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quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Abuso de suplementos vitamínicos traz riscos à saúde; entenda


Especialista explica como os suplementos vitamínicos em excesso podem danificar funções essenciais do organismo

 

Os suplementos vitamínicos são uma excelente maneira de fortalecer o sistema imunológico e cuidar da saúde. Mas, como tudo em excesso, abusar das quantidades ingeridas faz mal ao organismo. Isso porque, se o corpo não estiver em déficit de vitaminas, poderá ocorrer uma hipervitaminose, espécie de intoxicação.

 

Apesar de terem o registro de suplementos vitamínicos, essas substâncias são conhecidas como “complexos de A – Z”, e são vendidas sem prescrição médica. Segundo a Professora Ivana Stefanini Carreiro Scachetti, coordenadora do curso de Farmácia da Faculdade Anhanguera, o uso dessas vitaminas só deve ser feito se houver necessidade.

 

“Existem diferentes motivos que dificultam a absorção de vitaminas e nutrientes no organismo. Para comprovar essa carência é necessário a realização de exames e somente um profissional de saúde pode fazer a indicação e dosagem adequada para cada necessidade”, explica.

 

Riscos de consumir suplementos em excesso

O corpo elimina naturalmente algumas vitaminas em excesso, evitando a hipervitaminose. No entanto há outras, como A, D e K, que acabam se acumulando no organismo e podem causar algumas sequelas. Por exemplo, o excesso de vitamina D pode sobrecarregar veias e artérias, além de causar a perda da função renal.

 

“A automedicação nunca é o caminho, mesmo em relação aos suplementos. É fundamental ter a prescrição de um profissional antes de utilizar qualquer medicamento, mesmo aqueles que são vendidos como suplemento alimentar. Como é o caso da melatonina, que muitos têm utilizado como regulador do sono, mas se trata de um hormônio”, informa a acadêmica.

 

Além disso, alguns medicamentos parecem inofensivos, contudo, podem causar interação medicamentosa com outros que a pessoa já faz uso, alerta a especialista. O organismo pode ser sensível a algum componente da fórmula, os órgãos podem ser sobrecarregados, entre outros danos.

 

“Por isso, o farmacêutico é um profissional essencial e atua em estabelecimentos como indústrias, laboratórios, farmácias magistrais e drogarias, assim como em hospitais e outras áreas de grande importância para a saúde”, finaliza a professora.

 

Fonte: https://sportlife.com.br/abuso-de-suplementos-vitaminicos-traz-riscos-a-saude-entenda/ - By Redação / Foto: Shutterstock


"Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores.” (Mateus 7:15)


quinta-feira, 2 de maio de 2019

Abuso de álcool pode ter impacto maior na saúde das mulheres


Organismo feminino tem menos água e por isso demora mais para metabolizar a bebida

Embora o maior consumo de álcool sempre tenha sido atribuído aos homens, nos últimos anos, as mulheres têm aumentado significativamente seu uso tanto na quantidade como em relação à frequência. Um estudo publicado na BMJ Open em 2016 mostrou que, em um século, essa diferença entre homens e mulheres tem diminuído. No início do século 20, os homens apresentavam risco 3,6 vezes maior de sofrer consequências negativas relacionadas ao consumo nocivo de álcool do que as mulheres. Esse número diminuiu para 1,3 vez no início do século 21.

No Brasil, o mais recente Relatório Global sobre Álcool e Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS), demonstra essa mesma tendência. Em 2010, 5,2% das mulheres reportaram o uso de álcool no padrão Beber Pesado Episódico (BPE), quando é ingerida grande quantidade de álcool em curto período de tempo. Em 2016, esse índice subiu para 6,9%. Vale ressaltar que este padrão de consumo está associado a diversos problemas agudos, como acidentes, violência e amnésia alcoólica, além de prejuízos de longo prazo.

É alarmante notar que essa mudança de padrões tem ocorrido também entre as adolescentes. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2015 (IBGE, 2016), com alunos do 9º ano do ensino fundamental (entre 13 e 15 anos), indicou que, tanto a experimentação quanto o consumo atual de bebidas alcoólicas (nos 30 dias que antecederam a pesquisa), foram maiores entre as meninas para a experimentação (56,1% frente a 54,8% entre os meninos) e para o consumo atual (25,1% contra 22,5%).

