Mostrando postagens com marcador Causar. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Causar. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

12 dicas para aproveitar o carnaval sem passar mal


Existem formas de evitar ressacas, vontade excessiva de ir ao banheiro, fome, lesões e desgastes físicos. Aprenda a preparar o seu corpo para o carnaval

Uma das épocas do ano mais festivas no Brasil é o carnaval. É tempo de pular, sair de casa, comemorar com os amigos e, para alguns, ir a algum dos famosos blocos carnavalescos. Pensando em quem quer aproveitar o carnaval de rua, o Minha Vida traz a recomendações de especialistas de educação física e nutrição para ajudar quem quiser curtir sem passar mal ou sofrer danos físicos durante nesse carnaval.

1 - Vai beber? Fortaleça o fígado
Como o consumo de bebidas alcoólicas costuma aumentar durante a época de carnaval, também é necessário preparar e proteger o fígado, responsável pela remoção das toxinas no corpo. Por isso, a indicação da nutricionista Ana Paula Gava são alimentos "hepáticos", sendo alguns exemplos:

Açafrão
Chá de boldo
Alcachofra
Alho

2 - Espere seu corpo acordar
Como explica o especialista em educação física Keko Rodrigues, começar a aproveitar o carnaval de forma gradativa. Ou seja, começar a se movimentar pouco a pouco ante de pular, correr e dançar é importante para evitar lesões.
Dessa forma, o seu corpo compreende o que será exigido fisicamente dele ao longo do dia e se evita forçar agrupamento musculares que já estejam muito cansados.

3 - Mistura de bebida
Apesar do mito, a mistura de bebidas destiladas e fermentadas não é prejudicial, como explica a nutricionista Ana Gava. Na verdade, o problema está no teor alcoólico diferente nas bebidas, pois ao tomar uma bebida com alto índice de álcool com a mesma velocidade que se tomou a com baixo índice, o nível alcoólico no sangue sobe mais rápido.

4 - Prepare-se para aguentar mais tempo
Segundo o personal trainer Luiz Guilherme, o "agachamento, mesmo livre e sem carga, pode contribuir para que o folião aguente mais tempo se divertindo". Isso porque essa atividade física melhora os níveis de resistência muscular das coxas, onde se encontra os principais músculos que fazem a sustentação do corpo quando ereto.
Outra musculatura importante para a sustentação corporal é a do core, ou seja, as musculaturas abdominais e lombar. Para estes, a prancha é um excelente exercício. A forma de realizar essa atividade é colocando as duas mãos paralelas no chão, assim como a ponta dos pés levemente separados, distribuindo o peso do corpo nesses apoios.

5 - Cuidado com energéticos
Outro ponto importante para ser observado é em relação aos energéticos. Durante os dias festivos é comum bebe-los para se manter acordado, porém, seu consumo deve ser monitorado. Isso porque essas bebidas se caracterizam como desreguladores endócrinos, ou seja, afeta as batidas do coração, gerando riscos de consequências graves, como desmaios e até paradas cardíacas.

6 - Escolha os melhores drinks
Misturar água de coco e bebidas isotônicas nos drinks alcoólicos pode ajudar a manter o equilíbrio de eletrólitos do corpo, responsáveis por transportar a água. Isso porque esses tipos de líquidos evitam a ressaca causada pela falta de água e minerais, provendo líquido para o cérebro.

7 - Evite comer vegetais antes da folia
Evite o consumo de vegetais antes da hora da folia, para não correr o risco de ter dor de barriga na melhor hora da festa. A movimentação toda que fazemos pulando nos bloquinhos ou na festa pode colaborar para aumentar o movimento de peristalse intestinal, aquele que vai te provocar maior vontade de ir no banheiro.

8 - Opte por alimentos leves antes de beber
A nutricionista Ana Paula Gava explica que uma maneira de regrar a alimentação é apostando nos carboidratos que não são provenientes de trigo antes de sair de casa, porque eles fornecem energia para festejar e ajudam o corpo a metabolizar o álcool. Alguns exemplos de carboidratos que podem auxiliar nisso são:

Batata doce
Inhame
Arroz
Mandioca
Macarrão de arroz

9 - Na folia, escolha lanches ricos em lipídios
Na hora H da folia, você pode apostar nas castanhas, essas são ricas em lipídios e vão te fornecer energia para aproveitar o dia inteiro e diminuir o ritmo de absorção do álcool, além de serem super práticas. "Pode apostar também em um chocolatinho, vai te ajudar também na energia e ainda, evitar a temida ressaca", explica a nutricionista Ana Gava.

10 - Fortaleça a imunidade
Durante os dias de festa e folia, fortalecer o sistema imunológico é ainda mais importante, para que o seu corpo esteja preparada para combater doenças. Alimentos ricos em vitamina c, como laranja, limão e acerola são aliados da imunidade. Carnes e ovos também são opções excelentes para a imunidade, por conta da presença de glutamina em suas composições.

11 - Pratique alongamento
O alongamento prepara o corpo para qualquer tipo de movimento, sendo um tipo de tensionamento necessário. A partir desse exercício de flexibilidade simples, o indivíduo prepara o corpo para o carnaval.
De acordo com o educador físico Ronaldo Freitas, os principais alongamentos para se preparar no carnaval são os alongamentos de perna e coluna lombar. Veja como fazer:

Alongamento para lombar
Com as costas no chão, levar um joelho até ao peito durante 30 a 60 segundos, repetindo depois com o outro joelho e finalizando com os dois.

Alongamento para as pernas
1) Com as costas retas e as pernas juntas, dobre uma das pernas para trás segurando no pé por 1 minuto. Repita com a outra perna. Se for necessário, se apoie em uma parede, por exemplo.
2) Com as pernas ligeiramente abertas,flexione o quadril projetando o corpo para a frente, tentando tocar com as pontas dos dedos nos pés. Mantenha a posição durante 1 minuto.

