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domingo, 23 de setembro de 2018

Sexo frequente turbina cérebro em maiores de 50 anos


A sexualidade não precisa ser deixada de lado com o avançar da idade. Ela pode, inclusive, trazer benefícios à saúde mental

Uma estudo realizado em parceria entre as universidades de Coventry e Oxford, ambas na Inglaterra, gerou resultados reconfortantes sobre o sexo na maturidade. Em suma, homens e mulheres com mais 5 décadas de vida que tinham relações semanalmente se saíram melhor em testes cognitivos.

Foram avaliados 73 participantes entre 50 e 83 anos. Todos responderam, no começo da pesquisa, um questionário sobre frequência sexual, saúde e estilo de vida. Aí se submeteram às provas dos especialistas, que mediam especificamente a fluência verbal e as habilidades visuoespaciais.

Apesar da boa notícia, os médicos não sabem se ela decorre de fatores físicos ou sociais. Até o momento, uma das teorias recai sobre os hormônios ocitocina e dopamina, que vão às alturas durante a transa.

Hayley Wright, autora do artigo, afirma que o sexo é visto como algo descartado na velhice: “Mas nós precisamos desafiar essa concepção (…) e olhar para seu impacto na vida daqueles acima dos 50 anos. Temos que extrapolar os efeitos já conhecidos sobre a saúde sexual e o bem-estar geral”.

Só não vale descuidar do coração: um levantamento anterior, da Universidade Estadual do Michigan, nos Estados Unidos, sugere que homens entre 57 e 85 anos que tinham relações semanalmente apresentavam um risco duas vezes maior de sofrer alguma pane cardíaca. Entretanto, com os devidos cuidados e um estilo de vida saudável, é provável que essa ameaça caia consideravelmente. Cada caso merece uma discussão com o médico.


segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Chocolate turbina seu cérebro e sua memória, diz estudo

Os flavonoides presentes no cacau, matéria-prima do doce, melhoraram aspectos cognitivos de participantes de uma pesquisa italiana

Ingrediente principal do chocolate, o cacau já mostrou sua importância na melhora do humor, ajudando a acalmar qualquer estressadinho. E um estudo recente desenvolvido por pesquisadores italianos revelou que seu consumo regular pode beneficiar também a memória recente e o processamento de informações visuais.

A pesquisa, publicada no periódico Frontiers in Nutrition, recorreu a trabalhos anteriores para relacionar o consumo a longo prazo de altas quantidades de flavonoides presentes no cacau a ganhos nas atividades cognitivas – que envolvem diferentes aspectos coordenados pelo cérebro, como a aquisição de memórias, atenção e raciocínio.

Sabe-se que os flavonoides, compostos orgânicos vegetais que obtemos com a alimentação, têm ação antioxidante e auxiliam na absorção de vitaminas. A ideia do estudo era identificar como o cérebro reagia algumas horas depois de seu consumo, e que melhoras apareceriam em um intervalo de tempo maior.

A incrível conexão cérebro-intestino
Nos estudos considerados pelos pesquisadores, os participantes foram divididos em grupos para consumir quantidades variáveis dessas substâncias, seja na forma de uma bebida sabor chocolate ou nas das tradicionais barras. Desde os que ingeriram poucas quantidades até os que tiveram de consumir grandes volumes, cada um teve de permanecer com a dieta achocolatada por um período de cinco dias a três meses.

Os benefícios variaram de acordo com o perfil das cobaias. Para os mais velhos, o consumo a longo prazo melhorou a atenção, raciocínio, memória de curto prazo e dicção. Os resultados foram mais significativos para idosos que já tinham prejuízos cognitivos ou que já começavam a apresentar perda de memória.

No entanto, mesmo no caso de adultos saudáveis, as funções cognitivas foram impactadas positivamente – fazendo diferença, sobretudo, para as mulheres. Segundo mostra o estudo, os flavonoides presentes no cacau ajudaram a minimizar os efeitos que a falta de sono podem ter no cérebro delas. Passar a noite em claro e funcionar normalmente no dia seguinte, assim, era uma tarefa menos complicada para as mulheres – graças aos benditos efeitos conseguidos com o consumo do doce.

Uma gordura que faz bem para o cérebro
Segundo Valentina Socci e Michele Ferrara, pesquisadoras responsáveis pelo estudo, “os flavonoides do cacau trazem benefícios para a saúde do coração e podem aumentar a quantidade de sangue presente no giro denteado, uma área específica do hipocampo. Essa estrutura cerebral é particularmente afetada pelo envelhecimento, e uma potencial fonte para a perda de memória em humanos”, declararam, em um comunicado. Ou seja: não há nada de errado em se permitir um pouco de chocolate – sobretudo o amargo, 70% cacau, que é mais rico em flavonoides. Seu cérebro agradece.


Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/chocolate-turbina-seu-cerebro-e-sua-memoria-diz-estudo/ - Por Guilherme Eler - Foto: Dercílio/SAÚDE é Vital

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Atividade física turbina o cérebro – em qualquer fase da vida

Além de ajudar a prevenir encrencas lá na frente, os exercícios deixam nossos neurônios mais capacitados para responder aos desafios do dia a dia

Raciocínio mais rápido do que os piques de Usain Bolt. Memória mais precisa do que os arremessos de Oscar Schmidt, o Mão Santa do basquete brasileiro… Pode escolher a analogia esportiva de sua preferência para ilustrar a seguinte notícia: mexer o corpo fortalece tanto a massa muscular quanto a cinzenta.

“As revisões científicas apontam que a prática diminui o risco de comprometimento cognitivo leve em 35% e o de Alzheimer em 51%”, contextualiza Andrea Camaz Deslandes, profissional de educação física e coordenadora do Laboratório de Neurociência do Exercício da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. “Mas não se trata apenas de prevenir doenças, embora isso já seja valioso. Hoje sabemos que a atividade física aprimora também o funcionamento de um cérebro considerado saudável”, arremata.

Dito de outra maneira, as células nervosas – assim como o bíceps ou a musculatura da coxa – ganham potência ao serem estimuladas por uma vida movimentada. Em uma análise de oito estudos com voluntários acima de 40 anos, pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, concluíram que o fato de a pessoa não gastar o dia inteiro sentada já está associado a uma melhor performance em testes cognitivos (e a uma probabilidade reduzida de demência).

“Com base no achado, sugerimos que todos os adultos deveriam evitar o excesso de comportamentos sedentários”, afirma a neurocientista Teresa Liu-Ambrose, orientadora do levantamento. Segundo ela, singelas medidas bombariam as nossas faculdades mentais. São elas: levantar-se da cadeira a cada 30 minutos para dar alguns passos, valorizar as atividades leves, como subir escadas ou ir até a mesa do colega em vez de enviar um e-mail, e checar se não é possível cumprir determinadas tarefas em pé ou mesmo andando – já pensou em uma reunião itinerante?

Mas Teresa e seus colegas não se deram por satisfeitos. Após investigar o efeito de um cotidiano menos parado, eles se debruçaram sobre os exercícios físicos estruturados – aqueles em que a gente reserva tempo na agenda para fazer. A partir de outra revisão de artigos, concluíram que tanto modalidades aeróbicas (caminhada, bicicleta…) quanto a musculação conferem destreza à cabeça. E, apesar de as primeiras parecerem ligeiramente mais eficazes, a combinação das duas trouxe melhores resultados.

“Ainda é cedo para determinarmos um protocolo de exercícios”, pondera Andrea. Atualmente, os experts estão correndo para definir a intensidade e a frequência ideais. Fora isso, será que certos esportes se mostram mais benéficos do que outros?

Especula-se, só para citar um caso, que práticas que exigem reflexo rápido, improviso e uma maior interação com o meio – futebol, vôlei, caratê, tênis… – incitariam mais os neurônios em comparação com bicicleta ergométrica ou esteira, por exemplo. “Essas questões são importantes, porém o indivíduo precisa, antes de tudo, de liberdade para optar pelo que lhe agrada e se encaixa no seu calendário. Qualquer movimentação ajuda”, diz a professora.

