Mostrando postagens com marcador Fumo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Fumo. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 29 de julho de 2020

14 dicas para parar de fumar e não engordar


Você decidiu parar de fumar? Parabéns! Com algumas mudanças de hábito dá para abandonar o vício e até emagrecer!

Muitas pessoas procuram dicas para parar de fumar e não engordar mas algumas apenas usam o aumento de peso como “desculpa” para não largar o cigarro. E, em partes, o medo se justifica: 57% das mulheres que pararam de fumar aumentaram o peso, mostrou um estudo com 748 pacientes do Ambulatório de Tabagismo do Instituto do Coração (Incor) de São Paulo. O ganho médio foi de 4,4 quilos ao longo de um ano. Uma pequena parcela (12%) engordou mais de 10 quilos.

De acordo com a cardiologista Jaqueline Sholz Issa, responsável pelo ambulatório, quatro fatores podem fazer a balança disparar.

O primeiro é a mudança no metabolismo. A nicotina acelera a queima de calorias. Por isso, se continuar comendo como antes, o ganho de peso é quase certo.

O segundo fator é a melhora do paladar e do olfato. A nicotina (e outras substâncias tóxicas do cigarro) amortece as papilas gustativas deixando os alimentos sem sabor. Na ausência dela, a comida volta a ficar apetitosa e cresce o risco de você comer além da conta.

O terceiro é a oralidade: o alimento preenche a necessidade de ocupar a boca, recuperando parte do prazer do cigarro.

Mas o pior é a ansiedade. Quando bate aquela vontade louca de fumar e você corre para a geladeira. Por isso, para largar de vez o vício sem fazer o ponteiro da balança subir.

Confira abaixo algumas dicas para evitar que isso aconteça ao largar o cigarro.

Dicas para parar de fumar e não engordar

1. Marque o dia
A orientação é do Instituto Nacional do Câncer (Inca): reserve uma data, se possível nas próximas duas semanas. Na véspera, fume o último cigarro, depois jogue fora todos os maços, isqueiros e cinzeiros.

2. Prepare a despensa
Dê um fim às guloseimas — doce, biscoito recheado, chocolate e pacotes de salgadinho — para não devorá-las em um ataque compulsivo. A nutricionista Fábia de Campos, do Rio de Janeiro, especialista no atendimento a tabagistas, sugere apostar em biscoitos com fibra extra e pipoca de canjica salgada. “O crec-crec desses petiscos ajuda a aliviar a ansiedade e não são tão calóricos.”

3. Organize a geladeira
Arrume potes de alimentos saudáveis para beliscar: uva, morango, jabuticaba e amora; frutas cortadas em cubinhos (pera, maçã, mamão); e hortaliças cortadas no formato de palito (pepino, cenoura, nabo, erva-doce fresca, rabanete e tomate).

4. Ajuste a dieta
Faça duas refeições e três lanches por dia, alimentando-se a cada três horas. “Fumantes nem sempre têm uma rotina alimentar porque o cigarro tira a fome. Ter horários fixos para as refeições ajuda a evitar o ganho de peso”, orienta a nutricionista. E coma devagar para não extrapolar na quantidade.

5. Mexa-se
Exercício queima calorias e ajuda a controlar o peso, além de liberar substâncias que trazem bem-estar, reduzindo a vontade de acender um cigarro, concluiu estudo publicado no periódico americano Psychopharmacology. Se você for sedentário, comece com uma caminhada de meia hora, três vezes por semana. Você já malha? Aumente a carga ou a intensidade do treino a fim de gastar mais 300 calorias por dia. “É o necessário para compensar a mudança metabólica”, informa Jaqueline Issa.

6. Aposte nas proteínas
Inclua ovo, frango, peixe e carnes magras no almoço e jantar; shake proteico, queijo fundido light (tipo Polenguinho) e fatias de peito de peru no lanche. As proteínas aceleram o metabolismo e reduzem o comer compulsivo. Pães e massas são permitidos, sobretudo integrais, em porções moderadas: o carboidrato ajuda a manter o equilíbrio emocional. Reduza o consumo de gorduras.

7. Dê um tempo no café
Frutas (em especial cítricas), hortaliças e laticínios pioram o gosto do tabaco, segundo pesquisa da Universidade Duke, nos Estados Unidos, com 209 fumantes. Por outro lado, alguns alimentos acentuam seu sabor e “convidam” a fumar, portanto é melhor tirá-los da mesa nas primeiras semanas: carnes, bebidas alcoólicas (cerveja, vinho) e, em disparada, o café.

8. Tome água
A hidratação ajuda a desintoxicar o organismo, já que a nicotina é liberada pela urina. E, com o estômago cheio de líquido, você sente menos fome. Beba água a cada hora e sempre que vier a vontade de fumar.

9. Recorra aos aliados
Tenha sempre na bolsa ou na gaveta do escritório algo passível de ser mordiscado: bala e chiclete diet, canela em pau, lasquinhas de gengibre, cravo, anis-estrelado.

10. Reveja hábitos
Para suprir a falta do cigarro após o cafezinho, a transa, ao dirigir, sair com os amigos, é preciso mudar comportamentos. Em um estudo com 216 fumantes publicado no Journal of The American Dietetic Association, os que passaram por terapia comportamental cognitiva demonstraram mais autoestima e motivação para alterar rituais e largar o fumo.

11. Desengavete planos
Fazer um curso (de idioma, artes, música) ou iniciar uma atividade nova e prazerosa ajuda a preencher o vazio deixado pelo cigarro.

12. Fuja das armadilhas
Afaste pensamentos sabotadores como: “Está difícil ficar sem o cigarro, então eu mereço um bombom”. O comum é não se contentar com um e devorar a caixa toda.

13. Resista à tentação
A vontade de fumar dura no máximo cinco minutos, afirmam os especialistas do Inca. Quando ela bater, chupe gelo, escove os dentes. Ocupe as mãos com um elástico.Faça palavras cruzadas. Atualize seu Facebook ou entre num fórum de ex-fumantes. Ligue para um amigo.

14. Procure ajuda
As instituições de saúde ligadas ao SUS oferecem tratamento gratuito para parar de fumar. Informe-se pelo Disque Saúde: 136.

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/saude/veja-14-dicas-para-parar-de-fumar-e-nao-engordar/ - Por Cristina Nabuco (colaboradora) - fuzznails/Thinkstock/Getty Images

terça-feira, 21 de maio de 2019

Vício em cigarro pode prejudicar a visão


Estudo revela que fumar um maço por dia diminui a capacidade de distinguir cores e contrastes dos objetos

Foi encontrado mais um possível malefício do tabagismo. Um estudo da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, e da Universidade Federal da Paraíba revela que quem fuma pelo menos 20 cigarros por dia teria sua visão prejudicada.