12 - Mantenha-se hidratado
Água e sucos são ótimas recomendações para quem deseja aproveitar a folia. Isso por conta do risco de desidratação que pode ocorrer por conta do alto gasto de energia que geralmente acontecem durante eventos como blocos de carnaval. Além disso, a perda de eletrólitos importantes na urina pelo consumo do álcool também faz com que se torne importante alternar entre alcoólicos e não alcoólicos.
De acordo com a nutricionista Ana Gava, apesar do consumo de álcool fazer você ir mais ao banheiro, ele ainda provoca a retenção de líquido no corpo. Por conta disso, também é indicado o consumo de sucos diuréticos. Confira duas opções de receita de suco diurético da especialista:

Suco diurético 1

Ingredientes
Suco de 1 unidade de limão
1 fatia de melão
3 lascas de gengibre (gengibre melhora gases e azia, te ajudando na digestão)
200 mL de água
Modo de preparo
Só é necessário bater tudo e ingerir sem coar.

Suco diurético 2

Ingredientes
1 fatia de melancia
200 mL de água de coco
Modo de preparo
Bata todos os ingredientes e tome sem coar.


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Água de enchente pode causar doenças: veja como se proteger


Leptospirose e hepatite A estão entre as doenças mais comuns no período de chuvas

Durante a estação das chuvas, não dá nem para seguir à risca o ditado popular "quem está na chuva é para se molhar", que o organismo já levanta a bandeira vermelha. Isso porque, fora todos os contratempos, as chuvas e enchentes podem ser extremamente perigosas para a saúde.

Embora muitas vezes seja inevitável, o contato com a água de alagamentos deve ser evitado ao máximo - já que ela pode estar contaminada com uma série de vírus, bactérias e outros agentes de doenças. Confira a seguir a lista com os problemas de saúde mais comuns relacionados às enchentes e saiba quais cuidados devem ser tomados para se proteger.

Virose
A gastroenterite aguda é uma infecção do sistema digestivo (estômago, intestino delgado e grosso), geralmente causada por um vírus - é o que costumamos chamar popularmente de "virose". De acordo com o infectologista Alexandre Naime Barbosa, da Unesp, a principal via de transmissão é o consumo de água contaminada ou de alimentos mal lavados ou mal cozidos, que estiveram em contato água contaminada com fezes. "A via mais comum, portanto, é oral-fecal", afirma o especialista.
A doença tem sintomas como vômito, diarreia e, às vezes, pode ocorrer febre. O próprio vômito e a diarreia ajudam a "limpar" o organismo. Nesses casos, o melhor tratamento é se hidratar e comer alimentos que não vão estimular o intestino ainda mais. A dieta recomendada deve incluir itens como arroz bem cozido, purê de batata, bolacha água e sal, peito de frango desfiado e um pouco de carne moída.

Leptospirose
A leptospirose é causada por uma bactéria, a Leptospira interrogans, que penetra ativamente na pele. "O rato é o agente transmissor da doença, cujo contágio é feito pelo contato com a urina desse animal. Por isso, a doença se torna bastante comum em temporadas de chuvas e enchentes", explica Alexandre Barbosa.
Ela é grave e tem alto índice de mortalidade. "A cada dez pessoas que contraem a doença, duas morrem", segundo o infectologista Paulo Olzon, da Unifesp. Ele cita como sintomas da doença a febre alta, as dores pelo corpo, infecções na panturrilha e, depois de três dias, os olhos costumam ficar amarelados (icterícia). Por isso, é importante procurar um médico assim que os primeiros sintomas se manifestarem.

Hepatite A
Segundo Alexandre Barbosa, a hepatite A é causada por um vírus e também tem transmissão oral-fecal por causa do consumo de água ou alimentos contaminados, situação frequente no período chuvoso. Os principais sintomas são cansaço, olhos amarelados e perda de apetite. A doença é curável, mas precisa de acompanhamento médico.

Infecções virais (enterovírus)
No período de chuvas, é comum que as pessoas tenham mais contato com as águas dos rios, córregos, piscinas e também das enchentes. Essas águas podem conter dejetos de esgotos, contaminados com fezes, ou outras substâncias, como a urina de animais.
Esses agentes estão muito relacionados ao surgimento de infecções virais, que provocam sintomas como diarreia e vômito. "Como no caso da gastroenterite, o melhor tratamento é a hidratação e a alimentação apropriada para quem está com diarreia", explica Paulo Olzon. A recomendação é que só se faça o consumo de água tratada (filtrada, fervida ou mineral engarrafada) e produtos devidamente higienizados.

Dengue
A dengue é outra doença que ganha mais força nessa época do ano. A estação traz consigo chuva, umidade e calor, promovendo um ambiente perfeito para a procriação do mosquito Aedes aegypti, que é o agente transmissor da doença.
Como medida preventiva, deve-se evitar manter água parada em qualquer recipiente. Com as chuvas constantes, é preciso atenção para descobrir os locais que estão acumulando água, como garrafas, vasos de plantas e pneus. Também é importante o uso de repelentes e mosquiteiros para evitar o contato com o mosquito.
É importante ainda ficar atento aos sintomas da dengue, muito semelhantes aos de uma simples gripe. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjoos, vômitos, manchas vermelhas na pele e dor abdominal (principalmente as crianças).
No caso da dengue hemorrágica, após o terceiro ou quarto dia, começam hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

Micoses
De acordo com o infectologista Alexandre Barbosa, as micoses de pele são muito comuns nos meses chuvosos de verão por dois motivos: pode ser transmitida pelo contato com água contaminada e também porque o calor e a umidade excessiva da pele favorecem o crescimento dos fungos - principalmente em regiões de dobras, como virilha ou entre os dedos do pé.
Os sintomas mais comuns da doença são manchas mais claras ou avermelhadas na pele, com coceira e descamação. "Assim como em outras doenças, a pessoa deve evitar a todo custo a automedicação e procurar atendimento médico, pois há várias espécies de fungos causadoras de micoses de pele, e é necessário um diagnóstico correto para o tratamento adequado", adverte o especialista.
Medidas gerais como manter a pele e regiões das dobras bem secas e evitar o uso de roupas apertadas, molhadas e de tecidos sintéticos, que impedem a circulação do ar, ajudam a evitar o surgimento dessas infecções. Portanto, se for pego por uma chuva e ficar com os pés encharcados, nada de ficar com o calçado e meias molhados o dia inteiro. O melhor é retirar o calçado e secar os pés para evitar as micoses.

