segunda-feira, 4 de junho de 2012

Acessórios ideais para praticar atividade física


Na hora de fazer uma atividade física o praticante precisa escolher a academia que vai fazer a musculação, o parque onde pretende caminhar ou até qual exercício prefere praticar. Mas são poucas pessoas que se preocupam em utilizar a roupa adequada e o tênis mais indicado para se exercitar. Tais acessórios são importantes, pois garantem um bom desempenho e evitam problemas como lesões por usar um calçado errado, por exemplo.

Segundo Paulo Potiguara Novazzi, médico fisiatra e algologista da Unimed Paulistana, cada atividade física pede uma roupa diferente e adequada. "É fácil perceber isso quando vemos atletas de diferentes modalidades com figurinos específicos. Atualmente, cada esporte tem uma tecnologia de roupa que pode ser facilmente acessada e pesquisada nas grandes lojas do segmento esportivo", explica.

"A roupa deve ser compatível com as condições climáticas onde o exercício será realizado, bem como com o tipo de movimentação corporal", alerta Renato André, fisiologista do CEMEx, Centro de Excelência em Medicina do Exercício, em Brasília. "No geral, as roupas leves de tecidos finos e naturais são uma boa pedida. E a roupa não deve ser nem justa nem larga demais, pois os movimentos devem estar livres", esclarece Paulo.

Além disso, existem materiais, como o linho e o algodão, que permitem muito mais a evaporação do suor do que os tecidos plásticos e a lã. "Hoje em dia as indústrias têxtil e de materiais esportivos têm desenvolvido diversos tecidos com essas finalidades. Podemos citar o exemplo do dry fit, um tecido feito com poliamida e elastano que tira a umidade do corpo e a transporta para fora. Sem dúvida nenhuma, roupas leves, que permitem uma melhor execução dos movimentos, e com tecidos frescos, que facilitem a evaporação do suor e protejam contra os raios solares, são ideais para praticar atividades físicas", afirma Rogério Padovan, médico especializado em Medicina Esportiva e Nutrologia pela USP.

Mesmo em dias de muito calor algumas pessoas optam por utilizar calça e casaco quando vão praticar alguma atividade física, pois acreditam que vão suar mais e acelerar o processo de emagrecimento. "Exercício no calor com vestimenta pesada é um dos maiores mitos do mundo da malhação. Há décadas sabemos que tal atitude é equivocada, pois provoca desidratação, queda de desempenho esportivo e, em casos extremos, pode induzir ao malsúbito. Qualquer praticante de exercício submetido a um grande estresse térmico, de frio ou calor, terá seu rendimento reduzido caso não se previna com as roupas adequadas", adverte o fisiologista Renato André.

"A perda de água e consequentemente de peso provocada pelo superaquecimento do corpo, além de incômodo e estressante, é irreal em termos de emagrecimento. Afinal, no momento seguinte, o sintoma de sede provocado pela desidratação leva o indivíduo a procurar a reidratação e ele recupera o peso perdido durante o treino", explica Novazzi.

Em alguns esportes de alto rendimento e competitivos, como o MMA, os atletas buscam esse tipo de recurso para a perda de peso. "No entanto, são pessoas preparadas para tal ocasião e os praticantes de atividade física não devem realizar tal procedimento. Isso altera o metabolismo corpóreo e é prejudicial, podendo causar danos à saúde", alerta o médico Padovan.

Utilizando a roupa correta, o praticante de exercícios vai garantir um melhor rendimento durante a atividade física. "A roupa garante a máxima performance mediante o condicionamento da pessoa. Já a vestimenta inadequada pode diminuir o rendimento mesmo daquele que esteja bem treinado", avisa Renato André. "Hoje, as roupas esportivas são pensadas não apenas em termos de estética e conforto, mas também em desempenho. Prova disso pode ser visto nos maiôs tanto masculinos como femininos utilizados pelos nadadores profissionais e nos tênis de corrida, cada vez mais tecnológicos, que prometem um melhor desempenho", comenta Novazzi.

O fundamental é que as peças sejam leves e proporcionem mobilidade, mas outras características devem ser levadas em conta dependendo do tipo de atividade física. "A evaporação do suor é um mecanismo imprescindível para a regulação da temperatura corporal, que é controlada por um constante equilíbrio entre a intensidade da perda do calor e a intensidade da produção de calor. Além da evaporação da água pela pele através do suor e pelos pulmões, o calor é perdido por outros dois meios: a radiação e a condução para o ar e para objetos sólidos. Ou seja, aquelas pessoas que estão se exercitando agasalhadas, formando uma barreira para a evaporação do suor, além de colocar em risco o funcionamento de seu organismo, estão perdendo menos calorias do que se estivessem fazendo a mesma atividade sem o agasalho", ressalta Padovan.

