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quinta-feira, 16 de maio de 2019

Dieta irregular aumenta o risco de morte em vítimas de infarto, diz estudo


Quem não toma café da manhã e janta muito tarde tem muito mais chance de morrer após um ataque cardíaco. Entenda

Um estudo recente, realizado pelo médico Guilherme Neif Vieira Musse, da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), revelou que a dieta irregular aumenta o risco de morte em quem sofreu infarto. Hábitos como jantar tarde e não tomar o café da manhã aumentam de quatro a cinco vezes a probabilidade de morrer e de ter outro ataque cardíaco. Pelo menos no período durante a internação e 30 dias após a alta hospitalar, nas vítimas de infarto agudo.

“Dieta irregular aumenta o risco de morte ao passo que, geralmente, esses costumes estão associados aos hábitos de vida ruins. Por exemplo, acordar tarde ou mesmo comer em excesso no jantar e fora de hora. É uma questão comportamental que influencia no pior prognóstico para esses pacientes. O mais indicado é evitar açúcar, produtos industrializados em geral e adotar a chamada ‘dieta do mediterrâneo’. Ela é crucial na proteção contra doenças cardiovasculares”, aconselha o médico Guilherme.

Dados
A pesquisa analisou 113 pessoas, com idade média de 60 anos. Desses, 73% eram homens. Dentre aqueles que morreram após a internação, 58% não tomavam o café da manhã, 51% jantavam tarde e 41% adotavam os dois hábitos combinados. A pesquisa foi realizada com pacientes atendidos na Unidade de Terapia Intensiva Coronariana (UTI-UCO) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HC-FMB), no período entre agosto de 2017 e agosto de 2018.

Marcos Ferreira Minicucci, professor-assistente da disciplina de Clínica Médica Geral da Unesp e orientador da pesquisa, recomenda esperar pelo menos 2 horas, depois do jantar, para ir dormir.  Ele ainda acrescenta que “a melhor maneira de viver é tomando café da manhã como um rei. Um bom café da manhã geralmente é composto de laticínios como leite desnatado ou semidesnatado, iogurte e queijo”.  O carboidrato de pães e cereais integrais, assim como as frutas, também são importantes. “Deve fornecer de 15% a 35% do total de calorias que precisamos por dia”, finaliza Marcos.


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Estressados são as principais vitimas do AVC

Pesquisa comprova que pessoas estressadas são as principais vítimas do acidente vascular cerebral (AVC)

Para os que são como uma pilha de nervos no trabalho e na vida, que tal adotar uma postura mais tranquila? É que um estudo publicado no Archives Internal of Medicine afirm aque os profissionais estressados estão mais propensos a sofrer derrames. Durante 11 anos, 6.500 pessoas abaixo dos 65 anos foram acompanhadas pelos pesquisadores.

Aqueles que eram mais pressionados tinham duas vezes mais chances de desencadear um acidente vascular cerebral (AVC). No tempo que durou a pesquisa, foram 147 os casos de AVC (91 homens e 56 mulheres). Outro dado constatado é que os homens são mais afetados pelo ambiente estressante do que as mulheres.


Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/estressados-sao-as-principais-vitimas-do-avc/3493/ - Texto Sílvia Dalpicolo/ Foto: Shutterstock/ Adaptação: Marília Alencar

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Queimaduras

Embora se intensifiquem na época das festas juninas, queimaduras ocorrem todos os dias do ano. É importante saber o que fazer nesse tipo de acidente

Quando as festas juninas se aproximam, os pais recomendam aos filhos cuidado com fogueiras e fogos de artifício. Mas o perigo das queimaduras ronda as pessoas durante os 365 dias do ano. Estimativas mostram que 70% dos casos ocorrem em casa, principalmente dentro da cozinha. E as principais vítimas são as crianças menores de 10 anos. Nas grandes cidades, cresce o número de queimaduras por produtos químicos e choques elétricos. O ideal é prevenir. Em caso de acidente, aja com rapidez. Quanto melhor for o tratamento inicial, menores serão os riscos e as sequelas.

O que é uma queimadura?
É uma lesão nos tecidos que pode ser provocada por agentes térmicos (como o sol e o fogo), químicos (como a soda cáustica), elétrico (como fios de alta tensão) e radiativos (raios X). Na maioria das vezes, só a pele sai machucada. Mas existem casos em que a queimadura é profunda e danifica músculos, ossos, tendões. Os órgãos internos também são comprometidos: ao se respirar ar muito quente, os pulmões ficam queimados.

O que determina a gravidade?
• O tipo, a intensidade e o tempo de exposição ao agente agressor.
• A extensão, a profundidade e o local das lesões. Os locais de maior perigo são face, pescoço, genitais e mãos.

O que é o grau da queimadura?
É a profundidade atingida pela lesão.
No 1º grau, apenas a epiderme (a camada mais externa da pele) fica comprometida. Ocorre um processo inflamatório caracterizado por vermelhidão e dor. A pele leva de três a quatro dias para se regenerar.
Nos casos de 2º grau, a epiderme e parte da derme (camada imediatamente abaixo) são atingidas. Surgem as bolhas, formadas pelo líquido que extravasa dos vasos sanguíneos. A pele se regenera parcialmente dentro de cerca de quinze dias.
No 3º grau, há a destruição total da epiderme e da derme. A pele da área queimada morre e o sangue coagula, formando uma espécie de crosta. Sem derme, não há regeneração. Um quarto tipo seriam as lesões que atingem ossos, músculos e tendões.

