de lagos 0,009%, água salgada de lagos 0,008%, água misturada no solo 0,005%, água dos rios 0,00009% e vapor d’água na atmosfera 0,0009%.

Desse restrito percentual, uma grande parcela encontra-se poluída, diminuindo ainda mais as reservas disponíveis. Nessa perspectiva, a ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou uma nota com uma previsão de que até 2050, aproximadamente 45% da população não terá a quantidade mínima de água.

Por isso, o alerta de conscientização precisa ser não apenas no sentido de economizar e racionalizar o seu uso, como também não poluir, desmatar, passar a investir em reflorestamento, reconstituição de matas ciliares e em ações básicas de saúde pública como saneamento básico e tratamento de lixo e esgoto.


Fonte: http://www.vix.com/pt/ciencia/537011/se-ha-1-5-bilhoes-km3-de-agua-na-terra-por-que-podemos-ficar-sem - ESCRITO POR JAQUELINE RODRIGUES - BARDOCZ PETER/SHUTTERSTOCK

quarta-feira, 4 de maio de 2016

5 razões para crer no futuro do planeta Terra

O aquecimento global, aniquilamento da floresta Amazônica, poluição dos rios e mares, morte de recifes de corais e cidades inteiras na China que nunca têm um dia sequer de céu azul nos fazem perder a esperança de ver a humanidade coexistindo com o seu ambiente.

Antes de construir o seu bunker no quintal para se isolar do mundo catastrófico exterior, saiba que ainda há motivos para crer que vamos corrigir nossos erros e pelo menos frear os danos humanos causados ao planeta. Confira 5 deles:

5. 195 países concordaram em conter o efeito estufa
Em dezembro de 2015, 195 países concordaram em se envolver ativamente na mudança climática. O Acordo de Paris traz medidas para reduzir a emissão de dióxido de carbono a partir de 2020.
A boa notícia é que houve uma enorme adesão de quase todos os países: no primeiro dia em que foi possível assinar o acordo, 175 países já o fizeram, no último 22 de abril. O documento pode ser assinado até o dia 21 de abril de 2017.
O acordo entra em vigor trinta dias depois que pelo menos 55 países que geram pelo menos 55% do total global das emissões de gases de efeito estufa entregarem seus documentos que comprovam o planejamento interno para cumprir o acordo. Ou seja: apenas assinar não é o suficiente, mas pode ser que o acordo entre em vigor até antes de 2020.
O objetivo desse acordo é impedir até 2100 que o aumento da temperatura global seja de mais de 2° C em relação aos níveis pré-industriais e ajudar países em desenvolvimento a se adaptar aos efeitos adversos da mudança climática que não puderem ser evitados.
Para fazer isso, as emissões de CO2 têm que começar a cair assim que possível e zerar em algum momento depois de 2050.

4. A energia solar está ficando cada vez mais barata
Se vamos precisar cortar a geração de dióxido de carbono, a melhor maneira para isso é parar de usar combustíveis como carvão, derivados de petróleo e gás natural. Seus substitutos? Energia gerada por meios limpos como sol e vento.
Um estímulo para o uso desse tipo de energia é que gerar eletricidade a partir da luz solar tem ficado cada vez mais barato. Em apenas cinco anos, os custos para gerar essa eletricidade caíram pela metade.
Nos Estados Unidos, o custo para gerar um watt de energia com painéis instalados entre 2007 e 2009 era de US$6,30. Já em 2014 caiu para US$3,10, de acordo com o Departamento de Energia americano. “O sol pode ser a maior fonte de energia elétrica até 2050”, afirma a Agência Internacional de Energia.

3. O mundo investiu 2x mais em energia limpa do que em carvão e gás natural em 2015
Em 2015, o investimento global em energia limpa foi de US$286 bilhões, enquanto o investimento em novos projetos envolvendo petróleo e carvão foi de US$130 bilhões, de acordo com um relatório da ONU.
Bill Gates e outros visionários têm investido em projetos moonshot, ou seja, aqueles que não vão trazer lucro tão cedo, mas que pretendem lidar de forma radical com um problema atual.

2. Carros elétricos estão se popularizando
Já pensou que beleza ter suas próprias placas solares no telhado de casa que geram eletricidade suficiente para recarregar seu carro elétrico? Isso significaria o fim às visitas aos postos de combustível, que tomam tempo e deixam sua carteira mais vazia.
Além do benefício individual, há também a vantagem global: 15% da poluição do mundo todo é gerada por meios de transporte. Assim que os carros elétricos ficarem mais acessíveis, isso pode virar uma coisa normal. E pode acontecer em breve: um carro elétrico da Tesla Motors foi lançado no início de 2016 com o preço de US$35 mil.

1. China finalmente parece estar se mexendo
A China e suas cidades cheias de fábricas costumam levar a culpa pela mudança climática. Enquanto não parece ser economicamente interessante para o país diminuir sua gigantesca produção, ele parece estar se movimentando na direção de cortar a geração de poluentes.
Além de ter se comprometido a assinar o Acordo de Paris – a China prometeu aderir ao acordo antes da reunião do G20 em Hangzhou em setembro deste ano -, o país esta experimentando sistemas de carbon pricing. Neles, quem emitir CO2 deve pagar pela emissão.
Além sido, foi anunciado um planejamento de cinco anos para diminuir em 18% a geração de poluição na China, entre 2015 e 2020. [CNN]


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

5 coisas bonitas que estão destruindo o mundo

Não é novidade que seres humanos possuem uma grandiosa falta de consciência ambiental. Desde o lixo que jogamos nas ruas todos os dias até a negação da mudança climática, nossas atitudes há muito vêm prejudicando o planeta.
Uma melhor educação ecológica é mais do que um capricho, é uma necessidade básica. Por exemplo, confira abaixo cinco coisas que você provadamente não sabia que faziam mal ao meio ambiente:

5. Papel de embrulho
Presentes precisam ser embrulhados. Isso é tão enraizado em nossa cultura que nos desculpamos com alguém quando não conseguimos colocar a surpresa em uma embalagem bonita.
E, no entanto, todo mundo que já embrulhou um presente provavelmente deve à Terra um pedido de desculpas. Uma estimativa sugere que gastamos cerca de US$ 2,6 bilhões anualmente em papel de embrulho. Metade das 85 milhões de toneladas de produtos de papel que os americanos usam em um ano é apenas para embalagens.
Papel de embrulho e sacos de papel são responsáveis por cerca de quatro milhões de toneladas de lixo.
Ou seja, quatro milhões de toneladas de madeira inocente se transformam em lixo, mesmo que um lixo muito bonito. Nem sequer temos o que fazer com os papéis de embrulho uma vez que os presentes são dados.
Não rola nem queimá-los para fazer uma fogueira, já que a maioria dos embrulhos hoje é feita em lugares como a China, onde ingredientes como chumbo, plástico, cloro e tintas sintéticas são usados. Essas substâncias queimam em cores deliciosamente cancerígenas.

