sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

7 órgãos que podemos viver sem - alguns vão surpreender você

O corpo humano é uma máquina forjada pela evolução para sobreviver. Resistente, ele é capaz de sobreviver mesmo quando órgãos vitais, como nosso próprio cérebro, são danificados e passam a funcionar em partes. Mas isso todo mundo sabe. O que talvez nem todo mundo saiba é que nosso corpo é capaz de sobreviver mesmo sem alguns órgãos que parecem bastante essenciais. Aqui está uma lista de 7 órgãos que, mesmo muito importantes, em última instância, são opcionais para nossa sobrevivência.

7. Baço
O baço é o maior órgão linfático do corpo humano e desempenha uma importante função imunológica, produzindo anticorpos e destruindo células velhas. Ele fica no lado esquerdo do abdômen, em direção à parte de trás do corpo, sob as costelas. Por ser um órgão muito frágil, ele é comumente removido como resultado de uma lesão – sua localização perto das costelas o torna vulnerável a traumas abdominais.
O baço é envolvido por uma cápsula parecida com papel de tecido, que facilmente rasga, permitindo que o sangue escape do baço danificado. Se este problema não é diagnosticado e tratado, pode resultar em morte.
Dentro do baço há duas cores notáveis. Uma cor vermelha escura e pequenos bolsos de branco, e elas estão vinculadas às funções do órgão. O vermelho está envolvido no armazenamento e reciclagem de glóbulos vermelhos, enquanto o branco está ligado ao armazenamento de células brancas e plaquetas.
É possível viver confortavelmente sem um baço. Isso ocorre porque o fígado também desempenha um papel na reciclagem de glóbulos vermelhos e seus componentes. Da mesma forma, outros tecidos linfóides no corpo ajudam com a função imune do baço.

6. Estômago
Parece loucura viver sem um estômago, mas é possível. O estômago desempenha quatro funções principais: digestão mecânica, quando ele se contrai para destruir os alimentos; digestão química, liberando ácido para ajudar a quebrar quimicamente os alimentos; e, em seguida, absorção e secreção.
Às vezes, algumas pessoas precisam ter o estômago completamente removido devido a um câncer ou um trauma. Em 2012, uma mulher britânica teve que remover seu estômago depois de ingerir um coquetel que continha nitrogênio líquido.
Quando o estômago é removido, os cirurgiões anexam o esôfago diretamente ao intestino delgado. Com uma boa recuperação, e com algumas adaptações – a quantidade de alimentos ingeridos, por exemplo, diminui, já que o espaço de armazenamento também diminuiu – as pessoas podem comer uma dieta normal, ao lado de suplementos vitamínicos, e ter uma vida saudável.

5. Órgãos reprodutores
Os órgãos reprodutores primários do sexo masculino e feminino são os testículos e os ovários, respectivamente. As pessoas ainda podem ter filhos com apenas um testículo ou um ovário em funcionamento.
Se ambos são removidos isso já não é possível, mas eles não são essenciais para a nossa sobrevivência. A remoção de um ou ambos testículos ou ovários são geralmente o resultado de câncer. Nos homens, a remoção pode ocorrer também após um trauma, muitas vezes como resultado de violência, esportes ou acidentes de trânsito.
 Nas mulheres, o útero também pode ser removido. Este procedimento, chamado de histerectomia impede as mulheres de ter filhos e também interrompe o ciclo menstrual em mulheres que ainda não chegaram na menopausa.
Pesquisas sugerem que as mulheres que têm seus ovários removidos não têm uma expectativa de vida reduzida. Curiosamente, em algumas populações masculinas, a remoção de ambos os testículos pode levar a um aumento da expectativa de vida.

4. Intestino grosso
O intestino grosso é um tubo com quase dois metros de comprimento que possui quatro partes: ascendente, transversal, descendente e sigmóide. As principais funções são a absorção de água e o preparo das fezes, compactando-as.
Novamente, o câncer ou outras doenças podem resultar na necessidade de remover uma parte ou todo o órgão.
A maioria das pessoas recupera-se bem após esta cirurgia, embora notem uma alteração nos hábitos intestinais. Uma dieta de alimentos macios é inicialmente recomendada para ajudar o processo de cicatrização, e pode ser preciso que um compartimento seja anexado ao corpo para a coleta das fezes.

