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segunda-feira, 18 de março de 2024

Vacina da gripe: quando tomar e efeitos colaterais


A vacina da gripe é indicada para prevenir o desenvolvimento de complicações da gripe, como pneumonia e outros problemas respiratórios, além de hospitalização e morte, podendo ser tomada por adultos, idosos ou crianças a partir dos 6 meses.

 

Essa vacina ajuda o corpo a desenvolver imunidade contra os principais vírus causadores da gripe, como o Influenza A, incluindo os subtipos H1N1 e H3N2, e Influenza B, sendo atualizada todos os anos para proteger contra as novas formas dos vírus.

 

A vacina da gripe é disponibilizada gratuitamente pelo SUS para toda a população com mais de 6 meses de idade, mas também pode ser encontrada em clínicas particulares de vacinação.

 

Quando é indicada

Durante a campanha de vacinação, a vacina contra a gripe é indicada principalmente para pessoas com maior probabilidade de entrar em contato com o vírus da gripe ou de desenvolver sintomas e/ou complicações graves, como:

 

Crianças entre os 6 meses e 6 anos incompletos (5 anos, 11 meses e 29 dias);

Idosos com mais de 60 anos;

Mulheres grávidas ou em pós-parto de até 45 dias;

Profissionais de saúde;

Professores;

População indígena;

Pessoas com sistema imune comprometido, como HIV ou câncer;

Pessoas com doença crônica, como diabetes, bronquite ou asma;

Portadores de trissomia, como síndrome de Down;

Profissionais da marinha, exército e aeronáutica;

Policiais civis, militares, rodoviários e federais, guardas municipais e bombeiros.

Além disso, profissionais do sistema prisional, presidiários e outras pessoas privadas de liberdade, e adolescentes que vivem em instituições socioeducativas também devem ser vacinadas, especialmente devido às condições do local onde se encontram, que facilita a transmissão de doenças.

 

Após terminar a campanha de vacinação contra a gripe, que normalmente vai até o final de maio, a vacina da gripe é liberada para todas as idades, incluindo bebês e crianças com idade superior a 6 meses, independente de terem fatores de risco ou não.

 

Tipos de vacina da gripe

Existem dois tipos de vacina da gripe que são:

 

1. Vacina da gripe trivalente

A vacina da gripe trivalente é uma vacina fragmentada e inativada que protege contra os vírus Influenza A, subtipos H1N1 e H3N2, e Influenza B.

Essa vacina é oferecida gratuitamente pelo SUS e faz parte do calendário de vacinação da criança, adulto e idoso. Confira outras vacinas do calendário de vacinação da criança e do idoso.

 

2. Vacina da gripe tetravalente

A vacina da gripe tetravalente também é uma vacina fragmentada e inativada, porém protege contra 2 subtipos de Influenza A (H1N1 e H3N2) e 2 linhagens de influenza B o que varia de acordo com a linhagem de vírus circulante no ano anterior.

Essa vacina só é encontrada em clínicas particulares, não sendo oferecida pelo SUS.

 

Quando tomar

A vacina da gripe é indicada para ser tomada de acordo com o seguinte esquema:

 

Adultos: 1 dose, 1 vez por ano;

Bebês com mais de 6 meses e crianças até 9 anos: 2 doses iniciais, sendo a primeira dose na data escolhida pelo médico e a segunda dose 30 dias depois da primeira dose. Depois das doses iniciais, é recomendado 1 dose, 1 vez por ano.

O local do corpo para a aplicação da vacina da gripe pode variar de acordo com a idade. Em crianças menores de 18 meses, a vacina deve ser aplicada na coxa esquerda, enquanto que nos maiores de 18 meses a vacina é aplicada no braço esquerdo.

 

Onde tomar

A vacina trivalente da gripe oferecida pelo SUS a toda a população a partir dos 6 meses de idade e principalmente para os grupos de risco e, normalmente, é administrada em postos de saúde, durante campanhas de vacinação.

No entanto, a vacina tetravalente da gripe também pode ser feita em clínicas privadas.

