sábado, 23 de julho de 2016

Álcool é causa direta de 7 tipos de câncer: quanto é preciso beber para estar em risco?

Um estudo recente indicou que o consumo de álcool é causa direta de pelo menos sete tipos de câncer. Mesmo sem o conhecimento completo sobre os mecanismos biológicos de como essa relação se dá no organismo, os pesquisadores concluíram que há “evidências epidemiológicas”, ou seja, quando se é comprovado um padrão de ocorrência da doença em um determinado grupo de pessoas, que atestam o fato.

A pesquisa ainda concluiu aquilo que muita gente, acostumada a um drinque ali e um copo de cerveja aqui, tinha medo: o risco de desenvolver a doença é dividido inclusive com pessoas que consomem quantidades moderadas de bebidas alcóolicas. Te explicamos a seguir mais detalhes deste estudo e quais os tipos de câncer são associados.

Bebida alcoólica x câncer

O estudo foi publicado no jornal científico Addiction (em inglês) e tem sido divulgado largamente pela imprensa internacional. Isto porque ele não só associa a bebida alcoólica ao surgimento de cânceres entre os que consomem quantidades abusivas, como também entre as pessoas que ingerem baixos níveis de álcool.

Os maiores riscos estão associados aos que bebem em maior quantidade, mas uma carga considerável pode ser associada a pessoas que consomem o álcool em níveis baixo ou moderado. O alerta se aplica a todos, entretanto, "devido à distribuição do consumo de bebidas alcoólicas entre a população". "Assim, a redução no consumo de álcool de toda população mundial terá um efeito importante sobre a incidência destas condições, pois promover campanha somente aos que consomem em níveis altos tem potencial limitado".

A conclusão se deu depois de mais de dez anos de estudo e análise de dados de entidades como Fundação Internacional de Pesquisa do Câncer, Agência Internacional de Pesquisa de Câncer e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Tipos de câncer

Os sete tipos de câncer apresentados no estudo são:
orofaringe (de garganta);
laringe;
esôfago;
fígado;
cólon;
reto;
mama.

As estimativas apresentadas no artigo mostram que cerca de meio milhão de mortes por câncer foram causadas pelo álcool, ou seja, 5,8% das mortes por câncer em todo o mundo.
Há ainda um aumento de evidências científicas que mostram a relação do álcool com o câncer de pele, próstata e pâncreas.

Níveis seguros de álcool
A pesquisadora responsável pelo estudo, Jennier Connor, destaca ainda que a ideia de que alguns níveis de álcool no organismo podem ser benéficos, como a de que uma taça de vinho faz bem para a saúde, “é cada vez mais falsa ou irrelevante em comparação ao aumento de riscos de se ter um câncer”. Isto significa que, de acordo com o estudo, não há níveis seguros de consumo de bebida alcoólica para se evitar o câncer.

Reversão dos riscos
Como atenuante, é possível reverter os riscos de câncer de fígado, laringe e faringe ao parar de se ingerir bebida alcóolica. No caso do câncer de fígado, em que uma das causas comuns é o abuso de álcool, os riscos de uma pessoa desenvolver um tumor primário se reduzem em 7% ao ano. Depois de 23 anos sem beber, é como se essa pessoa nunca tivesse ingerido uma gota de álcool.


sexta-feira, 22 de julho de 2016

7 mistérios do espaço

Não é nenhum segredo que o espaço é cheio de mistérios. Nossa espécie conseguiu chegar apenas na lua do nosso próprio planeta, e apenas uma das nossas sondas, Voyager 1, conseguiu sair do sistema solar. Muito do que aprendemos sobre o espaço profundo foi por causa da queda de objetos e de observações a partir de telescópios.
Alguns dos famosos (e amedrontadores) mistérios do espaço, como o rosto em Marte (que era feito de sombras), ou o satélite Black Night “UFO” (formado por restos de satélites), foram resolvidos. Mas o espaço está repleto de fenômenos inexplicáveis que colocam essas duas meras ilusões de ótica no chinelo.