Febre tifoide
O infectologista Alexandre Barbosa explica que a febre tifoide é causada por uma bactéria, a Salmonella typhi. A transmissão também é oral-fecal pelo consumo de líquidos e alimentos contaminados. Entretanto, ela pode, em alguns casos, ser adquirida pelo contato com a pessoa infectada, através de um beijo, por exemplo.
De acordo com Paulo Olzon, a febre tifoide provoca em algumas pessoas inflamações em forma de úlceras no aparelho digestivo e pode ser tratada com antibióticos. "A doença tem tratamento e cura, portanto o paciente com algum desses sintomas deve procurar ajuda de um especialista o mais rápido possível", reforça.

Como se proteger
Para se prevenir de todas essas doenças, a orientação é simples:

Ande sempre com sapatos fechados e munido de guarda-chuva
Evite pisar em poças de água, especialmente aquelas que estão próximas aos bueiros que contém sujeira, urina de rato e lixo
Redobre os cuidados com a água que você bebe e faça o consumo apenas de água tratada
Alimentos frescos, como frutas,verduras e legumes, também precisam ser muito bem lavados com água de boa qualidade


sábado, 19 de janeiro de 2019

10 grandes ameaças à saúde em 2019, segundo a OMS


A Organização Mundial da Saúde divulgou uma lista de problemas que podem causar muitas vítimas neste ano – de gripe à dengue

O ano de 2019 marca a divulgação do novo plano estratégico da Organização Mundial da Saúde (OMS) para ampliar o acesso a saúde de qualidade ao redor do mundo. E, como parte do projeto, a instituição listou grandes problemas que precisam ser contra-atacados desde já para evitarmos mortes desnecessárias e quedas drásticas no bem-estar da população.

Vamos a eles?

1) Poluição do ar e mudança climática
Segundo a OMS, nove a cada pessoas no mundo respiram ar poluído todo dia. O resultado: 7 milhões de mortes por doenças relacionadas à poluição no mundo. E 90% desses óbitos vêm de países de baixa ou média renda.

2) Doenças crônicas não contagiosas
Diabetes, hipertensão, câncer, DPOC… A incidência dessa e de outras enfermidades crônicas é altíssima. Essas encrencas, juntas, são responsáveis por 70% de todas as mortes no mundo. São 41 milhões de vítimas.
Sedentarismo, alimentação inadequado, tabagismo – e até a poluição – têm a ver com essa epidemia de doenças crônicas. Para destacarmos uma, SAÚDE recentemente destacou as causas e o tratamento da pressão alta.

3) Pandemia global de gripe
“O mundo vai enfrentar outra pandemia do vírus influenza. Só não sabemos quando ou quão severa ela será”, diz o comunicado da OMS. Todo ano, a entidade avalia os casos existentes e, a partir daí, recomenda adaptações anuais na vacina contra a gripe.
Nesse sentido, nós abordamos a criação de um imunizante contra esse vírus especificamente para idosos. Confira suas vantagens aqui.

4) Locais em crise ou com fragilidade social
A Organização Mundial de Saúde afirma que 1,6 bilhão de indivíduos moram em locais com pouquíssima infraestrutura. E isso é um drama do ponto de vista humanitário.
Enquanto outras regiões dispõem de hospitais de última geração, que atendem casos complexos, nesses lugares abalados por crises, as grandes causas de mortes costumam ser diarreia, infecções preveníveis – além da violência, é claro.

5) Resistência bacteriana
O uso excessivo de antibióticos, tanto em seres humanos como em animais de corte (gado, porco, frango…) cria, no longo prazo, superbactérias que não respondem aos tratamentos convencionais. Só em 2017, 600 mil casos de tuberculose eram resistentes ao principal remédio usado contra essa infecção. E esse é só um exemplo.
Uma colunista do site da SAÚDE explicou esse tema mais fundo. Clique aqui para ler – e faça sua parte!

6) Ebola e outros agentes infecciosos letais
Estamos falando de vírus, bactérias e outros patógenos de alta periculosidade. A bem da verdade, eles costumam ficar restritos a um ou outro país – como os surtos de ebola, que afligiram especialmente o Congo.
No entanto, uma falha nos mecanismos de saúde pública poderia causar uma epidemia com potencial destruidor na sociedade. O desenvolvimento de nações mais pobres e o fortalecimento da infraestrutura de controle dessas infecções ajudaria bastante nesse sentido.

7) Atendimento primário de saúde deficiente
Esse é o primeiro contato da pessoa com o setor de saúde. Com um atendimento eficaz, é possível afastar uma série de doenças e, de quebra, identificar tantas outras que podem estar escondidas – de novo, podemos citar diabetes, câncer e pressão alta.
Entretanto, a OMS declara que muitos países dão pouca atenção para essas consultas mais preventivas. Uma pena.

8) Medo de vacina
Está aí uma das histórias mais bizarras da saúde moderna. Embora salve de 2 a 3 milhões de vidas por ano, a vacinação virou alvo de alguns grupos que alegam, sem qualquer base científica, malefícios dessa estratégia. Uma colunista do site da SAÚDE fez um artigo interessantíssimo sobre o assunto, batizado de Por que o movimento antivacina não tem um pingo de sentido.
Além disso, os imunizantes são vítimas do próprio sucesso. Como as doenças contra as quais eles foram criados somem do mapa com um bom programa de vacinação, as pessoas hoje em dia minimizam a gravidades dessas encrencas e pensam que as injeções não trarão benefícios. Ledo engano – e o aumento nose casos de sarampo e febre amarela no Brasil deixam isso bem claro.

9) Dengue
Essa é uma velha conhecida nossa. A OMS pretende, até 2020, diminuir 50% das mortes por causa dessa infecção.
Mas o fato é: sem um trabalho comunitário árduo e sem a participação de cada um de nós, essa doença vai continuar provocando estragos em larga escala. Quer saber como se proteger de verdade desse problema? Clique aqui.