 

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns após a aplicação da vacina da gripe são:

 

1. Dor de cabeça, nos músculos ou articulações

Algumas pessoas podem sentir fadiga, dor no corpo e dor de cabeça, que podem surgir cerca de 6 a 12 horas após a vacinação.

O que fazer: deve-se ficar de repouso e beber muitos líquidos. Caso a dor seja intensa, pode-se tomar analgésicos, como o paracetamol ou a dipirona, desde que indicados por um médico.

 

2. Febre, calafrios e transpiração excessiva

Algumas pessoas podem também sentir febre, calafrios e transpirar mais que o normal depois da vacinação, mas geralmente são sintomas transitórios, que surgem 6 a 12 horas após a vacinação, e desaparecem em cerca de 2 dias.

O que fazer: se causarem muito desconforto, pode-se tomar analgésicos e antipiréticos, como o paracetamol ou a dipirona, desde que orientados por um médico.

 

3. Reações no local de administração

Outra das reações adversas mais comuns é o aparecimento de alterações no local da administração da vacina, como dor, vermelhidão, endurecimento ou ligeiro inchaço.

O que fazer: pode-se aplicar um pouco de gelo na região protegido com um pano limpo. Porém, caso se verifiquem lesões muito extensas ou limitação dos movimentos, deve-se ir imediatamente ao médico.

 

Quem não deve tomar

A vacina da gripe é contraindicada para pessoas com alergia ao ovo ou ao látex, assim como para pessoas que tiveram alguma reação alérgica grave a uma dose anterior da vacina. Em qualquer caso, sempre que existe dúvida sobre a vacinação é recomendado consultar o médico.

Além disso, pessoas com doença febril aguda moderada ou severa não devem tomar a vacina da gripe, sendo recomendado aguardar até que os sintomas tenham desaparecido.

 

Dúvidas comuns

Algumas dúvidas comuns em relação à vacina da gripe são:

 

1. A vacina protege contra o H3N2, H1N1 ou COVID?

A vacina da gripe administrada pelo SUS protege contra 3 tipos do vírus Influenza: gripe A (H1N1), A (H3N2) e Influenza tipo B, sendo conhecida como trivalente. Já a vacina que pode ser comprada e administrada nas clínicas privadas geralmente é tetravalente, protegendo também contra mais uma linhagem do vírus Influenza B.

Em qualquer caso, a vacina não protege contra nenhum tipo de coronavírus, incluindo o causador da infecção COVID-19.

 

2. É preciso tomar todos os anos?

A vacina da gripe tem uma duração que pode variar entre 6 a 12 meses e, por isso, deve ser administrada todos os anos, especialmente durante o outono.

Além disso, como os vírus da gripe sofrem rápidas mutações, a nova vacina serve para garantir que o corpo fica protegido contra os novos tipos que foram surgindo ao longo do ano.

Após administrada, a vacina da gripe começa a fazer efeito em 2 a 4 semanas e, por isso, não é capaz de impedir uma gripe que já esteja se desenvolvendo.

 

3. Posso tomar a vacina gripado?

Idealmente a vacina deve ser feita até 4 semanas antes do surgimento de qualquer sintoma da gripe. Porém, caso a pessoa já esteja gripada é aconselhado esperar o desaparecimento dos sintomas antes de fazer a vacinação, para evitar que os sintomas naturais da gripe sejam confundidos com uma reação à vacina, por exemplo.

A vacinação irá proteger o organismo contra outra possível infecção com o vírus da gripe.

 

4. Posso tomar a vacina da gripe e da COVID juntas?

O Ministério da Saúde do Brasil indica que a vacina da gripe e da COVID-19 podem ser aplicadas no mesmo dia, desde que em grupos musculares diferentes, não havendo interferência na eficácia das vacinas.

Caso as vacinas sejam aplicadas no mesmo grupo muscular, a recomendação é a de que sejam aplicadas com uma distância e 2,5 cm para que seja possível diferenciar os efeitos colaterais, caso aconteçam. Confira o esquema de doses da vacina contra COVID-19.

