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quinta-feira, 23 de maio de 2013

10 coisas para refletir antes de tentar perder peso


Não importa quantas pessoas digam “peso não é nada” ou “você não precisa emagrecer”: muitas mulheres são assombradas pela urgência de chegar a determinado peso e ficam extremamente frustradas enquanto não atingem essa marca. Para quem vive esse tipo de situação, Tracy Moore, colaboradora do site Jezebel, propõe alguns pontos para refletir antes de iniciar uma cruzada contra os quilos “a mais”.

10. Nem todos querem seu bem-estar

Uma boa dose de ceticismo diante de materiais (artigos, propagandas, ensaios fotográficos) sobre peso pode ajudar a ter alguma paz de espírito, pois muitos deles são elaborados para vender produtos, e não necessariamente garantir que você vai se sentir melhor com seu corpo. “Então, ao invés de se sentir mal ou mesmo hipnotizada por imagens sem falhas, mensagens e prescrições para emagrecer, veja isso como um cínico e triste jeito de ganhar dinheiro”.

9. Homens também precisam se preocupar com isso?

Existem homens que sofrem por não se encaixar em um padrão estético divulgado por meios de comunicação e por pessoas com as quais eles convivem, mas, em geral, o incômodo é menor do que aquele vivenciado por mulheres que desejam emagrecer. Por que não sofrer menos?

8. Isso faz eu me preocupar com minha saúde ou só com meu corpo?

“Se, como qualquer outra pessoa, você quer ficar mais saudável (REALMENTE saudável, mais forte, em boa forma, bem alimentada, capaz de realizar mais atividades físicas) e a mensagem a ajuda a trabalhar para isso ou a inspira a buscar essa meta com informação ou bons fatos, tudo bem”, opina Moore. Afinal, perder peso pode ajudar você a gostar mais do seu corpo e, de modo geral, se sentir melhor consigo mesma. Contudo, a coisa toda não deve se resumir a um número de roupa. “Se você está apenas se perguntando o quanto precisa diminuir para ser considerada mais atraente com base nas modelos que vê fazendo pilates na praia, não está tudo bem”.

7. Por que você se importa?

A resposta para essa pergunta pode parecer óbvia à primeira vista (“me importo porque não me sinto bem com meu peso”, ou algo similar), mas, dependendo do caso, olhar a questão mais a fundo pode fazer você repensar suas preocupações. Você trabalha em um ramo no qual precisa estar dentro de um limite de peso? Emagrecer vai fazer bem à sua saúde? Você, de fato, vai se sentir melhor consigo mesma depois de atingir um peso específico?

6. O que, exatamente, vai acontecer quando você atingir um peso “ideal”?

É comum que muitas pessoas sintam uma certa angústia quando se recordam de uma época em que eram mais magras, como se tudo fosse melhor antes e voltar ao peso anterior pudesse trazer a autoconfiança e a satisfação de volta – e isso pode ser uma armadilha. “A beleza de trabalhar para ter uma confiança verdadeira e realmente gostar de si mesma é que isso não desaparece no momento em que você ganha peso, está sempre aí, e qualquer um que valha a pena é atraído por você por causa dessa aura, não pelo fato de que você tem um peso específico”.

5. Números podem enganar

Enquanto há pessoas que lutam para perder alguns quilos, outras sofrem justamente para ganhar. Além disso, dependendo do seu biotipo, estar no peso “ideal” baseado em um modelo pode ser sinal de uma saúde ruim. “Não há um número mágico para ninguém, há uma gama, e mesmo dentro dessa gama há exceções”.

4. Qual é a questão central por trás dessa busca?

Deixar de lado as incontáveis imagens de modelos que sutilmente dizem “seja como eu” pode ser uma tarefa difícil, e encontrar seu próprio caminho de autoaperfeiçoamento (que não necessariamente envolve emagrecer) pode ajudar. “Isso vem com fazer o bem e ser a pessoa boa e realizada que você quer ser (…). Uma pessoa da qual você goste. Uma pessoa que acrescente algo ao mundo, que faça algo que o torne um lugar melhor ou mais interessante, que seja uma boa amiga”. Desejar (e buscar) ter um corpo que a satisfaça não é um problema, pelo menos enquanto não se tornar uma busca utópica (o que depende muito das suas expectativas e possibilidades).

3. Quanta importância eu dou a essa busca?

É importante separar nossos pensamentos despretenciosos daqueles que nos guiam e que são realmente importantes – não fazer essa distinção pode ser um problema sério. “A doentia habilidade de fazer uma análise instantânea dos nossos corpos e impor um modelo melhor é uma armadilha do pensamento despretencioso” – poucos segundos de comparação podem ter um efeito gigantesco, se você levá-los muito a sério.

2. “Não sou uma peça”

“Pense nisso: você é uma mulher, uma espécime claramente complexa que faz coisas milagrosas e impressionantes com seu corpo, cujos sistema e órgão reprodutivos vêm sendo intensamente debatidos e controlados desde a aurora dos tempos (e que ainda foram parcamente entendidos, na melhor das hipóteses), cujos poderes foram historicamente vistos como altamente suspeitos ou mesmo demoníacos, cujas energia e conexão rítmica com o universo são misteriosas e inspiradoras, e que é constantemente reduzida em tempos modernos a uma pessimista, insegura, preocupada em emagrecer, convencida de que deveria ocupar menos espaço por não ser formosa o bastante”. Você vai deixar que a coloquem e mantenham nessa posição reduzida?

1. Lembre-se do que é a verdadeira beleza humana

Olhe para as pessoas que você conhece e admira e perceba como todas podem ser bonitas mesmo que não necessariamente se encaixem em um padrão definido de “beleza”. “Lembre-se de que corpos de todas as formas e tamanhos e de todas as idades são interessantes, únicos, fortes, úteis”, aconselha a autora. “Qualquer pessoa que tente fazer você se sentir como se fosse SÓ um objeto a ser pesado, quando de fato você é objeto, sujeito, protagonista, antagonista, vilão, herói e especialmente NARRADOR dessa história que você chama de sua existência, não está do seu lado. Inclusive quando essa pessoa é você mesma”.[Jezebel]