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terça-feira, 1 de outubro de 2019

Outubro Rosa: saiba como prevenir o câncer de mama


Todos os anos, milhares de novos casos de câncer de mama são descobertos no Brasil. A estimativa para 2016 era de 57.960 novos casos da doença no país, sendo que 99% dos casos acometem as mulheres. Os números assustam e a realidade é árdua, mas ainda assim há razões para ser otimista.

As chances de cura para os casos descobertos precocemente são em média de 88.3% e aproximadamente 30% dos casos podem ser evitados com hábitos saudáveis. Uma alimentação balanceada e a prática de atividades físicas regulares são fatores determinantes para se proteger contra qualquer tipo de câncer. O excesso de gordura abdominal também é outro fator de risco que aumenta em 74% o risco de desenvolver a doença.

Felizmente, a cada ano que passa aumentam as ações que visam a conscientização desse tipo de câncer. Nos Estados Unidos, a campanha Outubro Rosa existe desde 1990 e no Brasil as ações começaram a ser praticadas em 2002. Essas iniciativas são importantes para alertar sobre os perigos, incentivar o autoexame e aproximar pessoas que já tiveram o problema, criando comunidades e laços com instituições que fomentam pesquisas e arrecadam doações.

Vale lembrar mais uma vez que quanto mais cedo a doença for detectada, maiores são as chances de cura. Saber realizar o autoexame e estar ciente de quais ações podem diminuir os riscos de desenvolver esse tipo de câncer são práticas fundamentais. E é exatamente por isso que a conscientização e a educação são tão importantes.

10 coisas que você precisa saber sobre o câncer de mama

Temos acesso a muitas informações o tempo todo que podem nos deixar assustados sem motivo nenhum. Será que todas elas são verdadeiras? Fique atenta aos mitos e verdades sobre o câncer de mama que ouvimos por aí:


Estar bem informada e ciente sobre qualquer coisa é o primeiro passo para evitar maiores preocupações, ainda mais se tratando de um assunto tão sério como o câncer de mama.

12 sinais indicativos de câncer de mama
A mamografia é, sem dúvidas, o método mais seguro para saber se há a presença de nódulos que podem ser malignos. Porém, existem alguns sinais que que podem indicar se há alguma coisa errada com suas mamas. A organização Worldwide Breast Cancer elencou os 12 sintomas comuns que se manifestam nos pacientes de câncer de mama. Confira:

Pele grossa e presença de nódulos: Se você notar que sua pele está mais grossa e você consegue sentir algum nódulo, fique atenta. Pode ser apenas uma característica do período menstrual ou da amamentação, mas se eles permanecerem ou aumentarem, procure um médico.
Covinhas nas mamas: “Covinhas” nos seios são outro sinal que se deve dar atenção. Elas podem aparecer durante o período menstrual ou quando usamos roupas muito apertadas. Caso elas persistam por mais tempo, pode ser um sinal de câncer de mama.
Mamilos e aréolas com aspecto rugoso: A Doença de Paget é um tipo de câncer que acomete os mamilos e aréolas. Ela se caracteriza por uma crosta e um aspecto rugoso e áspero nessas regiões. Em alguns casos também pode haver secreção com sangue. Esses sintomas podem indicar câncer de mama.
Mamas vermelhas e quentes: Isso é normal na amamentação, mas em outras situações é preocupante. O câncer de mama inflamatório tem essas características, pois ele dificulta o fluxo de sangue na região.
Secreções: Fluidos aquosos, leitosos e até mesmo com sangue são comuns quando os seios estão se desenvolvendo e principalmente no período da amamentação. Se seus seios expelirem alguma secreção e você não estiver passando por nenhuma dessas situações, fique atenta e procure um médico.
Feridas na pele: Nem sempre feridas são sinal de câncer de mama, mas elas sempre merecem atenção. Se elas começarem a crescer e ter mau cheiro, vá até um médico de sua confiança.
Caroços elevados: Alguns nódulos podem aparecer na superfície da pele e, conforme vão crescendo, ficam visíveis nas mamas. É importante lembrar que nem todo nódulo significa um tumor maligno, mas somente um médico pode dar o diagnóstico correto.
Mamilo retraído: Algumas pessoas já tem os mamilos para dentro por natureza. Se esse for seu caso não há motivo para preocupações. Já se você notar que seus mamilos estão tomando esse formato, fique atenta.
Veias crescentes: Veias com aspecto inchado nas mamas pode ser um indicativo de tumores. Geralmente, os tumores exigem que o sangue seja bombeado para eles, o que aumenta o volume de sangue nas veias.
Mudança no formato ou tamanho: Qualquer mudança de formato ou tamanho nas mamas fora do período da amamentação é preocupante. Se essas mudanças persistirem também fora do período menstrual, é melhor visitar um médico.
Aspecto de casca de laranja: Mamas inchadas e com várias covinhas pequenas com aspecto celulítico podem ser um indicativo de câncer de mama. Como o fluxo de sangue torna-se irregular, as células da pele podem sofrer essas alterações.
Nódulos: O sinal mais comum de um tumor nas mamas é o nódulo. Ele pode ser pequeno ou grande, mas sempre merece sua atenção. Se encontrar qualquer tipo de caroço nas mamas, procure um médico.
Vale reforçar que, muitos dos sintomas podem aparecer e não estarem ligados ao câncer de mama. Procure ajuda médica em caso de recorrência de um ou mais sinais.

Como é feito o diagnóstico
Para um diagnóstico seguro, algumas etapas são necessárias para que o tratamento indicado seja o mais adequado e eficiente. Confira o passo a passo do diagnóstico:

Segundo a Dra. Livia Daia, ginecologista e mastologista, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que a mamografia deve ser feita anualmente nas mulheres com mais de 40 anos sem antecedentes familiares de câncer de mama. Com o exame, pode-se detectar possíveis lesões, como nódulos de aspectos irregulares ou microcalcificações agrupadas, que podem ser indícios de câncer de mama.

Após isso, é feita a biopsia, que consiste em retirar um pequeno pedaço da lesão para ter um diagnóstico correto. Se o resultado da biopsia for positivo para câncer, os médicos estudam o perfil do câncer para indicar o tratamento adequado, que pode ser iniciado com uma cirurgia para retirada do tumor ou com quimioterapia.

Consultar um médico logo após a constatação de qualquer irregularidade com as mamas é imprescindível. Quanto mais tardio o diagnóstico, menores são as chances de cura.

E como você pode se prevenir?
Segundo dados da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, 30% do casos podem ser evitados com hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas regulares e alimentação balanceada. Além disso, as mulheres de todas as idades devem realizar o autoexame uma vez por mês fora do período menstrual. A Dra. Livia Daia diz que ele pode causar um certo desconforto e dar a falsa sensação de nódulos, mas ele é de extrema importância.

Além de realizar o autoexame apalpando as mamas, dê uma atenção especial aos seus seios. Qualquer alteração que seja estranha, pode ser um indicativo de problemas mais graves. Olhe-se mais no espelho, conhecer seu próprio corpo é fundamental.

A mamografia, principalmente depois dos 40 anos, é obrigatória. O autoexame é essencial, mas só detecta nódulos com pelo menos 1 centímetro, o que pode indicar um estágio mais avançado da doença. Caso o nódulo seja muito pequeno, somente a mamografia poderá identificá-lo. É comum dizerem que a mamografia dói, o que não é verdade. Ela pode causar incômodos que são necessários para cuidar da saúde das suas mamas. Pense nisso!

Veja como fazer o autoexame no banho:
Separe alguns minutos do banho para cuidar da saúde das suas mamas. É rápido, simples, fácil e essencial para a sua saúde.