7. Os buracos negros
Os buracos negros são a areia movediça cósmica. Eles são formados quando uma estrela gigante entra em colapso, implodindo em uma área pequena de gravidade tão intensa que até mesmo a luz do ambiente é sugada.
Isto significa que, embora nós tenhamos uma noção de como os buracos negros funcionam, nós ainda nunca vimos um – eles são invisíveis aos telescópios que captam a radiação eletromagnética, luz ou raios-X. Podemos apenas imaginar como eles são em seu interior.

6. O vazio gigante
Ao contrário de um buraco negro, o “vazio gigante” não é um buraco no espaço – em vez disso, é curiosamente um vazio tanto de matéria quanto de matéria escura. E também diferente de um buraco negro, a luz pode passar através do vazio, embora os cientistas acreditem que ele contenha energia escura.
O maior vazio conhecido do espaço tem um diâmetro estimado de 1,3 bilhões de anos-luz.

5. Matéria escura
A matéria escura ainda é um mistério, mas estamos contando com ela para ajudar a explicar algumas das incógnitas do nosso universo.
Cosmólogos acreditam que 27% do universo é formado por matéria escura. Nós sabemos mais o que ela não é do que o que ela de fato é. Uma teoria é de que ela é composta de buracos negros primordiais.



4. Energia escura
Além dos 27% do universo que, acredita-se, é formado por matéria escura, muito mais está na forma de energia escura, que compõe cerca de 68% de tudo o que está em volta de nós (em comparação, a matéria “normal” que todos conhecemos e amamos representa só 5% do universo).
Assim como a matéria escura, não se sabe muito sobre a energia escura, mas a hipótese atual é que é o que está por trás da crescente expansão do universo (enquanto que a matéria escura retardaria o processo).
Grande parte da nossa compreensão da matéria e da energia escura vem da radiação cósmica de fundo, um instantâneo da radiação térmica “logo” (380.000 anos) após o Big Bang, quando átomos de hidrogênio foram formados.

3. O Grande Atrator
Há algo realmente atraente a 220 milhões de anos-luz de distância, e está arrastando toda a nossa galáxia em direção a ele.
Desde o Big Bang, o universo inteiro tem expandido, por isso faz sentido que a nossa galáxia esteja se movendo. Mas não na direção em que ela está indo.
A aglomeração apontada acima é uma anomalia gravitacional conhecida como o Grande Atrator, e seu brilho é devido à sua atração gravitacional. Alguns apontam para a matéria escura como a causa. Outros afirmam que nossa própria galáxia, a Via Láctea, está bloqueando nossa visão daquilo que está nos puxando a cerca de 2,2 milhões km/h.

2. A lua misteriosa de Saturno, “Peggy”
Por um breve momento, Saturno teve uma pequena lua misteriosa chamada Peggy. Em 2013, a sonda Cassini da NASA tirou esta foto dos anéis de Saturno, e pegou uma perturbação que os astrônomos acreditavam ser uma pequena lua nova se formando. A descoberta lançou luz sobre como os 67 outros satélites de Saturno se desenvolveram.
Infelizmente, a NASA apontou em um comunicado de imprensa que o satélite não deve crescer mais, e pode mesmo estar caindo aos pedaços. O status atual de Peggy é desconhecido.

1. KIC 8462852
A estrela KIC 8462852 é uma anomalia sem solução a 1.500 anos-luz de distância.
Há algo grande no caminho de KIC 8462852, também conhecida como “Estrela Malhada”. Cerca de 20% da luz que a estrela emite está bloqueada do nosso ponto de vista. E não é, provavelmente, um planeta que está fazendo isso – mesmo um tão grande como Júpiter só iria bloquear apenas 1% da luz de uma estrela do tamanho de KIC 8462852.
Alguns sugeriram que é uma versão incompleta de uma megaestrutura hipotética conhecida como Esfera de Dyson, que circunda uma estrela e colhe a sua produção de energia.
Nós provavelmente vamos ter uma ideia melhor do que está acontecendo com a estrela quando a NASA lançar o Telescópio Espacial James Webb em 2018, mas até então, “megaestrutura alienígena desconhecida” soa como uma explicação muito legal. [Tech Insider]


