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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Alongamento: o que a ciência sabe sobre isso


Para muitas pessoas, o alongamento geralmente cai naquela categoria “coisas que eu acho que deveria fazer com mais frequência, mas não faço”.

Será que deveria mesmo? A ciência ainda não chegou a um consenso sobre isso.

“Há muita controvérsia em torno do alongamento. De todos os tipos de atividades [recomendadas pela Associação Americana de Medicina Esportiva], o alongamento é provavelmente aquele cujos conselhos mudaram com mais frequência, porque ainda estamos aprendendo muito sobre isso”, explica Jan Schroeder, especialista da Universidade Estadual da Califórnia (EUA).

Dito isso, há algumas coisas que os pesquisadores já sabem sobre a prática. Embora alguns dos supostos benefícios tenham sido exagerados, ser mais flexível pode definitivamente desempenhar um papel importante na saúde.

Entenda o que é o alongamento e o que a ciência descobriu sobre ele:

O que acontece com um músculo quando você o estica?
“O músculo é [principalmente] feito de fibras”, esclarece Mike Ramsey, professor de esporte e exercício da Universidade Estadual East Tennessee (EUA).

As unidades funcionais básicas do tecido muscular são chamadas de sarcômeros, compostos de fibras chamadas de proteínas contráteis. Quando os sarcômeros se contraem, essas proteínas “se entrelaçam” e, à medida que relaxam, se afastam. O tecido conjuntivo em seus músculos também se estende junto com essas proteínas contráteis.

Entre as fibras musculares, existem receptores sensoriais (basicamente terminações nervosas) chamados fusos musculares, que monitoram o comprimento e a tensão do músculo.

Se o músculo é alongado muito depressa, os fusos iniciam o reflexo de estiramento. Isso faz com que o músculo se contraia, porque seu corpo acha que corre o risco de se machucar. Se você já tentou se alongar e percebeu uma resistência, experimentou esse efeito. Se você luta contra essa resistência e força para se alongar enquanto suas fibras musculares estão tentando contrair, de fato pode acabar se machucando, danificando seus músculos, tendões ou ligamentos.

Com o tempo, quanto mais você alonga um músculo, menos sensíveis ficam os fusos musculares, o que significa que o reflexo de estiramento não é tão forte. Eventualmente, você se torna capaz de alongar-se mais.

Diferentes tipos de alongamentos são mais adequados para diferentes situações
Os dois principais tipos de alongamento são o estático (em que você segura uma mesma posição por um tempo) e o dinâmico (em que você realiza uma série de movimentos que estendem os músculos).

O alongamento dinâmico geralmente é incluído em um aquecimento antes de um treino. Com movimentos suaves e controlados, o objetivo é preparar o corpo para o trabalho muscular que está prestes a realizar.

“Quando fazemos alongamento dinâmico, estamos aquecendo lentamente a área das articulações e os músculos que cercam essa articulação”, diz Schroeder. Também começa a preparar as vias neurais envolvidas no exercício que você vai fazer – contrações musculares são amplamente reguladas pelo cérebro, de modo que o alongamento dinâmico ajuda a preparar essa conexão mente-músculo.

O alongamento estático, por outro lado, significa manter uma posição por um determinado período de tempo. As orientações para a duração ideal de um alongamento estático variam, mas alguns fisioterapeutas dão um conselho geral de cerca de 30 segundos. Schroeder sugere que as pessoas não se estressem com o tempo e apenas se estiquem até sentirem um alongamento profundo e satisfatório.

O alongamento estático pode ser benéfico para algumas pessoas…
A maior vantagem do alongamento estático é que ele pode melhorar sua mobilidade articular. Como as articulações trabalham em conjunto com os músculos ao redor, quanto mais móveis estiverem, melhor será a amplitude do movimento.

Uma maior amplitude de movimento irá ajudá-lo a fazer praticamente qualquer exercício com mais facilidade. Isso também significa que você provavelmente conseguirá aproveitar melhor o exercício. Por exemplo, ser capaz de abaixar mais em um agachamento atingirá mais músculos.