 

5. Grávidas podem tomar a vacina da gripe?

Durante a gravidez o corpo da mulher fica mais vulnerável a infecções e, por isso, existem grandes chances de pegar gripe. Dessa forma, a grávida faz parte dos grupos de risco para gripe e, por isso, deve fazer a vacinação de forma gratuita nos postos de saúde do SUS.

 

Fonte: https://www.tuasaude.com/agriflu-vacina-da-gripe/ - Imagem ilustrativa


E servireis ao Senhor, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e eu tirarei do meio de ti as enfermidades. Êxodo 23:25


sexta-feira, 15 de maio de 2020

Saiba qual chá é indicado para cada hora do dia



Bebida contém diferentes tipos de nutrientes que podem beneficiar o organismo de manhã, tarde ou noite

Eles ajudam a acalmar, a melhorar a digestão, aquecem quando o dia está frio e até ajudam a emagrecer. Independentemente do sabor é bem verdade que os chás proporcionam muitos benefícios à saúde.

Segundo a nutricionista Bianca Naves, da NutriOffice, os chás ajudam a aumentar o consumo de líquidos durante o dia e têm baixo índice de calorias ? quando consumidos sem adição de leite e/ou açúcar.

Mas para tirar proveito de cada chá é válido saber qual é o horário ideal para beber cada um. Isso porque nosso corpo necessita de diferentes nutrientes ao longo do dia para realizar suas atividades e, por conterem uma variedade muito grande de propriedades, os chás podem ajudar a suprir essa necessidade.

Manhã
Chá verde
A nutricionista Bianca explica que o chá verde pode ser uma alternativa ao café durante a manhã. Segundo ela, a cafeína presente no chá verde, por exemplo, pode ajudar a começar bem o dia e combina bem com outros sabores como frutas vermelhas, hortelã e mesmo laranja. .
Além disso, o chá verde também é conhecido por seu efeito termogênico. Mas ele pode ir além, um artigo publicado em 2011 no jornal científico Obesity Reviews sugere que os polifenois do chá inibem a ação de uma enzima, dessa forma agindo junto com a cafeína, aumentando sua ação de termogênese e a oxidação das gorduras. O primeiro mecanismo faz com que o metabolismo funcione mais rapidamente, o que queima mais energia do nosso corpo, evitando que ela se torne gordura e se acumule. Já o último faz com que a gordura seja utilizada e reduz seu acúmulo também.

Chá de limão
Se for feito com a casca da fruta, pode ser mais ácido e, desta maneira, ser mais "irritante ao estômago", para quem ter algum tipo de sensibilidade. Então, nestes casos, seria melhor combinar com algum momento em que a pessoa esteja se alimentando, para evitar um desconforto.

Tarde
Chá preto
Já no período da tarde, para ajudar a retomar a disposição que muitas vezes perdemos durante o meio do dia, o chá preto pode ser uma boa pedida. Isso porque a combinação do aminoácido teanina com a cafeína ajuda a promover a sensação de alerta e atenção. O chá preto também é uma boa opção para tomar após o almoço, pois ajuda na digestão, já que aumenta a produção de ácidos digestivos bem como a irrigação coronária.

Chá de gengibre
De acordo com a nutricionista Bianca, o consumo de gengibre é associado popularmente a um efeito termogênico, ou seja, o organismo teoricamente usaria mais energia para digeri-lo do que utiliza para outros alimentos, o que poderia acelerar o metabolismo e consequentemente queimar mais calorias. O gengibre é uma especiaria que traz um sabor diferenciado às preparações, inclusive aos chás. Se ele for consumido sem leite e açúcar, esta bebida não contém praticamente calorias. Isso pode ajudar com o controle de peso, especialmente quando usado em lugar às bebidas calóricas

Chá de maçã
Tem um sabor suave que pode ser uma opção para quem prefere um sabor mais doce após a refeição, por exemplo.