Você sabe qual o seu risco de desenvolver o câncer de mama?
Embora o câncer de mama seja uma doença que pode acometer qualquer pessoa, existem alguns fatores que aumentam o risco e também alguns que podem auxiliar na prevenção. Confira qual é o seu risco de desenvolver câncer de mama:

A campanha do Outubro Rosa traz várias ações que auxiliam na prevenção da doença e que acolhem pessoas que estão passando por esse momento ou que já se curaram. Divulgar a campanha dá força ao movimento e leva ao conhecimento de cada vez mais pessoas informações que podem salvar vidas.

Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/outubro-rosa/ - Escrito por Beatriz Castells - ISTOCK

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Maioria das brasileiras só descobre o câncer de mama no autoexame


Levantamento realizado no Rio de Janeiro mostra que mulheres flagram a doença apenas quando sentem caroços ou outras alterações nos seios. Por quê?

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgou uma pesquisa com 405 pacientes cariocas com tumores nas mamas. Os dados apontam que 66,2% detectaram o problema sozinhas, ao perceber que algo não estava bem no peito. Os principais sintomas relatados foram presença de caroços (89,6% das vezes), seguido por dores (20,9%), alterações na pele (7,1%), saída de secreção no mamilo (5,6%), mudanças no formato da mama (3,7%) e outras alterações no mamilo (2,6%).

A mamografia e outros métodos de imagem só revelaram a enfermidade em 30,1% das mulheres, enquanto 3,7% receberam o diagnóstico na consulta com o médico. Se por um lado isso reforça a importância de ficar atento aos sinais que o corpo dá, por outro denuncia a falta de estrutura básica para atender a população no sistema público de saúde — mesmo que seja para realizar testes de checkup importantes para encontrar doenças em seus estágios iniciais. Veja: o autoexame geralmente só é capaz de notar nódulos e malformações que já ultrapassaram 1 centímetro de extensão, o que complica o tratamento e reduz as chances de sucesso.

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) divulgou uma nota com uma análise dos achados desse estudo — segundo ela, a alta taxa de diagnósticos feitos pelo toque nos seios decorre do baixo acesso às mamografias. “Em seus estudos, a Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia, em conjunto com a SBM, mostra que menos de 25% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram a mamografia pelo Sistema Único de Saúde em 2015”, afirma o informativo. “O Estado não pode repassar à brasileira o ônus de sua inoperância na realização de mamografias”. A entidade reforça ainda que passar pelo exame é um direito constitucional de todas aquelas que passaram dos 40 anos.


Atualmente, existe uma grande polêmica sobre a idade ideal para começar a se submeter a mamografia, o método mais indicado para diagnosticar a doença em sua fase inicial. Enquanto o Inca e a Organização Mundial da Saúde estabelecem que mulheres entre 50 e 69 anos precisam passar pelo checkup a cada dois anos, a SBM, a Sociedade Brasileira de Radiologia e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia acreditam que o teste deva ser iniciado antes, a partir dos 40 anos — e uma vez a cada 12 meses. As recomendações mudam se há histórico de câncer de mama na família: aí é importante passar pelo laboratório mais cedo. Diante da controvérsia, consulte seu médico para saber quando pedir a avaliação.

Confira abaixo a nota completa da Sociedade Brasileira de Mastologia

A Sociedade Brasileira de Mastologia reitera que a mamografia no Brasil é um direito de toda mulher acima dos 40 anos de idade. Deve ser lembrado que a mamografia não funciona isoladamente e, eventualmente, pode falhar. Ainda assim, é o único método que demonstrou reduzir a mortalidade por câncer de mama.