Além de aumentar a mobilidade articular e a amplitude de movimento, o alongamento estático também pode ser útil para melhorar o alinhamento do corpo e prevenir dor no dia a dia. Isto é especialmente verdadeiro se você passa muito tempo sentado. Os músculos flexores do seu quadril vão começar a encurtar, o que puxará sua pélvis para baixo. Por sua vez, a parte inferior das costas ficará arqueada. Essa posição biomecânica pode levar a dor em outras áreas, mas o alongamento pode ajudar a remediar isso.

…Mas tem sua hora certa
O alongamento estático pode ser uma boa maneira de terminar um treino. “O corpo está voltando para a homeostase. Parar abruptamente pode fazer com que o sangue se acumule nas pernas (em vez de recircular prontamente para o coração e o cérebro) e fazê-lo sentir tonturas ou desmaiar, por isso o alongamento é uma boa maneira de esfriar e fazer a transição do corpo para o descanso”, explica Schroeder.

Por outro lado, a pesquisa sugere que o alongamento estático logo antes de um treino pode não ser a melhor ideia. Embora o alongamento dinâmico antes de um treino possa ser benéfico, o estático pode, na verdade, afetar negativamente a força muscular e sua capacidade de realizar movimentos explosivos (como pular ou correr).

Dito isso, esta pode não ser uma grande preocupação para a pessoa média. As pessoas que precisam se preocupar com isso não são as que fazem atividades no fim de semana – estamos falando mais sobre um grupo de elite em que isso realmente se torna um fator. Se você tem um objetivo de desempenho (como em um triatlo ou maratona), provavelmente é melhor evitar o alongamento estático antes do treino.

A melhor opção para atletas parece ser se aquecer antes do treino, e se alongar depois dele.

Há algum debate sobre se o alongamento estático realmente é necessário para todos
Pessoas ativas, que se exercitam regularmente, provavelmente já fazem alongamentos dinâmicos suficientes através de suas atividades como agachamentos, flexões e outras. Nesse caso, fazer alongamentos estáticos pode não adicionar muito benefício.

 “Será que o alongamento estático é realmente necessário para todos? Estou em cima do muro, para ser honesta”, opina Schroeder.

Você deve ter ouvido falar que o alongamento é importante porque pode ajudar a torná-lo um melhor atleta, mas a verdade é que a pesquisa científica não confirma definitivamente isso. Pelo menos, não para qualquer tipo de exercício.

Por exemplo, uma revisão de 2017 publicada na revista Research in Sports Medicine, que analisou como o alongamento afeta o desempenho e o risco de lesões em corredores de longa distância, descobriu que o alongamento provavelmente não ajuda a maioria a correr mais rápido nem a diminuir lesões.

Mas os pesquisadores também observaram que, de acordo com alguns estudos, parece que uma rotina regular de alongamento pode reduzir a probabilidade de lesões musculares e tendinosas em algumas atividades (como esportes que envolvem movimentos rápidos e explosivos).

Até que mais pesquisas específicas e amplamente aplicáveis sejam feitas, não há como dizer qual é a quantidade ideal de alongamento, se houver, para o seu exercício de escolha. O conselho padrão é: faça o que parece bom para o seu corpo, pare se sentir dor, e sempre converse com um especialista se quiser mudar sua rotina de exercícios.

Alongamento não pode prevenir ou curar músculos doloridos por conta do treino
O alongamento tem seus propósitos, mas se esticar antes ou depois de um treino certamente não impedirá seus músculos de ficarem doloridos.

De fato, uma revisão de 2011 concluiu que o alongamento antes ou depois de um treino não impede nem cura dor muscular de forma significativa.

O alongamento não pode impedir essa quebra de fibras musculares em um treino, nem curá-la. A única coisa que realmente funciona é o tempo. Fazer com que o sangue flua através de exercícios leves como caminhar ou andar de bicicleta com baixa intensidade também pode ajudar.

Porém, um alongamento suave pode de fato levar a algum alívio temporário dessa dor, ao relaxar o músculo.