10) HIV
Um clássico engano, com repercussões trágicas, é imaginar que a aids está sob controle. Não está, como ficou claro neste artigo que Richard Parker, diretor-presidente da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids, escreveu para a SAÚDE.
Hoje em dia, mais ou menos 37 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV. É necessário encarar esse problema de frente, sem preconceito, para de fato controlarmos a epidemia. Caso tenha interesse, produzimos um material com tudo o que você precisa saber sobre a aids.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/10-grandes-ameacas-a-saude-em-2019-segundo-a-oms/ - Por Da Redação - Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital

domingo, 6 de maio de 2018

Distúrbios do sono podem causar ou agravar doenças cardíacas

Conheça a relação entre os dois problemas e proteja seu coração

Uma boa noite de sono não é cura apenas para os problemas do dia a dia - não dormir bem pode causar doenças graves e importante alteração no convívio social. Começando do começo: não é o quanto você dorme, mas como você dorme. O sono, independente da duração, deve ser reparador, e a pessoa deve acordar plenamente recuperada do cansaço do dia anterior. Seja essa noite com cinco ou dez horas de sono. Algumas doenças podem causar irregularidade do sono, se manifestando como despertares frequentes ou pesadelos. Hipoglicemia noturna, comum em pacientes que usam remédios para diabetes ou insulina à noite, pode causar pesadelos e agitação no sono. Distúrbios da tireoide, abuso de medicações para indução ou supressão de sono (estas últimas componentes comuns em medicações para redução de peso) também podem alterar o ciclo do sono.

O custo da noite mal dormida não é limitado ao cansaço, perda de libido, irritabilidade e falta de concentração do dia seguinte. Essas consequências são mais conhecidas - inclusive, estudos feitos com médicos residentes no dia após o plantão sugerem que a concentração e os reflexos após uma noite sem dormir ou mal dormida são equiparáveis aos de uma pessoa alcoolizada. Entretanto, após privação de sono reparador por um período maior, outras doenças associadas começam a surgir, como hipertensão arterial, obesidade, arritmias cardíacas e diabetes.

A hipertensão arterial pode ser causada e piorada pelo desenvolvimento de apneia do sono. Isso porque o organismo libera adrenalina como reação de defesa por causa da pouca oxigenação causada pela apneia, contraindo os vasos sanguíneos e obrigando o sangue a correr em uma velocidade maior, levando ao aumento da pressão arterial. Outro problema que está ligado à apneia do sono é a morte súbita cardíaca e não cardíaca. O tratamento da apneia pode curar a hipertensão arterial, e esta está intimamente relacionada à gravidade da apeia (medida pelo numero de episódios de falta de oxigênio no sangue durante a noite).

Arritmias cardíacas, como fibrilação atrial, podem até mesmo desaparecer quando a apneia é tratada. Do contrário, pacientes com apneia e fibrilação atrial precisam de mais remédios para controlar, tem menos sucesso nas ablações por cateter (uma forma de "cauterizar" a região que causa as arritmias) e têm mais sintomas.

Pessoas com obesidade têm mais ronco e mais apneia, e não sabemos qual é causa ou consequência. Obesos tem circunferência do pescoço maior, e a gordura depositada em pontos estratégicos pode dificultar a passagem do ar durante o sono e relaxamento da musculatura da orofaringe. Sendo a obesidade e apneia do sono fatores de risco para doenças cardíacas, a atenção deve ser redobrada nesse grupo.

O diagnóstico da maioria dos distúrbios do sono pode ser feito através da observação de uma noite de sono em laboratório especializado (polissonografia). Hoje existem várias modalidades de tratamento disponíveis, como ventilação não invasiva, exercícios e até cirurgias. O ronco pode causar falta de ar e matar se não for tratado.

Também é importante chamar a atenção que a maioria destes problemas reverte com o tratamento. Como uma tentativa inicial, sugerem-se medidas como manter uma regularidade de hora de dormir e despertar, não ficar na cama fora da hora de dormir (para "acostumar" o corpo com a percepção de que cama é igual a dormir, facilitando a chegada do sono), evitar refeições até uma hora antes de dormir e procurar dormir em ambiente silencioso e escuro, com o mínimo de interrupções possível.


domingo, 25 de junho de 2017

Coçar os olhos pode causar miopia e outros problemas irreversíveis na visão

Quem é alérgico, vive coçando os olhos, o nariz, tossindo, espirrando e faz tudo isso quase que de forma automática. Se você faz isso e acha que não tem problema nenhum, saiba que as mãos nem precisam estar contaminadas para que você desenvolva um problema de saúde.

E não só os alérgicos que estão expostos a este risco. De acordo com o oftalmologista da clínica Oftalmed Marcos Ferraz, os olhos não foram feitos para ser tocados, muito menos coçados e, apesar de não doer, esfregar a mão sobre os olhos pode causar problemas de visão.

Perigo de coçar os olhos
Ferraz explica que ao coçarmos os olhos pode ocorrer a ruptura de fibras de colágeno da córnea e isto pode levar ao aumento do diâmetro dos olhos e alterações no formato da córnea.

Problemas de visão
“Astigmatismo, miopia e ceratocone são problemas causados pela mudança na curvatura da córnea e o hábito de coçar os olhos pode provocar esta alteração”, explica o oftalmologista.
O ceratocone é uma alteração na curvatura da córnea que faz com que ela fique com uma ponta e perca o seu formato original. Em casos bem avançados, é possível detectar a mudança a olho nu. Outro grave problema que este hábito pode causar é o deslocamento da retina.
Além destes problemas mais graves, quando as mãos entram em contato com os olhos, elas também podem transmitir vírus e bactérias que dão origem a inflamações e infecções, como tersol e conjuntivite.

Grupos de mais risco
Segundo Ferraz, se você é alérgico ou usa lentes de contato, precisa ter atenção redobrada porque as chances de coceira na região dos olhos são maiores.
“Seis em cada 10 pacientes alérgicos têm conjuntivite alérgica e ela pode provocar coceira. Além disso, os pacientes alérgicos têm muito mais ceratocone, que são as alterações na córnea”, comenta o oftalmologista.
Já as pessoas que usam lente de contato devem retirar as lentes caso sintam algum desconforto porque pressionar as lentes dentro dos olhos pode causar rupturas na córnea e infecções.

Coceira nos olhos: o que fazer?
Se você sente vontade coçar os olhos frequentemente ou observa que um ou ambos os olhos ficam irritados com frequência, deve procurar um oftalmologista para que ele faça uma avaliação para entender o que pode estar causando estes desconfortos.
Apesar de grande parte dos casos estarem relacionados a alergias, a coceira na região dos olhos também pode ser sintoma de problemas oftalmológicos, como a síndrome do olho seco (disfunção lacrimal) e conjuntivite.