Os casos que acontecem no Brasil, nos quais a mulher descobre o seu próprio nódulo, se deve ao baixo índice de acessibilidade à mamografia pelo SUS. O Estado não pode repassar à mulher brasileira o ônus de sua inoperância na realização de mamografias. O baixo número desses exames realizado no Rio de Janeiro pelo SUS em 2015 (15,3%), em mulheres de 50 a 69 anos, demonstra que elas não estão tendo seu direito garantido, apesar da lei. É isso que reflete a pesquisa anunciada pelo INCA, ou seja, por não fazerem mamografia, as mulheres detectam o câncer pelo autoexame.

Em seus estudos, a Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Mastologia, mostra que menos de 25% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2015.
Os estudos também confirmam as pesquisas divulgadas no Canadá e no Reino Unido, que revelam que a mamografia realizada entre 40 e 49 anos pode reduzir a mortalidade, considerando que, se feita anualmente, pode oferecer maior chance de cura e maior sobrevida para as mulheres que tiveram o infortúnio de desenvolver câncer de mama.

Hoje, ¼ das 58 mil mulheres que desenvolverão o câncer de mama no Brasil neste ano estarão entre 40 e 49 anos. Considerando que é um direito constitucional da mulher brasileira fazer a mamografia, a SBM recomenda que o exame mamográfico seja feito anualmente a partir dos 40 anos. E mais. Recomenda que a mulher possa e deva se autoexaminar, uma vez que conhecer o próprio corpo faz parte da obrigação de cada indivíduo. Esses fatos mostram que é fundamental o estado prover mamografia para todas as mulheres acima de 40 anos e que pontes possam ser construídas evitando que o peso recaia sobre os ombros da mulher brasileira.


sexta-feira, 15 de junho de 2018

7 alertas sobre o câncer de mama que ninguém faz, mas são essenciais para prevenir


O câncer de mama é o segundo tipo de tumor mais comum entre as mulheres no mundo todo, atrás apenas do melanoma, que é o tipo mais agressivo de câncer de pele.

Câncer de mama: como surge
Causado pelo aumento de células anormais nos seios, a doença é fruto de mutações genéticas que afetam a capacidade de divisão e reprodução das partículas, levando ao surgimento de um tumor que, quando maligno, consiste em câncer de mama.

Prevenção do câncer de mama
O autoexame das mamas através do toque é a maneira mais popular e divulgada para detectar o câncer de mama. Mas além disso, existem alguns alertas, geralmente não muito conhecidos, que precedem o reconhecimento da doença e que podem ajudar a preveni-la.

Controle os níveis de estresse
O estresse é condição relacionada à diversas enfermidades, entre elas o câncer de mama. O excesso de stress e a falta de sono prejudicam o combate à agentes estranhos ao organismo. Essa deficiência permite que as células defeituosas se multipliquem, culminando, muitas vezes, no câncer.

Cuidado com o álcool
De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer ) o etanol tem efeito cancerígeno sobre as célula, fazendo com que as bebidas alcoólicas favoreçam o desenvolvimento de diversos tipos de câncer, incluindo o de mama.

Câncer hereditário não é tão comum
Muitas pessoas assumem que ter alguém na família com câncer é um atestado de que a doença também estará em seu histórico. Vale levar em consideração que menos de 10% de todos os tipos de câncer são hereditários, ou seja, transmitidos dos pais para filhos. O quadro é fortemente impactado por fatores externos como hábitos de vida.

Densidade das mamas pedem atenção
Seios mais firmes, ou seja, com tecido mamário mais rígidos podem atrapalhar o diagnóstico da doença. O risco ocorre por causa da baixa quantidade de gordura e a extensa quantidade de tecido glandular e fibroso, o que dificulta a identificação do nódulo. No exame de mamografia, a gordura aparece escura e a maior parte, chamada glandular, se apresenta clara, da mesma forma que os tumores, dificultando identificar a patologia.

Ambiente influencia surgimento da doença
A má qualidade do ar no ambiente de trabalho é um condicionante importante para o câncer movido por fatores ocupacionais. A exposição dos trabalhadores ao ar poluído ou à substâncias tóxicas durante oito horas por dia, traz riscos à saúde e pode abrir as portas para agentes cancerígenos.

