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quarta-feira, 2 de março de 2022

Saiba como definir a distância da TV para o sofá


É importante escolher uma distância que não seja desconfortável nem prejudicial à saúde da visão

 

Na hora de escolher uma televisão nova para a sua sala, você pensa na qualidade, na tecnologia e no tamanho, de preferência, bem grande. Mas, sabia que você precisa pensar também na distância da TV para o sofá? Se o televisor for muito grande e o sofá ficar muito perto, não vai dar certo.

 

Por que é preciso pensar na distância da TV para o sofá?

Se você já se sentou muito perto de uma televisão grande, sem ter qualquer problema de visão que tenha exigido fazer isso para enxergar melhor, deve ter se sentido desconfortável.

A imagem e o som da TV não ficam tão bons se você está muito perto. Além disso, com o tempo, sua visão começa a ser prejudicada pelo excesso de luz muito próxima aos olhos.

Esse cuidado vale também para a TV do seu quarto, que deve estar a certa distância da cama para que seja agradável assistir.

 

Como calcular a distância da TV para o sofá?

Sim, você precisa fazer uns cálculos, mas nada complicado. Terá que multiplicar o tamanho da tela em polegadas por um indicador. Esse indicador pode ser a distância mínima (1,5) ou máxima (2,5).

Então, você precisará converter as polegadas da sua TV em centímetros. Para isso, leve em conta que 1 polegada equivale a 2,54 cm. Os cálculos são os seguintes:

Fórmula distância mínima: (tamanho da tela x 1,5) x 2,54 = distância em centímetros

Fórmula distância máxima: (tamanho da tela x 2,5) x 2,54 = distância em centímetros

 

Veja o exemplo com uma TV de 46’’:

Distância mínima: (46 x 1,5) x 2,54 = 175,26 cm ou 1,75 m de distância

Distância máxima: (46 x 2,5) x 2,54 = 292, 1 cm ou 2,92 m de distância

Ou seja, se você tem uma TV de 46’’, ela deve ficar a uma distância entre 1,75m e 2,92m do seu sofá ou da sua cama. Menos ou mais do que essa distância pode causar desconforto visual, mesmo em pessoas com a vista perfeita.

 

Tabela padrão

Os cálculos apresentados no tópico anterior servem como base e sugestão, mas você não é obrigado a segui-los. Se preferir, pode seguir a tabela padrão, que traz as seguintes distâncias:

TV de 26 polegadas: distância mínima é de 1 metro; distância máxima 2m;

TV de 32 polegadas: distância mínima 1,2m; distância máxima 2,4m;

TV de 42 polegadas: distância mínima 1,6m; distância máxima 3,2m;

TV de 46 polegadas: distância mínima de 1,75m; distância máxima 3,5m;

TV de 50 polegadas: distância mínima de 1,9m; distância máxima 3,8m;

TV de 55 polegadas: distância mínima 2,1m; distância máxima 4,2m.

 

A altura da TV também importa

Além de pensar na distância da TV para o sofá ou cama, precisa ajustar a altura adequada para que tenha ainda mais conforto visual e evite problemas de postura.

Nesse caso, as medidas ficam entre 1,20m e 1,30m do chão para a TV da sala, e em torno de 1,40m e 1,50m para a TV do quarto, que você assiste deitado na cama.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/distancia-tv-para-sofa/ - por Priscilla Riscarolli


Porque andamos por fé e não por vista.

2 Coríntios 5:7


quarta-feira, 24 de julho de 2019

Ficar sentado vendo TV é pior do que fazer o mesmo trabalhando


Segundo uma pesquisa, o risco de problemas cardiovasculares e morte sobe quando ficamos no sofá em frente à televisão, mas não ao sentarmos no escritório

Ao que parece, passar horas sem se mexer em frente à TV faz mais mal ao corpo do que ficar sentado trabalhando. É o que indica uma investigação robusta, divulgada recentemente no Journal of the American Heart Association.

O trabalho analisou dados de 3 592 moradores do estado de Mississipi, envolvidas em um estudo maior sobre a saúde cardíaca dos negros norte-americanos. Eles passaram por entrevistas, exames clínicos e questionários sobre atividade física e o tempo sentado no trabalho e em casa. Todas essas avaliações eram repetidas periodicamente em um tempo médio de acompanhamento de oito anos.