Conclusão: alongamento é bom, mas não se alongar não é o maior dos problemas
Além de um aquecimento dinâmico antes de um treino, fazer alguns alongamentos estáticos por semana é uma abordagem razoável.

Não é necessário complicar demais as coisas – faça uma pausa de 5 a 10 minutos no final de um treino para se acalmar com alongamentos estáticos, ou estique-se durante um intervalo no trabalho (caminhe por alguns minutos primeiro, para fazer o sangue fluir).

E, é claro, alongue-se se tiver vontade. Às vezes, se esticar apenas traz uma sensação boa – e isso já é um bom motivo para fazê-lo. [Self]


terça-feira, 25 de abril de 2017

Saiba qual a importância de aquecer e alongar

Se você costuma ignorar estes dois passos antes e depois do treino, entenda por que eles são tão importantes

Você é do time daquelas que preferem pular o aquecimento, ir direto ao treino e depois ignorar o alongamento? De acordo com o ortopedista Antonio Alexandre Faria, da clínica North Trauma, em São Paulo, o aquecimento e o alongamento são chave para quem treina, seja qual for a modalidade.

Os exercícios de aquecimento (como os alongamentos dinâmicos) preparam os músculos para o treino e ajudam a prevenir lesões. “O alongamento relaxa a musculatura trabalhada, tornando-a mais flexível e preparada para que, após o descanso, possa receber uma nova carga de treino”, fala.


Fonte: http://corpoacorpo.uol.com.br/fitness/treino-sob-medida/saiba-qual-a-importancia-de-aquecer-e-alongar/11400 - Por Rita Santander e Marcia Di Domenico | Adaptação Ana Paula Ferreira

domingo, 6 de dezembro de 2015

Alongamento é necessário?

Muitas pessoas se alongam antes e/ou depois de fazer exercícios físicos. Outros não querem nem ouvir falar disso, mas sentem que deveriam. E algumas pessoas não veem qualquer razão para se alongar.

Quem está certo?

As razões para fazer alongamento são diversas.
A maioria das pessoas acha que esta prática as torna mais flexíveis. Alguns acreditam que o alongamento reduz o risco de lesões, reduz a dor experimentada após o exercício, ou melhora o desempenho esportivo. Os otimistas pensam que o alongamento faz todas estas coisas (e mais outras que nem a ciência explica).
Mas nós realmente precisamos fazer alongamento quando nos exercitamos?
Fazer alongamento aumenta mesmo a nossa flexibilidade, pode reduzir o risco de lesões, a dor e melhorar o desempenho esportivo? A resposta não é nem sim, nem não.

Meio de campo: ensaios clínicos randomizados
A única maneira de os pesquisadores terem uma ideia realmente clara dos efeitos do alongamento é a realização de ensaios clínicos randomizados. Nestes estudos, alguns participantes fazem alongamento e outros não.
Em seguida, os resultados (lesão, dor muscular ou melhor desempenho desportivo) dos participantes que se alongaram periodicamente são comparados com os resultados daqueles que não o fizeram.
A diferença entre os resultados dos dois grupos, então, pode nos dar uma ideia melhor sobre os efeitos (positivos ou não) do alongamento.

Efeito do alongamento sobre o risco de lesões
Os dois primeiros estudos dos efeitos do alongamento no risco de lesões, realizados com 2.631 recrutas do exército, mostraram que três meses de rotina de alongamento antes do exercício físico não reduz sensivelmente o risco de lesões. Um estudo mais recente feito com 2.377 pessoas ativas teve resultados muito semelhantes: três meses de alongamento regular tinham pouco ou nenhum efeito sobre o risco.
Juntos, esses estudos sugerem fortemente que o alongamento não reduz sensivelmente o risco de lesões.

Efeito do alongamento antes de começar atividades físicas
Uma série de outros estudos randomizados investigaram os efeitos do alongamento antes e depois da atividade física, especialmente para ver se esta prática poderia ter algum efeito sobre a dor experimentada após o exercício.
Os resultados sugerem que se alongar reduz sim a dor, mas o efeito é muito pequeno.