Tratamento
“Se for devido a uma alergia, é preciso que o tratamento seja feito de forma sistêmica – ou seja, a pessoa deve tratar a alergia e também deve usar colírios prescritos a ela”, comenta Ferraz.
Como alguns colírios são vendidos sem prescrição médica, algumas pessoas acabam camuflando o problema sem procurar ajuda médica. Não faça isso!
O oftalmologista alerta que existem inúmeros tipos de colírio e que primeiro é indispensável conhecer a causa do problema para que o colírio correto seja indicado. Desta forma, é possível tratar o problema e minimizar o desconforto.


quinta-feira, 8 de junho de 2017

8 coisas que acontecem com seu corpo quando para de fazer sexo

Redução da libido, dores de cabeça e aumento do estresse são apenas alguns dos problemas que a ausência do sexo podem causar no seu corpo

Os benefícios do sexo vão além das sensações de prazer e bem-estar, sendo essenciais também para saúde. Porém, com uma rotina intensa de trabalho, estudos e compromissos, a relação sexual pode acabar ficando de lado. O que poucos sabem é que a ausência de sexo pode afetar as pessoas, fisicamente e emocionalmente, sem que tenham consciência disso.

1- Deixa o sistema imunológico mais vulnerável
"A prática de relações sexuais contribui para o estímulo do sistema imunológico, diminuindo os riscos do indivíduo pegar uma gripe ou resfriados. Por isso, deixar de fazer sexo aumenta o risco de contrair infecções", comentou a ginecologista Flavia Nogueira de Leoni, da Doctoralia.
De acordo com pesquisadores da Universidade Wilkes-Barre, nos Estados Unidos, pessoas que praticam sexo uma ou duas vezes por semana alcançam um aumento em 30% da imunoglobulina A (IgA), substância que estimula o sistema imunológico e colabora com o combate de infecções.

2- Aumenta as dores de cabeça
Um estudo feito por cientistas da universidade de Münster, na Alemanha, revelou que o sexo pode ser o analgésico natural para a dor de cabeça, podendo aliviar enxaqueca e cefaleia em salvas, o tipo de dor de cabeça mais forte que existe. Entre os 400 entrevistados pela pesquisa, 60% dos pacientes com enxaqueca e 36% dos que tinham cefaleia sentiram-se melhor depois da relação sexual.
"A ausência do sexo no dia a dia pode deixar você mais cansado e aumentar as dores de cabeça. Fazer sexo com frequência aumenta a produção de endorfina e ocitocina, hormônios que ajudam a evitar o aparecimento de dor de cabeça. ", afirmou a ginecologista.
3- Reduz a flexibilidade
Se você anda sentindo muitas dores no corpo ou dificuldades em realizar tarefas cotidianas, pode existir uma simples explicação: falta de sexo. "Quanto mais uma pessoa fizer sexo, mais saudável o organismo dela será. A relação sexual proporciona um relaxamento dos músculos, aumentando a flexibilidade. Desta forma é comum sentir dores no corpo quando se volta a fazer sexo", disse Dra. Flavia Leoni.

4- Aumenta a ansiedade e o estresse
Segundo um estudo realizado pela Universidade do Oeste da Escócia, a ausência de sexo pode aumentar a pressão sanguínea, podendo estar relacionada ao estresse Durante a pesquisa, os voluntários fizeram um diário de suas atividades sexuais por duas semanas. A pressão deles também era monitorada em diferentes momentos do dia. O estudo mostrou que, ao fazer sexo, a pressão arterial diminuía. No entanto, a ausência acaba aumentando o problema. A explicação é que a produção de hormônios calmantes aumenta muito durante a relação, influenciando de forma positiva a pressão.

5- Diminui a autoestima
De acordo com a ginecologista Flávia Nogueira de Leoni, não ter relações sexuais causa um declínio na felicidade do casal: "Se a pessoa tem uma relação fixa, só pelo fato de não fazer sexo com o parceiro pode afetar a autoestima. O homem passa a questionar sua masculinidade e a mulher a achar que o companheiro pode estar traindo". Além disso, a abstinência sexual resulta em alterações no humor, podendo levar o indivíduo até a um quadro depressivo, já que ele passa a questionar se existe algum problema com si.

6 - Piora a qualidade do sono
Você já reparou que após o sexo muitas pessoas têm o costume de dormir, isso não está relacionado apenas ao cansaço do momento. "Durante o orgasmo nosso corpo libera endorfina e oxitocina, substâncias que causa sensação de bem-estar e resultando em um sono mais profundo", comentou a ginecologista. Para os especialistas, essa é a única atividade física que se pode praticar antes de dormir.

7 - Reduz a lubrificação da mulher
Deixar de transar pode afetar completamente os hormônios e o organismo da pessoa "Quando uma pessoa deixa de fazer sexo, sua libido também é afetada. No entanto, a libido está relacionada a lubrificação e excitação. Por esse motivo, ficar muito tempo sem relação pode ocasionar em dores ou dificuldades ao voltar a realizar o ato sexual, tanto no caso de mulheres quanto homens ", finalizou a ginecologista.

8 - Deixa o cabelo e pele com menos brilho
Esse é um problema muito comum e notável para as mulheres. Como já dito anteriormente, a falta de sexo pode diminuir a autoestima, por isso algumas pessoas deixam de cuidar da beleza. Contudo, os hormônios liberados durante o sexo ajudam na produção de nutrientes, como o colágeno, essenciais para manter o brilho e elasticidade da pele.


quinta-feira, 18 de maio de 2017

Engordar pode causar disfunção sexual no homem?

O aumento da infertilidade masculina é diretamente proporcional à obesidade. A cada 9 kg acima do peso, aumenta-se em 10% a tendência à infertilidade

Os últimos 40 anos foram marcados por uma elevação da obesidade em todo o mundo, de forma que dados atuais chegam a um número de 700 milhões de obesos. No sexo masculino, a proporção praticamente triplicou (17,5%). Dentre todas as comorbidades que vêm com a obesidade, não podemos achar menos relevante a infertilidade e impotência masculina, muito menos tratá-la como tabu.