Menstruação precoce e maternidade tardia
Quem menstrua antes dos 12 anos ou é mãe depois dos 30 anos tem maior probabilidade de desenvolver a doença. O mesmo vale para mulheres que não têm filhos ou entraram na menopausa tardiamente. Em todos esses casos, a explicação é a mesma: a maior exposição ao estrogênio, intimamente ligado ao câncer de mama. Por outro lado, ser mãe antes dos 30 e amamentar são fatores de proteção.

Início precoce da vida sexual
Conforme o INCA, certas características de comportamento sexual aumentam a chance de exposição a vírus carcinogênicos sexualmente transmissíveis. A precocidade do início da vida sexual, assim como a variedade de parceiros, tanto da mulher como do seu companheiro, estão relacionados ao maior risco de câncer do colo do útero, o que sugere que os hábitos sexuais contribuem para a propagação de agentes sexualmente transmissíveis, capazes de induzir o câncer.


sábado, 12 de março de 2016

Importância do autoexame para observar a saúde dos seios

Aposte nas dicas e entenda a importância do autoexame para observar a saúde dos seios

O autoexame é fundamental para a mulher conhecer seu próprio corpo. Maria do Socorro Maciel, mastologista do Hospital Samaritano (Sp), explica que, se durante essa prática alguma alteração for identificada, o médico deve ser avisado!

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/aposte-nas-dicas-para-observar-a-saude-dos-seios/6022/ -  Por Letícia Ronche e Priscila Pegatin | Ilustração Shutterstock | Adaptação Kelly Miyazzato.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Saiba como realizar o autoexame da mama


O autoexame das mamas através do toque é a maneira mais popular para detectar o câncer. Aprenda como fazer

Segundo o mastologista, Sergio Masili, médico do Instituto do Câncer do Hospital das Clínicas de São Paulo, além de se consultar anualmente com um ginecologista, a mulher deve fazer o autoexame das mamas em casa, uma vez por mês, logo após a menstruação, que é quando o seio está em seu tamanho normal. Aprenda como realizar o exame:




quarta-feira, 3 de julho de 2013

Preste atenção nos sinais que a boca dá para a saúde do organismo

Fazendo um autoexame, você pode prevenir doenças mais graves como o câncer bucal

A saúde bucal não pode e nem deve ser separada da saúde geral do organismo. Nossa boca é continuamente desafiada por infecções causadas por bactérias, vírus e fungos. "Qualquer lesão na mucosa da boca pode ser contaminada por micro-organismos presentes na boca ou adquiridos de outras pessoas, aumentando o risco de doenças, desde uma DST até problemas circulatórios", explica a dentista Amália Rodrigues Martins. Afta, herpes, excesso de saburra e outros problemas de saúde, que começam na boca, podem denunciar que seu corpo pede cuidados.

A boca abriga uma grande quantidade de micro-organismos que residem na superfície dos dentes, nas próteses ou na própria mucosa, formando um ecossistema chamado biofilme, que nada mais é do que a conhecida placa bacteriana. As bactérias podem causar doenças locais, como a cárie, a gengivite e a periodontite. Mas também podem desencadear problemas em outras partes do corpo. "Elas podem penetrar nos tecidos e na corrente sanguínea, liberando substâncias tóxicas e estimulando uma inflamação e até uma infecção grave", diz ela. A seguir, a especialista mostra quais os alertas que sua boca dá e como preveni-los.  