4. Tintas escuras
Se você acha que cor não importa, acha errado. As cores possuem um efeito sobre a eficiência energética, podendo fazer toda a diferença.
Pesquisadores deixaram um carro preto e um prata em um estacionamento em um dia quente em Sacramento, nos EUA, durante uma hora. No fim do tempo estipulado, o carro prata tinha uma temperatura interna um pouco mais fria do que o carro preto. Pode não parecer nada, mas quando um motorista tem que gastar mais tempo e energia com o ar condicionado ligado para esfriar seu carro de cor escura, a diferença é de um aumento de cerca de 2% em economia de combustível. Se todos os carros do mundo fossem claros, veríamos uma drástica redução das emissões de carbono.
A pintura afeta outras coisas também, além dos carros. Pintar o telhado de sua casa de branco pode significar uma economia de cerca de 20% nos custos de ar condicionado, por exemplo.

3. Pegar conchas da praia
Praticamente todo mundo já pegou conchas da praia para levar de lembrança ou usar como decoração. Essa é uma péssima ideia.
Um estudo que levou mais de 30 anos para ser completo sugere que o turismo está destruindo a ecologia das praias, principalmente graças a coleta de conchas. Isso, combinado com patrulhas policiais passando pela areia com seus veículos, resultam em grandes mudanças nos ecossistemas encontrados ao longo da costa.
Na Praia Llarga, na Espanha, onde o estudo foi realizado, a abundância de conchas diminuiu 60% conforme o turismo aumentou 300% na área.
Por que isso importa? Porque conchas desempenham um papel na erosão da praia, oferecem abrigo para numerosos peixes e outros seres vivos do oceano e são usadas em ninhos de pássaros. Menos conchas significa menos de tudo o que precisa delas.

2. Janelas
Janelas podem até ajudar a economizar energia por não precisarmos acender as luzes durante o dia, mas elas também nos fazem gastar mais energia, por conta de não ajudarem a manter a temperatura dentro de casa.
Aproximadamente 30% da energia utilizada para aquecer ou arrefecer a sua casa voa direto para fora da janela. Existe uma solução para isso? Você poderia optar por “janelas inteligentes”, produtos que podem ajudar a economizar mais de 1% no consumo anual de energia de todo os EUA, por exemplo. Parece uma quantia ridícula, mas que se traduz em US$ 10 bilhões.
E o que faz uma janela inteligente? Basicamente, duas placas de vidro são ligadas no centro com um adesivo. O interior fica turvo quando atingido por luz brilhante, o que reduz o calor dentro de sua casa. A diferença é realmente substancial.

1. Frutas com formatos irregulares ou maduras
Você já deve ter feito isso: passado pela seção de frutas em um supermercado e não levado nada porque “não tinha nada bonito”. Até mesmo bananas que estão ainda um pouco verdes são mais propensas a ser compradas do que as já estão maduras. Por quê? Ninguém quer uma banana que já passou muito tempo no supermercado – mesmo que ainda seja perfeitamente comestível.
Então, o que acontece com as bananas que amadurecem totalmente nas vendas e com as frutas perfeitas que não possuem formatos muito regulares? Vão para o lixo.
Supermercados e restaurantes são responsáveis por mais de 180 milhões de quilos de alimentos produzidos a cada ano, e quase um terço disso nunca é comido. Qualquer coisa que fica muito madura, manchada, machucada ou com aparência de velha tem que ser trocada, mesmo que ainda boa, porque é o que o consumidor quer.
O resultado é que 10% do fornecimento de alimentos só nos EUA vai da fazenda para o aterro, com pequenas férias em lojas no meio, e outros 20% são jogados fora nas casas dos consumidores. O mal que isso causa a população e ao meio ambiente todos podem estimar. [Cracked]


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

10 verdades chocantes sobre a Terra

A Terra gira sobre seu eixo e orbita ao redor sol. O sol, por sua vez, gira em torno do centro da Via Láctea a uma velocidade de 800.000 quilômetros por hora. Como se isso já não fosse chocante o suficiente, o universo se manteve praticamente intacto desde a sua criação. O nosso planeta, em toda a sua complexidade, é apenas um pequeno pedaço de um quebra-cabeça muito maior e que ainda está loooonge de ser completado.

Mesmo no auge da nossa insignificância, ainda temos uma composição e lógica de funcionamento interno que são absolutamente extraordinários.

10. Essa cordilheira vulcânica se espalha pelo mundo
A dorsal mesoatlântica é uma imensa gama de vulcões subaquáticos. Ela existe devido a erupções vulcânicas de lava basáltica que ocorrem entre as placas tectônicas. Estas erupções ajudam a produzir a crosta mais nova da Terra na litosfera. Com 60 mil quilômetros de comprimento, ela é a maior cordilheira geológica da Terra.
Só para você ter uma noção, a Cordilheira dos Andes, maravilhosa e famosa, que fica aqui na América do Sul, tem “apenas” 7.200 km de extensão.
Mas isso não é tudo.
A dorsal mesoatlântica tem influência sobre a atividade da Terra. Por exemplo, quando a água congelante do oceano se infiltra nas rachaduras de suas cristas vulcânicas, essa água é aquecida a 400 graus Celsius e entra em uma ebulição sinistra sendo atirada pelo ar em rajadas pretas, devido aos minerais de basalto.
A maioria da atividade vulcânica do planeta ocorre ali. Suas características únicas variam muito além das aberturas superaquecidas, mas não temos uma visão completa do que está lá embaixo de fato. Essa gama subaquática colossal só foi descoberta na década de 1950 e permanece altamente inexplorada. Alguém se habilita?

