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terça-feira, 3 de junho de 2014

Refrigerantes zero: amigos ou inimigos da dieta?

Não raro nós ouvimos que um estudo descobriu que um alimento que nós achávamos que fazia bem para a saúde, na verdade, faz mal. O ovo, por exemplo, uma hora é vilão e outra é herói. A bola da vez é o refrigerante diet – ou o rebatizado recentemente refrigerante zero.

Um novo estudo publicado na revista “Obesity”, da Sociedade da Obesidade (EUA), confirma que o consumo de bebidas dietéticas pode ajudar as pessoas a perder peso.

James O. Hill, diretor executivo do Centro Anschutz de Saúde e Bem-Estar da Universidade de Colorado e coautor do estudo, explica que a descoberta contraria mitos surgidos nos últimos anos que afirmam exatamente o contrário – o aumento de peso. “Na verdade, aqueles que beberam bebidas diet perderam mais peso e relataram sentir significativamente menos fome do que aqueles que beberam apenas água. Isso reforça que, se você está tentando perder peso, você pode desfrutar de bebidas diet”.

O estudo durou 12 semanas, contou com 303 participantes e é o primeiro ensaio clínico prospectivo e randomizado para comparar diretamente os efeitos de água e bebidas diet na perda de peso dentro de um programa comportamental focado no emagrecimento.

Realizada simultaneamente por pesquisadores da Universidade do Colorado e do Centro de Pesquisa em Obesidade e Educação da Universidade de Temple (EUA), a pesquisa mostra que os indivíduos que consumiram bebidas dietéticas perderam uma média de 6 quilos – 44% a mais do que o grupo de controle, que perdeu uma média de 4 quilos.

Além disso, 64% dos participantes do grupo das bebidas dietéticas perdeu pelo menos 5% do seu peso corporal, em comparação com apenas 43% do grupo de controle. Foi comprovado que esta redução em 5% do peso corporal melhora significativamente a saúde, incluindo a redução do risco de doença cardíaca, pressão arterial elevada e diabetes do tipo 2. O estudo foi apoiado por uma concessão educacional irrestrita da Associação Americana de Bebidas.

Para John C. Peters, coautor do estudo e diretor de estratégia do Centro Anschutz, há muita desinformação a respeito deste tipo de bebidas, especialmente na internet. “Esta pesquisa permite que pessoas em dieta sintam-se confiantes de que as bebidas açucaradas de baixa ou nenhuma caloria podem desempenhar um papel importante e útil como parte de uma estratégia eficaz e abrangente perda de peso”.

Os participantes do estudo foram aleatoriamente designados para um dos dois grupos: um podia tomar bebidas dietéticas, como refrigerantes diet, chás e águas aromatizadas, o outro apenas água. Com a exceção das opções de bebidas, os dois grupos seguiram um programa de dieta e exercício idêntico ao longo do estudo. Ambos os grupos notaram reduções na circunferência da cintura e na pressão arterial.

Porém, além de perder 44% mais peso do que o grupo controle, o grupo que consumia as bebidas dietéticas também relatou sentir significativamente menos fome, mostrou melhorias significativamente maiores nos níveis colesterol “ruim”, e viu uma redução significativa nos níveis de triglicerídeos. [Science Daily]

Fonte: http://hypescience.com/refrigerantes-zero-amigos-ou-inimigos-da-dieta/ - Autor: Jéssica Maes

sábado, 24 de agosto de 2013

Doces e refrigerantes diet ou zero despertam vontade de comer mais

Endocrinologista explica como funciona o mecanismo de recompensa gerado no organismo

Difícil encontrar quem se contente com apenas um docinho. Geralmente, ao comer um, vem sempre a vontade de comer mais um. Segundo a endocrinologista Andressa Heimbecher, isso não é apenas gula ou falta de força de vontade. Ela explica que os alimentos ricos em carboidratos oferecem sensação de bem-estar, ativando a área do cérebro chamada de ‘área de recompensa’, num ciclo vicioso que prejudica a dieta e a manutenção do peso.

“Pesquisas têm mostrado que o consumo de alimentos com alto índice glicêmico estimula diretamente o hipotálamo, fazendo com que aconteça um aumento da fome nas horas seguintes à ingestão”, afirma.

Qualquer tipo de doce pode desencadear esse processo, inclusive as bebidas. “Sabe-se que, hoje em dia, o consumo de refrigerantes é um dos principais contribuintes para a epidemia de obesidade. E não adianta querer ‘enganar’ o organismo consumindo refrigerantes diet, zero ou outras bebidas adoçadas artificialmente, pois elas são responsáveis pelo aumento do risco de várias doenças crônicas”, diz.

A endocrinologista explica que isso acontece porque as bebidas adoçadas artificialmente interferem nas respostas normais do organismo, confundindo sua habilidade natural de controlar o consumo de calorias, baseado no sabor doce. “O corpo regula a fome reunindo informações sobre o sabor doce do alimento e seu valor calórico. Como o sabor não vem acompanhado de calorias, existe um efeito rebote que determina mais fome e mais vontade de consumir esses alimentos”.

Há estudos que compararam, por meio de ressonância magnética, pessoas que beberam água adoçada com açúcar e com adoçante. O resultado mostrou que os que ingeriram açúcar ativaram mais a área de recompensa do que os que ingeriram adoçante. “Isso pode explicar porque, em tese, quem ingere muito adoçante tende também a comer mais doces. Afinal, a área de recompensa não fica totalmente ‘recompensada’”.