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quinta-feira, 4 de março de 2010

Escola Pública para os filhos dos políticos eleitos

Escola Pública para os filhos dos políticos eleitos - IDEIA SENSACIONAL!!!

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 480, DE 2007.

Determina a obrigatoriedade dos agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.

Projeto obriga políticos a matricularem seus filhos em escolas públicas. Uma ideia muito boa do Senador Cristovam Buarque. Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, deputado, senador, governador, presidente) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública. As consequências seriam as melhores possíveis. Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil.

Infelizmente este projeto está engavetado no Senado, mas se você concorda com a ideia, cobre do senador que você votou o apoio dele a esta lei, porque ela poderá mudar a realidade da educação pública do nosso país, e não será mais necessário o sistema de cotas nas universidades para aprovar alunos que estudam em escolas públicas.

domingo, 26 de abril de 2009

O esporte na escola pública

Tenho 30 anos de vivência no esporte escolar e sou de uma época que o esporte na escola particular era bom, mas o da escola pública era muito melhor. Nas décadas de 70, 80 e meados de 90, os grandes campeões dos Jogos da Primavera e em diversos esportes foram os colégios públicos como o Atheneu, Castelo Branco, Murilo Braga de Itabaiana, Costa e Silva, Tobias Barreto e tantos outros, com os atletas participando com entusiasmo e motivação e nas aberturas dos jogos na Avenida Barão de Maruim ou no Batistão, milhares de pessoas se aglomeravam para ver o desfile dos atletas e não era necessário levar banda da Bahia para ter público, como acontece nos dias de hoje.

De lá para cá, foram acabados os jogos Infantis, o campeonato escolar de esportes e os jogos da primavera, que foram substituídos pelos fadados jogos das escolas públicas; em 2004, os jogos da primavera foram reativados com outro regulamento, onde no esporte coletivo classifica-se apenas uma escola particular e três públicas para disputar as semifinais e finais; só desta maneira a escola pública tem condições de ganhar mais medalhas que a particular. Antigamente as escolas públicas e particulares se enfrentavam desde o início da competição, com as públicas obtendo os melhores resultados; para se ter um exemplo, neste ano pela disputa da seletiva dos JEB’s nos esportes coletivos, das 16 equipes campeãs classificadas para representar o Estado, treze foram escolas particulares e apenas três escolas públicas, isto graças ao trabalho abnegado de alguns professores; se o regulamento dos JEB’s de 20 anos atrás fosse o de hoje, o Estado seria representado por 80% de escolas públicas, ao contrário dos dias atuais.

Esta é a real situação do esporte na escola pública agravada com as mudanças que ocorreram nas aulas de educação física e de esportes com a nova LDB, a partir de 1996, onde as aulas foram reduzidas de três para duas e no mesmo turno de aula; as turmas tornaram-se mistas e com mais de quarenta alunos e o esporte se tornou privilégios de poucos, pela diminuição das turmas de esportes e aumento das turmas de educação física para os professores trabalharem. A nova tendência da educação física que enfatiza a teoria mais do que a prática esportiva está tirando a motivação e o prazer do aluno praticar algum esporte. Nas escolas públicas o material esportivo é escasso e em sua maioria não tem quadra esportiva, principalmente as do interior, para os alunos ter aulas de educação física e esporte; impondo aos professores a aula teórica na sala, por não ter o espaço físico necessário para as aulas práticas; é por isto que o Estado não tem um programa de conteúdos para as aulas de educação física; como vai exigir que um professor ensine basquete se na sua escola não tem as tabelas; aula de judô, se não tem tatame; natação, se não tem piscina; atletismo, se não tem pista, etc; enquanto isto, a maioria das escolas particulares tem ginásio de esportes ou quadra, piscina, material esportivo abundante e treinam suas equipes três vezes por semana ou mais. Nos dias de hoje, dá para a escola pública competir de igual com a particular?

Saudades dos tempos áureos do esporte nas escolas públicas, e que nos últimos anos foi desprezado e desmotivado pelos dirigentes escolares. Que a partir de 2007, o esporte através da educação física seja valorizado, os professores da rede pública tenham melhores condições de trabalho e que possam lentamente colocar o esporte em seu devido lugar, como era em tempos atrás.

Por José Costa
Professor de Educação Física
CREF 000245-G/SE