Assim como as roupas, os calçados também dependem do tipo de atividade física praticada e do biotipo do atleta. "Os movimentos específicos de cada esporte oferecem impactos diferentes em áreas específicas dos pés, portanto exigem do tênis reforços especiais nas regiões mais solicitadas", afirma o médico Padovan. "Há esportes cujo impacto maior ocorre na parte plantar, próximo aos dedos, como o vôlei e o basquete. Já a caminhada e a corrida impactam a parte plantar do calcanhar, exigindo assim reforços e matérias com densidade diferentes nestas partes do tênis. Portanto, há uma necessidade de adquirir um par de tênis ideal para cada prática esportiva, assim como seria ideal realizar um exame de análise do tipo e do impacto da passada pessoal, já que cada pessoa apresenta individualidades anatômicas e mecânicas nos movimentos", comenta o especialista.

"Não podemos nos esquecer de que o calçado é a roupa dos pés. Assim como as roupas do corpo, as dos pés também são cheias de detalhes técnicos e muito estudo biomecânico. Por isso, para cada atividade física, se preocupe em adquirir um calçado ideal. Faça um teste: tente correr dez quilômetros com um tênis de basquete ou fazer uma escalada de montanha com uma chuteira de futebol", esclarece o doutor Novazzi.

Tal teste não daria certo, pois cada modalidade exige um calçado específico. "No ciclismo utiliza-se uma sapatilha com solado rígido, que possui um taco que é plugado ao pedal. Na corrida, o tênis deve permitir a movimentação do arco plantar e precisa ter amortecimento nos calcanhares. Para jogar basquete, o mais comum é utilizar tênis de cano alto e com solado com grande espessura. O ideal, após definida a modalidade, é procurar profissionais e lojas especializadas", explica o fisiologista Renato André.

O calçado errado pode trazer problemas para quem pratica atividade física. "O tênis errado não oferece o que o certo assegura quanto a absorção, flexibilidade e distribuição do impacto em um determinado movimento esportivo, deixando os pés e toda a estrutura articular vulnerável a impactos excessivos e torções, que podem gerar desde pequenos traumatismos até verdadeiras lesões ortopédicas mais graves. Também há consequências ortopédicas para a pessoa que tem um pé plano, por exemplo, e compra um tênis para pé arqueado ou normal. Hoje, a tecnologia empregada na fabricação de calçados esportivos apresenta tênis que respeitam o desenho e a curvatura do pé de cada pessoa", ressalta o médico Padovan.

"A utilização do tênis incorreto geralmente traz problemas relacionados a dores agudas ou crônicas na região dos pés, tornozelo, calcanhar e pernas. Dores lombares e até mesmo cervicais podem ser reflexos do uso de calçados inadequados", adverte Novazzi. "O uso do tênis errado traz tanto problemas técnicos como também lesões. Um mesatenista jogando com tênis de cano alto limitará a movimentação de seus tornozelos, enquanto um corredor que competir com um tênis de couro fechado dificultará o resfriamento de seus pés. Estes são exemplos de problemas técnicos. Já as lesões são bem comuns quando se utiliza calçados inadequados. Um exemplo seria uma jogadora de vôlei calçando um tênis com solado de borracha com baixa aderência, que pode sofrer um entorse de tornozelo na aterrissagem de um salto", afirma Renato André.

Os praticantes de atividade física geralmente são adeptos dos isotônicos, bebidas que repõem água e sais minerais perdidos pela transpiração na hora dos exercícios. "Os repositores hidroeletrolíticos são fundamentais porque colaboram na manutenção das funções orgânicas durante o exercício. Quando suamos perdemos sódio, potássio e outras substâncias que não são repostas através da hidratação com água. Caso essas substâncias não sejam repostas pode ocorrer letargia, câimbras e queda de desempenho", esclarece o fisiologista Renato André.

"Os isotônicos são substâncias que repõem a perda de carboidratos e minerais durante as atividades físicas. Ou seja, são reguladores da bomba de sódio e potássio, que resultam em um equilíbrio dos minerais corpóreos e que são importantíssimos em atividades físicas com perda acentuada dessas substâncias. Mas, não é legal tomar isotônicos a todo momento, somente quando falamos em atividade física, pois pode ocorrer o desiquilíbrio orgânico originando um retenção hídrica devido ao excesso de sais", adverte o médico Padovan.