Desempenho esportivo: flexibilidade e força
O efeito do alongamento no desempenho esportivo é menos claro, ou pelo menos mais complexo.
Alguns poucos estudos randomizados procuraram analisar a performance desportiva como um resultado do alongamento periódico. Em vez disso, a maioria dos estudos tem focado no efeito do alongamento em dois intermediários que tem grande potencial para influenciar no desempenho desportivo: a flexibilidade e a capacidade dos músculos para gerar força.
Para entender os efeitos do alongamento na flexibilidade e na geração de força muscular, é necessário distinguir os seus efeitos agudos e crônicos. Efeitos agudos se manifestam imediatamente após um estiramento enquanto que os efeitos crônicos se manifestam apenas após repetidas séries de alongamento, talvez mais de meses ou até anos.

Alongar por pouco tempo aumenta a flexibilidade? Sim, mas não tanto quanto você imagina
Depois de apenas alguns segundos ou alguns minutos de alongamento, suas juntas avançam ainda mais e resistem menos ao movimento. Mas esse efeito é transitório. Uma vez que você para de fazer alongamento, a flexibilidade retorna aos níveis iniciais. E a recuperação é em grande parte concluída dentro de poucos minutos. Então, não esquente a cabeça com essa coisa de curto prazo.
Os benefícios podem vir mesmo é com o tempo.
É possível, mas menos certo, que o alongamento também tenha efeitos crônicos sobre a flexibilidade. Mas aí estamos falando de alongamento regular. A prática pode estimular adaptações de músculos e outros tecidos que provocam aumentos duradouros na flexibilidade.
Observações cotidianas sugerem que isso é verdade mesmo, porque bailarinos e professores de yoga, por exemplo, que se alongam muito, tendem a ser mais flexíveis do que o resto de nós. Mas, enquanto parece óbvio que alongamento regular torna as pessoas mais flexíveis, isso é extremamente difícil de ser demonstrado por experimentos controlados.

O alongamento faz com que a gente aguente se esticar mais
Ou seja, ele faz as pessoas se sentirem capazes ficar em posições mais esticadas. E esse aumento da tolerância ao alongamento pode fazer as pessoas se sentirem mais flexíveis, mesmo quando não são.
De qualquer forma, os efeitos do alongamento na flexibilidade, de uma maneira geral, poderiam ser explorados para melhorar o desempenho em alguns esportes específicos. Parece provável que as ginastas, por exemplo, possam ter um melhor desempenho se forem mais flexíveis. De modo mais geral, acredita-se, portanto, que o alongamento pode aumentar o desempenho em esportes que exigem flexibilidade.

Efeitos do alongamento na força muscular
A outra forma de alongamento pode afetar o desempenho esportivo é através de seus efeitos sobre a capacidade dos músculos de produzir força. A conclusão mais clara que temos a partir de estudos em seres humanos é que o alongamento produz tipicamente uma pequena redução temporária na força de músculos alongados.
Isso sugere que pode ser imprudente esticar os músculos imediatamente antes de praticar esportes que exigem grande força muscular.