9. Contra todas as expectativas, o fogo prospera em condições geladas
Na Antártica, ventos extremos e secos ajudam o fogo a se espalhar rapidamente. Com isso, a responsabilidade de seguir as precauções de segurança pesa sobre os ombros de todos, já que um incêndio pode significar perda rápida de suprimentos vitais e abrigo – o que complica em escala exponencial a vida nessa região.
Mas se pegar fogo, não é “só” apagar? Bem, nesse caso, não. É quase impossível apagar um grande incêndio na Antártica porque a água vai simplesmente congelar na mangueira. Então é melhor a gente focar todos os esforços na prevenção.
Segurança contra incêndio no continente branco também tem uma mais preocupação incomum: eletricidade estática.
A baixa umidade e ventos extremos aumentam os efeitos da eletricidade estática o suficiente para carregar um edifício. Uma única faísca estática pode inflamar combustível e iniciar um incêndio. Eletricidade estática descontrolada pode também destruir eletrônicos, como MP3 players e câmeras. Placas de descarga têm que ser colocadas perto de telefones e teclados por razões de segurança. Como se essas preocupações não bastassem, há também o Monte Erebus, um vulcão ativo, que pode entrar em erupção a qualquer hora.
Melhor escolher outro lugar para passar férias!

8. Terremotos não são nenhuma raridade
Se levarmos o mundo todo em consideração, terremotos ocorrem cerca de 500.000 vezes por ano. Aproximadamente um quinto destes terremotos podem ser sentidos pelos seres humanos. Microterremotos e sismos menores também acontecem em larguíssima escala. Ambos podem ser detectados por pessoas, e ocorrem a uma escala de cerca de 8.000 POR DIA. Os tremores que podem ser sentidos, mas causam pouco ou nenhum dano, ocorrem cerca de 55.000 vezes por ano.
Ou seja: você pode não perceber o que está acontecendo bem debaixo dos seus pés. AGORA!
Terremotos considerados de nível moderado a grande (5.0 a 8.9 graus na escala Richter) já são mais preocupantes. Eles ocorrem cerca de 1.000 vezes por ano. Os terremotos mais fortes ocorrem com menos frequência, é claro, mas os danos e a taxa de fatalidade costumam ser muito maiores.
Terremotos extremos são o tipo mais raro do mundo (para nossa infinita alegria). Eles ocorrem uma vez a cada 20 anos ou mais, registrando de 9.0 a 9.9 graus na escala Richter.
Nunca houve um terremoto documentado que tenha ultrapassado os 10 graus na escala Richter.

7. O núcleo da Terra é tão quente quanto o sol
A Terra é dividida em três camadas. O núcleo quente é fundido do lado de fora e denso no centro. O manto é a camada seguinte. Basicamente, ele é uma rocha sólida que representa cerca de 84% do volume da Terra. A crosta é superfina é justamente a camada que sustenta a vida. O núcleo é o mais fora do alcance e, consequentemente, mais difícil de ser estudado. Mas nós sabemos o suficiente para determinarmos que o núcleo da Terra tem 2.300 quilômetros de espessura, está a uma temperatura de mais de 3.900 graus Celsius e é composto principalmente de ferro e níquel. Também sabemos que ele se move com a viscosidade da água.
Núcleo interno da Terra é praticamente uma bola de liga de ferro com 1.207 km de espessura. Esta esfera de metal proporciona o campo magnético mais protetor do mundo e tem nada menos que 6.100 graus Celsius, o que faz com que seja tão quente como o sol.
O peso de tudo que fica ao redor do núcleo provoca uma pressão que o mantém sólido, apesar do calor. Nós não podemos perfurar tão fundo até essas áreas ridiculamente quentes do interior da nossa Terra, então contamos com a sismologia para obter informações. Isto significa que o que “sabemos” é meramente especulativo e poderia facilmente mudar à medida que aprendemos mais sobre o peso do nosso planeta.

6. Uma certa quantidade de peso pode deformar a terra
Em 2002, ao longo de cerca de um mês, a plataforma de gelo Larsen B da Antártida ruiu no Mar de Weddell. Sua área de superfície original era de cerca de 3.250 quilômetros quadrados. Esta plataforma monstruosa de gelo tinha nada menos que 220 metros de espessura e pesava singelos 720,000 milhões de toneladas – o que é acima do peso até para os padrões de beleza de um iceberg. Isso é uma grande quantidade de peso para desaparecer assim tão de repente. Para o choque de cientistas, quando isso aconteceu, a terra que anteriormente estava sob o gelo aumentou. A mudança foi significativa o suficiente para causar alterações nos fluxos subterrâneos de lava, levantando novas preocupações sobre a estabilidade dos vulcões locais. Se todo o gelo que cobre a Antártida derretesse, a terra subiria na mesma proporção. O nível dos oceanos também aumentaria em cerca de 60 metros.
A maior parte da terra da Antártida está afundada com o peso de suas camadas de gelo de espessura obesa. Como elas são MUITO pesadas, acabam sufocando uma grande porção de terra do continente, que atualmente permanece descansando abaixo do nível do mar.

5. Cerca de 95% do oceano ainda é um mistério
Muito embora a água cubra 71% da superfície da Terra, nós só exploramos cerca de 5% do mar. A luz solar não penetra além de aproximadamente 275 metros, e a maior parte da água do oceano escurece a uma profundidade de 30 metros. Logo… O acesso fica um pouco complicado. E há muito do abismo escuro ainda para ser descoberto.
Milhões de espécies ainda não vistas podem existir debaixo d’água, mas também muitas podem se extinguir antes mesmo que a gente tenha a oportunidade de encontrá-las e compreendê-las.
Um dos motivos que leva os cientistas a acreditarem nessa extinção é a acidez dos oceanos, que aumentou em cerca de 30% desde o início da Revolução Industrial. Essa acidez destrói recifes de corais e outras formas de vida dos mares. Para piorar as coisas, os seres humanos frequentemente pescam DEMAIS, a ponto de aniquilar algumas das principais espécies. Nós também despejamos um número estimado de 180 milhões de toneladas de resíduos tóxicos na água do mar a cada ano. Isso é lamentável, uma vez que o oceano pode armazenar chaves para a compreensão de ecossistemas complexos, a cura para doenças e mais um monte de outras coisas que nós não vamos nem ter a oportunidade de saber o que são.
As profundezas do oceano são poderosas o suficiente para destruir o nosso corpo, por conta da pressão absurda da água. Ainda assim, criaturas prosperam ali – então calcule o que ainda não sabemos.