Noite
Chá de Camomila
No período da noite o ideal é consumir chás que tenham ação calmante. O chá de camomila é uma boa opção para quem procura uma boa noite de sono. O chá é feito com as folhas e flores da camomila, a Chamomilla recutita (L). Rauschert, uma planta herbácea e aromática.
A bebida possui óleos essenciais com propriedades calmantes, antioxidantes e anti-inflamatórias, possa ajudar pessoas ansiosas, quem têm cólicas e inchaço, além de ser boa para pele.

Chás que podem ser consumidos ao longo do dia
É importante dizer que não há nenhum tipo de chá que deva ser proibido em momentos específicos do dia. Mas, sim, há aqueles que combinam mais com momentos específicos. Por exemplo, a infusão de camomila, por não ter cafeína, é tradicionalmente consumida e associada pela população com momentos de relaxamento. Mas ela pode ser consumida durante todo o dia sem problemas.
Aliás, os chás e infusões como um todo são uma ótima maneira de se hidratar ao longo do dia. Ainda mais por apresentarem cores e aromas diferentes e ajudarem, então, a estimular o consumo de líquidos.

Um chá que pode ser consumido a qualquer hora do dia é o chá de hibisco e por ser uma opção sem calorias também ajuda quem busca manter uma alimentação balanceada.


segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Exercícios, diabetes, obesidade e hipertensão: tem relação?


Entenda por que praticar atividade física é tão importante no tratamento de doenças metabólicas e qual a indicação

Doenças metabólicas como obesidade, diabetes, hipertensão, e outras fazem parte da chamada síndrome metabólica, que atualmente se configura como uma epidemia em diversos países.

Conceitualmente, ela é composta por hipertensão arterial sistêmica, glicemia alterada, aumento de triglicerídeos e redução do colesterol bom associado a gordura visceral (aumento da circunferência abdominal).

Sua abordagem de tratamento inclui modificações dos hábitos de vida, fármacos (anti-hipertensivos, hipoglicemiantes, antidiabéticos, ansiolíticos e etc.), tudo isso associado a prática de exercícios físicos. Daí a relação importante entre eles.

Benefícios da prática de atividade física
A atividade física é um importante aliado no tratamento devido ao seu baixo custo. Além disso, os benefícios da prática regular de exercícios são diversos:

Redução do peso corporal e da gordura visceral
Normalização dos níveis da pressão
Efeito anti-inflamatório, reduzindo o estresse oxidativo e a resistência à insulina
Reduz a glicemia
Melhora o perfil lipídico com redução de triglicérides e LDL considerados "colesteróis ruins"
Melhora os níveis de HDL considerado "colesterol bom"
Ajuda a desenvolver autoestima e maior interação social.

As maiores dificuldades estão relacionadas à adesão e à aplicação prática em alguns pacientes com determinadas limitações físicas. Lembrando que o exercício físico deve ser prescrito de maneira individualizada, sob supervisão de uma equipe multidisciplinar.

Quanto praticar?
A recomendação geral é que atividades físicas aeróbicas moderadas devem ser realizadas em torno de 150 minutos semanais e as consideradas intensas 75 minutos semanais.

Em relação aos exercícios resistidos, recomenda-se 2 a 3 vezes por semana, séries de 8 a 10 repetições. Exercícios de equilíbrio e coordenação motora são recomendados, principalmente para a população mais idosa. O importante é que não se deve permanecer mais do que 2 dias consecutivos inativo.

Exercício para obesidade
No tratamento da obesidade, o exercício físico será efetivo para redução de peso quando tiver um aumento do gasto energético e induzir lipólise (quebra de gordura) - o que só ocorrerá quando não houver aumento compensatório da ingestão calórica.

Para perder peso, recomenda-se exercícios de moderada a alta intensidade, num volume maior (de 5 a 7 vezes por semana, de 60 minutos). Atividades aeróbicas e anaeróbicas podem ser combinadas. Um ponto importante é que o exercício físico é de suma importância para evitar o reganho de peso.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/materias/35455-exercicios-diabetes-obesidade-e-hipertensao-tem-relacao - Escrito por Carla Tamanini Ferrari - Créditos: Ratmaner/Shutterstock

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Injeção anticoncepcional: entenda como o método funciona e tire suas dúvidas

A injeção anticoncepcional pode ser mensal ou trimestral; conheça a diferença entre elas, suas vantagens e riscos

A injeção anticoncepcional é composta de hormônios injetáveis, que são aplicados mensalmente ou a cada três meses na região glútea, para quem quer evitar a gravidez.