Primeiro, os cientistas descobriram que o grupo que relatava assistir mais de quatro horas de televisão por dia tinha um risco 50% maior de desenvolver doenças cardiovasculares ou de morrer prematuramente, em comparação com quem gastava menos de duas horas ligado na tela.

A boa notícia: se eles suavam a camisa em intensidade moderada ou vigorosa por ao menos 150 minutos por semana, essa relação deixava de existir. Ou seja, a prática esportiva regular neutralizaria os efeitos deletérios do sofá, de acordo com o levantamento.

E o tempo sentado no trabalho?
Se ficar horas sentado em frente à TV é ruim, fazer o mesmo olhando para um computador no escritório não deveria ser diferente, certo? Parece que não é bem assim.

No estudo, mesmo quem declarou trabalhar a maior parte do dia sentado não apresentou um risco maior de sofrer piripaques. Os autores da investigação admitem que as razões para essa diferença não estão claras, mas provavelmente envolvem comportamentos que adotamos em casa ou no serviço.

“Geralmente assistimos mais TV no final do dia, quando tendemos a comer uma refeição mais pesada, e ficamos sedentários por horas ininterruptas até a hora de dormir”, explicou, em comunicado à imprensa, Jeanette Garcia, fisioterapeuta que liderou a investigação. Ou seja, a associação entre o tempo sentado e uma alimentação farta perto do momento de repousar seria um combo especialmente perigoso.

Outra hipótese é a de que os longos períodos diante da televisão dificilmente são quebrados por alguns minutos de movimentação. “Já no trabalho, as pessoas se levantam para conversar com algum colega, ir a uma reunião, tomar café”, completou Garcia. É um comportamento distinto daquele de encostar no sofá para maratonar uma série, por exemplo.

Apesar de não se saber ao certo as causas por trás dos resultados encontrados, essa pesquisa reforça outras evidências no mesmo sentido. Em outro trabalho, os longos períodos no sofá foram associados à aterosclerose – aquela formação de placas de gorduras nos vasos sanguíneos que leva a entupimentos. O mesmo não aconteceu com indivíduos que passavam o expediente na cadeira.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/ficar-sentado-vendo-tv-e-pior-do-que-fazer-o-mesmo-trabalhando/ - Por Chloé Pinheiro - Foto: divulgação/SAÚDE é Vital

terça-feira, 23 de julho de 2019

Televisão: vale a pena ver menos


Ficar mais de três horas por dia em frente à TV pode ser fatal. Isso porque o hábito é considerado pano de fundo para várias doenças

Desligue a TV e vá ler um livro. Ou melhor, pode continuar aqui lendo a SAÚDE. O importante mesmo é sair da frente da telinha. É que, apesar de soar inofensivo, o hábito de ficar muito tempo na frente do aparelho pode ser prejudicial à saúde. Exagero? Segundo uma nova revisão de estudos da Escola Norueguesa de Ciências do Esporte, assistir a três horas ou mais de televisão por dia está associado a um aumento de 93% no risco de morte por qualquer causa.

Esse dado é particularmente preocupante para nós brasileiros. Afinal, falamos do meio de comunicação e de entretenimento mais utilizado por aqui. A última Pesquisa Brasileira de Mídia, conduzida pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, mostrou que gastamos, em média, quatro horas por dia diante da TV.

O excesso de tempo sentado é o principal vilão nessa novela. E o objetivo inicial da equipe norueguesa era descobrir se a atividade física poderia amenizar, ou até eliminar, os riscos atrelados a esse comportamento. Os resultados apontaram que sim: é possível anular o perigo com, no mínimo, uma hora de exercícios todo santo dia. O surpreendente, no entanto, foi que mexer o esqueleto não diminuiu (muito menos fez desaparecer) a probabilidade de piripaques entre as pessoas que dedicavam várias horas a filmes, seriados e demais programas televisivos.

Foi aí que os cientistas notaram que o sofá não é o único inimigo – outros hábitos pioram a situação. “Sentar em frente à TV pode estimular atitudes ruins, como a ingestão de alimentos e bebidas pouco saudáveis“, exemplifica o epidemiologista Ulf Ekelund, um dos responsáveis pela revisão. Ou seja: três horinhas na sala ou no quarto olhando para o televisor parecem ser mais nocivas do que aquelas horas na cadeira do escritório.