Sinais na língua

A saburra é uma placa esbranquiçada ou amarelada, composta por células descamadas, restos alimentares e bactérias, que fica no dorso da língua. A formação de saburra é mais intensa nas pessoas que estão com o fluxo salivar diminuído, o que pode acontecer em situações de estresse, ingestão de certos medicamentos e determinadas doenças.
"Entre as bactérias presentes na saburra lingual estão algumas espécies capazes de causar doenças como a gastrite, pneumonia, endocardite bacteriana, parada cardíaca, acidente vascular cerebral e a doença periodontal", explica Amália. Além disso, as bactérias presentes na saburra vão degradar proteínas, produzindo compostos sulfurados, responsáveis pelo mau hálito. Por isso, a escovação dos dentes e a limpeza diária da língua é importante para a eliminação dos micro-organismos. A higienização deve ser feita com a escova de dente, além de raspadores ou limpadores de língua com arestas ou cerdas. 

Herpes labial ou bucal

O câncer bucal pode afetar a mucosa bucal, gengivas, o céu da boca, língua, assoalho da boca, o céu da boca e os lábios.

Basta passar por uma situação estressante para as feridinhas, que evoluem para pequenas bolhas, aparecerem na boca. Causada por variações do vírus Herpesvirus hominis (HVH), a herpes é uma doença contagiosa, cuja transmissão ocorre geralmente na infância. O que acontece é que, após o contágio inicial, o vírus fica latente no organismo, podendo se manifestar em intervalos variáveis, principalmente na puberdade e vida adulta. "Entre os fatores relacionados com as recorrências de herpes podemos citar a exposição excessiva ao sol ou a radiação ultravioleta, temperaturas baixas, febre, infecções, estresse físico ou mental, distúrbios gastrointestinais, gripes, resfriados, menstruação, gravidez e uso de corticóides", explica Amália. Sendo que nas pessoas com deficiências imunológicas, a doença pode causar sérias complicações, pois o organismo tem a resistência muito baixa, ficando mais vulnerável a infecções.

O tratamento precoce pode inibir a manifestação clínica ou diminuir o tempo de duração e tamanho das lesões, que podem afetar a boca por até sete dias. O ideal é procurar atendimento assim que aparecerem os primeiros sinais (coceira, irritação, inflamação). As principais formas de tratamento são a prescrição de medicamentos antivirais, que atuam impedindo ou diminuindo a replicação dos vírus, e a terapia com aplicação de laser de baixa potência. "No caso de surtos muito frequentes, com mais de uma manifestação por mês, é possível recomendar antivirais por períodos mais prolongados de tempo", diz a dentista. A aplicação de laser atua diminuindo a dor e biomodulando a região, isto é, aumentando a resistência das células. O procedimento pode ser realizado em qualquer fase da doença, sendo que, assim como o uso dos medicamentos, apresenta melhores resultados na primeira fase da doença, que são as 24 horas iniciais. "Em alguns casos, as lesões são infectadas por bactérias, o que pode causar marcas definitivas na região, sendo necessária à prescrição de antibióticos e pomadas locais", explica Amália. 

Cuidados essenciais

Não toque na ferida, evitando o contágio. O vírus pode sobreviver por horas ou dias no meio externo e pode ser transmitido para outras pessoas através do beijo, relações sexuais, objetos contaminados (como copos, garrafas e roupas)
Se tocar nas feridas, lavar as mãos imediatamente com água e sabão. A manipulação das lesões pode levar à contaminação de outras regiões como pele ulcerada, olhos e região genital

As bolhas rompidas liberam líquido altamente infectante. É preciso secar a região com gaze ou lenços descartáveis. As lesões também podem ser lavadas com água e sabão
Procure um especialista assim que aparecerem os primeiros sinais de herpes labial ou bucal para diagnóstico, orientação e tratamento.