Segundo os pesquisadores brasileiros e americanos, trabalhos anteriores já haviam abordado o tema, mas nenhum foi conclusivo. Por isso, eles se uniram para começar a desfazer esse nó.

Os cientistas selecionaram 71 indivíduos saudáveis que fumaram, no máximo, 15 cigarros em toda a vida. Eles foram comparados a 63 pessoas que fumavam, no mínimo, 20 cigarros diariamente. As idades dos voluntários variavam entre 25 e 45 anos e todos tinham visão normal ou corrigida com óculos e afins. Ou seja: problemas como miopia, astigmatismo e cegueira não interferiram na análise.

Os testes foram feitos em laboratório a partir de um monitor de 19 polegadas que exibia diferentes estímulos visuais. Os participantes deveriam olhar as imagens através de um binóculo posicionado a 150 centímetros da tela, enquanto os pesquisadores monitoravam os dois olhos simultaneamente.

Através de um software ligado a essa aparelhagem, os experts checaram como cada sujeito discriminava as cores e os níveis de contraste — aquelas diferenças sutis no sombreamento.

Os resultados indicam mudanças significativas na percepção das cores vermelho, verde, azul e amarelo dos tabagistas. Além disso, constatou-se que a capacidade de eles discernirem contrastes é menor.

Os estudiosos não determinaram a causa dessas alterações, mas acreditam que ela esteja ligada ao fato de o tabagismo prejudicar o sistema vascular do corpo inteiro. Portanto, ele danificaria os vasos sanguíneos que irrigam a retina.

De acordo com um dos autores do experimento, o psicólogo Steven Silverstein, a fumaça do cigarro também tem sido associada a pequenas lesões cerebrais que afetam regiões como o lobo frontal. “Essa é uma área que desempenha um papel […] no processamento da visão”, afirma o especialista, em comunicado à imprensa.

Esse fato, claro, ainda precisa ser melhor estudado. Mas ele pode servir como um motivador extra para abandonar as tragadas.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/vicio-em-cigarro-pode-prejudicar-a-visao/ - Por Maria Tereza Santos - Foto: GI/Getty Images

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Adolescentes que fumam e bebem já podem ter problemas nas artérias


Não é preciso enfiar o pé na jaca ao longo da vida inteira para ter problemas graves. Estudo revela que álcool e tabagismo podem afetar o sistema cardiovascular já a partir dos 13 anos de idade

Não há dose segura de álcool – nem idade em que a bebida não seja prejudicial. E o mesmo vale para o cigarro. Essa é a conclusão de uma pesquisa da Universidade College London, na Inglaterra, publicada no periódico European Heart Journal.

Ao analisar 1.266 adolescentes, os cientistas perceberam que as artérias de jovens que têm o hábito de fumar e beber já apresentam sinais de enrijecimento, algo que só costuma acontecer a partir dos 40 anos. A longo prazo, artérias mais duras – condição conhecida como aterosclerose – prejudicam a circulação sanguínea e aumentam o risco de infarto e derrame, por exemplo.

O trabalho foi feito com meninos e meninas de 13, 15 e 17 anos de idade, que passaram por exames para avaliar como estava o funcionamento de suas artérias e também responderam a questionários sobre quantos cigarros já haviam fumado na vida e a frequência com que consumiam álcool.

Os participantes foram divididos em grupos, de acordo com o modo como usavam as duas drogas. Em relação ao fumo, aqueles que haviam tragado até 20 cigarros ao longo da vida ficaram na turma de baixa intensidade; quem já tinha consumido entre 20 e 99 cigarros foi classificado como moderado; e os que já haviam ultrapassado a marca de 100 cigarros foram considerados usuários de alta intensidade. Esses últimos apresentaram um risco 3,7% maior de enrijecimento das artérias em relação à turma que fumou pouco.

Quanto ao álcool, os voluntários foram agrupados de acordo com a quantidade de bebida que ingeriam nos dias em que saíam com os amigos. Entornar mais de 10 drinques foi considerado um consumo intenso; entre três e nove, moderado; e menos de dois, baixo. A galera que pegava mais pesado na bebida tinha uma probabilidade 4,7% maior de desenvolver o problema cardiovascular. Mais: entre aqueles que abusavam do álcool e do cigarro, esse risco subia para 10,8%.

A boa notícia é que o quadro pode ser reversível. “Vimos que, se os adolescentes param de fumar e beber, suas artérias tendem a voltar ao normal”, relata John Deanfield, líder da investigação, em nota divulgada à imprensa.

Os autores alertam ainda que a idade em que os jovens começam a consumir cigarro e álcool não importa – os efeitos são os mesmos aos 13 ou aos 17 anos. Para Marietta Charakida, que também conduziu a pesquisa, os governantes têm um papel fundamental em cuidar da saúde dessas pessoas. “Precisamos implementar estratégias educacionais eficientes, já na infância, para desestimular os adolescentes a fumar e beber”, opina.

No Brasil
Por aqui, 1,8 milhão de adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos assumem que já fumaram pelo menos um cigarro, o que representa 18,5% das pessoas dessa faixa etária. O dado, divulgado no início de 2018, é do Erica – Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes, conduzido pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e outras instituições estrangeiras. Apesar de esse número ser alto, ele mostra que o hábito está caindo entre os jovens – em 2009, 24% assumiam já terem tragado ao menos uma vez, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao álcool, a tendência é inversa: 1,5 milhão de adolescentes de 13 ou 14 anos confessam já ter experimentado alguma bebida, de acordo a pesquisa do IBGE. Esse montante representa 55% dos alunos do 9º ano do ensino fundamental – índice 5% maior do que a mesma pesquisa havia apontado em 2012.


sexta-feira, 31 de maio de 2013

31 de Maio: Dia mundial sem tabaco

Cessação do Tabagismo

 O tabagismo é uma das principais causas de doença em todo o mundo, sendo estimadas mais de 400.000 mortes a cada ano devido a esse hábito, somente nos EUA. Além disso, a exposição passiva ao tabagismo parece ser responsável por aproximadamente 40.000 mortes por ano, devido a doenças cardíacas. O tabagismo é, também, uma das principais causas de doenças não-fatais, como a osteoporose, as rugas, a doença ulcerosa péptica, a impotência e complicações da gravidez.