4. A ação da gravidade não é a mesma em todos os lugares do mundo
Se você achava que a gravidade era a mesma em todo o mundo, que bom que está lendo esse artigo até aqui, porque não é verdade. A taxa de gravidade varia ao longo da superfície terrestre. Por exemplo, a área da Baía de Hudson, no Canadá, tem uma força gravitacional mais fraca do que a maioria dos lugares na Terra. A mudança é tão minúscula que você nunca seria capaz de senti-la, mas a tecnologia moderna pode detectá-la.
E por que isso acontece?
Nós só temos teorias sobre a causa dessa variação. A mais comum aponta para a Idade do Gelo. Quando o gelo que dominava a terra derreteu, ele deixou uma marca tão forte que acabou afetando a gravidade em um grau leve. Esta camada de gelo cobria a maior parte do Canadá e parte da América do Norte e teria exercido um peso maior em algumas áreas. A mesma coisa aconteceu no Pólo Sul.
O derretimento do gelo nos últimos anos tem causado uma mudança definitiva na força gravitacional local. A distribuição e densidade de terra, a atividade marítima, e os processos naturais podem ser os responsáveis por essa diferença na taxa de gravidade. Um terremoto no Japão levou a uma mudança rapidamente detectada em 2011, mas, como falamos, ninguém pode de fato senti-la.

3. Última Pangea
Pangea, nome dado ao supercontinente com todos os sete continentes modernos formando uma única terra, existia há 250 milhões de anos. E a previsão é que, daqui a outros 250 milhões de anos no futuro, uma nova Pangea irá se formar, mas com uma estrutura muito diferente da Pangea do passado. É impossível saber exatamente em que direção as placas tectônicas se movem, mas podemos prever o que vai acontecer a partir da observação dos movimentos que estão ocorrendo agora.
Com base nessas informações, os cientistas preveem que a Califórnia irá colidir com o Alasca. A maior parte do Mediterrâneo é, na verdade, parte da placa tectônica africana que foi avançando para o norte durante milhões de anos. A África vai se fundir com a Europa e criar uma cadeia de montanhas gigantescas.
Mas quanto tempo essa transformação vai levar?
Digamos assim que você não precisa perder o sono. Os geólogos estimam que a formação desse supercontinente na Terra ocorra ciclicamente, em um intervalo de 500 a 700.000.000 de anos, e nós estamos no meio desse ciclo agora. E como as placas tectônicas se movem em um ritmo ligeiramente mais lento do que uma unha crescendo… Parece que vai levar um bom tempo até as terras se juntarem novamente.

2. O Polo Norte e o Polo Sul mudaram de lugar
A “mudança” magnética dos polos Norte e Sul é um ciclo natural. Isso já aconteceu inúmeras vezes no passado, e vai continuar acontecendo no futuro. Rochas vulcânicas revelam que a última alteração ocorreu 780.000 anos atrás. Isso significa que a próxima mudança está perto de acontecer.
O campo magnético que existe ao redor da Terra nos protege de uma radiação extrema. Mas ele vem mudando mais rápido do que o previsto, e está enfraquecendo em algumas áreas e ficando mais forte em outras. Isso porque o campo é afetado pelo movimento de núcleo exterior da Terra. Menos movimento provoca uma diminuição na força do campo magnético, enquanto mais movimento provoca um aumento da resistência para a área correspondente. E uma atividade incomum recentemente registrada pode significar que o processo de troca dos polos está já está acontecendo.

1. A Terra é absurdamente pequena
Não é nenhum segredo que a Terra é menor do que o sol, mas o contraste chega a ser ultrajante. Cerca de 109 Terras seriam necessárias para cobrir a face do sol. No entanto, ao mesmo tempo que isso pode ser um número grande, não é nada em comparação com os cerca de 1,3 milhões de Terras que poderiam caber dentro do nosso sol como um todo. Isto apenas considerando o volume e não a forma.
O sol contém cerca de 333 mil vezes a massa da Terra e é responsável por 99,8% da massa do nosso sistema solar inteiro. Não é à toa que dizem que o sol é para todos.
Mas ele não é a maior coisa que existe no universo. A supergigante vermelha Betelgeuse, por exemplo, é cerca de 500 vezes maior do que o nosso sol. Agora, compare isso com o tamanho da Terra e, de repente, parece que somos insignificantemente pequenos, não? [Listverse]

domingo, 1 de setembro de 2013

Seis efeitos inesperados da mudança climática

Junto com seus efeitos indutores de ansiedade, o assunto das mudanças climáticas também oferece uma oportunidade interessante de considerar os processos fascinantes e interligados do planeta. Dos menores para os maiores componentes da Terra, das bactérias aos vulcões, todos de alguma forma vão sentir os efeitos das mudanças climáticas. Confira seis maneiras inesperadas com que as mudanças climáticas nos impactam:

6. Morte e erosão no deserto
O solo do deserto pode parecer desolado e sem vida, mas na verdade está repleto de bactérias. Colônias de bactérias podem crescer a tal espessura que formam camadas resistentes chamadas “biocrostas” que estabilizam o solo contra a erosão.
Um estudo destas crostas em desertos dos Estados Unidos mostrou que diferentes tipos de bactérias prosperam em diferentes temperaturas. Algumas preferem o calor sufocante do Arizona e Novo México, enquanto outras se saem melhor no clima frio do sul do Oregon e Utah. Como as temperaturas tornam-se mais erráticas com a mudança climática, as bactérias do deserto podem ter dificuldades para se adaptar, deixando os solos dos desertos mais propensas à erosão.

5. Mais erupções vulcânicas
Enquanto o degelo glacial avança, inundações dos oceanos e o nível do mar se elevam, e a distribuição de peso sobre a crosta da Terra muda.
Essa mudança pode causar aumento da frequência de erupções vulcânicas, como sugerem alguns estudos. Evidências desse fenômeno foram detectadas no registro das rochas, com restos de erupções vulcânicas mais abundantes correlacionadas com períodos de derretimento glacial em vários episódios da história da Terra. Os seres humanos no século 21 provavelmente não experimentarão essa mudança, no entanto, uma vez que este efeito deve ficar para algo em torno de 2.500 anos no futuro.

4. Oceanos escurecem
As alterações climáticas vão aumentar a precipitação em algumas regiões do mundo, resultando em rios com fluxos mais forte. Fortes correntes fluviais vão carregar mais lodo e detritos, e eventualmente todos que desaguam no mar farão o oceano ficar mais opaco. Regiões ao longo da costa da Noruega já experimentam águas do oceano cada vez mais escuras e turvas, com o aumento da precipitação e derretimento glacial nas últimas décadas. Alguns pesquisadores têm especulado que a escuridão é responsável por mudanças nos ecossistemas regionais, incluindo um aumento nas populações de água-viva.