Esse método é ideal para quem esquece de tomar a pílula diariamente ou não pode usar os anticoncepcionais orais por orientação médica. Além disso, tem um custo mais baixo.

Mas nem tudo são vantagens. A injeção anticoncepcional pode causar algumas reações adversas, além de tornar a gravidez mais difícil mesmo depois da interrupção do uso.

O ginecologista e obstetra Rodrigo da Rosa Filho, especialista em reprodução humana, explica melhor os pontos positivos e negativos, o jeito certo de usar o anticoncepcional injetável e esclarece outras dúvidas a respeito desse método.

Como ela funciona e para quem é indicada?

A injeção anticoncepcional só deve ser tomada se houver orientação profissional. Essa indicação leva em conta diversos fatores, como questões de saúde, intolerância a determinados tipos de hormônios, hábitos e até mesmo o estilo de vida. “Entre a injeção mensal, a pílula de via oral ou adesivo anticoncepcional, a diferença básica é mais na forma de aplicação. E muda a praticidade, já que o esquecimento é um problema muito comum. Mas a eficácia é a mesma”, afirma o médico.
A aplicação deve ser feita sempre na farmácia, pois é uma aplicação intramuscular. Segundo o médico, é pouco dolorosa. “Só dói se for mal aplicada”, diz.

Anticoncepcional injetável mensal x trimestral

O ginecologista esclarece também que existem dois tipos de métodos injetáveis. Um é aplicado mensalmente, com hormônios combinados (derivados do estradiol e progesterona), sintéticos, que têm as mesmas características da pílula e do adesivo anticoncepcional.
É muito utilizado por adolescentes que esquecem com frequência o comprimido, também possui menos efeitos colaterais, principalmente os gastrointestinais, como náuseas. “Essa injeção é aplicada a cada 30 dias, sempre no mesmo dia do mês. A primeira deve ser aplicada no primeiro dia da menstruação. E o ciclo é normal, sem nenhuma mudança”, afirma.
O outro tem aplicação trimestral. Sua composição é à base somente de progestógeno (similar à progesterona natural), sem estrogênio. “Ela tem a vantagem de não ter contraindicações. Inclusive é muito usada no período pós-parto, porque não interfere na amamentação. Mas tem a desvantagem de aumentar a retenção de líquidos ao longo do tempo”, explica Rodrigo.
Outra característica diferente da injeção trimestral é que as mulheres não menstruam. “É muito indicada em casos que a gente não quer que a paciente menstrue, como na endometriose.”, diz.

Efeitos colaterais possíveis

A injeção mensal, por causa dos hormônios combinados, tem os mesmos riscos que a pílula ou o adesivo anticoncepcional, como trombose, infarto, AVC, problemas no fígado. Isso não muda independente da via de administração, ou seja, se é oral ou injetável.
Portanto, é um método contraindicado para quem tem predisposição a algum desses problemas e também para tabagistas. Mulheres que estão amamentando também não podem usar o método, pois há interferência.
Já a injeção trimestral não possui nenhuma dessas contraindicações, pois não tem estrogênio em sua composição.

Mais dúvidas respondidas

Antes de optar por um método contraceptivo injetável, é importante saber mais detalhes sobre ele, suas vantagens, desvantagens e riscos. O ginecologista e obstetra Rodrigo da Rosa Filho responde algumas dúvidas comuns.

Anticoncepcional injetável engorda?
Sim. Os injetáveis têm uma quantidade maior de hormônio, que aumenta a retenção de líquido. Por isso qualquer mulher que começa a fazer uso das injeções está sujeita a ganhar mais peso, mas isso também varia muito de organismo para organismo.