A maioria dos tabagistas aceita o fato de que o tabagismo é perigoso, porém pensam que o risco atua como se fosse uma roleta: acreditam que cada cigarro que fumam é como se fizessem uma aposta. O “prêmio” seria um ataque cardíaco, câncer de pulmão ou outra doença. Se seu “número” for sorteado, você terá a doença; se seu número nunca aparecer, você pode evitar os efeitos maléficos do cigarro e viver toda a vida não sendo afetado pelo cigarro. No entanto, esse é um conceito errado. Todo cigarro que um indivíduo fuma afeta o organismo do mesmo. A verdade é que, quanto mais se fuma, maior será o malefício. Parar de fumar e se manter assim é difícil, porém não é impossível.

Riscos do Tabagismo

- Câncer de pulmão: o risco de câncer de pulmão aumenta aproximadamente 50% a 100% para cada cigarro fumado por dia.
- Doença cardíaca: o risco aumenta aproximadamente 100% para cada maço de cigarro consumido por dia.
- Cigarros de filtro: a troca para consumo de cigarro de filtro (ao invés de cigarro de palha) reduz o risco de câncer de pulmão em cerca de 20%, mas não reduz o risco de doença cardíaca.
- Os tabagistas passam 26% mais de tempo internados e mais de duas vezes em centros de terapia intensiva (CTI), quando comparados aos indivíduos que não fumam.
- Cada cigarro consumido relaciona-se a menos 5-20 minutos de vida.
- Os tabagistas apresentam um risco duas vezes maior de morrer antes dos 65 anos, em comparação aos não-tabagistas.
- Além do que já foi citado, o tabagismo se associa a aumento do risco de diversas outras doenças, como cânceres da região da cabeça e pescoço, câncer de bexiga e de pâncreas, osteoporose, doença ulcerosa, enfisema, entre outras.

Benefícios da Cessação do Tabagismo

A cessação do tabagismo apresenta efeitos importantes e imediatos na saúde de homens e mulheres de qualquer idade. Quando mais cedo a pessoa pára de fumar, maior o benefício. Sabemos que os indivíduos que param de fumar antes dos 50 anos de vida, reduzem seu risco de morte nos próximos 15 anos em 50%, em comparação àqueles que continuam fumando. Além disso, a cessação também beneficia os indivíduos expostos ao tabagismo passivo, que é responsável por algumas doenças também.

1. Doença Cardíaca
O tabagismo aumenta duas vezes o risco de doença coronariana (que causa infarto e angina), e a cessação leva a redução rápida desse risco. Um ano após ter parado de fumar, o risco de morte do indivíduo é reduzido em 50% e continua a reduzir ao longo do tempo.
2. Doença Pulmonar
O tabagismo aumenta o risco de doenças pulmonares a longo prazo, como a doença pulmonar obstrutiva crônica. Embora muito do dano pulmonar causado pelo tabagismo seja irreversível, a cessação do tabagismo pode reduzir dano pulmonar adicional, e muitos tabagistas que apresentam tosse crônica e expectoração relatam melhora desses sintomas nos primeiros 12 meses após a interrupção do hábito. A asma é mais comum entre as crianças expostas ao tabagismo, além do que nesses casos o tratamento é mais difícil.
3. Câncer
O tabagismo é responsável por cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão. A cessação do tabagismo reduz o risco desse câncer nos primeiros cinco anos, embora os ex-tabagistas ainda apresentem um risco maior do que os indivíduos que nunca fumaram. A interrupção do tabagismo também reduz o risco de outros cânceres, como de cabeça e pescoço, esôfago, pâncreas e bexiga. O benefício existe mesmo após um desses cânceres tenha sido diagnosticado, já que reduz o risco de um segundo câncer e aumenta a chance de sobrevida ao primeiro câncer.
4. Doença Ulcerosa Péptica
O tabagismo se associa a aumento do risco de doença ulcerosa péptica. A cessação reduz o risco de desenvolvimento das úlceras e acelera a taxa de cicatrização, caso elas já tenham se desenvolvido.
5. Osteoporose
A cessação do tabagismo aumenta a perda óssea e aumenta o risco de fraturas, em mulheres. A interrupção começa a reverter esse risco após cerca de 10 anos. Aumento da perda óssea também foi notado em homens, porém ainda não se sabe o quanto o risco de fratura é aumentado, nesses pacientes.

Preparando-se Para Parar de Fumar

Após decidir parar de fumar, o primeiro passo é definir uma data. Esse será o dia de interromper completamente o tabagismo. Essa data, idealmente, deve ser em no máximo duas semanas, embora a escolha de datas especiais (como um aniversário, datas comemorativas) possa ser útil.
A redução gradual pode ser ocasionalmente bem sucedida, porém a interrupção abrupta se associa a maior êxito. Algumas pessoas modificam o consumo para um cigarro com menor teor de nicotina e tabaco, antes da cessação, porém isso faz com que a pessoa inale cada vez mais profundamente, não trazendo benefício.
Outras ações que ajudam na cessação são as seguintes:
Conte aos amigos, familiares e colegas de trabalho e solicite apoio;
Evite fumar em casa e no carro e outros locais onde você passe grande parte do seu tempo;
Relembre suas tentativas anteriores, tentando identificar o que deu certo e o que não deu;
Prepare-se para lidar com os sintomas de abstinência de nicotina, como ansiedade, frustração, depressão, vontade intensa de fumar. Algumas semanas após a interrupção, fica mais fácil lidar com os mesmos;
Prepare-se para manejar situações que levam você a fumar, como eventos estressantes e o consumo de álcool.
Converse com seu médico sobre seu desejo de parar de fumar. As duas abordagens mais bem sucedidas são as comportamentais e os medicamentos, podendo-se empregá-las concomitantemente.

Abordagem Comportamental (Terapia)

Esse tipo de abordagem pode ser feito de maneira independente ou em sessões individuais e em grupo. No processo de cessação do tabagismo, é importante identificar situações ou atividades que aumentam o risco de se fumar ou se voltar a fumar. Após essa identificação, novas habilidades para lidar com elas serão necessárias. Recomenda-se modificação do estilo de vida para se reduzir o estresse e melhorar a qualidade de vida, como iniciar a prática de atividade física regular ou de técnicas de relaxamento. Exercícios vigorosos podem melhorar a capacidade de se interromper o tabagismo e se evitar a recaída, além de evitar/minimizar o ganho de peso.
Reduza o tempo que você passa com tabagistas. As pessoas que convivem com tabagistas podem considerar a negociação com os mesmos para que eles parem de fumar em casa ou no carro. Reconheça que a “fissura” pode freqüentemente levar a recaídas. Isso pode ser prevenido, pelo menos em parte, evitando-se situações associadas ao tabagismo, como estresse e consumo de álcool. Mantenha disponíveis substitutos orais (como chicletes, cenouras, sementes de girassol) à mão, para quando a “fissura” ocorrer. Evite pensamentos como “fumar apenas um cigarro não me fará mal”; um cigarro normalmente leva a outro.
A chave para o sucesso na interrupção do tabagismo é ter o máximo de informação possível sobre o que esperar e como lidar com o que ocorrer. Materiais de auto-ajuda podem ser úteis.