3. Alergias pioram
Enquanto a mudança climática pode provocar primaveras precoces, a onda de espirros induzidos pelo pólen deve aumentar. Esse fenômeno irá aumentar a carga total de pólen a cada ano, e poderia fazer as alergias das pessoas piorarem. Alguns modelos de temperatura e precipitação mostraram que os níveis de pólen poderiam atingir mais que o dobro até o ano 2040.



2. Invasões de formigas
Pheidole megacephala, também conhecida como a formiga de cabeça grande, é uma das cem espécies mais invasivas da Terra. Hordas desses insetos prosperam na América do Sul, Austrália e África, e suas populações vorazes espalharam-se rapidamente. Como animais invasores, elas roubam o habitat e os recursos de espécies nativas, prejudicando os ecossistemas regionais e pondo em risco a biodiversidade. Elas têm sido conhecidas até por caçar filhotes de aves.
Pesquisadores estimam que 18,5% da superfície terrestre no planeta atualmente suportam a formiga de cabeça grande. Mas à medida que as mudanças de temperaturas avançarem nas próximas décadas, a gama de habitat desses animais de sangue frio, provavelmente, vai diminuir substancialmente. Alguns modelos climáticos sugerem que o alcance habitacional da formiga irá diminuir em um quinto até o ano de 2080. Como insetos nativos irão responder a essas mudanças, no entanto, ainda não está claro.

1. Luz solar inunda leito oceânico polar
Enquanto se derrete o gelo do mar, mais luz solar irá banhar regiões costeiras de águas rasas em torno dos pólos. Comunidades de vermes do fundo do mar, esponjas e outros invertebrados acostumados a existência na escuridão começarão a experimentar períodos mais longos de luz solar a cada verão. Uma pesquisa recente mostrou que essa mudança poderia alterar significativamente as comunidades, permitindo que algas e plantas marinhas proliferassem sufocando esses invertebrados. Esta transição de comunidades dominantes, de invertebrados para algas, já foi observada nos bolsos do Ártico e costas da Antártida, e poderia diminuir significativamente a biodiversidade nessas regiões. [livescience]

quarta-feira, 24 de julho de 2013

10 intrigantes fatos sobre a água da Terra

Se alguém pergunta: “qual é a substância mais importante que existe?”, a resposta mais óbvia é “a água”. Não só ela é diretamente responsável pela nossa existência, como perfaz a maior parte do corpo humano – precisamos dela para sobreviver.

Com base em quão abundante parece ser, é fácil esquecer que na maioria das vezes é um dos recursos mais escassos (pelo menos quando se trata de água potável), ainda mais quando deixamos a atmosfera da Terra rumo a imensidão do espaço.

Confira uma lista com alguns dos fatos mais interessantes sobre esse líquido e o papel que desempenha em nosso planeta:

10. A Terra não tem tanta água quanto provavelmente você acha que tem

É fato que mais de 70% da superfície da Terra é coberta por água; o Oceano Pacífico, sozinho, cobre metade do globo. No entanto, na maior parte da superfície, ela não passa de uma película relativamente fina.
Um estudo recente publicado pela U.S. Geological Survey (Serviço Geológico dos EUA) mostra que se reuníssemos toda a água da Terra (oceanos, rios, lagos, lenções freáticos e calotas de gelo) em uma única esfera, ela teria um diâmetro de 1.384 km, um pouco mais que a distância do Rio de Janeiro – RJ a Salvador – BA, ou o tamanho de um planeta anão como o Sedna (um dos muitos objetos trans-netunianos), e teria um volume de 1,386 bilhão de quilômetros cúbicos.
Além disso, a quantidade de água doce é muito menor: sua esfera teria um diâmetro de 272,8 km – 4 vezes menor em diâmetro e 50 vezes menor em volume. Essa segunda esfera inclui as geleiras. A terceira esfera, com apenas lagos de água doce e rios, teria uns 90 km de diâmetro.

9. A lua Europa tem mais água que a Terra

Antigamente, os astrobiólogos achavam que a Terra era a maior fonte de água do sistema solar, algo hoje reconhecido como falso.
Quando na década de 90 a sonda Galileu investigou o sistema de luas de Júpiter, descobriu que uma delas tinha uma massa de água maior que o esperado. A notícia repercutiu pelo mundo e, de uma gélida lua, Europa se tornou uma sensação no mundo dos astrobiólogos como potencial morada para a vida extraterrestre.
Sua água está na forma de uma espessa crosta de gelo rachada, onde podem se formar lagos subglaciais perto da superfície, parecidos com o famoso lago Vostok, explorado na Antártida. E os estudos indicam também um oceano colossal de água líquida abaixo da crosta de gelo.
Mesmo sendo menor que a lua e umas 50 vezes menor que a Terra, toda a água de Europa daria uma esfera de 1.754 km, duas a três vezes maior que toda a massa líquida da Terra.
Outros mundos parecem ter ainda mais. Titã, lua de Saturno, teria uma massa maior de água que a Terra e Europa, enquanto o planeta Netuno poderia ter em seu manto uma massa colossal de vários planetas Terras em forma de água, segundo modelos teóricos para a estrutura dos gigantes gasosos distantes.
No sistema solar exterior, a presença de água em mundos como luas e planetas anões não é uma pequena fração como na Terra, mas tão ou mais substancial que a própria rocha.

8. Nosso abastecimento de água veio provavelmente de cometas e asteroides

Não temos uma resposta exata sobre a origem da água na Terra, mas o modelo científico mais aceito indica que ela veio por um bombardeio de cometas.
Neste cenário, a primeira parte da história é que muito de nosso abastecimento de água existiu no período de formação dos planetas, quando o material que os compõe começou a se fundir no disco protoplanetário do sistema solar em formação ao redor do jovem sol.
Enquanto planetas rochosos se formavam no sistema solar interior, o calor das rochas fundidas teria feito todas as massas de água evaporarem e escaparem da gravidade para o espaço, se aglutinando na forma de cometas e asteroides – no fim, a gravidade dos planetas se encarregou de arremessá-los para longe do espaço planetário, onde permaneceram inertes por bilhões de anos.
A segunda parte vem no Intenso Bombardeamento Tardio, quando um fenômeno gravitacional iniciou um processo de envio de muitos desses objetos gelados na direção do sistema solar interior, tendo muitos deles caído na Terra. Com isso, uma massa imensa de água se formou em nosso planeta, com a ajuda da pressão atmosférica da Terra.
Boa parte dos materiais orgânicos daqui provavelmente vieram para a Terra da mesma maneira, dando origem à vida.