O praticante de exercícios deve ter alguns cuidados ao beber isotônicos. "São bebidas recomendadas apenas àqueles que praticam atividades físicas extenuantes , de mais de uma hora, e devem ser ingeridos logo em seguida aos exercícios. Quem não tem esse grau de desgaste e faz uso dessas bebidas, que são carregadas de sais de reposição, pode correr riscos como pedra nos rins e até arritmias cardíacas por excesso de sais", alerta Novazzi.

Portanto, para a boa prática da atividade física, faça uso das roupas indicadas, de tênis adequados e beba isotônicos segundo as recomendações médicas. Com o uso dos acessórios corretos, os exercícios trazem mais resultados e o praticante fica mais animado e satisfeito.


Fonte: http://bbel.uol.com.br/qualidade-de-vida/post/acessorios-ideais-para-praticar-atividade-fisica.aspx - Por Loreta Fagionato - Equipe BBel

domingo, 3 de junho de 2012

Bananas são melhores que bebidas esportivas

Bananas durante exercícios

As bananas têm sido uma fonte de energia muito apreciada por atletas profissionais e amadores.

Elas são uma rica fonte de potássio e outros nutrientes, e são fáceis para os ciclistas, corredores ou caminhantes carregarem.

E uma nova pesquisa, feita com ciclistas de competição, acaba de revelar benefícios adicionais das bananas como alimento para esportistas.

"Nós queríamos ver o que era mais benéfico quando consumido durante exercícios intensos - bananas ou uma bebida esportiva contendo carboidratos," explica o Dr. David C. Nieman, do Laboratório de Desempenho Humano, na Universidade da Carolina do Norte (EUA).

Embalagem natural

No estudo, os ciclistas profissionais consumiram, a cada 15 minutos, ou um copo de bebida com carboidrato, ou metade de uma banana, durante uma corrida de estrada de 75 km, com duração de 2,5 a 3 horas.

Amostras de sangue foram coletadas antes e após o exercício e analisadas para mais de 100 metabólitos, moléculas associadas com o metabolismo.

As bananas forneceram antioxidantes não encontrados nas bebidas esportivas, bem como um maior impulso nutricional, incluindo potássio, fibras e vitamina B6, mostrou o estudo.

"As bananas vêm pré-embaladas com fibras, nutrientes e antioxidantes," disse Nieman, acrescentando que os resultados são extensíveis a qualquer tipo de exercício.

Açúcares saudáveis

Além disso, as bananas têm uma mistura mais saudável de açúcares do que as bebidas isotônicas.

"O modo de exercício não é a questão. Há um monte de atletas que não gostam da ideia de beber bebidas esportivas, que são essencialmente água com açúcar aromatizado", disse ele.

"Esse tipo de pesquisa mostra que você pode ter fontes de carboidratos mais saudáveis antes e depois dos exercícios capazes de sustentar o desempenho esportivo tão bem como uma bebida esportiva," disse Nieman.

O estudo foi publicado na revista PLoS ONE.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=bananas-melhores-bebidas-esportivas&id=7818&nl=nlds - Imagem: Wikimedia

sábado, 2 de junho de 2012

Brasília é Campeão Brasileiro de Basquete do NBB 2012

Brasília mantém hegemonia, atropela o São José e conquista o tri do NBB

A primeira final em jogo único da história do Novo Basquete Brasil (NBB) não fez com que a taça mudasse de mãos. Finalista em todas as edições da competição nacional, Brasília fez valer sua experiência para vencer São José por 78 a 62, neste sábado, em Mogi das Cruzes, e conquistou o tricampeonato brasileiro.

Em sua quarta edição, o NBB optou por realizar a decisão em jogo único, na casa da equipe de melhor campanha, em acordo com a Rede Globo para que a partida pudesse ser transmitida ao vivo. Foi a primeira vez em 15 anos que um duelo entre clubes do basquete nacional foi transmitido em TV aberta.

São José, porém, não pôde utilizar sua arena na decisão do torneio, já que o ginásio Lineu de Moura não atendia as exigências do regulamento para receber a final. A partida foi transferida para Mogi das Cruzes, com grande presença dos torcedores do time paulista. A mudança, porém, parece ter feito a diferença para São José, que havia perdido apenas um dos 19 jogos que fez como mandante até então.

