quinta-feira, 3 de março de 2011

O Carnaval no Brasil


O carnaval chegou ao Brasil em meados do século XVII, sob influência das festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em alguns países, como a França, o carnaval acontecia em forma de desfiles urbanos, ou seja, os carnavalescos usavam máscaras e fantasias e saíam pelas ruas comemorando.

Certos personagens têm origem europeia, mas mesmo assim foram incorporados ao carnaval brasileiro como, por exemplo, rei momo, pierrô, colombina.

A partir desse período, os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos cortejos de automóveis (corsos) foram criados, mas só se popularizaram no começo do século XX.

As pessoas decoravam seus carros, fantasiavam-se e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades, dando origem assim aos carros alegóricos. O carnaval tornou-se mais popular no decorrer do século XX e teve um crescimento considerável que ocorreu devido às marchinhas carnavalescas (músicas que faziam o carnaval ficar mais animado).

A primeira escola de samba foi criada no dia 12 de agosto de 1928, no Rio de Janeiro, e chamava-se “Deixa Falar”, anos depois seu nome foi modificado para Estácio de Sá. Com isso, nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo foram surgindo novas escolas de samba. Organizaram-se em Ligas de Escolas de Samba e iniciaram os primeiros campeonatos para escolher qual escola era a mais bonita e a mais animada. A região nordeste permaneceu com as tradições originais do carnaval de rua, como Recife e Olinda. Já na Bahia, o carnaval fugiu da tradição, conta com trios elétricos, embalados por músicas dançantes, em especial o axé.

Veja a seguir os Estados que mais celebram o carnaval:

Rio de Janeiro

A folia carnavalesca carioca começa antes dos dias oficiais do carnaval. Já no mês de setembro começam os ensaios nas quadras das diversas escolas de samba da cidade.
No mês de dezembro a cidade já se agita com os denominados “ensaios de rua” e a mais nova criação: “ensaios técnicos”, que levam milhares de pessoas ao Sambódromo todo final de semana. Os desfiles oficiais são realizados durante a data oficial do carnaval.

Pernambuco

Milhares de pessoas saem pelas ruas de Olinda e Recife, a maioria fantasiada e ao som do frevo (ritmo marcante do Estado).
O carnaval de Pernambuco conta com dezenas de bonecos gigantes, os foliões são extremamente animados. Uma das grandes atrações é o bloco carnavalesco “Galo da Madrugada”.

Bahia

O carnaval baiano é, sem dúvida, um dos mais calorosos e animados do Brasil e do mundo. Em especial na cidade de Salvador, onde se localiza os três principais circuitos carnavalescos: Dodô, Osmar e Batatinha.
Por esses circuitos passam mais de 150 blocos organizados, cerca de 2 milhões de pessoas durante os dias de festa. Normalmente esses blocos se apresentam com os trios elétricos e com cantores famosos.

São Paulo

O carnaval paulista é similar ao carnaval carioca. Acontece um grande desfile das escolas de samba da cidade. O desfile ocorre em uma passarela projetada por Oscar Niemeyer.
Há o desfile do Grupo Especial e do Grupo de Acesso, que acontecem na sexta-feira e no sábado, para não haver concorrência com o desfile do Rio de Janeiro.

Fonte: Brasil Escola

Como surgiu o Samba?


O samba nasceu na Bahia, no século 19, da mistura de ritmos africanos. Mas foi no Rio de Janeiro que ele criou raízes e se desenvolveu, mesmo sendo perseguido. Durante a década de 1920, por exemplo, quem fosse pego dançando ou cantando samba corria um grande risco de ir batucar atrás das grades. Isso porque o samba era ligado à cultura negra, que era malvista na época. Só mais tarde é que ele passou a ser encarado como um símbolo nacional, principalmente no início dos anos 40, durante o governo de Getúlio Vargas. Nessa música brasileiríssima, a harmonia é feita pelos instrumentos de corda, como o cavaquinho e o violão. Já o ritmo é dado, por exemplo, pelo surdo ou pelo pandeiro. Com o passar do tempo, outros instrumentos, como flauta, piano e saxofone, também foram incorporados, dando origem a novos estilos de samba. "À medida que o samba evoluiu, ele ganhou novos sotaques, novos modos de ser tocado e cantado. É isso que faz dele um dos ritmos mais ricos do mundo", afirma o músico Eduardo Gudin.