7. Micrometeoritos caem na Terra sobre a forma de chuva

Estima-se que em torno de 10 mil toneladas de micrometeoritos caem na Terra todos os dias, sendo muitos deles pequenos pedaços de rocha por vezes com pequenas frações de ferro, que cruzam nosso caminho.
Acredita-se que a maioria desses pequenos viajantes, que consiga sobreviver ao atrito com a atmosfera que incinera objetos entrantes, acaba ficando presos na atmosfera superior e passe realmente a fazer parte dela. Em um dado momento, eles se misturam com o vapor de água, aglomerando-se e depois caindo sobre a superfície na forma de chuva.
Então, na próxima vez que molhar-se numa chuva de verão, saiba que pode estar em contato com bilhões de pequenas partículas de poeira estelar, restos da formação planetária, talvez pedacinhos de Marte ou da lua.

6. Há mais de 10^30 vírus nos oceanos do mundo

Através de sua pesquisa, Curtis Suttle (da Universidade de British Columbia) passou um tempo significativo a contar fisicamente o número de vírus localizados em várias partes do oceano. Em última análise, ele concluiu que cada litro de água do mar contém cerca de 3 bilhões de vírus. Considerando o fato de que os geólogos estimam que o oceano contém cerca de 1,3×1021 litros de água, devemos ter cerca de 4 E 30 (4 seguido de 30 zeros) vírus ao todo.
Uma curiosidade é que se pudéssemos empilhar esse número colossal de seres microscópicos, cobriríamos algo como 10 milhões de anos-luz – uma medida mais que astronômica, galáctica. Uma ano-luz equivale a 9,46 trilhões de km. A nossa galáxia, a Via Láctea, tem 100.000 anos-luz de diâmetro. 10 milhões de anos-luz daria o diâmetro do Grupo Local de Galáxias, que abrange 35 galáxias, entre elas a nossa.

5. A vida pode sobreviver em regiões “inabitáveis” do fundo do mar

A maioria de nós mantém uma boa ideia das variáveis necessárias para nossa sobrevivência – água, alimentos, oxigênio, luz solar… – tudo isso geralmente considerado imperativo para a nossa forma de vida.
Imagine a surpresa dos biólogos quando vida foi descoberta ao explorarem alguns dos mais profundos lugares de nosso planeta, onde as condições são mais adversas que quaisquer outras localidades já vistas.
As formas de vida encontradas são comparáveis a potenciais formas alienígenas. Algumas delas, como os vermes-tubo, são criaturas de três metros de comprimento, sem olhos, bocas ou intestinos. Outros, como bactérias que forma encontradas dentro de fontes hidrotermais, vivem a mais de 2.000 metros abaixo do nível do mar – onde não só há ausência de luz solar, como a pressão é substancialmente maior do que se poderia experimentar na superfície, e as temperaturas podem exceder os 400 graus Celsius. Para sobreviver, algumas formas de vida extraem energia a partir do sulfeto de hidrogênio proveniente das fontes hidrotermais, num processo chamado “síntese química”.
Na parte mais profunda do oceano, na Fossa das Marianas, além de outros seres foi encontrada uma peculiar ameba gigante, com 10 centímetros. Esses seres vivem a quase 11 quilômetros de profundidade com uma pressão 1.100 vezes maior que a da atmosfera ao nível do mar.
A vida nesses estremos obscuros tem sido uma grande esperança para a procura por formas de vida extraterrestre em mundos com oceanos obscuros como Europa, a lua de Júpiter citada no item 9.

4. Há mais moléculas em um litro de água que litros de água no oceano

Se você despejasse uma garrafa de água no oceano, e viajasse para o outro lado do mundo para pegar água do oceano com essa mesma garrafa, qual a chance de pegar ao menos uma molécula da mesma água que despejou anteriormente? Provavelmente nula, dada a imensa quantidade de água em um oceano.
Na verdade, as chances são muito boas (na casa dos dígitos quádruplos) de que você não só encontre uma molécula idêntica de água: cerca de 8.000 exatamente. Mas como?
Um litro de água tem um monte de moléculas nele. Na verdade, há mais moléculas em um litro de água do que litros de água em todos os oceanos da Terra. Por conta disso, as chances são boas de encontrar não apenas uma, mas dígitos quádruplos de moléculas idênticas (cerca de 8.000). Esses números são discriminados aqui.
Importante lembrar que isso é apenas um teste de lógica numérica, que não deve ser levado ao pé da letra.

3. Algumas das moléculas de água que consumimos já foram bebidas por dinossauros

Como vimos desde as séries fundamentais, a água tem um ciclo bastante complexo: é consumida por seres vivos, devolvida a terra, evaporada, forma nuvens, precipita nas chuvas – obviamente, isso não é tudo, mas é um bom resumo do que acontece.
Isso essencialmente significa que a água é constantemente reciclada. No entanto, as moléculas por si próprias mudam de estado (sólido, líquido e gasoso) o tempo todo. Embora, como na fotossíntese ou na radiação, elas possam ser separadas em suas partes constituintes – hidrogênio e oxigênio, na maior parte das fases dos ciclos, elas permanecem as mesmas, e já encontramos vários leitos de rios antigos que contém moléculas de água com milhões de anos de idade, quando dinossauros ainda andavam por aí.
Uma vez sabido que moléculas são pequenas e numerosas, passam por vários ciclos e processos na natureza, podemos calcular a quantidade de água que herdamos da época dos dinossauros. Segundo os cientistas, as plantas consomem 12 trilhões de quilos de água por ano, de uma quantidade de 1.400 bilhões de bilhões de quilos; assim, a maioria das moléculas de água é separada a cada 100 milhões de anos. Considerando que a distância entre nós e os dinossauros é 65 milhões de anos, as estimativas dizem que mais da metade das moléculas de nossa água (uns 57%) eram ingeridas por eles. Ou, para quem preferir, algumas das moléculas mais recentes em seu copo d’água passaram através da bexiga de Einstein, Shakespeare, Cleópatra, Issac Newton e talvez até Confúcio.