Meu ciclo menstrual vai mudar com a injeção?
Depende. Na injeção mensal a pessoa continua menstruando mensalmente. Já na trimestral não há menstruação.

A injeção dispensa o uso da camisinha?
Para evitar doenças sexualmente transmissíveis, não. A camisinha continua sendo necessária. Mas para contracepção a injeção é bem eficaz.

Comecei a tomar a injeção este mês, já estou protegida?
Sim. A eficácia é desde a primeira vez que toma a injeção.

Quando vou conseguir engravidar após parar as injeções?
A mensal não interfere na fertilidade. Se parou de tomar, no mês seguinte já volta ao ciclo normal e já tem chances de gravidez no próximo ciclo. Já na trimestral, depois da interrupção do uso, pode demorar de seis meses a um ano para que a mulher volte a ovular e a menstruar. Por isso ela só é indicada em casos muito específicos.

Esqueci de tomar no dia certo, tem algum problema tomar atrasado?
Se esquecer, tem até três dias de intervalo para tomar novamente sem que haja riscos. Na trimestral é ainda mais tranquilo, com um prazo mais flexível.

Se eu quiser interromper a menstruação, tem jeito?
No caso da injeção, não tem como interromper a menstruação, porque não é indicado aplicar mais de uma por mês. Se não quer menstruar, esse não é um bom método.

Por quanto tempo posso usar o anticoncepcional injetável?
Não tem prazo para o uso da injeção mensal. Se estiver se sentindo bem, sem contraindicações, pode usar sempre. Pode começar na adolescência e ir até a fase de pré-menopausa. Mas a trimestral pode ser aplicada por no máximo três anos, porque pode induzir à osteoporose.

Quanto custa cada injeção?
A mensal custa em torno de 30 reais, um valor bem menor se comparado ao de outros métodos. Segundo o médico, muitas mulheres optam pela injeção por causa do custo. A trimestral sai por cerca de 40 reais, é até mais barata.

É importante ressaltar que somente um médico poderá avaliar cada caso e prescrever o melhor método anticoncepcional, de forma a evitar danos à saúde.


Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/injecao-anticoncepcional/ - Mariana Bueno - Foto: iStock

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Sete vacinas que os adultos precisam tomar

Sarampo, pneumonia e outras doenças prejudicam a imunidade mesmo na idade adulta

O Dia da Imunização serve para lembrar que não são apenas as crianças que devem estar com a carterinha em dia. Ninguém reluta em levar o filho para tomar uma vacina contra sarampo ou paralisia infantil, mas na hora de cuidar da própria saúde, muitos adultos negligenciam as campanhas de vacinação. Em todas as fases de nossa vida, porém, estamos suscetíveis a infecções por vírus e bactérias que, se não tratadas, podem causar muitos problemas.

As doenças crônicas que se manifestam mais na vida adulta são fortes indicadores de que o individuo precisa se vacinar. "As pessoas que estão em grupos de risco, como as pessoas com mais de 60 anos ou aquelas que têm doenças crônicas, devem sempre estar informadas sobre a vacinação", diz o infectologista Paulo Olzon, da Unifesp.

Existem vacinas tanto para bactérias como para vírus. "No primeiro caso, a vacinação é feita para controlar surtos epidemiológicos e, para o caso dos vírus, a imunização normalmente dura a vida toda, sendo necessárias apenas algumas doses de reforço para garantir que a doença não vai mais voltar", diz Paulo Olzon. Confira sete tipos que merecem estar na sua carteira de vacinação.

Vacina dupla tipo adulto - para difteria e tétano
A difteria é causada por uma bactéria, que é contraída pelo contato com secreções de pessoas infectadas. Ela afeta o sistema respiratório, causa febres e dores de cabeça, em casos graves, pode evoluir para uma inflamação no coração.

A toxina da bactéria causadora do tétano compromete os músculos e leva a espasmos involuntários. A musculatura respiratória é uma das mais comprometidas pelo tétano. Se a doença não for tratada precocemente, pode haver uma parada respiratória devido ao comprometimento do diafragma, músculo responsável por boa parte da respiração, levando a morte. Ferir o pé com prego enferrujado que está no chão é uma das formas mais conhecidas do contágio do tétano.