DA RODA AO PAGODE
Por volta dos anos 30, diferentes estilos de samba surgiram no Rio de Janeiro

SAMBA-DE-RODA
Muito parecido com a roda de capoeira, é a raiz do samba brasileiro e está registrado na Unesco como patrimônio da humanidade. Surgiu entre os escravos na Bahia por volta de 1860 e logo desembarcou também no Rio de Janeiro. O samba-de-roda, como a dança, começa devagar e se torna cada vez mais forte e cadenciado - sempre acompanhado por um coro para repetir o refrão. Várias canções do estilo têm versos sobre o mar e as tradições africanas.

"AVÔ" DO RECO-RECO
Além de batuques na palma das mãos, os escravos batiam um garfo num prato, obtendo um som semelhante ao do reco-reco - instrumento que dá força ao samba.

SAMBA DE BREQUE
Um dos primeiros estilos nascidos no Rio, foi criado no final dos anos 20 em botecos da cidade. No meio do samba rolavam “paradinhas” onde o cantor falava uma frase ou contava uma história. Um dos mestres foi Moreira da Silva. O ritmo é mais picadinho - ou "sincopado", como dizem os músicos -, mas a marca registrada é mesmo a parada repentina. Daí o nome "samba de breque". Quase sempre conta uma história engraçada, de um tiroteio entre malandros à história de um gago que se apaixonou...

FLAUTA
O samba de breque foi o primeiro estilo a incorporar a flauta como instrumento de samba. Ela ajuda a deixar o ritmo mais orquestrado.

PARTIDO-ALTO
Na década de 1930, o partido-alto se popularizou nos morros cariocas. Entre um refrão e outro, os músicos criavam versos na hora, quase como repentistas. As antigas festas de partido-alto chegavam a durar dias! A partir dos anos 70, Martinho da Vila virou um músico marcante do estilo. A principal característica é a improvisação. O partido-alto se mantém, principalmente, pelo jogo de palavras encaixadas no momento certo. O estilo trata de temas do cotidiano, e sempre com o maior bom humor.

SURDO
O surdo entrou de vez na roda com o partido-alto. Tocado com a mão ou com a baqueta, ele define a pulsação da música. É o "coração do samba".

SAMBA-ENREDO
Na década de 1930, quando surgiram os primeiros desfiles de escolas de samba no Carnaval do Rio, nasceu o samba-enredo. No início, os músicos improvisavam dois sambas diferentes: um para a ida e outro para a volta na avenida onde as escolas desfilavam. Com o passar dos anos, o samba-enredo ganhou uma batida mais acelerada que outros sambas - o que ajuda as escolas a desfilarem no tempo previsto. A partir dos anos 80 a coisa mudou, mas, até então, samba-enredo só abordava a história oficial do Brasil.

CUÍCA
Com o som de uma "voz grunhindo", foi uma das novidades das baterias das escolas. A função da cuíca é mais complementar, dando um tempero extra ao samba.

SAMBA-CANÇÃO
Outra cria dos botecos cariocas, o samba-canção apareceu na virada dos anos 30 para os 40. Logo ficou famoso como "samba de fossa", perfeito para ouvir após um pé na bunda... Cartola e Noel Rosa fizeram grandes músicas do estilo. A batida mais lenta e cadenciada do samba-canção lembra bastante o bolero, outro ritmo musical que fazia sucesso nos anos 40. Em geral, as canções falam de desilusão amorosa - de amores não correspondidos às piores traições!

PANDEIRO
Desde a origem do samba o pandeiro estava presente, mas no samba-canção ele ganhou mais importância, marcando o ritmo da música no lugar do surdo.