2. Se a Terra parasse de girar, toda a nossa água iria para os pólos

Entre outras coisas terríveis que aconteceriam se a Terra parasse de girar, toda a água se acumularia nos pólos. Isso aconteceria porque a migração oceânica cessaria, e toda a água se deslocaria da parte equatorial para as polares. A rotação é um elemento fundamental da formação planetária, pois equilibra o campo magnético e dá movimento as massas oceânicas e atmosféricas. Dois super oceanos nos pólos gélidos e sem chão pra pisar, e equador seco de um lado pelo calor solar, e congelado do outro por uma noite de meio ano é o que uma Terra sem giro causaria.

1. Super Barragens podem frear a rotação da Terra

Talvez alguns não achem o assunto mais interessante dessa lista, mas certamente é de grande importância. É necessário uma discussão em torno dos impactos ambientais de algumas tecnologias modernas.
Durante os últimos 40 ou 50 anos, temos visto uma concentração significativa em formas de geração de energia. Um avanço que tem sido massivo está na forma de barragens hidrelétricas, que apesar de geralmente caras, são uma fonte de energia limpa. A princípio, parece um bom investimento, mas logo surgem preocupações surpreendentes, como o fato de que elas podem alterar a rotação orbital do planeta.
O maior exemplo é a Three Gorges Dam, Barreira das Três Gargantas, na China. É uma barreira peso-pesado que, quando cheia, contém 42 bilhões de toneladas de água – um volume de 39 km³, na capacidade total.
Esta grande mudança na distribuição de massa em relação à rotação da Terra tem aumentado o tempo de um dia em 0,06 microsegundos. Isso com apenas essa barreira, sem contar as outras superbarragens que existem no globo. Certamente, 60% de um microsegundo não parece muito, mas a soma futura de várias barragens operantes simultaneamente pode trazer consequências maiores. Associadas a outros fenômenos naturais responsáveis pela gradual freagem da rotação, como o afastamento da lua, esses números podem passar a ser significativos. [FromQuarksToQuasar]

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

8 mudanças no mundo provocadas pelo aquecimento global

Nos últimos 100 anos, as temperaturas globais tem aumentado de 0,74°C em média. Esta mudança parece mínima, mas está acontecendo muito rapidamente – mais da metade desde 1979, de acordo com o Painel Intergovernamental de Mudança Climática.

Apesar de ainda ser difícil determinar o papel das mudanças climáticas sobre qualquer evento meteorológico, as mudanças estão, sem dúvida, acontecendo. Veja aqui como o planeta, as pessoas e outros seres vivos estão respondendo ao aquecimento global:

8 – MOVENDO OS EXÉRCITOS PARA O NORTE
Conforme o gelo ártico se abre, o mundo se volta para os recursos da região. De acordo com o U.S. Geological Survey, 30% do gás natural ainda não descoberto e 13% das reservas de óleo não descoberto mundiais estão no Ártico.
O resultado direto é que as ações militares na região estão esquentando, com os Estados Unidos, Rússia, Dinamarca, Finlândia, Noruega, Suécia e Canadá mantendo conferências sobre a segurança regional e problemas de fronteira.
Várias nações, incluindo o EUA, estão também fazendo exercícios militares no extremo norte, preparando-se para um aumento nas atividades de controle de fronteira e resposta a desastre, em um Ártico mais agitado.

7 – ALTERAÇÃO NAS ESTAÇÕES DE ACASALAMENTO
Conforme as temperaturas se alteram, os pinguins estão mudando suas estações de acasalamento também. Um estudo em março de 2012 descobriu que os pinguins-gentooestão se adaptando mais rapidamente a um clima mais aquecido, por que eles não são tão dependentes do gelo marinho para acasalamento como outras espécies.
E não são só os pinguins que parecem estar respondendo às mudanças climáticas. Abrigos de animais nos EUA notaram um aumento no número de gatos de rua e filhotes, devidos a estações de acasalamento mais longas para os felinos.

6 – MUDANÇAS EM REGIÕES ALTAS
Uma diminuição na queda de neve no topo das montanhas está permitindo aos alces se alimentarem em locais mais elevados no inverno todo, contribuindo para um declínio nas plantas sazonais.
Os alces têm destruído árvores como os carvalhos silvestres e faias, o que leva a um declínio nas aves canoras, que dependem destas árvores para habitat.

5 – ALTERAÇÕES NOS LUGARES PREDILETOS DE THOREAU
O escritor Henry David Thoreau documentou de forma lírica a natureza em Concord, Massashussets e arredores. Lendo os diários, os pesquisadores constataram o quanto a primavera foi alterada no último século.
Se comparado com o final dos anos 1800, as datas das primeiras floradas para 43 das espécies mais comuns de plantas na área tem se adiantado uma média de 10 dias. Outras plantas simplesmente desapareceram, incluindo 15 espécies de orquídeas.

4 – MUDANÇAS NA ALTA-ESTAÇÃO DE PARQUES NATURAIS
Qual é a época do ano mais movimentada para ver o Grand Canyon? A resposta tem mudado com o passar das décadas, conforme a primavera tem começado cada vez mais cedo.
O auge das visitas nos parques nacionais dos EUA tem se adiantado mais de quatro dias, em média, desde 1979. Atualmente, o maior número de visitantes ao Grand Canyon acontece no dia 24 de junho, comparado com o dia 4 de julho em 1979.

3 – MUDANÇAS GENÉTICAS
Até mesmo as moscas das frutas estão sentindo o calor. De acordo com um estudo de 2006, os padrões genéticos das moscas das frutas normalmente encontradas em latitudes mais quentes estão começando a aparecer com maior frequência em latitudes maiores.
De acordo com a pesquisa, os padrões genéticos da Drosophila subobscura, uma mosca das frutas comum, estão mudando de forma que as populações estão parecendo um grau mais próximas do equador do que realmente estão.
Em outras palavras, os genótipos estão se deslocando de forma que uma mosca no hemisfério norte tem um genoma que se parece mais com uma mosca de 120 a 161 quilômetros mais ao sul.

2 – AFETANDO URSOS POLARES
Filhotes de ursos polares estão sofrendo para nadar distâncias cada vez maiores em busca de icebergs estáveis, de acordo com um estudo de 2011.
A rápida perda de gelo ártico está forçando os ursos a nadarem às vezes até mais de 12 dias de cada vez. Os filhotes de ursos adultos que tem que nadar mais de 48 quilômetros têm uma taxa de mortalidade de 45%, comparados com 18% dos filhotes que têm que nadar distâncias menores.