Medicamentos

Existem diversos medicamentos que podem auxiliar uma pessoa no processo de cessação do tabagismo, devendo os mesmos ser prescritos e orientados por um médico.

1. Reposição de Nicotina
Na ausência de nicotina, o tabagista perde as boas sensações que a nicotina induz, desenvolvendo sintomas de abstinência, que incluem humor deprimido, dificuldades para dormir, irritabilidade, frustração ou raiva, ansiedade, dificuldade de concentração. A terapia de reposição foi desenvolvida para reduzir a intensidade desses sintomas, enquanto o ex-tabagista lida com os aspectos comportamentais do programa de cessação. No entanto, a reposição não prevenirá completamente os sintomas. O uso da reposição concomitante ao tabagismo não é recomendado. A nicotina para reposição está disponível em diversas formas: gomas de mascar, adesivo cutâneo, spray nasal e inalador.
2. Bupropion
O bupropion é um antidepressivo que pode ser usado para auxiliar as pessoas a parar de fumar. No início, é tomado uma vez ao dia, por três dias, com aumento progressivo até a dose recomendada, antes da data escolhida para a cessação. Após a interrupção, o medicamento é mantido por mais sete a doze semanas. O bupropion parece ser mais eficaz que a terapia de reposição de nicotina, e a combinação dos dois parece ser mais eficaz. É um medicamento bem tolerado, podendo se associar a sintomas de boca seca e insônia.
3. Vareniclina
Esse medicamento atua no cérebro e reduz os sintomas de abstinência de nicotina e a “fissura” pelo cigarro. Em diversos estudos esse medicamento foi mais eficaz que o bupropion e à não utilização de medicamento. Deve ser tomado após a refeição, juntamente com um copo cheio de água. Os pacientes iniciam o uso uma semana antes de interromper o tabagismo, e devem continuar o uso por doze semanas antes que se determine a eficácia. Aquelas pessoas que continuam sem fumar, após doze semanas, podem continuar usando o medicamento por mais doze semanas. Os efeitos colaterais mais comuns são náusea e sonhos anormais. No entanto, em 2007 foi informado que alguns pacientes desenvolveram alterações do comportamento, tornando-se agressivos, além de terem desenvolvido pensamentos suicidas. Por isso, o medicamento deve ser usado com acompanhamento médico cuidadoso.

Referências Bibliográficas
Sackey JA, Rennard SI. Patient information: Smoking cessation. In: UptoDate Software v. 16.1, 2008.
Smoking Cessation – Quit Smoking Today. < http://www.smoking-cessation.org/>. Acessado em 22 de setembro de 2008.
WebMD - Smoking Cessation Health Center. <http://www.webmd.com/smoking-cessation/default.htm>.


domingo, 7 de abril de 2013

Quais são os males que o cigarro provoca no corpo humano?


O cigarro pode causar cerca de 50 doenças diferentes, especialmente problemas ligados ao coração e à circulação, cânceres de vários tipos e doenças respiratórias. "A fumaça do cigarro é absorvida por combustão, o que aumenta ainda mais os males da sua composição", diz Valéria Cunha de Oliveira, técnica da divisão de tabagismo do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro. Parece papo de ex-fumante, mas é a pura verdade: em cada tragada são inaladas 4 700 substâncias tóxicas. Entre elas, três são consideradas as piores.

A primeira é a nicotina, que provoca dependência e chega ao cérebro mais rápido que a temida cocaína, estando associada aos problemas cardíacos e vasculares (de circulação sanguínea). A segunda é o monóxido de carbono (CO), aquele mesmo que sai do cano de escapamento dos carros. Ele combina com a hemoglobina do sangue (responsável pelo transporte de oxigênio) e acaba reduzindo a oxigenação sanguínea no corpo. É por causa da ação do CO que alguns fumantes ficam com dores de cabeça após passar várias horas longe do cigarro. Nesse período de abstinência, o nível de oxigênio circulando pelo corpo volta ao normal e o organismo da pessoa, que não está mais acostumado a esse "excesso", reclama por meio das dores de cabeça. A terceira substância tida como grande vilã é o alcatrão, que reúne vários produtos cancerígenos, como polônio, chumbo e arsênio.

Todo câncer relacionado ao fumo - como na boca, laringe ou estômago - tem alguma ligação com o alcatrão. A união desse poderoso trio de substâncias na composição do cigarro só poderia tornar o produto extremamente nocivo à saúde. Para se ter uma idéia, 90% dos casos de câncer de pulmão - a principal causa de morte por câncer entre os homens brasileiros - estão ligados ao fumo.

Alvos fáceis demais
Coração e pulmão estão entre as principais partes do organismo atingidas pelo tabaco

1. Da cárie ao câncer
O tabagismo provoca vários estragos na região da boca. Além de modificar o hálito, a fumaça irrita a gengiva e pode facilitar o surgimento de cáries. Há também uma alteração nas papilas gustativas, o que afeta o paladar do fumante. O cigarro ainda aumenta os riscos de câncer de boca, apesar de ser menos prejudicial nesse aspecto que o charuto.

2. Chapa preta
Várias substâncias tóxicas presentes na fumaça fazem os tecidos dos pulmões perderem elasticidade, o que acarreta uma destruição parcial da estrutura desses órgãos. É isso que as chapas de pulmão dos fumantes - bastante escuras - mostram. Das mortes provocadas por bronquite ou enfisema, 85% estão associadas ao cigarro. O câncer de pulmão é ainda a principal causa de morte por câncer entre fumantes.

3. Trabalho com a nicotina
A nicotina aspirada pelo fumante segue para o fígado, onde é metabolizada. Por isso, esse órgão também está sujeito a desenvolver câncer.

