segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Aos alunos do 9º Ano do Colégio O Saber

Em 2010, fui convidado a lecionar no Colégio O Saber para 7 turmas do Ensino Fundamental. Destas, duas foram especiais: as do 5º Ano A e B compostas por alunos pequenos, entre 10 e 11 anos de idade, e interessados pelos conteúdos e prática da educação física e dos esportes, por isto dava gosto de ensiná-los. 

Em poucos dias eles estarão concluindo o 9º Ano, e em 2014, vão estudar em outras escolas, estaremos separados, mas com certeza a nossa amizade continuará.

Nestes quatro anos ensinei e ao mesmo tempo aprendi com vocês, terei muitas saudades e estarei torcendo pelo sucesso de todos. Que Deus continue abençoando e iluminando suas vidas através dos estudos.

Quero dedicar o poema de Fernando Pessoa “Saudades” aos meus queridos alunos do 9º Ano do Colégio O Saber:

SAUDADES...

"Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.

Hoje não tenho mais certeza disso.

Em breve cada um vai pro seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar quem sabe.....nos e-mails trocados.

Podemos nos telefonemas, conversar algumas bobagens...

Aí os dias vão passar, meses...anos...até este contato torna-se cada vez mais raro.

Vamos nos perder no tempo...

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão?

Quem são aquelas pessoas?

Diremos...Que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!
Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!

A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...

Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo.

E entre lágrimas nos abraçaremos. Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado.

E nos perderemos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades seja a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Por Professor José Costa

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