1 – MAIS ESPÉCIES MÓVEIS
Espécies estão se dispersando de seus habitats nativos a uma taxa sem precedentes: 17,6 km por década, em direção aos polos.
Áreas onde a temperatura está aumentando mais têm as maiores dispersões de espécies nativas. O rouxinol de Cetti, por exemplo, tem se mudado para o norte nas últimas duas décadas mais de 150 km.[Live Science]

Fonte: http://hypescience.com/8-mudancas-no-mundo-provocadas-pelo-aquecimento-global/ - por Cesar Grossmann

segunda-feira, 16 de abril de 2012

10 Mitos sobre o aquecimento global

O clima do nosso planeta é muito dinâmico, como tudo na natureza. Mas a partir dessas mudanças, muitas pessoas criam mitos e questões. Como podemos realmente dizer que a Terra está aquecendo e os humanos são os culpados? Aqui você pode vai ver o que os cientistas sabem e o que não sabem sobre as mudanças climáticas.

10 – O CLIMA MUDOU ANTES
O mito: Mesmo antes do efeito estufa e dos gases liberados por ações humanas, o clima da Terra já estava mudando, e por isso nós não somos responsáveis pelo aquecimento global atual.
A ciência: As mudanças climáticas passadas sugerem que o clima reage de acordo com a energia colocada e retirada, de maneira que se o planeta acumular mais calor do que libera, as temperaturas globais vão subir.
No momento, o CO2 está gerando um desequilíbrio energético que aumenta o efeito estufa. Mudanças climáticas antigas mostram evidências de que nosso clima é sensível ao gás carbônico.

9 – MAS ESTÁ FRIO LÁ FORA!
O mito: O planeta não pode estar esquentando, pois o último inverno foi um dos mais frios, como é possível o aquecimento global?
A ciência: Temperaturas locais, medidas de forma individual, não têm nada a ver com o aquecimento global de longo termo. As mudanças de estação locais podem esconder o movimento climático planetário.
Para encontrar tendências climáticas, é preciso analisar as mudanças de temperatura por um longo período de tempo.

8 – O CLIMA ESTÁ ESFRIANDO
O mito: O aquecimento global parou e a Terra está começando a esfriar.
A ciência: A última década, entre 2000 e 2009, foi a mais quente já registrada. Mas o aquecimento global é compatível com climas mais frios. Novamente, o que vale são os registros de longo termo. E nesse caso, infelizmente, a Terra está aquecendo.

7 – A CULPA É DO SOL
O mito: Na última centena de anos, a atividade solar tem aumentando, gerando o aquecimento global.
A ciência: Nos últimos 35 anos de aquecimento global, o sol mostrou uma tendência de se resfriar, enquanto o clima tem esquentado. Para o último século, o sol pode sim explicar um pouco do aumento das temperaturas, mas apenas uma pequena parcela.
Um estudo publicado no ano passado mostrou que mesmo durante um período de baixa atividade solar, a Terra continuou a esquentar.

6 – NEM TODOS CONCORDAM
O mito: Não há consenso de que o planeta esteja realmente aquecendo.
A ciência: A maior parte dos cientistas climáticos concorda que o aquecimento global “humano” está acontecendo. Você pode ver essa tendência na diminuição das notícias sobre discussões a respeito disso. Não há mais argumentação.

5 – O DIÓXIDO DE CARBONO (CO2) NÃO É UM POLUENTE
O mito: “Os perigos do dióxido de carbono? Diga isso para uma planta, o quão perigoso é”.
A ciência: Apesar do gás ser realmente fundamental para a fotossíntese das plantas, ele é um poluente (por exemplo, na acidificação dos oceanos) e seriamente ligado ao efeito estufa. Quando o calor é liberado da superfície terrestre, parte da radiação fica presa por gases estuda, como o CO2. Esse efeito é que está aumentando as temperaturas globais.

4 – CIENTISTAS ESTÃO CONSPIRANDO
O mito: Milhares de e-mails entre cientistas climáticos vazaram em novembro de 2009, e revelaram dados encobertos que conflitavam com as pesquisas que afirmavam o aquecimento global.
A ciência: Sim, um hacker teve acesso e divulgou os e-mails e documentos. Mas não existe conspiração, já que diversas outras pesquisas foram feitas, não necessariamente envolvendo esses cientistas.

3 – NÃO SE PREOCUPE, NÃO É TÃO RUIM
O mito: Alguns apontam que há evidência histórica de que períodos mais quentes são bons para a humanidade, enquanto o frio é catastrófico.
A ciência: Os cientistas climáticos afirmam que os pontos positivos do aquecimento são esmagados pelos negativos, na agricultura, na saúde humana, na economia e no meio ambiente. Por exemplo, um estudo de 2007 mostra que um planeta mais quente aumentaria a propagação da vegetação na Groenlândia; mas isso também significaria mais escassez de água, mais e maiores queimadas e maior desertificação. Não parece muito bom.

2 – A ANTÁRTIDA ESTÁ COM MAIS GELO
O mito: O gelo que cobre a Antártida está expandindo, ao contrário da crença de que está derretendo devido ao aquecimento global.
A ciência: O argumento de que o gelo está expandindo na Antártida omite a diferença entre o gelo terrestre e o marítimo. “Se você estiver falando do lençol de gelo, nós esperamos ganho no interior do território, mas perda do gelo periférico”, afirma o cientista Michael Mann. Medições atuais mostram que a camada de gelo da Antártida está diminuindo, em saldo negativo, e contribuindo para o aumento do nível dos oceanos. No caso do gelo marítimo, as tendências variam muito, por isso é complicado chegar a um dado exato.

1 – OS MODELOS CLIMÁTICOS NÃO SÃO DE CONFIANÇA
O mito: Os modelos são repletos de pressupostos para que se encaixem nos dados coletados. Não há forma de saber se eles são de confiança.
A ciência: Modelos já conseguiram reproduzir com sucesso as temperaturas globais de 1900, na terra, no ar e nos oceanos. “Modelos são simplesmente uma formalização para que possamos entender melhor os processos que governam a atmosfera, os oceanos, etc”, afirma Mann. Ele adiciona que certos processos, como a maneira com a qual as nuvens respondem às mudanças atmosféricas, são incertos, e diferentes modelos já foram apresentados.
Mesmo assim, afirma Mann, certas previsões são baseadas na física e química fundamentais (como as feitas para o efeito estufa), o que resulta em previsões robustas, independentes dos pressupostos.[LiveScience]

Fonte: http://hypescience.com/10-mitos-sobre-a-mudanca-climatica/ - Por Bernardo Staut