Obesidade, impotência e infertilidade

A infertilidade, problema que afeta um em cada 13 casais, caracteriza-se pela ausência de concepção após um ano de relação sexual sem proteção. É importante notar que o aumento da infertilidade masculina é diretamente proporcional à obesidade, uma vez que a cada nove quilos acima do peso, aumenta-se em 10% a tendência à infertilidade. Em razão disso, estima-se que 80 milhões de indivíduos obesos do sexo masculino possuem esse problema. Além disso, conforme um levantamento realizado, o homem é o responsável pela infertilidade em 30% dos casais.

O paciente obeso apresenta queda da libido, dificuldade de ereção, piora no desempenho sexual, diminuição do tamanho testicular, bem como baixa contagem de espermatozoides no sêmen e deterioração em sua qualidade. Baixos níveis plasmáticos de testosterona e pouca resposta terapêutica a estimulantes sexuais também são elementos notáveis nesses indivíduos.

Estudos mostram que homens com IMC maior que 30 kg/m² têm menor concentração seminal e os com circunferência abdominal acima de 94 centímetros, maior dificuldade de ereção.

A obesidade, quando associada a outras condições, pode agravar a infertilidade e impotência. São exemplos dessas condições o diabetes tipo 2, hipertensão arterial, apneia obstrutiva do sono, tabagismo, câncer e dislipidemia.

O quadro de obesidade, infertilidade e impotência impacta negativamente a autoestima, o bem-estar emocional e social, além da qualidade de vida. Isso pode favorecer o aparecimento de quadros depressivos, os quais podem gerar um aumento ainda maior no peso.

Mas como o excesso de peso causa todas essas alterações no corpo?

Os obesos têm mais problemas vasculares, o que pode reduzir o fluxo de sangue para o pênis, fluxo este que sustenta a ereção. Ressalte-se ainda que esses pacientes também apresentam menores níveis de testosterona (hormônio masculino) e maior produção pelo tecido adiposo de estradiol (hormônio feminino). Esse desbalanço hormonal é proporcionado pelo aumento do número de células adiposas, elevação dos níveis de insulina, diminuição da relação FSH/LH , diminuição da inibina (proteína produzida pelas células de sertoli no testículo) e diminuição dos níveis de SHBG (proteína produzida pelo fígado que é carreadora da testosterona).

Em suma, todo o eixo responsável pela produção de testosterona e espermatozoides entra em colapso devido às alterações causadas pelo excesso de gordura corporal.

Muitos acreditam que apenas com a reposição de testosterona é possível resolver o problema. No entanto, ela não funciona como medicamento para o tratamento da obesidade, além de não ser eficaz em combater as queixas em grande parte dos casos.

A boa notícia é que as modificações são reversíveis mediante controle do peso, diminuição da gordura abdominal e melhora no estilo de vida.


quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

7 alimentos naturais que podem ser tóxicos

Carambola, espinafre e castanha-do-pará são alguns dos alimentos que podem causar intoxicação
É comum pensar que os alimentos naturais são sempre benéficos para a saúde. Mas em alguns casos é preciso tomar certo cuidado principalmente para pessoas que apresentam algum problema de saúde. Isto porque alguns alimentos contam com fatores antinutricionais. "O termo 'fator antinutricional' é dado aos compostos desses alimentos de origem vegetal que ao serem consumidos, diminuem o valor nutricional ou efeito benéfico do alimento. Eles interferem na digestibilidade, absorção ou utilização de nutrientes e, se ingeridos em altas concentrações, podem acarretar efeitos danosos à saúde", explica a nutricionista Hannah Médici. A seguir, saiba quais são esses alimentos e os cuidados necessários ao consumí-los.

Carambola: risco para quem tem problemas renais
A carambola tem em sua composição o ácido oxálico que em quantidade elevada na urina aumenta a formação de cálculos de cálcio renais, por ser pouco solúvel na urina, e ainda pode causar irritação nas mucosas intestinais.
Assim, a carambola quando consumida em excesso pode causar pedras nos rins de pessoas saudáveis. Em pessoas que já tem problemas renais as complicações podem ser ainda maiores. A carambola possui uma toxina, que é absorvida no processo de digestão da fruta, filtrada pelo rim e eliminada através da urina.
No entanto, quando uma pessoa apresenta quadro de problema renais, com cerca de 10 a 15% de capacidade de funcionamento dos rins, essa toxina, que é um aminoácido modificado, vai para a corrente sanguínea, e se une as proteínas no sistema nervoso central. É por isso que essa toxina é chamada de neurotoxina, podendo afetar o sistema nervoso, causando soluços fortes, confusão mental, agitação, convulsões, sonolência, coma e até levar a morte em casos mais graves.
Assim, quando consumida por quem tem algum grau de problema renal, a carambola pode levar a intoxicação. "Nestes casos a maneira de retirar a toxina da corrente sanguínea é através da filtração do sangue na hemodiálise, que deve ser feita imediatamente correndo-se o risco de não dar tempo e a pessoa ir a óbito", explica a nutricionista Talitta Maciel, do Espaço Reeducação Alimentar.
Um dos grandes riscos é que problemas renais na maioria das vezes são assintomáticos. Então, a pessoa pode ter algum grau de insuficiência e não saber, comer a carambola e passar mal. Os diabéticos também devem evitar o consumo da carambola. "Isto porque a glicemia alta pode causar danos renais. Pessoas que não apresentam sinais de problemas renais, o ideal é fazer exames para verificar a função do órgão antes de fazer o consumo da fruta", orienta Talitta Maciel.
Para pessoas saudáveis, a quantidade recomendada de carambola é uma unidade do fruto maduro por dia. "Não há uma quantidade que pode ser considerada prejudicial porque isso é muito individual. A pessoa pode consumir meia carambola e causar problemas caso tenha alguma doença no rim, como também pode ingerir grandes quantidades do fruto e não desenvolver nada", observa Talitta Maciel.