Aftas

As feridas branco-amareladas com contorno avermelhado que aparecem na língua, lábios, parte interna das bochechas e garganta são lesões extremamente dolorosas e desaparecem em 1 a 2 semanas sem deixar cicatriz. Algumas pessoas apresentam aftas grandes, que demoram até 6 semanas para cicatrizarem. As aftas não são contagiosas, sendo muito comuns em pré-adolescentes, adolescentes e adultos jovens. "As causas para a sua formação não são completamente conhecidas e podem estar ligadas à reação exagerada do sistema imunológico", explica Amália. Fatores como o estresse, alterações hormonais, alergias a alimentos, traumas físicos causado por mordidas, alimentos pontiagudos, mudanças hormonais, certos tratamentos de quimioterapia, medicações, hérnia de hiato com refluxo esofagiano e consumo de alimentos ácidos podem levar ao surgimento das feridas. "Não existe nenhum tratamento definitivo para aftas, pois nenhuma substância cura a úlcera de um dia para outro. Podem ser usadas pomadas anestésicas, corticóides e anti-inflamatórios, além da aplicação de laser de baixa potência para alívio da dor e aceleração da cicatrização", diz Amália. 

Câncer bucal

O câncer bucal pode afetar a mucosa bucal, gengivas, o céu da boca, língua, assoalho da boca, o céu da boca e os lábios. A doença manifesta-se pelo aparecimento de feridas, que não cicatrizam após alguns dias. Podem surgir lesões superficiais e indolores, que sangram ou não, e manchas esbranquiçadas nos lábios ou na mucosa bucal. Em seu estágio avançado, a doença caracteriza-se pela dificuldade no falar, mastigar e engolir e até o emagrecimento acentuado, dor e presença de caroço no pescoço. Entre os fatores de risco para a doença estão o tabagismo, o uso do álcool, exposição solar exagerada, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal ajustadas. "Além do controle dos fatores de risco, o autoexame e controle profissional realizado por um dentista são fundamentais na prevenção da doença", alerta a dentista. 

Faça o autoexame da boca

A finalidade do exame é identificar anormalidades existentes na mucosa bucal, que alertem a pessoa que o organismo não anda bem e a façam procurar um dentista ou um medico. O que procurar:

Mudanças na aparência dos lábios e parte interna da boca
Endurecimentos
Caroços
Ferida
Sangramento
Inchações
Áreas dormentes
Dentes amolecidos ou quebrado.

Siga o passo a passo para fazer o autoexame da boca:

1. Lave bem a boca e remova as próteses dentarias, se for o caso. 
2. De frente para o espelho, observe a pele do rosto e do pescoço. Veja se encontra algum sinal que não tenha notado antes. Toque suavemente, com a ponta dos dedos, todo o rosto.
 3. Puxe com os dedos o lábio inferior para baixo, expondo a sua parte interna (mucosa). Em seguida, apalpe todo o lábio. Puxe o lábio superior para cima e repita a palpação. 
4. Com a ponta de um dedo indicador, afaste a bochecha para examinar a parte interna da mesma. Faça isso nos dois lados.
5. Com a ponta de um dedo indicador, percorra toda a gengiva superior e inferior.                
6. Introduza o dedo indicador por baixo da língua e o polegar da mesma mão por baixo do queixo e procure palpar todo o soalho da boca.
7. Incline a cabeça para trás, e abrindo a boca o máximo possível examine atentamente o céu da boca. Apalpe com um dedo indicador todo o céu da boca, em seguida diga AAAA ... e observe o fundo da garganta.
 8. Ponha a língua para fora e observe a sua parte de cima. Repita a observação com a língua levantada até o céu da boca. Em seguida, puxando a língua para a esquerda, observe o lado direito da mesma. Repita o procedimento para o lado esquerdo, puxando a língua para a direita.
9. Estique a língua para fora, segurando-a com um pedaço de gaze ou pano, e apalpe toda a sua extensão com os dedos indicadores e polegar da outra mão. 
 10. Examine o pescoço. Compare os lados direito e esquerdo e veja se a diferença entre eles. Depois, apalpe o lado esquerdo do pescoço com a mão direita. Repita o procedimento para o lado direito, apalpando-o com a mão esquerda. Veja se existem caroços ou áreas endurecidas.
11. Finalmente, introduza um dos polegares por debaixo do queixo e apalpe suavemente todo o seu contorno inferior.