A primeira parte da vacinação contra difteria e tétano é feita em três doses, com intervalo de dois meses. Geralmente, essas três doses são tomadas na infância. Então confira a sua carteira de vacinação para certificar-se se a vacinação está em ordem. Depois delas, o reforço deve ser feito a cada dez anos para que a imunização continue eficaz. É nesse momento que os adultos cometem um erro, deixando a vacina de lado.

Vacina Tríplice-viral - para sarampo, caxumba e rubéola
Causado por um vírus, o sarampo é caracterizado por manchas vermelhas no corpo. A transmissão ocorre por via respiratória. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a mortalidade entre crianças saudáveis é mínima, ficando abaixo de 0,2% dos casos. Nos adultos, essa doença é pouco observada, mas como a forma de contágio é simples, os adultos devem ser imunizados para proteger as crianças com quem convivem.

Conhecida por deixar o pescoço inchado, a caxumba também tem transmissão por via respiratória. Mesmo que seja mais comum em crianças, a caxumba apresenta casos mais graves em adultos, podendo causar meningite, encefalite, surdez, inflamação nos testículos ou dos ovários, e mais raramente no pâncreas.

Já a rubéola é caracterizada pelo aumento dos gânglios do pescoço e por manchas avermelhadas na pele, é mais perigosa para gestantes. O vírus pode levar à síndrome da rubéola congênita, que prejudica a formação do bebê nos três primeiros meses de gravidez. A síndrome causa surdez, má-formação cardíaca, catarata e atraso no desenvolvimento.

O adulto deve tomar a tríplice-viral se ainda não tiver recebido as duas doses recomendadas para a imunização completa quando era criança e se tiver nascido depois de 1960. O Ministério da Saúde considera que as pessoas que nasceram antes dessa data já tiveram essas doenças e estão imunizados, ou já foram vacinados anteriormente.

Mesmo que todos com essas características devam ser vacinados, as mulheres que pretendem ter filhos, que não foram imunizadas ou nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina um mês antes de engravidar, já que a rubéola é bastante perigosa quando acomete gestantes, podendo causar deformidade no feto.

Vacina contra a hepatite B
A Hepatite B é transmitida pelo sangue, e em geral não apresenta sintomas. Alguns pacientes se curam naturalmente sem mesmo perceber que tem a doença. Em outros, a doença pode se tornar crônica, levando a lesões do fígado que podem evoluir para a cirrose. "A imunização contra essa doença é importante, pois ela pode causar problemas sérios, como câncer no fígado", diz Paulo Olzon.

De acordo com o especialista, há algumas décadas, o tipo B da hepatite era o mais encontrado, já que ela pode ser transmitida através da relação sexual e as pessoas não tomavam cuidado com a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Depois de uma campanha de vacinação e imunização, e da classificação da hepatite C pelos médicos, ela não pode ser vista como epidemia, mas ainda é preciso tomar cuidado com essa doença.

Até os 24 anos, todas as pessoas podem tomar a vacina contra hepatite B, gratuitamente, em qualquer posto de saúde. A aplicação da vacina também continua de graça, quando o adulto faz parte de um grupo de risco. "Pessoas que tenham contato com sangue, como profissionais de saúde, podólogos, manicures, tatuadores e bombeiros, ou que tenham relacionamentos íntimos com portador da doença são as mais expostas a essa doença", diz o especialista. Fora isso, qualquer adulto pode encontrar a vacina em clínicas particulares.

Pneumo 23 - Pneumonia
O pneumococo, bactéria que pode causar a pneumonia, entre outras doenças, pode atacar pessoas de todas as idades, principalmente indivíduos com mais de 60 anos. "Pessoas com essa idade não podem deixar de tomar a vacina pneumo 23", diz Paulo Olzon.