Vantagens para todas as idades
Não é porque aqueles estudos canadenses se concentraram em participantes com 40 anos ou mais que as virtudes de abandonar o sofá serão perceptíveis somente nessa faixa etária. Em 2003, a educadora física Hanna Karen Moreira Antunes, hoje coordenadora do Curso de Educação Física da Universidade Federal de São Paulo, avaliou o desempenho cognitivo de vários adolescentes.
“Os que se exercitavam bastante no ambiente escolar alcançavam as maiores pontuações”, lembra. Mais recentemente, Andrea Deslandes começou a verificar o impacto de aulas de capoeira na performance de crianças de 6 a 12 anos. De lá pra cá, ela e seus colegas de laboratório revelaram que o contato com essa arte marcial tipicamente brasileira contribuiu para notas mais altas na escola. “Os estudos mostram vantagens da infância à terceira idade“, assegura a expert carioca.
A segunda parte dessa afirmação condiz com um experimento feito em Caeté, uma cidade de 40 mil habitantes do interior de Minas Gerais. Coordenados pelo neurologista Paulo Caramelli, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais registraram ao longo do tempo o estilo de vida e a saúde mental de 639 idosos. Das diversas análises que estão pipocando a partir desse trabalho, uma, ainda em fase preliminar, voltou-se para os senhores que envelhecem especialmente bem – apesar de estarem na casa dos 80 anos, eles possuem uma memória comparável a de pessoas duas décadas mais jovens.
“Percebemos que esse grupo tendia a fazer mais atividade física do que os outros”, relata Caramelli. O estudo, cabe ressaltar, não permite cravar uma relação de causa e efeito, entre outras coisas porque esse pessoal também comia mais vegetais in natura. “É possível que a combinação de hábitos saudáveis tenha contribuído para os dados encontrados”, avalia Caramelli.
Até agora, abordamos as benfeitorias que dão as caras com sessões regulares de malhação. Entretanto, uma única dose também acarreta vantagens, embora efêmeras. Numa pesquisa ainda não publicada, Hanna Karen recrutou voluntários entre 18 e 25 anos e os submeteu a diferentes tipos de treinamento (de moderados e longos a curtos e estafantes). Com base em testes cognitivos realizados antes, logo após a prática e meia hora depois, ela observou que todos ficaram, digamos, mais espertos em comparação com quem permanecia imóvel.
“Me surpreendeu o fato de que até os exercícios bem cansativos trouxeram benefícios”, conta a educadora física. E, aqui, pedimos um momento da sua atenção para o depoimento pessoal de um especialista: “Nos dias em que treino, tenho a impressão de alcançar um nível de alerta bem maior”, diz Caramelli. “Já ouvi muitos pacientes com histórico de Alzheimer na família dizerem o mesmo”, completa.
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Por dentro do cérebro malhado
Aquela história de que o número de neurônios não muda na fase adulta é balela. E as aulas de ginástica são prova disso. “Elas fazem aumentar a quantidade de células nervosas no cérebro“, atesta Sonia Brucki, neurologista da Universidade de São Paulo. Além disso, essas unidades passam a receber um aporte sanguíneo extra e ganham ramificações para se comunicarem com eficácia. São mudanças que ajudam a explicar o fato de o sedentarismo ser o terceiro maior fator de risco passível de intervenção para demências, atrás apenas do nível educacional baixo e do tabagismo.
Também não dá para desvalorizarmos os benefícios comportamentais das modalidades esportivas. Disciplina, concentração, resiliência e trabalho em equipe estão entre os valores que auxiliam a sobrepujar desafios mentais. “Só não vale achar que uma corrida substitui a leitura”, brinca Hanna Karen. Não há recorde mundial que garanta, sem um bocado de estudo, uma cabeça realmente ativa. 

Habilidades mais aprimoradas pela atividade física
Controle inibitório
É a capacidade de segurar ímpetos irracionais e a de ignorar estímulos irrelevantes enquanto dedicamos atenção ao que interessa.

Flexibilidade cognitiva
Se uma estratégia não está dando certo ou se surgiu um imprevisto, você consegue se adaptar e resolver o desafio.

Memória
Em primeiro lugar, suar a camisa reforça a memória de trabalho, ou a competência em recorrer a informações já registradas quando elas são vitais para uma tarefa qualquer – você entende o fim do livro porque o começo dele está fresquinho na cabeça. Isso sem contar que ajuda a armazenar lembranças de curto e, em menor escala, de longo prazo.

Treino para os neurônios
De que maneira o esforço físico repercute na massa cinzenta
1. Mexer o corpo eleva a produção de uma molécula batizada de fator neurotrófico derivado do cérebro, conhecido pela sigla em inglês BDNF.
2. O BDNF promove a multiplicação de neurônios e a ramificação dos axônios, facilitando a passagem e o armazenamento de informações.
3. Outra substância produzida em maior escala ao suarmos a camisa atende pelo nome de fator de crescimento endotelial vascular, ou VEGF.
4. Como no resto do corpo, o VEGF fomenta a criação de vasos na cabeça. Eles, então, abastecem as células nervosas com sangue suficiente para atuarem a pleno vapor.


Fonte: http://saude.abril.com.br/fitness/atividade-fisica-turbina-o-cerebro/ - Por Theo Ruprecht  - Grivina/iStock