“Ainda que pouco, no trabalho você acaba se movimentando para pegar um café, entregar um documento ou conversar com um colega. Isso dificilmente ocorre quando se está vendo TV”, compara o educador físico Raul Santos de Oliveira, da Universidade Federal de São Paulo. Para muita gente, só faz sentido levantar no meio de um episódio da série predileta se for para buscar um petisco – e, aí, o enredo se complica.

Outra agravante está no horário em que o corpo fica inerte e com olhos vidrados. Na maioria das vezes, à noite, logo após o jantar. Isso prejudica a ação de uma enzima chamada lipoproteína lipase, responsável por eliminar as moléculas de gordura dos vasos sanguíneos. Essa falha favorece o ganho de peso e torna o ambiente propício para um filme de terror no organismo, com direito a maior probabilidade de infarto no final.

O conteúdo publicitário veiculado nas telas também dá sua contribuição. Estudiosos da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Minas Gerais, analisaram 239 propagandas de alimentos e notaram que 85% dos produtos anunciados eram doces e fontes de gorduras. Frutas, hortaliças e verduras nem sequer apareciam nos comerciais. “A questão é que a mídia exerce grande influência em relação àquilo que consumimos”, lembra o educador físico Grégore Mielke, da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul.

Mas não tem jeito. Precisamos retomar aquela história de ficar horas a fio com as nádegas afundadas no sofá, já que o conflito todo para o nosso corpo começa justamente aí. Para uma porção de gente, esse comportamento faz parte da rotina e da profissão. Pode até parecer bastante confortável, mas a realidade é que cada célula do organismo está alvoroçada só esperando que você se mexa. “Nosso corpo foi feito para se movimentar”, ressalta a educadora física Cláudia Forjaz, da Universidade de São Paulo. O sedentarismo, de certo modo, vai contra a nossa natureza.

O sangue que corre pelas artérias, por exemplo, depende desse agito para viajar sem entraves. Logo, se permanecemos parados feito múmia de filme B, aumenta o perigo de um entupimento nessa rede. Não à toa, em uma pesquisa da Universidade Osaka, no Japão, o hábito elevou em 70% o risco de embolia pulmonar – condição marcada por um bloqueio nos vasos dos pulmões. “Apesar de não termos investigado a causa do problema, acreditamos que seja consequência da redução na velocidade da circulação sanguínea. E isso é resultado do tempo excessivo que as pessoas passam sentadas”, explica o epidemiologista Toru Shirakawa. “Fazer uma pausa, levantar e caminhar um pouco pelos arredores já ajuda a prevenir essas complicações”, aconselha.

Cláudia concorda e ainda ensina uma conta simples para usar no dia a dia. “Para cada meia hora na cadeira, o ideal é passar cinco minutos em pé”, diz. Se achar difícil adotar esse esquema imediatamente, ou estiver em uma semana atribuladíssima no trabalho, saiba que mexer um pouco as pernas faz diferença. Foi o que concluiu um experimento publicado recentemente no periódico American Journal of Physiology Heart and Circulatory Physiology. Depois de analisar a função vascular dos membros inferiores de 11 jovens saudáveis antes e depois de ficarem três horas na cadeira, os estudiosos concluíram que movimentar essa região do corpo, ainda que sentado, traz vantagens aos vasos.

“No entanto, a melhor saída para driblar os efeitos do comportamento sedentário é apostar na atividade física”, frisa o educador físico Rodrigo Reis, do Centro de Pesquisa em Prevenção da Universidade Washington em St. Louis, nos Estados Unidos. “Ela não só reduz a probabilidade de danos como traz benefícios extras”, complementa. “Nossos resultados sugerem que a prática diária de 60 a 75 minutos de exercícios elimina o risco de morte decorrente do excesso de tempo sentado”, reforça Ekelund, do trabalho norueguês.

Mas vale a pena ler de novo: além de suar a camisa, é crucial aproveitar o tempo de folga para investir em atividades que não incluam só ficar prostrado em frente à televisão. É isso que enterra de vez as chances de levar uma vida mais equilibrada. No lugar, que tal dar início a um curso de pintura? Ou, ainda, reunir-se mais com a família e os amigos? Também dá para intercalar um episódio da série do momento com capítulos de um livro – sempre lembrando de ficar em pé vez ou outra. Atitudes singelas podem tanto minimizar o drama ao longo do roteiro como ajudar a evitar finais infelizes.

