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quarta-feira, 15 de março de 2023

Saiba quais são os métodos contraceptivos mais eficazes


O preservativo é o segundo método mais utilizado no Brasil

 

Segundo uma pesquisa do Instituto Ipsos, realizada em 2021, o método contraceptivo mais utilizado no Brasil atualmente é a pílula anticoncepcional oral. Cerca de 60% das mulheres entrevistadas utilizam desta forma para evitar a gravidez.

 

O preservativo, método que protege também contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), ficou em segundo lugar, com 43% das entrevistadas utilizando.

 

Em terceiro lugar ficou o DIU (dispositivo intrauterino) de cobre (8%) e a injeção mensal (6%). A contracepção natural – tabelinha, coito interrompido e temperatura corporal – é utilizado por 6% das mulheres entrevistadas, e a laqueadura, por 4%.

 

Segundo a ginecologista, obstetra e mastologista, doutora Monique Muller Reis Novacek, a pílula anticoncepcional é mais utilizada por ser a mais acessível.

 

"A pílula anticoncepcional acaba sendo um método fácil e mais aceito pelas mulheres", diz a doutora, que também explica sobre os riscos dos anticoncepcionais.

 

"A gente tem vantagens e desvantagens, a vantagem é que ela acaba bloqueando uma ovulação, ou seja, se a paciente não esquece o uso diário do medicamento e não usa uma outra medicação que interfira, ela tem uma eficácia de até 98%. Só que temos os riscos em algumas pacientes que têm sim uma chance aumentada de trombose. As pílulas anticoncepcionais podem ser aquelas combinadas orais, ou seja, eu tenho tanto o hormônio estrogênio quanto a progesterona, quando juntos eles aumentam o risco de trombose. Mas tem aquele só com a progesterona, sem o risco trombótico", relata a ginecologista.

 

Quai são os métodos mais seguros?

"Depende. Depende muito do perfil da paciente, do que ela espera, se ela é uma paciente elegível a tomar uma medicação diária e se ela usa outro tipo de medicação que pode interferir nesse método. Então a gente sempre tem que estudar o perfil da paciente para discutir com ela", explica a doutora Monique.

 

Sobre os métodos com maiores eficácias comprovadas, a especialista diz que "o método definitivo, que é a vasectomia e a laqueadura, e a inserção daqueles de uso hormonais" são os mais eficazes. "Os dois têm o maior índice de eficácia, mas não são para todas as pacientes que a gente pode indicá-los".

 

O DIU hormonal dura até cinco anos e a sua taxa de eficácia é de 99,9%. Há também a opção de um implante de um bastonete no braço da mulher, chamado Implanon. Ele tem duração de três anos e taxa de eficácia também de 99,9%.

 

O DIU de cobre é um dispositivo colocado dentro do útero e pode durar até 10 anos no órgão, com eficácia de 99,5%.

 

A médica ainda ressalta que nenhum método contraceptivo é 100% eficaz.

 

"O método 100% eficaz é não fazer sexo. Sempre existe aquele índice de 1% ou 2% de falha. A laqueadura e a vasectomia também não são totalmente eficazes. Existe uma falha de 0,1% na vasectomia e 0,3% na laqueadura, então uma em cada mil mulheres podem engravidar mesmo utilizando esse método", explica a doutora.

 

E a pílula do dia seguinte?

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2020, foram distribuídas mais de 7 milhões de unidades da pílula do dia seguinte em todo o país. Para a utilização do medicamento, Novacek pede cuidado.

 

"A gente não pode até oferecer isso como o método contraceptivo porque ela tem efeitos colaterais. Uma dose de dois comprimidos é o equivalente a uma cartela inteira de um anticoncepcional de progesterona. Então a mulher em situação de emergência acaba recorrendo a ela, mas também não tem 100% de eficácia comprovada", explica a doutora.

 

Os efeitos colaterais da pílula do dia seguinte, segundo a ginecologista, são:

 

Alterações no ciclo menstrual

Náuseas e vômitos

Sangramento excessivo 

Risco da gestação ectópica

 

Laqueadura e vasectomia

As regras para a realização de laqueadura e a vasectomia mudaram no dia 2 de março . Os procedimentos são de esterilização voluntária para indivíduos que não desejam mais ter filhos.

 

Entrou em vigor agora a lei nº14.443, que revoga o trecho em que: “Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de ambos os cônjuges ”, ou seja, não mais necessário a autorização do parceiro ou da parceira para realizar o procedimento.