BOSSA NOVA
Cansados da fossa do samba-canção, alguns compositores decidiram fazer músicas sobre temas mais leves no final dos anos 50. Nascia a bossa nova. Mestres como Tom Jobim e João Gilberto faziam um samba bem diferente, com grande influência do jazz. Com construções musicais mais "complexas", a bossa nova tem o chamado "violão gago", tocado num ritmo diferente do da voz e dos outros instrumentos. O assunto preferido eram as belezas da vida, da praia às mulheres, é claro!

VIOLÃO
O símbolo da bossa nova foi mesmo o violão -além do banquinho... Usado em quase todos os estilos de samba, é um dos responsáveis pela melodia e harmonia da música.

PAGODE
O pagode que hoje faz sucesso pintou como estilo de samba na década de 1980, no Rio, com cantores como Jorge Aragão e Zeca Pagodinho. Nos anos 90, em São Paulo, ficou mais "comercial" - com direito até a coreografia dos músicos - e explodiu nas rádios. O pagode dos anos 80 era muito influenciado pelo partido-alto. Já na década seguinte passou a ter uma pegada mais lenta e romântica. Nos anos 80, o principal era a vida na comunidade; nos 90, as letras românticas.

TECLADO
Nos hits mais modernos, entraram na dança instrumentos eletrônicos, como teclados e sintetizadores - para desgosto dos sambistas mais tradicionais...

COMPLETANDO A BATERIA
Conheça outros instrumentos importantes para um bom batuque

TANTÃ
Mais fino que o surdo, também marca o ritmo. Em geral, é tocado com a palma das mãos, sem que os dedos encostem na membrana.

TAMBORIM
Tocado com uma vareta de bambu, não marca necessariamente o ritmo do samba, mas traz um som agudo para o batuque.

CAVAQUINHO
Tem papel semelhante ao do tamborim: deixa o som mais agudo. Mas faz isso na melodia do samba, e não na batida rítmica.

Fonte: Revista Mundo Estranho - por Gabriela Portilho

quarta-feira, 2 de março de 2011

O Carnaval que bomba mais é o de Salvador ou o do Rio de Janeiro?


Nenhum Carnaval atrai mais pessoas no mundo que o de Salvador: são 1 milhão de turistas contra os 719 mil do Rio de Janeiro. A capital baiana figura até no Guinness, o livro dos recordes, como o maior Carnaval de rua do planeta, levando nada menos que 2,5 milhões de foliões para as vias públicas (nessa conta também entram os próprios moradores da cidade, que, é claro, também botam pra quebrar). Além de atrair mais gente, o ziriguidum baiano – com vários trios elétricos sacudindo as ruas dos circuitos oficiais – supera o carioca, que se concentra no Sambódromo, em vários quesitos. Confira a seguir o resultado da guerra de confetes entre o bumbum baticundum do Rio e o axé babá de Salvador na folia de 2008.

DUELO NA AVENIDA
O Carnaval do Rio é show, mas Salvador é o recordista na hora da muvuca de momo

Rio de Janeiro x Salvador
719 mil turistas - 1 milhão de turistas

BEBEU ÁGUA? TÁ COM SEDE?
A diferença na bebedeira tem explicação. No Rio computa-se apenas o consumo no Sambódromo. Já em Salvador leva-se em conta a “entornação” que rola solta nas ruas.
(Rio: 105 mil litros de cerveja e 90 mil litros de água min x 17 milhões litros de cerveja /refrigerante e 9,8 milhões de litros de água na Bahia)

DO CACETE!
Se, no Rio, a maior parte das ocorrências envolveu brigas, o que pegou pelas ruas onde rola o ziriguidum baiano foram os furtos – 768, contra os 148 do Carnaval carioca.
(2 520 ocorrências policiais na região do Sambódromo x 2 368 ocorrências policiais em Salvador)