4. Estômago embrulhado
Já foram encontrados resíduos de um agrotóxico chamado DDT em amostras do alcatrão que compõe o cigarro. O DDT irrita as paredes do estômago e pode levar o fumante a sentir náuseas. Além disso, uma parte das substâncias tóxicas do cigarro é metabolizada no estômago, o que pode gerar gastrite, úlcera e até mesmo câncer.

5. Risco de derrame
O cérebro também pode ser afetado pelas dificuldades de circulação causadas pelo cigarro. Os vasos comprimidos, a qualidade de sangue prejudicada e o aumento da pressão arterial podem resultar em derrame cerebral.

6. Circulação comprometida
A nicotina diminui a espessura dos vasos sanguíneos e o monóxido de carbono reduz a concentração de oxigênio no sangue. Assim, o fumante está mais sujeito a vários problemas relacionados à circulação, como aneurismas (dilatação de vasos sanguíneos que favorece os derrames), tromboses (entupimento de vasos), varizes e até uma doença chamada tromboangeíte obliterante, que afeta as extremidades do corpo, podendo levar à amputação de membros.

7. Infarto à vista
Um dos órgãos mais afetados é o coração. A ação da nicotina faz com que o corpo absorva mais colesterol. O cigarro também eleva a pressão arterial e a freqüência cardíaca, que sobe até 30% durante as tragadas. Tudo isso é fator de risco para problemas no coração, tornando o fumante mais propenso a ter infartos.

Livre do vício
O que você ganha se ficar sem fumar por...

20 minutos: a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal.
2 horas: não tem mais nicotina circulando no sangue.
8 horas: o nível de oxigênio no sangue se normaliza.
2 dias: o paladar ganha sensibilidade novamente.
3 semanas: a respiração fica mais fácil e a circulação sanguínea melhora.
5 a 10 anos: o risco de sofrer infarto passa a ser igual ao de quem nunca fumou.

domingo, 17 de março de 2013

Antes dos efeitos do aquecimento global, 1 bilhão morrerá pelo cigarro


Como parece que o fim do mundo está gravado na mente humana, as preocupações atuais se concentram nos males que poderão ser ocasionados pelo aquecimento global.

Segundo o IPCC, órgão da ONU que monitora as mudanças climáticas, o perigo poderá estar em todo o planeta por volta de 2100, quando a Terra poderá ter uma temperatura média 2º C mais alta.

Mas não será preciso esperar pelas incertezas das previsões climáticas.

Quem quiser se preocupar com uma catástrofe que tirará a vida de 1 bilhão de pessoas até 2100 basta se lembrar do cigarro.

"A única entidade no mundo que se beneficiará se o cigarro for passado para a próxima geração de crianças pobres do mundo será a indústria do cigarro," disse Gregory Connolly, membro de um painel internacional que discutiu o assunto.

"Todas as outras indústrias que produzem bens de consumo e serviços vão perder, não se beneficiar, e o mesmo é verdade para as economias das nações pobres e seus cidadãos se o fumo não for banido," acrescenta.

Um após o outro, todos os participantes da conferência alertaram sobre a catástrofe mundial com agenda definida - mas que se sucederá lentamente - caso o cigarro não seja definitivamente banido.

Os pesquisadores estimam que 100 milhões de mortes nos países desenvolvidos, e 1 bilhão nos países mais pobres, serão causados pelo cigarro até 2100.

Segundo pesquisadores do mundo todo, reunidos na Universidade de Harvard (EUA), se as nações do mundo querem realmente enfrentar esse problema para o qual não há incerteza, será necessário:

Colocar o controle do tabaco na agenda da ONU e outras agências internacionais;

garantir que todos os setores da sociedade trabalhem coletivamente para proteger não apenas a saúde da população, mas também os danos econômicos que o cigarro causa;

colocar a saúde como elemento central de qualquer decisão em tratados comerciais que incluam o tabaco; e
trabalhar para reduzir a taxa de fumantes para menos de 5% no mundo todo em 2048, basicamente banindo o uso do cigarro.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

10 ótimos motivos para deixar de fumar


Além de conter substâncias tóxicas que causam câncer, o cigarro também provoca outros males no organismo

Se um dia as propagandas de cigarro foram permitidas na televisão e nos outdoors, hoje isso mudou. Afinal, o cigarro contém cerca de 4.700 substâncias tóxicas que causam diversos tipos de doenças no organismo, inclusive o câncer. Por conta disso, alguns estados brasileiros, como São Paulo, adotaram uma medida para punir estabelecimentos que permitem o fumo em ambientes fechados.

A Lei nº 13.541 visa reduzir o número de fumantes ativos e passivos – aqueles que inalam a fumaça do cigarro mesmo sem tragar. Ainda assim, quem fuma sabe que nem sempre é fácil abandonar o vício rapidamente. No entanto, quem consegue parar de fumar observa mudanças positivas no organismo quase que imediatamente. Veja 10 ótimos motivos para deixar de fumar agora:

1 – Ansiedade zero
Alguns fumantes têm a sensação de que o cigarro acalma e tira a ansiedade. Mas de acordo com um estudo feito em 2013 por psiquiatras ingleses, o efeito é contrário: quando o ex-fumante consegue parar de fumar, sua ansiedade diminui em longo prazo, enquanto aqueles que tentam parar, mas não conseguem, ficam cada vez mais ansiosos.

2 – Sem medo de sorrir
Os benefícios de quem para de fumar também se aplicam à boca. De acordo com estudos de Centros de Controle e Prevenção de Doenças (EUA), quando o fumante abandona o hábito, os riscos de ter problemas dentais como cáries, doenças gengivais e até câncer na boca, diminuem drasticamente.

3 – Vida sexual em alta
O cigarro também pode provocar impotência sexual e falta de libido, tanto em homens quanto em mulheres. Por isso, ao parar de fumar, a vida sexual tem tudo para ficar melhor.

4 – Pele lisa e sem manchas
Fumar durante muitos anos pode também afetar a pele, causando flacidez, rugas e manchas. De acordo com a Sociedade Americana de Cirurgia Plástica Estética, com apenas 45 dias livre do cigarro é possível notar melhoras significativas na pele.

5 – Cabelo forte
Algumas causas da calvície estão associadas à genética, ao estresse e ao consumo de álcool. Entretanto, fumar pode potencializar o problema. De acordo com um estudo dermatológico apresentado pela BBC em 2007, os fumantes compulsivos (que fumam pelo menos 20 cigarros por dia) têm maiores chances de se tornarem calvos.