Sentado e doente
Por que a inércia abala o corpo todo

Coluna indefesa
A postura dos sentados, em geral, é curvada, o que pode danificar os discos que ficam entre as vértebras.

Coração ferrado
Como o sangue não circula direito, os vasos correm maior risco de entupir e sobrecarregar o músculo cardíaco.

Cabeça de zumbi
Com menos oxigênio trafegando, o cérebro falha na missão de nos deixar alertas. Cai, portanto, nosso nível de concentração.

Cadê o fôlego?
A má postura deixa os pulmões sem espaço para expandir. Isso limita a quantidade de oxigênio que será enviada ao sangue.

Peso pesado
O sedentarismo, somado à ingestão de alimentos calóricos, leva ao acúmulo de gordura no organismo.

Doce veneno
A falta de movimento dificulta a conversão do açúcar presente na circulação em energia. É um passo para o diabete.

Por que levantar?
Os números confirmam: ficar sentado não é nada bom

13% é quanto sobe o risco de mortalidade por assistir à TV durante mais de duas horas.
5% é quanto aumenta a probabilidade de morrer a cada duas horas extras sentado.
4% das mortes no mundo seriam evitadas com três horas a menos na cadeira ou no sofá.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/televisao-vale-a-pena-ver-menos/ - Por Karolina Bergamo - Foto: Dulla

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Televisão aumenta o risco de obesidade em crianças até a vida adulta

Cada hora a mais por dia em frente à tela eleva cerca de meio quilo na balança, diz estudo

Crianças e adolescentes que passam muito tempo na frente de telas - especialmente a televisão - tendem a ganhar mais peso conforme envelhecem, de acordo com um novo estudo desenvolvido na Harvard School of Public Health. Os resultados foram publicados dia 25 de novembro na revista Pediatrics.

Foram acompanhadas 4.300 meninas e 3.500 meninos entre nove e 16 anos, sendo que 17% delas estavam com sobrepeso ou obesidade, e 24% dos garotos estavam também acima de um peso saudável. As crianças responderam um questionário a cada dois anos com perguntas sobre a sua altura e peso, bem como a quantidade de tempo que passavam vendo TV, DVDs e jogos de computador ou vídeo game. De uma pesquisa para outra, cada uma hora a mais de TV que as crianças assistiam diariamente foi relacionado a um aumento de cerca de 0,1 pontos no índice de massa corporal (IMC).

Essa é uma diferença de cerca de meio quilo por hora extra de TV. Os cientistas afirmam que essa tendência pode começar na infância e se estender até as idades mais avançadas.

Segundo os especialistas, crianças que assistem mais televisão se expõem a comerciais e imagens de refeições, que podem sinalizar para o seu cérebro que você precisa comer. Além disso, ficar sentado assistindo televisão, usando o computador ou mesmo jogando um vídeo game cria um estado de hibernação em nosso corpo, que passa muito tempo na cadeira ou sofá.  Isso deixa a atividade do organismo mais lenta e reduz o período disponível para atividade física, contribuindo para a perda de peso.

Os autores afirmam que resultados como esses servem de alerta para os pais, que devem reduzir o tempo das crianças em frente às telas, seja televisão, computador ou vídeo game.

Televisão é desculpa para vida social sem graça e saúde frágil
Filmes, novelas, telejornais, programas de auditório: a televisão traz informação, entretenimento, emoção e uma solução prática para as horas de tédio. Mas, se você abusa do aparelho, pode acabar prejudicando a sua saúde. "Precisamos guardar um tempo para trabalhar, estudar e se divertir", afirma o psicólogo Tiago Lupoli, da clínica CEAAP. "Ficar muito tempo na frente da televisão acaba roubando o tempo que você usaria para outras atividades". Nem sempre, entretanto, é simples identificar quando a televisão serve como escape para a monotonia ou, ao contrário, é o que originou os momentos sem graça. Para ajudar a responder essa dúvida, especialistas fazem um apanhado dos principais problemas que surgem em consequência do exagero em frente ao aparelho, se você for vítima de dois deles ou mais, vale a pena rever seus hábitos.