Espinafre: evite o consumo das folhas cruas
O espinafre é rico em ácido oxálico e ácido fítico. O alto teor destes fatores antinutricionais inibe a absorção dos minerais cálcio e ferro de alimentos consumidos junto com esta verdura. "Os ácidos oxálico e fítico também contém saponina que pode levar à inflamação no intestino", observa Talitta Maciel.
Assim, o consumo em excesso de espinafre pode levar a cálculos renais, artrite, reumatismo e gota, além de deficiência de cálcio e ferro por interferência na absorção destes minerais.
"Quando o espinafre é cozido, pode ser consumido diariamente sem problemas. Contudo, sua versão crua deve ser ingerida no máximo uma vez por semana, mas do que isso os problemas podem aparecer", explica Talita Maciel.
Portanto, é preciso ter alguns cuidados ao consumir o espinafre. Pessoas com tendência à formação de cálculos renais, problemas renais em geral, artrite reumatoide, ácido úrico, gota e reumatismo devem evitar o alimento cru ou cozido. Enquanto pessoas saudáveis não devem ingeri-lo em grandes quantidades.
Sempre consuma o espinafre cozido, com a tampa da panela aberta, pois isto ajuda a saponina a evaporar. Não utilize o caldo de cozimento do espinafre porque ele contém muitos dos antinutrientes desta verdura.

Mandioca brava: ela contém uma espécie de veneno
O principal problema está na mandioca da espécie Mahihot Esculenta, mais conhecida como mandioca brava. "Ela é rica em glicosídeos cianogenéticos que liberam uma substância chamada ácido cianídrico, um tipo de veneno, por isso ela não pode ser consumida cozida como a mandioca comum", alerta Talitta Maciel.
O ácido cianídrico presente na mandioca brava pode causar cansaço, fraqueza muscular, agitação, falta de ar, confusão mental, convulsão, coma e até a morte. "A mandioca brava só pode ser consumida quando submetida à temperaturas muito elevadas que destroem o efeito do veneno, por isso ela apenas é utilizada na preparação de farinhas", diz Talitta Maciel. É muito raro encontrar essa mandioca, mas vale ficar atento.
Existem mais de 250 tipos de mandiocas. Para garantir a saudabilidade do alimento, é importante saber a origem desta mandioca e não consumir aquela que encontrar na natureza. "A mandioca brava costuma ser mais fina e ter o caule mais fibroso", explica Maciel.

Algumas oleaginosas
Consumir além de seis castanhas-do-pará por dia pode ser prejudicial para a saúde. Isto porque esta quantidade do alimento possui 542 mcg de selênio, 774% da recomendação diária. O consumo ocasional de uma quantidade maior não vai causar nenhum problema, o que complica é o consumo crônico de altas quantidades da castanha. Pode ocorrer uma overdose de selênio que leva a uma condição tóxica conhecida como selenose. Os sintomas deste problema são náuseas, vômitos, dor abdominal, fadiga, irritabilidade, descamação das unhas, perda de cabelo, mau hálito, distúrbios gastrointestinais e danos ao sistema nervoso.
Assim, a orientação é ingerir entre uma e duas castanhas-do-pará por dia, considerando que cada castanha tem cerca de 5 gramas, consuma até 10 gramas. Além disso, fique pelo menos dois dias da semana sem consumir este alimento para evitar excesso de selênio.
Também é preciso ter cuidados ao consumir as amêndoas ou a castanha de caju. "Elas possuem cianeto, por isso devem ser ingeridas torradas para eliminar esse veneno", destaca Talitta Maciel. O problema do cianeto é que ele impede a absorção de minerais como potássio, magnésio e outros e isto favorece complicações como tireoide.
A castanha de caju conta com uma substância chamada urishol. "Trata-se de uma toxina alergênica que irrita bastante a pele, causando inflamações", diz Maciel. O urishol desaparece quando a castanha de caju é torrada, por isso é importante consumi-la apenas desta forma.

Óleo de copaíba
O óleo de copaíba é consumido em gotas diluídas em água e faz sucesso devido à sua ação anti-inflamatória e porque algumas pesquisas iniciais apontaram que ele ajuda na prevenção do câncer e é aliado do sistema nervoso central.
Contudo, esse óleo pode causar intoxicação se consumido em excesso, podendo levar à diarreia, vômito, problemas de pele, irritação no intestino e fígado. "O óleo de copaíba deve ser introduzindo aos poucos no dia a dia não ultrapassando 6 gotas diárias, começar com 1 gota na primeira semana de uso e ir aumentando gradativamente semana a semana até chegar as 6 gotas, evitando assim que o organismo não reconheça o óleo e cause os sintomas de intoxicação", explica Talitta Maciel. O consumo deve ser observado e em caso de alguma reação suspender o uso.

Erva de São João
A erva de São João é uma planta medicinal muito usada como antidepressivo natural, sendo consumida na forma de cápsulas. A recomendação da erva varia entre 100 e 300 miligramas por dia, sendo que só o médico poderá determinar a quantidade a ser ingerida. Porém, seu usou tem contraindicações importantes.
A erva de São João tem ação fotossensibilizante, de modo que já foram descritos casos de pacientes que ingeriram a planta e apresentaram dor após um banho de sol. Há relatos de casos em que a ingestão da erva de São João levou a psicose com alucinações e ilusões em pessoas sem histórico de desordens psiquiátricas pessoais ou na família. Também há trabalhos que descrevem casos de pacientes que desenvolveram estado de mania após a ingestão da erva. Ainda há o perigo de hipertensão se a erva de São João for combinada com alguns alimentos como queijo, repolho, picles e vinhos.
O Food and Drug Administration (FDA), organização dos Estados Unidos que controla alimentos e remédios, emitiu uma advertência sobre as interações provocadas pelo uso da planta concomitantemente com medicamentos anti-retrovirais. Isto porque a planta pode interferir na ação dos medicamentos contra o HIV.
Pesquisadores da Universidade de Zurique, Suíça, descobriram que a erva de São João interfere no efeito imunossupressor da ciclosporina, utilizada na prevenção da rejeição de órgãos transplantados. Pacientes transplantados de coração que utilizavam a ciclosporina e ingeriram a planta apresentaram rejeição aguda.
Pesquisas mostram que ocorrem sangramentos e falhas de contraceptivos orais em mulheres que utilizam a erva de São João. Portanto, quem utiliza pílulas deve evitar a planta. Estudos ainda apontam que a erva de São João podem interagir com sinvastatina e com os seguintes fármacos: antidepressivos tricíclicos, amitriptilina, nortriptilina, anticonvulsivantes (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital), anticoagulantes, femprocumona e varfarina (Stockley, 2002).
A erva de São João ainda diminui o efeito anticoagulante do medicamento warfarina e pode aumentar a toxicidade de outros medicamentos como nefazodona ou inibidores seletivos da receptação de serotonina. Quando usado com a paroxetina, a erva de São João produziu náuseas e perturbação psiquiátrica.