Já Brasília confirma sua hegemonia no basquete nacional, com três títulos em quatro edições do NBB. Contando com a experiência de atletas da seleção brasileira como Guilherme Giovannoni, Alex e Nezinho, o time do Distrito Federal soube parar o pivô Murilo, favorito ao prêmio de MVP do torneio, e liderou o placar durante todo o confronto.

Melhor jogador da temporada passada, Guilherme Giovannoni chamou a responsabilidade e terminou como o cestinha da partida com 26 pontos, sendo eleito mais uma vez o MVP da decisão. Arthur marcou 16, enquanto Alex contribuiu contribuiu com 15. Murilo foi o melhor de São José com 20 pontos, mas teve uma atuação abaixo do que vinha apresentando nos playoffs até então.

A experiente equipe de Brasília aproveitou o nervosismo de São José para dominar o início de partida. Com Murilo e Fúlvio bem marcados, o time do interior paulista passou metade do período inicial sem pontuar e viu o adversário abrir 10-0 no placar. Jefferson e Dedé impediram que o estrago fosse maior e fizeram com que o primeiro tempo terminasse com vantagem da equipe do Distrito Federal por 18 a 10.

São José equilibrou as ações a partir do segundo quarto ao acertar a mão nos chutes de três pontos com Murilo, Jefferson e Dedé, reduzindo a diferença para apenas quatro pontos. O período, porém, foi marcado pelo grande número de erros das duas equipes, que foram para o intervalo com um número maior de desperdício de bolas do que de assistências.

A reação do time paulista, porém, parou por aí. A equipe voltou a ser anulada pelo Brasília no terceiro quarto, marcou apenas 10 pontos e viu o adversário abrir 53 a 39. Com a larga vantagem no placar, o time do Distrito Federal soube administrar o resultado com os chutes certeiros de Giovannoni e Alex para comemorar seu tricampeonato nacional.

Fonte: http://esporte.uol.com.br/basquete/ultimas-noticias/2012/06/02/brasilia-mantem-hegemonia-atropela-o-sao-jose-e-conquista-o-tri-do-nbb.htm

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O cérebro apaixonado

Para celebrar o Dia dos Namorados, a revista VivaSaúde revela o que define a escolha entre amor e sexo e desvenda como ocorrem alterações corporais quando estamos in love

Tudo começa com um encontro. Os olhares se cruzam e, a partir daquele momento, a vida de ambos muda de alguma forma. Além da vontade de ficar junto todo o tempo, sintomas como frio na barriga, coração acelerado, tremores e a sensação de "borboletas no estômago" são frequentes em pessoas apaixonadas. Porém o que realmente acontece com nosso corpo quando nos apaixonamos?

A ciência vem buscando desvendar as alterações que ocorrem no corpo de quem se encontra em estado de graça. E ao contrário do que se pensa, não é o coração o órgão principal neste processo. O cérebro está no centro de tudo e, por isso, há diversas substâncias, como hormônios e neurotransmissores, responsáveis pelas sensações que o estar apaixonado proporciona. Os pesquisadores Donald F. Klein e Michael Lebowitz, do Instituto Psiquiátrico Estadual de Nova York (EUA), descobriram que a feniletilamina, um neurotransmissor mais simples, está presente em grande quantidade nos cérebros de pessoas apaixonadas e é responsável pelas modificações fisiológicas no corpo humano. Já Helen Fisher, pesquisadora e autora do livro A Anatomia do Amor (Ed. Eureka), expõe que os sintomas como falta de sono e/ou apetite, assim como a exaltação dos apaixonados, se deve à dopamina e à norepinefrina, neurotransmissores que estimulam o cérebro.

O organismo produz também substâncias que são secretadas por todo o organismo e influenciam a atração ou falta de desejo entre as pessoas, conhecidas como feromônios. Além disso, com o aumento dos níveis de testosterona há maior estímulo para o desejo sexual; a oxitocina - conhecida como o hormônio do amor - (nas mulheres) e a vasopressina (nos homens), são responsáveis por estreitar os vínculos entre o casal. E como resultado há uma boa dose a mais de dopamina que proporciona a sensação de recompensa e prazer.