BOTA A CAMISINHA!
A distribuição de camisinhas pelo governo se baseia no tamanho da população. Nessa ala, o Rio ganha disparado: são 6 milhões de cariocas contra 3 milhões de soteropolitanos.
(1,6 milhão de camisinhas no Rio x 936 mil camisinhas em Salvador)

CAINDO NO SAMBA
Embora o número de ocorrências médicas em Salvador tenha sido menor que no Rio, a maioria dos casos na folia baiana envolveu embriaguez.
(1,8 mil atendimentos nos postos do Sambódromo x 1,4 mil atendimentos em Salvador)

BLOCO DA SUJEIRA
Se a turma da vassoura ralou no Rio, ela teve que suar a camisa pra valer na capital baiana, onde muito do lixo produzido infelizmente acaba indo parar nas vias públicas mesmo.
(393 toneladas de lixo no Sambódromo x 1,6 mil toneladas de lixo em Salvador)

Fonte: Revista Mundo Estranho - por Gabriela Portilho

Frases para Meditar


"A distância que você consegue percorrer na vida depende da sua ternura para com os jovens, compaixão pelos idosos, solidariedade com os esforçados e tolerância para com os fracos e os fortes, porque chegará o dia em que você terá sido todos eles." George Washington

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si. Levam um pouco de nós.” Antoine de Saint Exupéry

“Quando a gente acha que sabe todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas.” Autor desconhecido

“A grandeza não consiste em receber honras, mas, sim, em merecê-las”. Aristóteles

"Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior." Dalai-Lama

“O destino decide quem vamos encontrar na vida... As atitudes decidem quem fica..." Autor desconhecido

“Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo”. Dom Helder Câmara

"Passarei por este mundo uma só vez, assim, todas as boas ações que possa praticar e todas as gentilezas que possa dispensar a qualquer ser humano, não devem ser adiadas...Devo aproveitar este momento pois, nunca voltarei a passar por este caminho". Albert Einstein

“Se os teus projetos forem para um ano, semeia o grão. Se forem para dez anos, planta uma árvore. Se forem para cem anos, educa o povo.” Provérbio Chinês

“Existem apenas duas maneiras de ver a vida. Uma é pensar que não existem milagres e a outra é que tudo é um milagre.” Albert Einstein

"A vida de um indivíduo só tem sentido na medida em que ajuda a tornar mais bela e nobre qualquer outra vida." Albert Einstein

“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.” Cora Coralina

"Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo." Confúcio

“As grandes mudanças não ocorrem por grandes feitos de alguns e, sim, nas pequenas parcelas cotidianas de todos nós.” Chico Xavier

“Quero deixar este mundo um pouco melhor do que o encontrei.” James Naismith

“Se você insiste em não ter tempo para praticar atividades físicas, comece a encontrar tempo para adoecer e tomar remédios.” Cooper

"Se me oferecessem a sabedoria com a condição de guardá-la só para mim, sem comunicar a alguém, não a quereria." Sêneca

“Daqui a cem anos, não importará o tipo de carro que dirigi, o tipo de casa em que morei, quanto tinha depositado no banco, nem que roupas vesti. Mas o mundo pode ser um pouco melhor porque eu fui importante na vida de uma criança.” Autor desconhecido

terça-feira, 1 de março de 2011

Exercícios aeróbicos melhoram a memória


Exercícios aeróbicos aumentam o hipocampo, melhorando a memória dos adultos mais velhos. Novo experimento controlado revela mais sobre como a atividade aeróbica pode ajudar a fortalecer o cérebro

Muitos estudos associam exercícios físicos a uma melhor saúde cerebral em idades mais avançadas. Agora, um novo experimento revela mais sobre como a atividade aeróbica pode ajudar a fortalecer o cérebro ao reforçar o hipocampo.