6 – Bom-humor sempre
De acordo com um estudo realizado pela Universidade Brown (EUA), largar o cigarro deixa a pessoa mais feliz. Segundo a pesquisa, os fumantes em fase de abstinência estavam de muito bom-humor quando foram examinados. Já quando voltaram a fumar, o nível de humor mudou, sendo que em alguns casos, a tristeza foi detectada como sentimento dominante.

7 – Vida longa
Segundo dados de uma pesquisa publicada pelo “Lancet”, jornal especializado em medicina, as mulheres ganham uma década a mais de vida quando param de fumar. Ainda conforme o estudo, mesmo as mulheres que fumam pouco (um ou dois cigarros por dia), correm risco de morrer antes do que aquelas que não fumam.

8 – Fertilidade
Uma reportagem da rede NBN News informa que mulheres fumantes têm 60% a mais de chances de infertilidade que as não-fumantes. Além disso, as fumantes tendem a sofrer mais com abortos espontâneos. Por isso, ao planejar a gravidez, é vital largar o cigarro.

9 – Comida mais saborosa
Sabe-se que o consumo de cigarro altera alguns sentidos, inclusive o paladar e o olfato. A boa notícia é que pouco depois de parar de fumar, a pessoa já consegue sentir melhor o sabor e o aroma dos alimentos, o que permite aproveitar a alimentação com mais qualidade e prazer.

10 – Vida mais saudável
De acordo com um estudo da Universidade de Yale (EUA), os fumantes estariam propensos a sofrer mais ao contrair gripes. Os testes feitos com ratos em meio à fumaça do cigarro apontaram uma reação exagerada do sistema imunológico das cobaias ao vírus da gripe. O resultado sugere que os fumantes ficam mais debilitados não porque não conseguem combater o vírus, mas porque o organismo reage exageradamente na tentativa de solucionar o problema, sobrecarregando assim as defesas do indivíduo.

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/10-otimos-motivos-para-deixar-de-fumar/ - Por Letícia Greco - Foto: Thinkstock

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Fumar “apodrece” o cérebro

Segundo um novo estudo da King’s College London (Reino Unido), fumar “apodrece” o cérebro, danificando seus centros de aprendizagem, memória e raciocínio.

Os pesquisadores queriam investigar a ligação entre a probabilidade de um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (derrame) e o estado do cérebro. Para tanto, a saúde de 8.800 pessoas com mais de 50 anos foi analisada.

Além de informações de estilo de vida, os participantes tiveram que fazer testes para o cérebro, como aprender quantas novas palavras ou nomes conseguissem em um minuto. Todos foram testados três vezes: no momento do estudo, quatro anos depois e oito anos depois.

Os resultados mostraram que o risco geral de um ataque cardíaco ou derrame estava significativamente associado com o declínio cognitivo. As pessoas que apresentaram maior risco tinham o maior declínio em capacidade mental.

Houve uma “associação coerente” entre o fumo e a menor pontuação nos testes. Além do tabaco, pressão arterial elevada e/ou estar acima do peso também pareceu afetar o cérebro, mas em menor grau.
Segundo os pesquisadores, as pessoas precisam estar cientes de que seus estilos de vida podem danificar não só seu corpo, mas também sua mente.

“O declínio cognitivo se torna mais comum com o envelhecimento e pode interferir com o funcionamento diário e bem-estar de muitas pessoas. Identificamos certo número de fatores de risco que podem ser associados com o declínio cognitivo acelerado, e todos podem ser modificáveis”, explica o Dr. Alex Dregan, um dos autores do estudo.

Isso significa que as pessoas podem fazer mudanças em seu estilo de vida para diminuir seu risco de declínio cognitivo, levando uma vida melhor por mais tempo. Muitas pesquisas indicam repetidamente que fumo e pressão arterial elevada aumentam o risco de declínio cognitivo e demência, e esse estudo é mais uma evidência para alertar as pessoas.

“Nós todos sabemos que o tabagismo, pressão arterial alta, colesterol elevado e um alto IMC [índice de massa corporal] são ruins para o nosso coração. Esta pesquisa contribui para a enorme quantidade de evidências que sugere que também podem ser ruins para a nossa cabeça”, informa a Sociedade Britânica de Alzheimer.

Entre as recomendações dos especialistas para manter uma boa saúde mental estão: comer uma dieta equilibrada, manter um peso saudável, fazer exercícios regularmente, checar sua pressão arterial e colesterol e não fumar.[BBC, Examiner, Foto]

Fonte: http://hypescience.com/fumar-apodrece-o-cerebro/ - por Natasha Romanzoti

sábado, 3 de novembro de 2012

Fumante: saiba quanto tempo você vai perder de expectativa de vida

Não é segredo que o tabagismo pode prejudicar a saúde, especialmente se você fuma muitos cigarros por dia. Muita gente acredita, porém, que o problema não é “tão grave assim” – e, até pouco tempo atrás, estudos realizados no Japão sugeriam que o cigarro poderia diminuir em “apenas” quatro anos a expectativa de vida da pessoa. Contudo, uma nova pesquisa mostrou que o impacto pode ser maior do que se imaginava: 10 anos a menos.

Em 1950 teve início o Life Span Study, que tinha como objetivo investigar os efeitos da radiação na saúde de moradores de Hiroshima e Nagasaki – cidades que haviam sido bombardeadas pelos Estados Unidos cinco anos antes. Cientistas acompanharam 100 mil cidadãos e, como grande parte não foi exposta a níveis altos de radiação, o estudo trouxe informações importantes sobre outros fatores de risco para a saúde.

Foram acompanhados 68 mil fumantes durante uma média de 23 anos. Por terem começado a fumar em geral depois de adultos, aqueles que nasceram antes de 1920 sofreram um impacto menor em sua expectativa de vida (cerca de 4 anos, resultado que aparecia em estudos anteriores). Na geração seguinte (1920-1945), porém, era muito comum que a pessoa começasse a fumar antes dos 20 anos – nesses casos, a expectativa de vida caiu em média 10 anos, e o índice de mortalidade era duas vezes maior do que o de não fumantes.

Além dos riscos do tabagismo, os pesquisadores também analisaram os benefícios de se cortar o hábito: aqueles que largaram o cigarro antes dos 35 anos acabaram evitando praticamente todos os riscos excessivos enfrentados pelos fumantes (parar antes dos 40 também se mostrou efetivo).