quinta-feira, 21 de julho de 2016

10 coisas fundamentais que seu cérebro faz sem você pensar

Nosso cérebro é o que nos permite fazer tudo nessa vida, desde correr pelo parque até refletir sobre nossas trágicas decisões. Mas existem muitas coisas que fazemos sem conscientemente pensar nelas. Isso porque nosso cérebro é muito inteligente e não espera nossa ajuda para fazer coisas como…

10. Filtrar informações
Somos constantemente inundados com informações, tanto que é impossível absorver tudo. Sem olhar, você sabe que cor de meia está usando hoje? Ou que roupa a primeira pessoa que você viu hoje estava vestindo? Se não, não se preocupe, não é a sua memória que está falhando.
Nosso cérebro trabalha constantemente para filtrar informações das quais não precisamos estar cientes. Isto permite que nos concentremos nas informações mais importantes para nós. Por exemplo, se você está assistindo a um jogo de futebol no estádio, você provavelmente não está ciente do que está acontecendo no meio da multidão, embora seu cérebro esteja percebendo esta informação. Este processo é chamado de atenção seletiva e é o que faz com que nós não fiquemos loucos pelos altos níveis de informação tipicamente presentes no mundo.
Algumas informações podem, no entanto, quebrar a barreira do nosso foco. É por isso que quando ouvimos o nosso nome na conversa de outra pessoa, por exemplo, respondemos instantaneamente.
Um experimento para testar a teoria da atenção seletiva foi realizado por Christopher Chabris e Daniel Simons da Universidade de Harvard, nos EUA, no clipe que pode ser visto acima. Quantas vezes você vê os jogadores em branco passarem a bola? A resposta pode te surpreender.

9. Piscar
Piscar é algo que todos nós fazemos aproximadamente a cada dois a dez segundos. Normalmente, não nos damos conta de que estamos fazendo isso, embora você provavelmente vá ler o resto dessa lista pensando nisso.
Mas como é que o nosso cérebro consegue manter este processo sem que conscientemente pensemos nele? Piscar é um reflexo automático, posto em prática para proteger e manter a umidade do seu olho.
O canto externo dos olhos constantemente produz lágrimas. Estas lágrimas são enxugadas pelo movimento das pálpebras quando você pisca, para manter seu olho lubrificado e limpo. O sistema automático que regula os nossos padrões de piscar também garante que nossas pálpebras se fechem quando algo está prestes a atingir nosso rosto. Embora tenhamos a capacidade de parar o processo quando pensamos conscientemente sobre ele (quem nunca participou de um concurso do tipo “quem piscar primeiro perde!”?), o sistema automatizado acabará por forçar-nos a piscar novamente.

8. Mover nossa língua na posição para produzir palavras
Quando estamos falando, a única coisa que pensamos conscientemente é sobre o que estamos dizendo. Mas não pensamos nos movimentos que os músculos de nossa língua e boca fazem para nos permitir articular verbalmente palavras.
Aprendemos a falar através da imitação. Nós não necessariamente imitamos frases completas, mas sim palavras diferentes que ouvimos até começarmos a ser capazes de interpretar seu significado, criando uma estrutura (uma frase) para as nossas palavras. Conforme estamos imitando e aprendendo essas novas palavras, o nosso cérebro tem que pensar conscientemente sobre como posicionar a nossa língua para criar o som pretendido. No entanto, quando nossa capacidade de pronunciar cada som se torna mais desenvolvida, a nossa mente consciente não se envolve mais no processo de posicionar a nossa língua e lábios; este torna-se um processo involuntário.