Conforme envelhecemos, partes do cérebro tendem a encolher – mesmo na ausência de doenças neurocognitivas como demência ou Alzheimer. A nova pesquisa mostra que pelo menos algumas partes do cérebro podem ser poupadas da atrofia – e até fortalecidas – por meio de atividade física em quantidades relativamente modestas em uma idade mais avançada. As descobertas foram publicadas online no dia 31 de janeiro no Proceedings of the National Academy of Sciences e podem ter implicações na prevenção da deterioração da memória no segmento da população mais velha nos Estados Unidos, que não para de crescer.

O grupo de pesquisadores descobriu que adultos com idade entre 55 e 80 anos que caminharam por 40 minutos três vezes por semana durante um ano, aumentaram o volume do seu hipocampo, a região do cérebro ligada a memória e raciocínio espacial. Os adultos mais velhos designados para uma rotina de alongamentos não apresentaram nenhum aumento do hipocampo.

Os 120 adultos recrutados para o estudo, anteriormente sedentários, ainda não apresentavam demência diagnosticável, mas estavam sofrendo a redução típica do hipocampo associada à idade, conforme ressonâncias magnéticas feitas antes do estudo. “Consideramos que a atrofia do hipocampo em idade mais avançada é quase inevitável”, afirmou Kirk Erickson, um professor de psicologia da University of Pittsburgh e co-autor do novo estudo. “Mas agora demonstramos que mesmo exercício moderado por um ano pode aumentar o tamanho dessa estrutura”.

O crescimento do hipocampo foi modesto, sendo de 2,12% no hipocampo esquerdo e de 1,97% no hipocampo direito, o que efetivamente, em termos de volume, faz o relógio voltar um ou dois anos no tempo. O grupo que apenas fez alongamentos, por outro lado, continuou experimentando a redução em linha com as perdas esperadas associadas à idade, perdendo em média 1,40% e 1,43% do volume dos hipocampos esquerdo e direito, respectivamente.

Quando submetidos a um teste de memória espacial computadorizado, tanto os sujeitos do grupo de caminhada quanto do alongamento melhoraram. Mas aqueles que estavam em melhor forma no início do estudo – e, portanto, também tendiam a ter um hipocampo maior – se saíram melhor nos testes de memória, sugerindo que “o maior volume do hipocampo após a interferência dos exercícios deveria se traduzir em melhor funcionamento da memória”, observaram os pesquisadores responsáveis pelo novo trabalho. E eles de fato descobriram que, para aqueles no grupo da caminhada, o crescimento no hipocampo esteve relacionado a melhores pontuações no teste de memória.
Apesar de descobertas quase diárias a respeito da impressionante plasticidade do cérebro, especialmente sua habilidade de mudar para compensar áreas danificadas, as novas descobertas mostram que, mesmo em idade relativamente avançada, “o cérebro nessa etapa permanece modificável” – mesmo em áreas estruturais chave, afirmou Erickson.

Além do aumento do tamanho do hipocampo, o grupo que fez exercícios aeróbicos também tendeu a ter um nível maior do Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro [brain-derived neurotrophic factor] (BDNF), um composto que é associado a um maior hipocampo e melhor memória. Os pesquisadores não observaram nenhuma mudança no tálamo ou no núcleo caudado, duas outras partes do cérebro que estão ligadas ao senso espacial e a memória, respectivamente. Como somente o hipocampo pareceu ser afetado pela rotina de exercícios aeróbicos, os pesquisadores concluíram que a atividade pode agir especificamente em certas vias moleculares para estimular “proliferação celular ou ramificação de dendritos”, eles escreveram.

Os resultados do estudo deveriam ajudar a desenvolver um entendimento mais profundo dos exatos mecanismos biológicos que estão em jogo. As descobertas também sustentam a ideia de que, embora estar em melhor forma desde o início tenha ligação com uma melhor memória, “começar uma rotina de exercícios mais tarde na vida não é inútil, tanto para melhorar a cognição quanto para aumentar o volume do cérebro”, os pesquisadores concluíram. E embora o alongamento possa ser bom para a flexibilidade física e tranqüilidade, os exercícios aeróbicos parecem ser o melhor para a agilidade mental.

Fonte: Revista Científica Americana - por Katherine Harmon