O estudo foi publicado no periódico British Medical Journal.[ScienceDaily, Foto]

Fonte: http://hypescience.com/fumante-saiba-quanto-tempo-voce-vai-perder-de-expectativa-de-vida/ - por Guilherme de Souza

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Manual para abandonar o fumo

Se você é mais um daqueles que está pensando ou tentando deixar o fumo, aqui vão algumas regrinhas de ouro que poderão ajudá-lo a abandonar o vício responsável por mais de 30% das mortes relacionadas ao câncer.

Nem sempre é fácil largar o hábito de fumar, mas sempre é muito bom para a saúde. Alguns benefícios são imediatos; por exemplo: trinta minutos depois de a pessoa fumar o último cigarro; a pressão arterial, o batimento cardíaco e a temperatura corporal já voltam ao normal. Ao final de oito horas; o nível de oxigênio e gás carbônico do sangue começa a se equilibrar, e a chance de se ter um ataque do coração já começa a cair. Algumas semanas depois de ter abandonado o fumo; o olfato e o paladar voltam a funcionar normalmente, e a respiração já se normaliza.

A pessoa que para de fumar sente-se mais energética e o seu risco de desenvolver um ataque cardíaco, após alguns meses, vai cair para menos de 50% do que quando fumava. Depois de 10 anos sem fumar, aquelas pessoas que tinham células pré-cancerosas nos pulmões passam a ter células normais e, após 20 anos de abstinência, passam a ser consideradas não fumantes.

Tentações fundamentais

a. A primeira caneca de café: Mude sua rotina de tomar café longe da mesa.
b. Ao finalizar uma refeição: Em vez de permanecer sentado à mesa levante-se e caminhe.
c. O cônjuge que fuma: Todas as manhãs, lembre-se como é o bom não fumar.
d. Horas que demoram a passar: Faça alguns singelos exercícios abdominais ou faça alguns alongamentos.
e. Um amigo que lhe oferece um cigarro: Conteste que você já é um ex fumante e que pensa assim permanecer. Peça ao amigo para que jamais volte a lhe oferecer cigarros.

Tentações no Trabalho

a. Conversas no corredor: Aproveite para beber um enorme copo com água ou suco.
b. Chamada telefônica de cliente chato: Use uma caneta para rabiscar uma folha de papel ou faça correntinha de clipes.
c. Cafézinho no escritório: Use a colherzinha para mexer seu café como substituto do cigarro.
d. Prazos de entrega impossíveis: Respire profundamente para relaxar. Aspire profundamente e depois lentamente. Repita este exercício dez vezes.
e. Problemas com o chefe: Analise o que deseja da situação. Fumar não lhe ajudará a encontrar a forma de resolver o problema.

Tentações no lar

a. Vendo o programa de TV favorito: Mude de lugar. Sente-se no sofá em vez de seu "cadeirão do papai".
b. Ao falar ao telefone com um amigo: Mantenha suas mãos ocupadas, por exemplo, com a lista telefônica.
c. Crise familiar: Respire profundamente várias vezes. Depois trate de focar-se na solução do problema e não em fumar.
d. Sozinho em casa: Trate de manter-se ocupado. Limpe os armários, recolha o lixo... corte a grama.
e. Após as refeições: Levante da mesa imediatamente e vá escovar os dentes.

Tentações sociais

a. Happy Hour após to serviço: Antes de sair, ensaie mentalmente como se portará como ex fumante. Imagine-se pedindo uma bebida, conversando com os amigos, etc. Fazendo tudo, mas sem fumar.
b. Uma festa: Antes de sair faça um pacto com você mesmo e com algum amigo que não fume.
c. Joguinho de baralho com os amigos: Tenha à mão algum substituto, o misturador de bebida, uma goma de mascar ou um palito de dentes.
d. A primeira reunião familiar após deixar de fumar: Trate de manter suas mãos ocupadas; ofereça-se para ajudar a lavar os pratos ou faça a salada.
e. Recebendo visitas que fumam: Enfoque sua atenção nos objetos que lhe rodeiam, um por um, até que o desejo de fumar passe.

Tentações ao ir de um lugar a outro

a. Indo para o trabalho: Mude a forma de ir ao trabalho. Caminhe em vez de dirigir; vá de ônibus ou use uma rota alternativa.
b. Sozinho no automóvel: Para ajudá-lo a relaxar, escute uma música suave. Os substitutos orais resultam muito úteis como balas ou gomas de mascar.
c. Suas primeiras férias como não fumante: Faça alguma atividade física que distraia sua atenção, caminhe, ande de bicicleta, nade...

Truques que ajudam a fumar menos

a. Comprar uma marca de cigarro que goste menos ou qualquer outra "mata-rato" (se bem que todas matam).
b. Usar piteiras.
c. Espera 5 a 10 minutos antes de acender o cigarro.
d. Lavar as mãos e enxaguar a boca após cada cigarro ajuda ao fumante a perceber como o cigarro é mal cheiroso.
e. Enxaguar a boca, escovar os dentes ou tomar um chá de menta antes de fumar, para mudar o gosto do fumo.
f. Fumar só ao ar livre ou com as janelas abertas.
g. Fumar marcas com baixo teor de nicotina e alcatrão.
h. Não fumar nunca em jejum (é quando mais nicotina se absorve).
i. Guardar o cigarro em lugares onde seja difícil encontrá-lo.
j. Comprar uma carteira por vez.
k. Não agite o cigarro na mão para diminuir sua combustão e para que a nicotina não se acumule.
l. Faça pequenos furos com um alfinete próximo ao filtro de maneira que entre ar e, a cada aspirada, diminua a quantidade de fumaça.
m. Dar menos fumadas em cada cigarro.
n. Atrasar a cada dia meia hora o primeiro cigarro.
o. Apontar diariamente o número de cigarros para estar consciente do quanto fumou.
p. Controlar o número de cigarros diários e fumar um a menos em cada dia.
q. Fumar só a metade do cigarro.
r. Tentar não tragar entre uma fumada e outra.
s. Fixar-se em um número de dias que consegue ficar sem fumar.
t. Não ficar próximo a amigos fumantes.
u. Tomar a decisão de deixar o fumo aproveitando as férias ou durante uma doença - gripe, por exemplo-, quando o fumo é menos apetecível.