A pneumonia é o nome dado a inflamação nos pulmões causada por agentes infecciosos (bactérias, vírus, fungos e reações alérgicas). Entre os principais sintomas dessa inflamação dos pulmões, estão febre alta, suor intenso, calafrios, falta de ar, dor no peito e tosse com catarro. Adultos com doenças crônicas em órgãos como pulmão e coração -alvos mais fáceis para o pneumococo, devem tomar essa vacina sempre que há uma campanha de vacinação.

Mesmo que ela seja uma das vacinas mais importantes para ser tomadas é a única vacina do calendário que não é oferecida em postos de saúde. É preciso ir a um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais, em locais como o Hospital das Clínicas e a Unifesp.

Vacina contra a febre amarela
A febre amarela é transmitida pelo mesmo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. A doença tem como principais sintomas febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (pele e olhos amarelados) e hemorragias. "Se a febre amarela não for tratada, pode levar a morte", explica o especialista.

Por ser uma doença grave, e com alto índice de mortalidade, todas as pessoas que moram em locais de risco devem tomar a vacina a cada dez anos, durante toda a vida. Quem for para uma dessas regiões precisa ser vacinado pelo menos dez dias antes da viagem. No Brasil, as áreas de risco são: zonas rurais no Norte e no Centro-Oeste do país e alguns municípios dos Estados do Maranhão, do Piauí, da Bahia, de Minas Gerais, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Mesmo que os efeitos colaterais mais sérios sejam muito raros, a vacina contra febre amarela deve ficar restrita aqueles indivíduos que moram ou irão viajar para algum lugar de risco. "Nesse sentido, a preocupação dos médicos está relacionada ao risco de reação alérgica grave ou anafilática, que pode levar a morte os pacientes propensos", explica o infectologista Paulo Olzon.

Vacina contra o influenza (gripe)
A vacina contra gripe deve estar na rotina de quem está com mais de 60 anos. "Muitas pessoas deixam de tomá-la com medo da reação que ela pode causar, mas isso é um mito, já que a suposta reação do corpo não tem nada a ver com a vacina, e sim com a própria gripe", diz o especialista. "Isso porque o vírus da gripe fica semanas em nosso corpo sem se manifestar e a proteção da vacina não é imediata como as pessoas imaginam."

A gripe é transmitida por via respiratória, leva a dores musculares e a febres altas. Seu ciclo costuma ser de uma semana. Pessoas com mais de 60 anos podem tomar a vacina nos postos de saúde, enquanto os mais jovens podem ser vacinados em clínicas particulares. "Os idosos que não querem esperar até a campanha anual de vacinação contra a gripe podem tomar a vacina em clínicas particulares em todas as épocas do ano", diz Paulo Olzon.

HPV
A vacina existe tanto para homens quanto para mulheres e previne os quatros principais tipos do Papilomavírus Humano - o HPV. Segundo o Ministério da Saúde, 137 mil novos casos de HPV são registrados por ano no Brasil. O vírus, transmitido durante a relação sexual, é responsável por 90% dos casos de câncer de colo do útero, além de provocar tumores de vulva, pênis, boca, ânus e pele.

Apesar de existir a vacina bivalente, que protege dos tipos 16 e 18 de HPV e só é aplicada em mulheres, a quadrivalente é a mais indicada, pois protege desses dois tipos citados mais os tipos 6 e 11 e também serve para os homens. "A quadrivalente deve ser tomada em três doses, sendo a segunda dose após 30 dias da primeira e a terceira, seis meses depois da segunda", afirma o ginecologista Amadeu Carvalho Júnior, da Amhpla Cooperativa de Assistência Médica.

A Anvisa recomenda a vacinação em pessoas dos nove aos 26 anos - em especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual, para garantir maior eficácia na proteção. Vale lembrar, no entanto, que a vacina não dispensa o uso de preservativos na relação. "O HPV possui mais de 100 tipos diferentes e a vacina protege apenas de alguns deles", explica o ginecologista Amadeu.

Fonte: http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/12814-sete-vacinas-que-os-adultos-precisamtomar?utm_source=news_mv&utm_medium=ciclos&utm_campaign=Imunidade – POR FERNANDO MENEZES