Mulheres são mais sensíveis
"As mulheres, em especial, são mais sensíveis aos efeitos do álcool devido a diversos fatores como, por exemplo, os menores níveis das enzimas metabolizadoras do álcool e menor quantidade de água no organismo".

Os dados preocupam. Essa tendência à equiparação no consumo de álcool poderá representar desigualdade nos resultados para a saúde, pois as mulheres são mais sensíveis aos efeitos dessa substância do que os homens devido a diferenças na composição biológica entre os sexos. Um dos motivos é a menor quantidade de água presente no corpo feminino, o que faz com que o álcool fique muito mais concentrado em seu organismo. Além disso, também apresenta menores níveis das enzimas que metabolizam o álcool, demorando mais para eliminá-lo do organismo.

Isso faz com que, quando consumidas as mesmas quantidades de bebidas alcoólicas que os homens, elas apresentem níveis mais elevados de álcool no sangue e demorem mais tempo para metabolizá-lo, ou seja, os efeitos iniciam mais rapidamente e tendem a ser mais duradouros. Com isso, elas têm maior probabilidade de ter problemas relacionados ao álcool (dependência e outros danos à saúde) com níveis de consumo mais baixos e/ou em idade mais precoce do que os homens.

Acredito que as transformações do papel da mulher nas últimas décadas possam explicar a tendência de se igualarem aos homens em relação a comportamentos vistos anteriormente como masculinos, como o consumo de álcool em padrões mais pesados. Outros fatores que podem influenciar neste aumento são: estresse da dupla jornada de trabalho, conquista de melhores condições socioeconômicas, maior convivência com homens bebedores, maior aceitação social do uso, entre outros.

Um problema de saúde pública
Em suma, o uso pesado de álcool tem implicações relevantes em termos de saúde pública, pois está associado a riscos para a saúde e a consequências sociais, não só ao bebedor, mas também àqueles que estão próximos a ele. Por isso, como médico e pesquisador da área, creio que políticas de prevenção futuras devam contemplar os padrões mais pesados de consumo de bebidas alcoólicas, independente do gênero, visando reduzir os prejuízos causados por esse tipo de comportamento.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Abuso de álcool na adolescência danifica o cérebro

Exagerar nas bebidas alcoólicas foi associado a um menor volume de regiões cerebrais

Pesquisadores da Universidade da Finlândia Oriental e do também finlandês Hospital Universitário Kuopio realizaram exames de ressonância magnética para analisar o cérebro de adultos saudáveis que já exageravam nas doses de álcool desde a adolescência. A ideia era comparar essas avaliações com as de outro grupo, composto por voluntários que bebiam pouco.

O estudo foi longo: durou dez anos, com testes feitos em 2005, 2010 e 2015. Na primeira etapa, os participantes tinham de 13 a 18 anos de idade e apresentavam bom desempenho acadêmico, além de não manifestarem qualquer tendência a transtornos mentais. Embora parte do pessoal bebesse bastante, ninguém recebeu o diagnóstico de alcoolismo.

Os cientistas descobriram que a turma que abusava desde a juventude exibia um volume menor em duas partes do cérebro: o córtex cingulado anterior e a ínsula. Mudanças nessas estruturas podem causar um descontrole no uso de drogas e também uma sensibilidade reduzida aos efeitos negativos do álcool. Ou seja, um copo cheio para o desenvolvimento de dependência.

Segundo os pesquisadores, é justamente na adolescência que essas regiões da massa cinzenta estão se desenvolvendo — e o álcool afetaria essa maturação. Mas eles não sabem ainda o mecanismo por trás das alterações, embora afirmem que elas podem ser reversíveis caso o consumo de álcool seja reduzido significativamente.


segunda-feira, 18 de março de 2013

Atenção para os riscos do uso indiscriminado de remédios

O uso descontrolado de medicamentos, em vez de tratar um problema, pode resultar em outros

No Brasil, o abuso de remédios e a automedicação é uma realidade que chega a ser cultural. Basta sentir uma dorzinha de cabeça, na coluna ou um resfriado, que a maioria das pessoas recorre à velha maletinha recheada de remédios para os mais variados sintomas.