Como seu corpo reage

Diversos estudos realizados com ressonância magnética demonstram que o cérebro realmente se altera quando a pessoa está apaixonada. Um deles foi dirigido pelos pesquisadores ingleses Andreas Bartels e Semir Zeki com voluntários que visualizaram fotos de diferentes pessoas: familiares, amigos e namorados (as). O cérebro desses jovens foi mapeado e, quando eles avistavam o ser amado, apresentavam alterações cerebrais visíveis, com uma hiperatividade em algumas regiões do órgão.

Para o psiquiatra Miguel Chalub, do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), a emoção amorosa desencadeia a ativação da glândula hipófise. "Ela lança na corrente sanguínea os hormônios da adrenalina e da noradrenalina. Estes hormônios são responsáveis pelas manifestações físicas do amor: aceleração dos batimentos cardíacos, rubor ou palidez da pele, aumento da fenda palpebral (arregalar dos olhos) e ansiedade", afirma.

Segundo Naim Akel Filho, professor de psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR), os hormônios liberados agem sobre as glândulas mamárias, o sistema urinário, genitais e até mesmo no sistema cardiorrespiratório. "Podemos dizer que as situações relacionadas ao amor e ao desejo provocam intensas reações psicológicas e fisiológicas, talvez as mais intensas que um organismo humano possa ter", afirma. E quando estamos apaixonados os cinco sentidos também passam por transformações. A visão, o olfato e o tato ficam mais aguçados. As áreas cerebrais que recebem e processam estas informações captadas pelos órgãos sensoriais ganham muito em qualidade funcional, permitindo que os amantes ganhem experiências mais intensas.

Além de aumentar o bem-estar e o bom humor, a paixão diminui os efeitos do estresse ambiental e melhora o sistema imunológico, o que aumenta a qualidade de vida e a forma de encarar os problemas. "Já foi comprovado que a paixão pode diminuir a depressão, trazer mais motivação e felicidade", fala Denise Amado, neurologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Amar é um vício

Mas os especialistas alertam: apaixonar-se pode ser viciante! Para Akel, a paixão pode se tornar um vício, uma vez que há liberação de alguns hormônios e neurotransmissores que desencadeiam uma resposta de prazer. "Esta descarga, muito relacionada à dopamina, também acontece quando o indivíduo usa substâncias psicoativas. Há ainda o rebaixamento do controle das emoções, do senso crítico e do autocontrole, pois ocorre a redução da serotonina", explica. A escritora Helen também concluiu que o amor ativa áreas do cérebro que são ligadas à recompensa, à vontade de ganhar algo. Ela afirma que esse sentimento pode ser mais forte do que o efeito de algumas drogas e, por essa razão, o fim de um relacionamento pode causar muita dor e ressentimento.

PROGRAMADOS PARA A PAIXÃO

Mas o que faz uma pessoa se aproximar de outra e se apaixonar? De acordo com a ciência, a paixão acontece simplesmente para que ocorra a perpetuação da espécie. "Sabe-se que com a teoria da evolução as mulheres buscam homens fortes e altos, que possam cuidar dos herdeiros, e que eles se atraem por parceiras com seios fartos e quadris largos (que alimentarão e não terão dificuldades para engravidar)", afirma Akel. Além da beleza e inteligência, a atração envolve os sentidos, os hormônios e até características genéticas.

Para a pesquisadora Helen, após diversas pesquisas feitas em uma agência de namoro pela internet, existem quatro tipos de personalidades (que são influenciadas pelos genes): exploradores (predomínio de dopamina); construtores (serotonina); negociadores (estrógeno) e diretores (testosterona).

E a atração acontece por meio do odor que é exalado pela influência do hormônio predominante. A pesquisa também demonstra que com o beijo é possível definir se há compatibilidade genética entre os parceiros.

É o que costumamos chamar "quando acontece a química" entre o casal apaixonado.
"Há várias pesquisas que mostram a influência genética das pessoas que se apaixonam, mas existem poucas conclusões concretas. Ainda são necessários estudos sobre o assunto, mas a ciência reconhece que os genes auxiliam na busca pelo parceiro ideal e isso é um grande passo", conclui Denise.

A estudante Larissa Ávila, 20 anos, percebeu que estava apaixonada quando, inexplicavelmente, sentia-se feliz durante o dia, sem que nada tivesse acontecido. Ela declara que quando estava ao lado de seu namorado sentia a respiração acelerada, palpitações e as pernas bambas. "Depois de dois anos de namoro, as sensações são diferentes do início, pois com as difi- culdades do dia a dia, nós aprendemos a respeitar as diferenças e a conviver um com o outro. Mas o sentimento se tornou mais forte, e sei que não preciso de mais ninguém, só da presença dele", completa.