Quando procurar um médico?
As queimaduras pequenas e de pouca profundidade (1º grau) podem ser tratadas por um clínico geral. As mais profundas (2º grau) de pequena extensão, no hospital. As mais extensas e profundas (2º e 3º graus) precisam de centros especializados.

Qual a primeira providência que deve ser tomada em casa?
Quando o agente é fogo ou água quente, exponha a área atingida à água corrente fria. Não use receitas populares. Nem gelo ou água gelada, pois isolam os vasos sanguíneos e matam a pele. Só a vaselina pura alivia a dor. Nas grandes queimaduras, o corpo incha. Por isso, a vítima deve ser despida, enrolada num lençol limpo e levada ao hospital.

E quanto às queimaduras por produtos químicos, eletricidade e radiação?
No caso dos agentes químicos e radiativos, lave o local com água abundante. Nos acidentes com eletricidade, tenha cuidado. Isso porque, às vezes, a vítima fica grudada na fonte de onde sai a energia. Para tirá-la de lá, desligue a energia elétrica. Do contrário, quem for ajudar irá se queimar também.

Como as queimaduras graves são tratadas nos hospitais?
A pele danificada perde suas funções, entre elas controlar a saída de água do organismo e impedir a entrada de micro-organismos. Então, o tratamento visa repor água e evitar infecções. Doses de soro resolvem o primeiro problema. O segundo requer o uso de antibióticos e a proteção dos locais queimados com curativos e enxertos.

Como é o tratamento das vítimas de grandes queimaduras?
Cirurgias. Enxertos cobrem a área queimada com lâminas de 1,5 mm a 2 mm de espessura de pele sadia retirada do próprio paciente. Quando a área é muito extensa e se torna inviável a autodoação, pode-se recorrer a materiais sintéticos, a famosa pele artificial. Eles funcionam como curativos que preparam o local para receber a pele do paciente. Muitas vezes, as operações visam recuperar os movimentos dos pacientes, quando os músculos são atingidos. Depois, são feitas plásticas para atenuar as cicatrizes.

Para quem as queimaduras podem ser mais graves?
Crianças e os idosos são as vítimas mais frágeis. Nas crianças, as lesões atingem áreas maiores do corpo e seu sistema imunológico ainda está em desenvolvimento. Já os idosos estão mais sujeitos a complicações durante o tratamento, assim como mulheres grávidas e diabéticos.

Em que época esses acidentes são mais frequentes?
No inverno, porque muitas pessoas costumam aquecer-se em volta de fogueiras. Nas grandes cidades, tornaram-se corriqueiras as queimaduras químicas e elétricas ocorridas em acidentes de trabalho.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O desafio de entender e combater o bullying nas escolas

Combate ao bullying

Estudo do IBGE aponta que, dos 60 mil alunos do Ensino Fundamental entrevistados, cerca de 30% já foram vítimas de violência ou bullying no ambiente estudantil nos 30 dias anteriores à pesquisa.

E 13% deles relataram ter-se envolvido em ao menos um episódio de briga durante o último mês.
Para a professora Marta Angélica Iossi Silva, da USP, tais números não revelam exatamente uma novidade - e nem dizem respeito só à última década.

A professora Marta lidera um grupo composto por psicólogos, enfermeiros e pedagogos que, desde 1985, investiga a violência doméstica e institucional, com ênfase nos casos de bullying.

Porém, mais do que buscar entender o fenômeno, o grupo se empenha na avaliação e implementação de um plano para intervenção, sendo responsável pela criação de redes de apoio e proteção à criança e ao jovem.

"Isso possibilita a ampliação do campo de pesquisa para a família, instituições de saúde, de educação e de acolhimento, além, dos conselhos tutelares", explica a professora.

Bullying: fenômeno antigo, percepção recente

Não há, na língua portuguesa, uma tradução precisa que descreva o real significado do termo bullying.

A palavra, vinda do inglês bully (valentão, brigão), compreende comportamentos com diversos níveis de violência, que vão desde atitudes inoportunas ou hostis, até atos francamente agressivos, que incluem ofensas verbais ou violência física.

Estes atos intencionais acontecem repetidas vezes, sem uma motivação aparente, e causam nas vítimas sentimentos de dor, angústia, exclusão e discriminação.

"Acredita-se que o fenômeno bullying é tão antigo quanto à própria existência da escola. Porém, ele era visto como ações características da infância e adolescência, pertencentes à fase de amadurecimento do ser humano e, não havia nenhuma associação dessas atitudes com violência e, menos ainda, da representatividade desses atos na vida de pessoas que conviveram com esse fenômeno", explica Julliane Messias Cordeiro Sampaio, uma das pesquisadoras do grupo.

Despreparo

Julliane afirma que o bullying está presente em todas escolas, independente de serem privadas ou públicas, de educação básica ou ensino fundamental, situadas em capitais ou em cidades do interior.

"De forma geral, as escolas não estão preparadas para enfrentar este fenômeno. Percebemos que profissionais da educação - professores, diretores e coordenadores - possuem dificuldades para distinguir o bullying de situações de mera indisciplina," comenta a pesquisadora.

Com informações da Agência USP - Imagem: Marcos Santos/USP

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=bullyingescolas&id=7729&nl=nlds