Alongar ou não alongar: eis a questão!
Para as pessoas que são ativas fisicamente de forma recreativa, os resultados de pesquisa sugerem que se alongar pode ter um benefício muito pequeno e provavelmente não vai fazer mal nenhum. Se você gosta de fazer alongamento, alongue. Se você não gosta, apenas não faça e não se sinta culpado por isso.
Mas, se você é um atleta de alta performance, há mais variáveis em jogo e a decisão é mais difícil.
O alongamento pode aumentar o desempenho em esportes que exigem muita flexibilidade, mas pode diminuir temporariamente a força muscular. Logo, faz mais sentido se alongar se você é um corredor do que se você é um levantador de peso.
Estas conclusões, contudo, vêm com algumas ressalvas.
Em primeiro lugar, a maior parte das pesquisas sobre os efeitos do alongamento investigaram os efeitos de alongamento “estáticos”. Há muitas outras maneiras de fazer alongamento, mas a maioria não tem despertado muito interesse de pesquisadores. Por isso não temos embasamento científico para falar sobre seus supostos efeitos.
Outra ressalva é que, embora a gente saiba bastante sobre os efeitos agudos do alongamento, sabemos muito pouco sobre seus efeitos crônicos. Ninguém tentou realizar um estudo randomizado dos efeitos do alongamento regular ao longo de anos de prática.
Pode ser que, a longo prazo, o alongamento regular tenha efeitos importantes. Mas pode ser também que esses efeitos sejam prejudiciais, ou que não haja NENHUM efeito a longo prazo – nós simplesmente não sabemos.
Para terminar com uma mensagem mais positiva: enquanto parece que o alongamento não reduz sensivelmente o risco de lesões, há boas evidências de que o aquecimento faz muito bem este trabalho. Uma sequência intensa e bem estruturada para aquecer o corpo antes do exercício físico pode reduzir substancialmente o risco de lesões. [iflscience]


terça-feira, 5 de abril de 2011

Alongamento afina a silhueta e alivia as dores musculares


Esticar, girar e dobrar o corpo são movimentos que aliviam dores musculares, relaxam, corrigem a postura - o que ajuda a combater a barriguinha saliente - e até liberam hormônios que dão a sensação de bem-estar, uma arma extra contra a compulsão alimentar

Você é do tipo que vive chegando em cima da hora para a aula de ginástica e por isso está sempre em dívida com os exercícios de alongamento? E, pior, quando termina a aula sai correndo e nem dá atenção para os movimentos que soltam e relaxam a musculatura tão exigida durante o treino?

Cuidado! Os exercícios de alongamento são uma parte muito importante de qualquer atividade física, pois são responsáveis por preparar o organismo para o esforço e aliviar a carga sobre músculos e articulações no pós-treino. "O alongamento antes de qualquer exercício é imprescindível, pois previne lesões musculares e garante um melhor desempenho. Além disso, serve para aumentar a flexibilidade e 'destravar' a musculatura que, junto com as articulações, formam o mecanismo que nos dá mobilidade", alerta a fisioterapeuta e bailarina Paula Fioreli (SP).

Ah! Você acha que não precisa esticar o corpitcho porque não tem uma atividade física regular? Engana-se! Mesmo com as atividades de rotina, principalmente quem passa muito tempo sentado ou em pé, precisa alongar a musculatura das costas, ombros, braços, pescoço, quadris e pernas para aliviar a tensão diária. Ou seja, reservar uns minutinhos do seu dia para soltar os músculos vai ajudar (e muito!) a diminuir a sensação de corpo e mente pesados, além de evitar dores por tensão e estresse. "De 10 a 15 minutos são o suficiente para garantir os benefícios do alongamento. Pode ser com movimentos suaves pela manhã ou à noite, para diminuir a rigidez do corpo e relaxar", explica a personal trainer Karla Navaro. O melhor dessa história toda é que os benefícios vão além dos descritos acima. Corpo alongado (e destravado!) é sinônimo de silhueta fina e esguia. Então, mãos à obra! Dieta Já! Listou detalhadamente as vantagens de fazer um alongamento diário, bem como selecionou uma série de movimentos poderosos que vão turbinar sua saúde e bem-estar e dar aquela afinada, melhorando, sobretudo, os contornos do seu corpo. Preparada? Então vamos lá!

Movimento para o bem-estar

Ao espichar o corpo, você pode estimular o cérebro a liberar os chamados hormônios do bem-estar, incluindo a serotonina. "Essas substâncias espalham-se por todo o organismo e nutrem músculos e órgãos, fazendo que você se sinta bem, revigorada e, consequentemente, livre da ansiedade (um dos gatilhos da compulsão)", explica o professor de educação física Claudio Victorino, do Saison Spa, Itaipava (RJ).