O alívio rápido da dor e do mal estar é sem dúvidas mais cômodo do que correr para o hospital ou marcar uma consulta a cada sintoma de doença, mas o problema reside no fato de que o uso indiscriminado de remédios pode desencadear problemas como dependência, superdosagem e até mascarar problemas graves de saúde.

Pessoas que sentem dores de cabeça constantes e tomam remédios com frequência, por exemplo, podem estar ignorando um sinal do corpo de que algo não anda bem. Por isso, além de tomar o remédio que proporcione o alívio, é recomendado marcar uma consulta com um especialista para investigar a causa das dores, que em casos mais graves pode ter relação com aneurismas e até tumores.

A grande disponibilidade de remédios que são vendidos em farmácias e drogarias sem a necessidade de prescrição médica, colabora com o aumento do problema. Entre os mais vendidos estão a dipirona, o paracetamol, a aspirina e o ibuprofeno. E os problemas mais comuns são dores de cabeça, no corpo e no estômago, febres, resfriados e cólicas.

Outro problema grave é administrar diferentes tipos de remédios ao mesmo tempo, o que pode fazer com que um interfira na ação do outro, causando danos ao organismo e até anulando o efeito esperado. Isso ocorre principalmente com idosos que precisam tomar remédios para pressão, controle de diabetes, memória e vitaminas para os ossos, tudo ao mesmo tempo.

Para se precaver de possíveis riscos, a leitura da bula é indispensável antes de tomar qualquer tipo de medicamento. Além de suas indicações, é preciso ficar atento às contraindicações quanto ao uso prolongado, superdosagem e até os alimentos e bebidas que não podem ser consumidos durante a administração. A aspirina, por exemplo, pode provocar hemorragias, e é contra-indicada em casos de dengue. Já o paracetamol, não pode ser administrado por mais de cinco dias em crianças e mais de 10 dias em adultos.

E não são apenas os remédios vendidos em farmácias e drogarias que podem ser nocivos. Os manipulados também podem esconder riscos e causar efeitos colaterais, pois suas fórmulas misturam diferentes substâncias que podem afetar várias partes do organismo, como por exemplo os rins, no caso das fórmulas emagrecedoras que contêm altas doses de diurético.

Quem possui alguma patologia ou é alérgico a algum medicamento deve redobrar a atenção e sempre informar ao médico durante a consulta, qualquer reação alérgica ocorrida quando da utilização de algum medicamento, o que ajuda o médico a evitar remédios com substâncias semelhantes.

Não tenha dúvidas de que a melhor opção é se prevenir contra os problemas causados pelo uso abusivo de remédios é utilizar apenas o que for indicado por seu médico, na quantidade e nos horários por ele indicados, afinal, não faz o menor sentido tratar um problema ao mesmo tempo em que desenvolve outro.


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Álcool e drogas: quanto mais cedo o vício, menor a escolaridade

Abuso de álcool e drogas na juventude e bom desempenho escolar ou acadêmico são duas coisas que não combinam. Um novo estudo realizado na Escola de Medicina da Universidade de Washington (EUA) aponta que quanto mais cedo alguém começa a abusar das drogas e do álcool, menores são as chances da pessoa avançar na escolaridade e chegar a fazer uma faculdade ou até completar o ensino médio, por exemplo.

No estudo, foram analisados os históricos de mais de seis mil homens gêmeos que prestaram serviço militar aos Estados Unidos na época da Guerra do Vietnã. Os homens que se tornaram dependentes de nicotina, maconha, álcool ou outros tipos de drogas antes dos 14 anos se mostraram menos propensos a se formarem em uma faculdade ou colégio do que as pessoas que começaram a utilizar essas substâncias mais tarde, ou que nunca as usaram.

O uso excessivo de drogas e álcool é comumente ligado a problemas familiares, de relacionamento e trabalho.

Com educação não tem se mostrado diferente – é prejudicial ao desempenho da mesma maneira. Por isso, nada de abusar de drogas e álcool antes de se formar! E nem depois, claro… [LiveScience/The News Tribe/Drug Free]

Fonte: http://hypescience.com/alcool-e-drogas-quanto-mais-cedo-o-vicio-menor-a-escolaridade/ - por Stephanie D’Ornelas