Isolamento
Você é daqueles que troca o passeio com os amigos, o almoço de família ou um encontro amoroso pela sua série predileta? Uma vez ou outra tudo bem, mas fazer isso com frequência pode ser um sinal de que você está abusando da tela. Tiago Lupoli explica que isso pode chegar ao estágio de alienação. "Nessa situação, o paciente dedica a maior parte do seu tempo à TV e esquece compromissos e lazer", afirma. A consequência é o enfraquecimento dos laços com a família, os amigos e todas as outras pessoas do seu círculo social.

Se você sente que esse hábito já tomou conta da sua vida, procure ajuda profissional. Mas, se sente que ainda dá retomar hábitos saudáveis, diminua o tempo que passa assistindo televisão e tenha certeza de que ela não está atrapalhando as outras atividades do seu dia a dia. Outra dica: quando não der para perder aquele jogo, chame os amigos para assistir com você.

Estresse
O dia de trabalho foi cansativo e você chega em casa querendo relaxar. A primeira atitude é ligar a TV para esquecer as preocupações? Se você respondeu que sim, pode estar cometendo um grande erro. O psicólogo Tiago Lupoli defende que as cenas de violência, os ruídos muito fortes e até mesmo os momentos em que o filme fica mais agitado podem gerar estresse mesmo sem que você perceba. As pessoas se envolvem com aquilo que estão assistindo e, se o seu objetivo for relaxar, opte por uma caminhada, uma aula de ioga ou até mesmo uma noite bem dormida.

Alimentação errada
 Uma pesquisa feita pela área de medicina da Faculdade de Harvard, nos Estados Unidos, descobriu que pessoas que ficam muito tempo na frente da televisão engordam mais. Isso acontece porque, quando está vendo TV, o metabolismo descansa e, por isso, precisa de menos energia para se manter ativo. Logo, o corpo queima menos calorias. De acordo com a nutricionista Roberta Stella, cores, texturas e sabores fazem parte dos alimentos. "Quando não prestamos atenção na quantidade de alimentos que colocamos no prato e nos envolvemos com uma atividade paralela, tendemos a comer mais do que realmente seria necessário", afirma.

Sono ruim
A chegada de luz aos olhos é o estímulo que desperta o corpo ou, pelo menos, foi durante muito tempo. Hoje os principais responsáveis pelo despertar são os irritantes barulhinhos do despertador, mas isso não inativou a sua capacidade de acordar quando os primeiros raios entram no quarto ou quando a os ruídos da rua ficam mais altos. "A televisão é um tubo que emite luz e muitos ruídos, desde diálogos até barulhos", afirma o médico Dirceu Valadares, presidente da Fundação Nacional do Sono (FUNDASONO). "O aparelho empurra o sono cada vez para mais tarde, as pessoas acabam dormindo menos e o tempo de descanso fica menor". Além disso, os estímulos nada harmônicos da TV podem até aparentemente estimular a sonolência, mas, na realidade, eles bloqueiam a fase mais profunda do sono, que permanece superficial. Siga a recomendação do especialista: "O quarto é lugar de dormir ou namorar, deixe a TV na sala ou em outro cômodo para garantir um bom descanso".

Sedentarismo
Se for bem dosada, a televisão te deixa bem informado, mas em excesso, você fica preguiçoso e sedentário. Existem casos em que a pressa para voltar ao sofá é tanta que você evita até sair de casa a pé, para não demorar muito. Além disso, o vício acaba tomando o tempo que você teria para fazer exercícios. O fisiologista do exercício Raul Santo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), conta que o hábito de assistir TV é mais intenso em quem é sedentário ou sofre com a obesidade. "Essas pessoas costumam ficar mais em casa e se movimentar menos, por isso o aparelho se torna tão importante", afirma o especialista. O resultado não poderia ser outro: a situação vira uma bola de neve. Para se livrar desse péssimo hábito não tem jeito, o que vale mesmo é calçar o tênis e praticar atividade física. Mas se está difícil, comece com programas de TV que estimulam a atividade física ou até mesmo videogames com esse fim. Quem sabe assim você se inspira a correr para a academia?