Postura impecável

"Naturalmente, temos uma postura adequada e equilíbrio corporal para o movimento. O problema é que, conforme o tempo passa, a gravidade, a falta de exercícios e as atividades cotidianas repetidas - como passar horas jogada no sofá ou carregar uma bolsa num ombro só - podem levar ao enrijecimento e encurtamento muscular e causar a má postura", explica Cláudio. Resultado: a silhueta acaba ficando comprometida. Quer ver? Se os músculos das costas, por exemplo, estão enfraquecidos, você pode compensar e se "apoiar" na barriga, que acaba ficando mais projetada e saliente. Por outro lado, ao alongar a musculatura, tudo se encaixa no seu devido lugar. Ou seja, tronco mais alongado significa corpo mais fino.
"Durante os exercícios pesados, o músculo que está sendo forçado sofre uma retração e faz que a flexibilidade na região diminua. Alongar antes da malhação impede que essa contração aconteça facilitando a realização dos movimentos"

Envelhecimento precoce? Nem pensar!

Como já foi dito, o alongamento ajuda a liberar a tensão entre as camadas de músculos, ossos e articulações. E isso pode significar um chega pra lá no envelhecimento precoce, que também é causado por essa tensão, quando se torna crônica e permanece no corpo por longos períodos de tempo. "Quando o cérebro relaxa com o alongamento corporal, esse processo pode ser revertido com o envio de sinais para que as células se renovem e nos deem a sensação de maior vigor físico e jovialidade", comenta Paula.

Seus órgãos agradecem

Alongar-se também pode ser benéfico aos órgãos do corpo, pois promove uma espécie de massagem neles, especialmente nas glândulas do tronco, como fígado, rins, intestinos, pâncreas e glândulas suprarrenais. Massagear os intestinos ao girar o corpo, por exemplo, facilita o percurso dos alimentos ingeridos e mantém esse órgão irrigado. Tais manobras no pâncreas, por sua vez, que tem por função controlar os níveis de açúcar no sangue, acabam promovendo a estabilização da glicemia, acalmando o organismo.

Para ganhar força

Não, o alongamento não garante músculos volumosos. Mas isso não tira nem um pouco sua importância com relação à melhora no contorno corporal. "Ele atua de forma discreta, mas eficiente, pois dá a sua contribuição no ganho de massa magra, ao melhorar a elasticidade das fibras da musculatura. Além disso, colabora com uma forma mais harmônica ao corpo, basta ver como são os corpos das bailarinas, que têm um intenso trabalho de alongamento", comenta Karla.

Adeus, celulite!

"Ao liberar a tensão comprimida entre as camadas de músculos, ossos e articulações, os exercícios de alongamento fazem que as artérias e veias mais profundas sofram uma descompressão, facilitando a chegada e o retorno sanguíneo, auxiliando a vinda de nutrientes, a retirada de resíduos póstreino e a recuperação muscular", explica Cláudio. E esta liberação do fluxo pode ser útil contra um probleminha que aterroriza as mulheres: a celulite.

Detalhes importantes

Não force o corpo até sentir grande desconforto e dor. Se começar a tremer, é sinal de que você exagerou no exercício. Também ficar fazendo caretas, entortando o corpo e contraindo toda a musculatura para se manter numa posição não adianta. "Reduza a intensidade do alongamento", recomenda a especialista Karla Navaro.

Se tiver alguma predisposição ou problema muscular, consulte seu médico antes de qualquer atividade física, até mesmo alongamento. Vale também pedir orientação a um profissional de educação física antes de começar, caso resolva exercitar-se por conta própria.

Quando esticar o corpo, não fique forçando para se manter numa determinada posição. Vá até onde conseguir com conforto, pare de 15 a 20 segundos e, se sentir que pode avançar sem dificuldade, estique um pouco mais e permaneça mais um tempo assim.

A flexibilidade deve ser conquistada aos poucos. É como um elástico, se esticar além da conta, pode romper. Respeite, portanto, seus limites.
Depois de um exercício que envolve muito esforço muscular, é recomendada a prática voltada para o relaxamento. Isto também vale para o fim de um dia de trabalho.

Fonte: Revista Dieta Já