7. Enganar-nos a pensar que somos melhores do que somos
Imagine que você tem um filho que quer ser um artista, e ele te mostra um desenho horrível do qual parece estar muito orgulhoso. O que você diz para ele? A maioria dos pais iria elogiar o desenho, mesmo que não acreditasse no que está dizendo. No entanto, quando a criança crescer, ela pode olhar para o desenho horrorizado que alguém um dia achou aquilo bom.
Quando alguém nos dá feedback positivo, construímos uma crença que se ajusta aos critérios pelos quais fomos descritos. Isso muda nossa perspectiva de nós mesmos, o que significa que nós acreditamos que somos melhores do que realmente somos. Esse conceito se estende além de talentos que não têm medição científica.
Um estudo demonstrou como as pessoas que acreditam que foram bem em um teste são mais propensas a responder com confiança um teste seguinte, embora nem o seu conhecimento, nem a facilidade da tarefa tenham mudado. No experimento, os participantes tinham as respostas para um primeiro conjunto de perguntas na parte inferior da página e foram informados de que poderiam olhá-las se quisessem. Não surpreendentemente, eles foram muito bem no teste. No segundo teste, nenhuma resposta foi fornecida, mas como os participantes tinham se enganado em pensar que eram melhores do que realmente eram, eles responderam às perguntas mais rapidamente. Apesar da sua confiança, seus resultados foram piores em relação ao primeiro teste.

6. Regulação da temperatura
Não só o nosso cérebro controla nossos processos sociais, como também regula as coisas dentro do nosso corpo, como a nossa temperatura interna. É vital para a nossa saúde que a nossa temperatura fique a 37 graus Celsius, o que cria as condições perfeitas necessárias para o nosso organismo realizar funções importantes, como permitir que as enzimas digestivas trabalhem.
Mas como é que o nosso cérebro consegue manter esta temperatura constante sem termos que pensar nisto? O nosso ambiente externo é detectado pelos receptores sensoriais da pele. Esta informação viaja através do nosso sistema nervoso até o hipotálamo. Há também receptores no sangue que alertam o hipotálamo de mudanças em nossa temperatura corporal interna. Quando essa leitura é interpretada, o cérebro toma as medidas adequadas para garantir que o nosso corpo permaneça na temperatura correta.
Por exemplo, se o nosso ambiente externo está frio, o cérebro vai instruir os pelos em nossos braços a se arrepiarem, o que lhes permite prender mais calor. No entanto, se o nosso ambiente externo está muito quente, o nosso cérebro instrui o corpo a produzir suor, permitindo-nos diminuir nossa temperatura através da evaporação.

5. Mudar nossa memória
Uma vez que temos experimentado alguma coisa, achamos que vamos lembrar dessa coisa tal como realmente aconteceu. Não é bem assim, conforme demonstrou um estudo psicológico realizado por Elizabeth Loftus e John Palmer em 1974. No experimento, os participantes assistiram vídeos de acidentes de carro e responderam um conjunto padronizado de perguntas.
Depois, foram colocados em grupos diferentes, e responderam a mesma pergunta, mas com uma redação ligeiramente diferente. Os participantes em dois grupos tinham que dizer que velocidade eles achavam que o carro estava, mas o verbo usado para descrever a colisão foi “atingir” para um grupo e “esmagar” para outro. Um grupo de controle não respondeu a pergunta sobre a velocidade.
Duas semanas mais tarde, os participantes foram questionados novamente sobre os vídeos. Desta vez, eles foram convidados a responder a pergunta: “Você viu algum vidro quebrado?”. Não havia vidro quebrado, mas os participantes que foram informados de que os carros foram “esmagados” (e que previram que os carros estavam a uma velocidade mais elevada) imprecisamente se lembravam de ter visto vidro quebrado muito mais do que os participantes do grupo de controle e do grupo que ouviu o acidente ser descrito como “atingido”. Isto sugere que nosso cérebro pode recriar elementos de uma memória com novas informações que lhe são oferecidas, que por sua vez passam a ser armazenadas como parte da nossa memória original, resultando em uma falsa lembrança.