Motivos para deixar o fumo:

a. Faça as contas: multiplique o preço do número de carteiras que fuma por dia por 365 e vai notar que poderia pagar uma boa limpeza dentária para limpar este amarelo de seus dentes.
b. Você já fez as contas com o quanto gasta com os fumantes "chupins" (parasitas)?
c. O maldito cheiro que faz qualquer um fugir como o diabo foge da cruz. A maioria dos não fumantes se nega a beijar um fumante, dizem que é como lamber um cinzeiro.
d. Por mais que escove e lave os dentes eles permanecem com aquele amarelo pálido, assim como a unha das mãos com aquela marca amarela do alcatrão.
e. Nenhum drops ou spray disfarça de todo o cheiro do fumo. E sua roupa, ainda que esteja impecável, também manterá a fedentina do cigarro.
f. Você já pensou na quantidade de coisas que está deixando de fazer por causa do fumo? Consegue ainda dar um pique na quadra sem que o ar falte?
g. Consegue ficar mais de um minuto debaixo d'água como fazia na aposta com os amigos na infância?
h. Você está economizando uma boa parcela na conta bancária para custear as doenças que virão numa idade mais avançada decorrentes do seu hábito de fumar?
i. Para muita gente, parar de fumar é extremamente difícil. Mas deveriam pensar em todos os benefícios que isso iria trazer, como saúde, bem estar, economia, além de evitar o incômodo e a doença dos indivíduos próximos que não fumam.
j. E a mais importante de todas, quanto tempo seu amiguinho permanece ereto em cada batalha? Já está dando vexame e deixando sua parceira na mão?

Fonte: site Dag Vulpi

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Você sabe dos perigos do câncer bucal?


Fumo e bebida alcoólica é um dos principais fatores de risco da doença

O que é câncer na boca?

É um tipo de câncer que geralmente ocorre nos lábios (mais frequentemente no lábio inferior), dentro da boca, na parte posterior da garganta, nas amígdalas ou nas glândulas salivares. É mais freqüente em homens do que em mulheres e atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos de idade. O fumo, combinado com o excesso de bebida alcóolica, é um dos principais fatores de risco. Se não for detectado de maneira precoce, o câncer bucal pode exigir tratamentos que vão da cirurgia (para a sua remoção) à radioterapia ou quimioterapia. Este câncer pode ser fatal, com uma taxa de sobrevivência de cinco anos de 50%*. Uma das razões pelas qual este prognóstico é tão negativo é o fato de que os primeiros sintomas não serem reconhecidos logo. O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento.

Quais os sintomas deste tipo de câncer?

Nem sempre é possível visualizar os primeiros sinais que indicam a existência do câncer bucal, o que aumenta a importância das consultas regulares com o dentista ou o médico. Seu dentista foi preparado para detectar os primeiros sinais do câncer bucal. Contudo, além das consultas regulares, é preciso que você fale com seu dentista se perceber qualquer dos sinais abaixo:

-Ferida nos lábios, gengiva ou no interior da boca, que sangra facilmente e não parece melhorar;

-Um caroço ou inchaço na bochecha que você sente ao passar a língua;

-Perda de sensibilidade ou sensação de dormência em qualquer parte da boca;

-Manchas brancas ou vermelhas na gengiva, língua ou qualquer outra parte da boca;

-Dificuldade para mastigar ou para engolir;

-Dor sem razão aparente ou sensação de ter algo preso na garganta;

-Inchaço que impede a adaptação correta da dentadura.

-Mudança na voz.

Como evitar o câncer bucal?

Se você não fuma nem masca tabaco, não comece a fazê-lo. O uso do tabaco é responsável por 80 a 90% das causas de câncer bucal.**

Fumo: a ligação entre o fumo, o câncer pulmonar e as doenças cardíacas já foi estabelecida (1). O fumo também afeta sua saúde geral, tornando mais difícil o combate a infecções e a reparação de ferimentos ou de cirurgias. Em adultos jovens, este hábito pode retardar o crescimento e dificultar o desenvolvimento. Muitos fumantes afirmam não sentir mais o odor ou sabor tão bem como antes. O fumo também pode causar mau hálito e manchar os dentes. Sua saúde bucal está em perigo cada vez que você acende um cigarro, um charuto ou um cachimbo. Com esta atitude, suas chances de desenvolver câncer na laringe, na boca, na garganta e no esôfago aumentam. Como muitas pessoas não notam ou simplesmente ignoram os sintomas iniciais, o câncer bucal muitas vezes se espalha antes de ser detectado.

Mascar tabaco: o hábito de mascar tabaco eleva em 50 vezes a possibilidade de se desenvolver o câncer bucal. O melhor a se fazer é não fumar nem usar quaisquer outros produtos derivados do tabaco. Quando uma pessoa pára de usar esses produtos, mesmo depois de vários anos de consumo, o risco de contrair câncer bucal se reduz significativamente. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas também aumenta o risco de câncer bucal. A combinação fumo/álcool torna esse risco ainda muito maior.

Como se trata o câncer bucal?

Depois do diagnóstico, uma equipe de especialistas (que inclui um cirurgião dentista) desenvolve um plano de tratamento especial para cada paciente. Quase sempre a cirurgia é indispensável, seguida de um tratamento de radio ou quimioterapia. É essencial entrar em contato com um profissional que esteja familiarizado com as mudanças produzidas na boca por essas terapias.

Que efeitos colaterais a radioterapia produz na boca?

Quando a radioterapia é usada na área de cabeça e pescoço, muitas pessoas experimentam irritação ou ressecamento da boca , dificuldade de deglutir e perda do paladar. A radiação também aumenta o risco de cáries e, por isso, é muito mais importante cuidar bem da boca e da garganta neste período. Converse com seu dentista e seu médico oncologista sobre os problemas bucais que você possa ter durante ou depois do tratamento. Antes de começar a radioterapia, não se esqueça de discutir com seu dentista os possíveis efeitos colaterais e a forma de evitá-los.
Como manter a saúde bucal durante a terapia?

Use uma escova macia depois das refeições e fio dental diariamente. Evite condimentos e alimentos ásperos como vegetais crus, nozes e biscoitos secos. Evite o fumo e o álcool. Para não ficar com a boca seca os doces e chicletes não devem conter açúcar. Antes de começar a radioterapia, consulte seu dentista e faça uma revisão completa dos seus dentes e peça ao dentista para conversar com seu oncologista.

* Guia completo para um melhor cuidado dos dentes", Jeffrey F. Taintor, D.D.S., M.S. e Mary Jane Taintor, 1997."** Instituto Nacional do Câncer, "O que você deve saber sobre o câncer de boca." Última revisão, 28 de set. 1998. (1) Compêndio da Educação Contínua em Odontologia 1[Compendium of Continuing Education in Dentistry] , Vol. 19, #1 outono, 2000.

Artigo fornecido pela Colgate-Palmolive. Copyright 2009 Colgate-Palmolive.

Fonte: Revista Minha Vida