Cogumelos
É importante ficar atento ao ingerir os cogumelos. Isto porque muitos deles podem ser venenosos. "Cerca de 80% dos cogumelos são comestíveis, mas existem aproximadamente 4 mil espécies venenosas", observa Talitta Maciel.
Os cogumelos mais consumidos são o shimeji, shitake, champignon, Portobello, cogumelo-do-sol, hiratake, cogumelo salmão e cogumelo rei. Para evitar cogumelos venenosos, é importante ter informações sobre a origem do cogumelo, dados sobre o produtor, número de lote, entre outros. E nada de colher cogumelos das árvores e ingerir!


sábado, 5 de dezembro de 2015

Saiba quais doenças podem causar coceira

É geralmente causada por algum tipo de estímulo externo, como picadas de insetos, poeira, fiapos de tecido e pelos de animais. Mas atenção: esse incômodo pode apontar para problemas mais graves, como alergias e doenças infecciosas

Tipos de dermatite
Entre as mais comuns estão as de contato (da pele com substâncias químicas), a seborreica(descamação e inflamação do escalpo ou da pele da cabeça) e a atópica (adquirida por herança genética). A doença é caracterizada pelo surgimento de manchas avermelhadas que descamam, coçam e podem ter evolução crônica. Entre as causas das dermatites estão reações a produtos de limpeza, higiene pessoal e beleza, contato com substâncias químicas e efeito de algum medicamento, entre outros. O paciente deve procurar um dermatologista para que o diagnóstico e o tratamento sejam orientados de maneira adequada. A caspa capilar, por exemplo, é classificada como dermatite seborreica. Esses quadros podem ser controlados com o uso de xampus à base de substâncias como zinco, cetoconazol ou ácido salicílico. Pessoas com dermatites devem evitar coçar a região afetada ou remover as crostas das feridas para não prolongar ou piorar o quadro.

Casos de escabiose 
Popularmente conhecida por sarna, a doença é provocada pelo ácaro Sarcoptes scabiei, que parasita em humanos — a sarna canina é provocada por outro agente, que transmitido a humanos via mordida pode causar leves coceiras no local da lesão, mas sem maiores riscos. O ácaro é facilmente transmitido entre familiares, pelo uso comum de roupas de cama e roupas. Mas é pelo contato sexual que se configura o principal meio de disseminação do ácaro. A coceira provocada pela escabiose ocorre, geralmente, à noite, principalmente no abdome, na face interna dos braços, na área genital e nas coxas. Não costuma acometer o rosto, exceto em bebês. O tratamento, realizado com soluções ou loções dermatológicas, deve ser feito de 10 a 15 dias, terapia que também elimina os ovos que são depositados sob a pele. Existem medicamentos de aplicação oral, mas que não devem ser ingeridos sem a orientação médica, pois podem ser usados de modo errado e não solucionar o problema.

Pode ser urticária 
É caracterizada pelo surgimento repentino de placas avermelhadas e elevadas na pele. A urticária tem diversas causas, porém, alguns medicamentos são os principais desencadeadores. Em geral, as escoriações desaparecem no mesmo dia, caso contrário, podem ser sinal de alguma doença interna, comolúpus eritematoso. Há, ainda, situações em que a causa não é descoberta, ainda que o paciente realize diversos exames. O tratamento envolve o uso de medicamentos antialérgicos de vários tipos, indicados de acordo com cada caso.

Saiba o que mais pode causar coceira

Ou algo que comemos
Coceiras causadas por esse tipo de situação são mais raras. Adultos sofrem desse tipo de reação ao consumirem frutos do mar, como camarão, por exemplo. Esses casos podem ser caracterizados por irritações na pele semelhantes àquelas causadas pela urticária. Crianças que têm coceiras causadas por alergia alimentar geralmente são intolerantes a corantes como a tartrazina — presente em diversos produtos industrializados, entre eles balas e caramelos — ou a proteínas animais, como leite e carne de vaca. O tratamento visa a afastar a causa e utilizar medicamentos antialérgicos. Os remédios que possuem o corante em sua formulação deverão conter na bula uma advertência informando que o produto contém a substância e que seu consumo pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais, asma brônquica e urticária, em pessoas suscetíveis, conforme Resolução nº 572, de 2002, da Agência Nacional.

Uma reação à picada de inseto
O ataque de alguns tipos de insetos pode provocar o surgimento de bolinhas avermelhadas na pele e que, geralmente, coçam muito. Essas lesões ocorrem principalmente nos braços e pernas, áreas mais expostas do corpo. Ao brincar ao ar livre, as crianças costumam levar bactérias que causam infecções ao local da picada, aumentando a sensação da coceira. Adultos também podem apresentar o problema, sendo às vezes relacionado a outras doenças internas que devem ser pesquisadas. Existe a possibilidade da prevenção com vacinas, que são eficazes se iniciadas na idade correta e para pessoas com alergias às picadas de inseto.

Quando é algo mais grave 
Algumas viroses podem causar erupções na pele que ocasionam coceira, como a dengue ou a catapora, hepatites B e C e até infecção pelo HIV. Há, ainda, situações em que as coceiras não apresentam uma causa de fácil identificação. Esses casos devem ser acompanhados rigorosamente por médicos especialistas em dermatologia. Esse sintoma, em alguns casos, pode indicar a existência de doenças que atacam o organismo, mas que não dão outros sinais externos ou qualquer sensação de mal-estar. Esses pacientes jamais devem fazer a automedicação que pode ser causadora de diversas complicações graves.


Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/saiba-quais-doencas-podem-causar-coceira/1966/ - Texto: Ivan Alves/ Ilustração: Angelo Shuman/ Adaptação: Letícia Maciel