4. Manter o equilíbrio
Quando estamos caminhando, a maioria de nós não pensa duas vezes sobre isso, mas o nosso cérebro está trabalhando o tempo todo para garantir que mantemos um equilíbrio estável. O cérebro decide como manter esse equilíbrio através de informações sensoriais que vêm dos olhos, músculos, articulações e órgãos vestibulares.
Os nossos olhos são capazes de perceber o mundo que nos rodeia através da luz que atinge os cones e bastonetes em nossas retinas, que por sua vez enviam impulsos visuais para o cérebro, alertando-o de onde os objetos e outros estímulos do meio ambiente estão em relação a nós.
Músculos e articulações são responsáveis por enviar sinais ao nosso cérebro sobre a quantidade de estiramento e pressão que temos que fazer durante a caminhada. Quando nos inclinamos para a frente, mais pressão é sentida na parte da frente da sola dos nossos pés. Qualquer movimento feito por partes do nosso corpo envia um sinal para o cérebro, o que lhe permite julgar onde estamos no espaço.
Sugestões dadas a partir do tornozelo também permitem que o nosso cérebro meça a textura e qualidade da superfície, o que nos permite oscilar o corpo com precisão em relação ao solo.

3. Espirrar
Às vezes, o impulso irresistível de espirrar parece vir do nada. Embora espirros possam ser causados por alergias ou coceira, mais frequentemente, nós não percebemos que há algo em nosso nariz nos incomodando até que espirramos para remover a irritação.
Quando fazemos isso, a irritação é localizada no epitélio respiratório do nariz. Os mastócitos, tais como células inflamatórias como os eosinófilos, produzem químicos, por exemplo, histamina ou leucotrienos. Esta liberação química é desencadeada pela substância irritante, que pode ser algo como um alérgeno, partículas filtradas, uma infecção respiratória viral, ou um irritante físico como fumaça. Após o estímulo provocar a liberação química, vasos no nariz liberam um vazamento, que em última análise estimula as terminações nervosas, causando coceira.
Mas como é que o nosso cérebro realmente produz o espirro? A estimulação de cada terminação nervosa ativa uma resposta reflexa dentro do cérebro. Os nervos sensoriais causam a ativação dos nervos que controlam os músculos do pescoço e da cabeça. O fluxo de ar rápido a partir do nariz é conseguido por uma acumulação de pressão dentro do tórax, enquanto as cordas vocais são fechadas. Conforme as cordas vocais reabrem rapidamente, o ar flui para fora em uma velocidade elevada, removendo o estímulo irritante.

2. Tremer
O que faz nosso corpo tremer incontrolavelmente? O tremor é outra ação reflexa posta em prática para nossa própria proteção. A reação é criada pelo desencadeamento do hipotálamo, que está localizado imediatamente acima do tálamo no cérebro.
Quando os receptores sensoriais da pele detectam uma temperatura fria no ambiente externo, o nosso sistema nervoso envia um sinal para o hipotálamo. O hipotálamo, em seguida, envia sinais para os músculos, levando-os a se contrair rapidamente. Isso porque os tremores aumentam a nossa temperatura corporal.

1. Rir
Você já deve ter passado por uma situação na qual rir seria completamente inadequado, mas por algum motivo você simplesmente não conseguiu se segurar. Você pode culpar o seu cérebro por isso.
Um artigo publicado em 1998 deu alguma explicação sobre a forma como o cérebro está envolvido em nosso impulso de rir. Uma menina identificada como A. K. passou por uma cirurgia para controlar sua epilepsia. O médico que fez a operação descobriu que estimular a área do giro frontal superior (parte do lobo frontal) do cérebro da garota sempre desencadeava risos nela. Quando A. K. explicou por que estava rindo, ela pensou em algo depois do riso. Isso geralmente é o oposto do que acontece, visto que as pessoas primeiro percebem algo engraçado e depois riem como resposta.
Os autores do estudo acreditam que a nossa experiência do riso é desencadeada por diferentes áreas do cérebro, cada uma responsável por adicionar elementos à experiência. Há a reação emocional, o processo cognitivo de entender por que algo é engraçado e, finalmente, a parte incontrolável da reação, que envolve o movimento dos músculos faciais para criar um riso. Depois de interpretar algo engraçado, nossa reação física à situação é criada pelo nosso cérebro e é muito difícil de controlar. [Listverse]


quarta-feira, 20 de julho de 2016

A história dos Jogos Olímpicos

Os Jogos Olímpicos foram criados na Grécia. Por volta de 2500 a.C, os gregos faziam homenagens aos deuses, principalmente Zeus, com as competições. Mas foi em 776 a.C. que ocorreram os primeiros Jogos Olímpicos de forma organizada, com a participação de atletas de vários cidades-estados.