3. Vesícula biliar
A vesícula biliar fica sob o fígado no lado superior direito do abdômen, logo abaixo das costelas. Ele armazena a bile, um líquido constantemente produzido pelo fígado para ajudar a quebrar gorduras. Quando não é necessário na digestão, a bile é armazenada na vesícula biliar.
Quando os intestinos detectam gorduras, um hormônio é liberado fazendo com que a vesícula biliar se contraia, forçando a bile nos intestinos a ajudar a digerir a gordura. No entanto, o excesso de colesterol na bile pode formar cálculos biliares, o que pode bloquear os pequenos tubos que se movem para a bile.
Quando isso acontece, as pessoas podem precisar remover sua vesícula biliar. A cirurgia é conhecida como colecistectomia. Quando uma pessoa passa a viver sem a vesícula biliar, é obrigada a ter uma dieta livre de gorduras, já que o organismo perde a capacidade de quebrar muitas gorduras, já que, apesar do fígado continuar produzindo a bile, o organismo não tem mais onde armazená-la. Em 2015, uma mulher indiana tirou 12 mil cálculos – um recorde mundial.

2. Apêndice
O apêndice é provavelmente o órgão “removível” mais famoso. Ele é uma pequena estrutura fechada localizada na junção dos intestinos grosso e delgado.
Enquanto alguns ainda acreditam que o apêndice é um órgão vestigial, que não possui nenhuma função no corpo humano, outros especialistas apontam que ele pode ser uma espécie de “cofre” para as boas bactérias do intestino, permitindo que elas o repovoem quando necessário.
Devido à natureza fechada do apêndice, quando conteúdos intestinais entram nele, fica difícil de sair, o que pode fazer com que o apêndice inflame. Isso é chamado de apendicite. Em casos graves, o apêndice precisa ser removido cirurgicamente.
Mas só porque você teve seu apêndice retirado, não significa que ele não pode voltar a causar dor. Existem alguns casos em que o apêndice não pode ser completamente removido, e a parte que sobrou pode inflamar novamente.
As pessoas que tiveram o apêndice removido não notaram diferença em suas vidas.

1. Rins
A maioria das pessoas tem dois rins, mas você pode sobreviver com apenas um – ou mesmo nenhum (com a ajuda de diálise).
O papel dos rins é filtrar o sangue para manter a água e o equilíbrio dos eletrólitos, bem como o equilíbrio ácido-base do corpo.
Ele faz isso agindo como uma peneira, usando uma variedade de processos para manter as coisas úteis, como proteínas, células e nutrientes que o corpo precisa. Mais importante ainda, ele se livra de muitas coisas que não precisamos, deixando-as passar pela sua peneira biológica na forma de urina.
Há muitas razões pelas quais as pessoas têm que ter um rim – ou ambos os rins – removidos: condições hereditárias, danos causados ​​por drogas e álcool, infecções, etc. Se ambos os rins falharem, a pessoa precisa fazer diálise. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
A hemodiálise usa uma máquina contendo solução de dextrose para limpar o sangue, enquanto a diálise peritoneal usa um cateter especial inserido no abdômen para permitir que a solução de dextrose seja passada para dentro e para fora manualmente. Ambos os métodos extraem as coisas que não precisamos do corpo.
Se uma pessoa é colocada em diálise, sua expectativa de vida depende de muitas coisas, incluindo o tipo de diálise, seu sexo, outras doenças que a pessoa pode ter e sua idade. Pesquisas recentes mostraram que alguém colocado em diálise aos 20 anos pode ter uma expectativa de vida de mais 16 a 18 anos, enquanto que alguém em seus 60 anos só pode viver por cinco anos com diálise. O transplante de rim é necessário para evitar a morte em casos em que a diálise já não é mais possível. [Science Alert]


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