 

Ainda, foi alterado a idade mínima para realização da cirurgia. Antes, era preciso ou dois filhos vivos, de qualquer idade, ou ter pelo menos 25 anos para o procedimento. Com a nova legislação, a laqueadura e a vasectomia podem ser feitas a partir dos 21 anos, mesmo que não tenha filhos.

 

Outra atualização é de que a laqueadura agora é autorizada após a cesariana, desde que a solicitação tenha sido feita no prazo necessário antes da cirurgia.

 

A solicitação para o procedimento deve ser registrada em documento escrito e firmado, contudo, não será aceita em casos de “alterações na capacidade de discernimento por influência de álcool, drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental temporária, ou permanente”, segundo a nova legislação.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/2023-03-11/quais-sao-os-metodos-contraceptivos-mais-eficazes.html - Por Leticia Martins - Reprodução: Freepik


Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Salmos 1:1


segunda-feira, 19 de novembro de 2018

11 mitos e verdades sobre a pílula do dia seguinte


É 100% eficaz? Engorda? Provoca aborto? Especialistas explicam tudo!

DIU, pílula anticoncepcional, implantes hormonais… Quase todos os métodos contraceptivos são planejados para prevenir uma gestação antes ou durante a relação sexual. A exceção é a pílula do dia seguinte, que pode evitar a gravidez após o sexo. Ah, a partir daqui vamos chamá-la de PDS, tá?

“Ela utiliza compostos hormonais concentrados e por curto período de tempo para os dias seguintes à relação sexual”, explica a ginecologista Denise de Souza Blaszkowski, que ressalta que a anticoncepção de emergência (o nome técnico da PDS) tem indicação reservada para situações especiais em que o objetivo seja prevenir uma gravidez indesejada. Ou seja, não é para tomar todo mês – o ideal é que você tenha seu método anticoncepcional contínuo.

A PDS é simples e de enorme ajuda para todas as mulheres em idade reprodutiva, mas muitas dúvidas ainda giram em torno do assunto. Para que o assunto fique bem claro para todas nós, conversamos com Denise e com os também ginecologistas Rogério Fenile (mastologista pela Unifesp e membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia) e Renata de Camargo Menezes (especialista em reprodução humana), que esclareceram 10 mitos e verdades sobre a pílula do dia seguinte.

A PDS perde o efeito quando é tomada pela terceira vez em um ano
MITO. Os hormônios da pílula serão absorvidos durante algum tempo e em seguida o organismo volta ao normal. Uma próxima PDS tomada é uma história nova, não importa depois de quanto tempo.
O que precisa ficar muito claro é que ela não deve ser usada como anticoncepcional regular, apenas como método de emergência, pois a alta dose concentrada de hormônio, se tomada com frequência, pode trazer complicações como alteração do ciclo menstrual e sangramentos irregulares.

A PDS é 100% eficaz
MITO. Não existe método anticoncepcional 100% eficaz. A eficácia da PDS varia de acordo com o tempo que já se passou da relação sexual. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), as taxas de falha são de 0,4% (tomada em até 12 horas), 1,2% (em até 24 horas) e 2,7% (em até 48 horas).

A PDS provoca aborto
MITO. Comprovado por pesquisas: a pílula evita ou retarda a ovulação, impede a migração dos espermatozoides (por modificar o muco cervical) e torna o útero um ambiente inóspito para a fixação do embrião. Não há encontro do óvulo com o espermatozóde, o que significa que não ocorre fecundação e, consequentemente, não existe aborto.

A mulher fica inchada depois de tomar a PDS
VERDADE na maioria dos casos. Por ser rica em progesterona, a PDS retém líquidos corporais, por isso é normal que cause algum inchaço. Mas fique tranquila, pois é um efeito colateral temporário e não precisa de medicação para resolver o problema.

A PDS engorda
MITO. Pode causar inchaços, como explicado acima, mas não tem relação com ganho de peso.

O efeito da PDS é melhor se ela for tomada até 24 horas depois do sexo
VERDADE. A PDS pode ser tomada até 72 horas depois da relação sexual, mas as taxas de falha vão aumentando progressivamente. Como dissemos ali em cima, são de 0,4% em até 12 horas e 1,2% em até 24 horas. Em 72 horas, por exemplo, a chance de sucesso é de apenas 50%. Quanto antes você tomá-la, melhor.