Os atletas das cidades-estados gregas se reuniam na cidade de Olímpia para disputarem diversas competições esportivas: atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo (luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco). Os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros.

Os gregos buscavam através dos Jogos Olímpicos a paz e a harmonia entre as cidades da civilização grega. Mas por um período os Jogos Olímpicos não aconteceram. Isso aconteceu quando os romanos invadiram e dominaram a Grécia no século II, muitas tradições gregas, entre elas as Olimpíadas, foram deixadas de lado. No ano de 392 d.C., os Jogos Olímpicos e quaisquer manifestações religiosas do politeísmo grego foram proibidos pelo imperador romano Teodósio I, após converter-se para o cristianismo.

No ano 1896, os Jogos Olímpicos são retomados em Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Fredy, conhecido com o barão de Coubertin. Nesta primeira Olimpíada da Era Moderna, participam 285 atletas de 13 países, disputando provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e tênis. Os vencedores das provas foram premiados com medalhas de ouro e um ramo de oliveira.


As mais antigas modalidades Olímpicas

Você já parou para pensar quais formam as primeiras modalidades dos Jogos Olímpicos? Desde a sua criação, muitas competições existiram e foram eliminadas durante os séculos. Entre a 13ª e a 96ª Olimpíadas, realizadas respectivamente em 728 a.C e 396 a.C. os gregos introduziram 16 tipos de competições. Algumas são disputadas até hoje. Vamos conhecer?

A corrida é uma das mais antiga das modalidades. Na realidade, ela foi a única competição nas primeiras 13 Olimpíadas. Na época, ela era chamada de aulus ou dromo. Segundo pesquisadores, a corrida à pé era feita em um trecho reto de aproximadamente 182 metros. A pista atlética era de terra batida e tinha indicações de início e fim. As corridas tinham eliminatórias e o último corredor a resistir às provas era o vencedor. Outra bem antiga é a Synoris, que foi adotada na 93ª Olimpíada, em 408 a.C.. Essa era uma corrida com dois cavalos. Essa competição é uma das mais antigas, descrita em cerâmicas da antiguidade.

Na décima quarta Olimpíada, em 724 a.C., foi a vez da Dialos ser criada. Ela era uma prova onde o corredor tinha que dar duas voltas na pista, equivalente a 384,54 metros. Já na décima quinta Olimpíadas, 720 a.C., programou-se uma prova de resistência onde se percorria 24 vezes o estádio, somando 4.614,48 metros. Ela era chamada de Dólicos.

Já o Pentatlo, surgiu na décima oitava Olimpíada, em 708 A.C. De acordo com pesquisadores, o pentatlo tinha cinco provas: disco, salto em distância, lançamento de dardo, corrida e luta livre. Disco é outra modalidade bem antiga. Os competidores tinham de dar cinco arremessos e o seu melhor lançamento era contado. Naquela época não se batiam muitos recordes nessa prova, a maior metragem relatada foi a de um atleta que arremessou o disco a uma distância de 30 metros. O Recorde de hoje é 67,5 m.

Outras modalidades bem antigas são: salto em distância, dardo, lutas (pugilismo e pancrácio, são algumas), tethrippon (corrida de carruagens), hopolitódromo (um tipo de corrida onde os competidores usavam capacete e uma espécie de armaduras nas pernas e carregavam um escudo circular) e por fim, apene e calpe. Apena era uma corrida de carroças com mulas e o calpe era corrida em burros.