Não há um tempo exato para a paixão se tornar amor. Mas se sabe que com o passar dos meses o organismo vai tornando- se resistente aos efeitos de tantos hormônios. Uma pesquisa realizada por Cindy Hazan, da Universidade Cornell (EUA), afirma que a duração desse sentimento varia de 18 a 30 meses. Segundo o estudo, que foi realizado com mais de 5 mil pessoas de 37 culturas diferentes, esse tempo é o suficiente para que surja o interesse, a aproximação e a decisão do casal ter um filho. A pesquisa destaca que os sintomas da paixão dão lugar a diferentes formas de sentimento, como companheirismo e tolerância, fundamentais para manter uma relação duradoura.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br//saude-nutricao/110/o-cerebro-apaixonado-para-celebrar-o-dia-dos-namorados-260048-1.asp - Por: Leonardo Valle/ Colaborou: Samantha Cerquetani

Por que comemos mais no inverno?

O prazer de comer no inverno pode ser desencadeado pelo emocional

Manter o comportamento magro mesmo nos dias frios é essencial para manter a saúde e a boa forma
Está chegando o frio, e nessa época sentimos a necessidade de comer alimentos mais pesados, mas também mais calóricos. Acabamos nos aproveitando desse momento para comermos mais, e as roupas acabam escondendo o corpo e muitas pessoas relaxam pensando que depois irão procurar uma forma de perderem esse peso acumulado.

Percebo que o que acontece é que a comida aqui entra como forma de conforto, para nos aquecer, seja de forma a esquentar mesmo como um leite quente, as sopas, mas também a alma, com os capuccinos, o famoso fondue, as pizzas.

Será mesmo que precisamos aumentar a ingestão calórica no inverno? Vejo que continuamos no mesmo ritmo, ou até pode ser que desaceleramos, mas de qualquer forma, vamos nos movimentar e desta forma queimamos gordura.

Passar pela estação mais fria do ano nos remete muito a reflexão, ficamos mais introspectivos, gostamos de ficar deitados no sofá debaixo de uma coberta, um filme gostoso, e podemos parar para pensar se também não ficamos mais ociosos, podemos nos sentir solitários e a comida vem de forma perfeita a preencher esse momento.

É de fundamental importância pensar que o inverno vai embora, e depois como as festas de fim de ano, casamento, páscoa, o momento passa, e o que se comeu fica, em forma de gordura no corpo, trazendo junto a insatisfação quando nos olhamos no espelho, ou voltamos a usar as roupas que ficaram no armário.

Podemos continuar a nos comportar de maneira magra nesse período, escolhendo alimentos saudáveis e buscando orientação na nutricionista, que é o profissional habilitado para nos auxiliar nessas mudanças que interferem em nosso organismo.

Se pararmos para refletir vamos chegar a conclusão de que precisamos cuidar do que comemos o tempo todo, claro que também podemos ingerir alimentos que nos trazem satisfação, tanto no inverno quanto no verão, porém sempre de forma fracionada, cuidando do que ingerimos no todo.

Carregamos o peso do que ingerimos, afetando nossa autoestima, trazendo novamente a sensação de impotência em função do nosso descontrole, ou melhor, da nossa falta de cuidados conosco mesmos.

E o ciclo do efeito sanfona novamente entra em cena, temos que buscar uma forma assertiva de perder o que ganhamos com nossas gulodices, e nem sempre esse caminho de volta é rápido e fácil.

A busca pela academia para quem deixou de malhar nesse período recomeça, e a preguiça, a protelação, tudo nos remete a ficar estagnados, porém temos que escolher um caminho. Os profissionais que trabalham nessa área novamente são requisitados, e junto aos novos pacientes, chega a urgência em perder peso, como se magicamente tudo pudesse mudar de forma rápida.

Infelizmente queimar calorias não é um processo rápido, ou mesmo nem todas pessoas respondem com a mesma facilidade de outras, pois cada metabolismo funciona de uma forma individual.

Entra nesse momento a paciência e a compreensão de que o ideal é que se recomece todo o processo, de forma gradual, onde retomamos os comportamentos magros, escolhendo agora os alimentos adequados, a prática de atividade física que agrada, que é prazerosa, além de poder cuidar das emoções que frequentemente nos levam a comportamentos de autossabotagem.

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/o-prazer-de-comer-no-inverno-pode-ser-desencadeado-pelo-emocional/ - Por Luciana Kotaka