Uma PDS equivale a cinco pílulas anticoncepcionais de uso diário
MITO. A dose hormonal é aumentada para que o efeito seja rápido, mas não chega a esse valor.

Tomar duas PDS de uma vez aumenta a chance de sucesso de seu efeito
MITO. O que aumenta é o risco de efeitos colaterais, não a chance de sucesso. A PDS deve ser tomada de acordo com as indicações do fabricante; algumas têm prescrição para tomar uma e, depois de 12 horas, outra e esse intervalo deve ser respeitado.

A única indicação para tomá-la novamente é em caso de vômito até 3 horas depois de ingerir a PDS. Neste caso, primeiro é recomendado tomar um antiemético (remédio para controlar o enjoo ou a náusea) e depois a PDS.

A PDS perde o efeito se a mulher tiver ingerido álcool até 24 horas antes de tomá-la
MITO. Bebidas alcoólicas não têm nenhuma relação com o efeito dos hormônios da pílula do dia seguinte.

Quem usa método anticoncepcional regular não deve tomar PDS
VERDADE. O organismo se adapta ao método anticoncepcional de escolha da mulher, diminuindo o risco de ela engravidar. Nestes casos, a PDS apenas dá uma sobrecarga hormonal desnecessária.

Tomar a PDS antes da relação sexual aumenta seu efeito
MITO. Ela sempre deve ser tomada depois da relação sexual e não deve ser tomada rotineiramente, pois, como já colocamos acima, tem efeitos colaterais devido à sua alta dosagem hormonal. Não é demais ressaltar que se trata de um método de emergência apenas.

Fonte: https://mdemulher.abril.com.br/saude/11-mitos-e-verdades-sobre-a-pilula-do-dia-seguinte/ - Por Raquel Drehmer - PhotoAlto/Frederic Cirou/Getty Images

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

4 casos em que mulher acha não ter risco de engravidar, mas está errada

Existem mitos acerca da fertilidade em diferentes períodos do ciclo reprodutivo que geram dúvidas sobre a chance de engravidar. Em entrevista ao VIX durante o evento “Empoderamento da Mulher - Ter opções é estar no controle”, da farmacêutica Bayer, o ginecologista e obstetra José Bento tratou do assunto. Entenda:

Corro o risco de engravidar se...?
O especialista, que ficou nacionalmente conhecido por suas participações no programa "Bem Estar", da TV Globo, alerta que há algumas situações em que mulheres podem engravidar, mas não sabem, o que as leva a não utilizarem métodos contraceptivos ou de barreira.

As principais são:

Na menstruação
Há quem acredite que não é possível engravidar na menstruação, mas, apesar de difícil, a possibilidade existe.
Embora a ovulação não aconteça nesse período, algumas mulheres podem ter ciclos irregulares que liberam o óvulo pouco depois do sangramento, fazendo com que ele se encontre com o espermatozoide, o qual pode sobreviver até três dias dentro do aparelho reprodutor feminino.
Contudo, não é preciso se abster de sexo na menstruação, já que a prática pode ser muito prazerosa e saudável, mas é indicado usar um método contraceptivo ou de barreira para evitar gestação e infecção por doenças sexualmente transmissíveis.

Na amamentação
Durante a lactação, a mulher libera o hormônio prolactina, que estimula a produção de leite e também costuma inibir a ovulação e a menstruação. Embora isso aconteça, ainda há um pequeno risco de engravidar devido a mudanças hormonais ou na frequência da amamentação.
Nestes casos, como o óvulo é liberado antes mesmo da menstruação, a mulher pode não perceber que está fértil e acabar engravidando.
Portanto, a recomendação geral para evitar engravidar na amamentação é usar algum método anticoncepcional indicado para o período a partir de 15 dias após o parto, a fim de que o efeito contraceptivo já ocorra após o período de resguardo.

Coito interrompido
A prática do coito interrompido, em que o pênis é retirado da vagina antes da ejaculação, também oferece risco de gravidez porque o líquido que sai do pênis antes do clímax pode carregar uma pequena quantidade de espermatozoides.
Além disso, o homem pode não conseguir tirar o membro a tempo e acabar ejaculando durante a penetração.

Tabelinha
Apesar de ser refutado por especialistas, o método da tabelinha ainda possui muitos adeptos.
Na teoria, ela teria até 97% de eficácia se seguida corretamente, mas o problema é que nem todo ciclo menstrual é regular, já que há diversos fatores que podem alterar a data da ovulação e acabar com o suposto controle da mulher sobre a fertilidade.