Vista cansada
O oftalmologista Canrobert Oliveira, presidente do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), conta que a musculatura dos olhos se ajusta - contraindo ou esticando - para achar o foco perfeito de visão. Quanto mais tempo você passa em frente da TV, mais essa musculatura fica cansada. Os olhos são também ricos em pigmentos que tem papel fundamental na visão. Quando a luz incide, esses pigmentos são queimados. O excesso de TV consome mais pigmento, o que leva à estafa visual e pode causar sonolência, principalmente em pessoas que têm hipermetropia. Uma boa solução para evitar esse problema, além de diminuir o tempo que você passa em frente ao televisor, é comprar um aparelho de TV de acordo com o tamanho da sua sala. "Uma televisão de 29 polegadas precisa de, no mínimo, três metros (o ideal são cinco metros) de distância até o telespectador", afirma o especialista. "Outra dica é sair da frente da TV no intervalo e olhar pela janela, a maioria das pessoas já faz isso inconscientemente".

Esquecer as obrigações
Você deixa de estudar para ver televisão? Ou chega atrasado ao trabalho porque ficou minutos a mais na frente da tela? A TV é inimiga da responsabilidade, quanto mais deveres a cumprir, maior a vontade de assisti-la. Nesse caso, a solução é algo que você provavelmente ouvia dos seus pais: primeiro a obrigação, depois a diversão. O psicólogo Tiago conta que, ao dividir o seu dia em fatias, e reservar com antecedência um tempo para cada atividade, você retoma o controle da rotina.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Como é medida a audiência de TV?


O princípio é igual ao de qualquer outro tipo de pesquisa: os institutos de medição registram as preferências de uma quantidade bem pequena de pessoas. É a chamada amostragem. No Brasil, 87% das casas têm televisão. Isso dá cerca de 39 milhões de domicílios com telespectadores. Para saber a que esse pessoal todo assiste, o instituto Ibope, por exemplo, verifica a audiência em 3 019 casas - ou 0,008% do total.

A medição pode ser feita de três maneiras: 1 - por uma folha que os moradores preenchem e o instituto recolhe; 2 - por aparelhos eletrônicos que mandam uma vez por dia a relação de todos os programas assistidos na casa; 3 - por um controle em tempo real, que indica a cada minuto as variações de audiência, transmitindo instantaneamente os resultados às emissoras. Esse último sistema, a forma mais moderna de medição, existe apenas na Grande São Paulo (a gente explica no infográfico como funciona esse processo). O número de domicílios adaptados a essa tecnologia é ínfimo: ao todo, são apenas 750 casas, ou 0,002% do total brasileiro. Com tão pouca gente pesquisada, como essa medição pode dar certo, dentro de uma margem de erro aceitável? A chave é selecionar bem os domicílios pesquisados, escolhendo a amostra por parâmetros socioeconômicos que reflitam a composição da sociedade brasileira.

Nas ondas do Ibope

Sistema transmite preferências dos telespectadores em tempo real para as emissoras

1. As casas que participam da medição de audiência são escolhidas por critérios socioeconômicos. A idéia é que essa amostra seja um retrato da sociedade brasileira. Se 10% dos habitantes de uma região forem da classe A (a dos mais ricos), então 10% dos domicílios pesquisados também têm de pertencer a essa faixa. Na Grande São Paulo, 750 casas compõem a amostra. Nenhuma delas pode ser pesquisada por mais de quatro anos.

2. Nas casas, um aparelhinho grava o canal em que cada TV está sintonizada. Mas para medir quais são os programas favoritos da mãe ou do filho, por exemplo, é preciso saber quem está assistindo. Por isso, cada morador recebe um controle remoto particular, que avisa ao aparelho quem está na frente da tela.

3. Na Grande São Paulo, onde a medição de audiência é feita em tempo real, o aparelho do Ibope transmite minuto a minuto os programas que estão sendo assistidos em cada casa. É como se fosse um telefone celular que fica o tempo todo mandando dados.

4. Os dados transmitidos pelo aparelhinho são codificados em sinais de rádio e vão para uma das 13 antenas que o instituto mantém na Grande São Paulo. De lá, os sinais seguem para uma central, que recebe os dados enviados por vários domicílios e reúne esse "pacote" de informações.

5. Por sinais de rádio, internet ou linha telefônica, os números de audiência saem da central e chegam às emissoras que pagam pelo serviço. Nessa hora, o pessoal da TV só fica sabendo qual programa cada domicílio está assistindo. No dia seguinte, o Ibope manda relatórios mais detalhados, que mostram as preferências de cada morador da casa.