Mostrando postagens com marcador Manual. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Manual. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Manual de Hábitos para Prevenir Alzheimer desde cedo


Os fatores que aumentam o risco de desenvolver a doença começam ainda na infância, portanto, nunca é cedo ou tarde demais para começar a prevenção

 

O Alzheimer é um tipo de demência que vai destruindo o cérebro e apagando as memórias aos poucos. Ainda não se sabe tudo sobre a doença, mas ela está cada vez mais conhecida pelas pessoas, graças à internet.

 

Muitos canais no YouTube e perfis nas redes sociais mostram a vida de idosos com Alzheimer a fim de esclarecer dúvidas e dar dicas para facilitar a rotina dos portadores e seus cuidadores.

 

Mas, devido ao impacto que o Alzheimer provoca na vida e por ainda não ter cura, a grande questão é: existe forma de prevenir? A resposta, por enquanto, é: parcialmente. Você vai ver agora quais são as recomendações dos especialistas para proteger o cérebro contra a doença.

 

12 Fatores preponderantes para o desenvolvimento do Alzheimer

Recentemente, a Comissão contra a Demência publicou um relatório na revista médica The Lancet, que está entre as mais conceituadas do mundo. Esse documento traz uma lista de causas e atitudes que podem proteger o cérebro contra o desenvolvimento do Alzheimer.

 

Claro, é preciso lembrar que essa doença também depende de uma predisposição genética, portanto, as recomendações não são garantia de que o Alzheimer não irá se manifestar, mas os cuidados podem reduzir o risco em até 40% ou fazer os sintomas serem postergados por meses e até décadas. Veja só:

 

Os dois grandes grupos

Antes de partir para as recomendações, é importante saber que a lista de fatores que você verá a seguir é dividida em dois grandes grupos, conforme com seus efeitos maléficos à massa cinzenta.

 

O primeiro grupo inclui problemas de saúde e hábitos que prejudicam a chegada de oxigênio e nutrientes às células nervosas, gerando processos inflamatórios que levam a uma piora progressiva das funções dessas células, facilitando o desenvolvimento do Alzheimer.

 

O segundo grupo está relacionado ao quanto uma pessoa estimula e desafia seu raciocínio no dia a dia, pois o aprendizado constante é capaz de criar novas conexões entre os neurônios, mais fortes e mais difíceis de serem destruídas pela doença.

 

Evite a perda auditiva

Cuide bem da sua audição. Se você trabalha em ambientes barulhentos, use equipamentos de proteção auricular para reduzir os danos a audição.

Quando estiver usando fones de ouvido, cuidado para que o volume não fique muito alto, ou irá lesionar as células do ouvido.

Quando for fazer seu check-up médico anual, consulte um otorrino para fazer exames e ver como está a sua audição.

Se houver algum prejuízo, invista num aparelho auditivo para reverter o prejuízo cognitivo causado ou evitar que o problema evolua.

 

Estimule seu raciocínio

Estude, leia, busque informação de qualidade para alimentar seu cérebro, sua memória, sua capacidade de raciocínio e de reflexão. Desafie-se a aprender coisas novas todos os dias, inclusive depois dos 60 anos, para manter seu cérebro ativo, sempre criando novas conexões neuronais.

 

Pare de fumar

O hábito de fumar só traz malefícios para a saúde, inclusive, aumenta o risco de desenvolver Alzheimer. Se tiver dificuldade em parar sozinho, procure ajuda médica, pois há tratamentos.

 

Trate a depressão

É complicado prevenir a depressão, até porque, assim como o Alzheimer, essa é uma doença que ainda deixa muitas dúvidas sobre as causas. O importante aqui é saber reconhecer os sintomas e buscar suporte médico o quanto antes.

 

Evite o isolamento e a solidão

Em tempos de pandemia é complicado falar sobre evitar o isolamento e a solidão. Mas, a questão é evitar isolar-se do mundo até mesmo virtualmente. Há pessoas que ficam bem sozinhas, mas outras ficam muito mal e acabam prejudicando sua saúde mental por conta disso.

 

Cuidado com as pancadas na cabeça

As pancadas na cabeça geralmente ocorrem por acidente ou devido a algum esporte mais violento, como lutas. Então, o que se pode fazer é tomar cuidado na rotina para evitar que os acidentes aconteçam. Dirija com cuidado, use capacete para guiar moto ou bicicleta, use protetores nos esportes violentos. Se sofrer alguma pancada forte na cabeça e tiver sintomas, faça exames o quanto antes.

 

Procure evitar a poluição

Se você mora em uma cidade com alta taxa de poluição do ar, fica impossível evitar respirar esse ar no dia a dia. Mas, tente ao menos evitar os horários de maior trânsito, que é quando a poluição aumenta. Se for possível, escolha viver em uma região mais próxima da natureza e longe do centro e fique longe dos fumantes.

 

Cuidado com a hipertensão

Se você ainda não tem hipertensão, cuide bem da sua saúde para não desenvolver essa doença. Se você já tem, cuide bem da sua saúde para manter a doença sob controle. Mantenha uma rotina saudável e equilibrada, alimente-se sem excessos, pratique atividade física.

 

Evite o sedentarismo

Já mencionada na dica anterior, a prática de atividade física frequente é essencial para prevenir muitos problemas de saúde, inclusive o Alzheimer. Mesmo se ainda não puder separar uma ou duas horas do seu dia para ir à academia ou praticar um esporte, inclua mais movimento na sua rotina normal: prefira escadas ao invés do elevador; sempre que puder, saia a pé ou de bicicleta; alongue o corpo ao acordar.

 

Cuidado com a diabetes

Mais uma doença muito perigosa que deve ser evitada ou mantida sob controle é a diabetes. Não abra espaço na sua rotina para o desenvolvimento dessa doença, pois ela não tem cura depois que se instala, e pode trazer graves prejuízos à saúde.

 

Evite o excesso de bebida alcoólica

Consumir bebida alcoólica em excesso traz vários prejuízos à saúde. Se você gosta de beber de vez em quando, tudo bem. Apenas não exagere, não faça isso com frequência, e beba muita água antes, durante e depois de consumir o álcool para se livrar dele o quanto antes. Se você tem problemas com alcoolismo, procure ajuda para conseguir se livrar desse problema o mais breve possível e levar uma vida mais saudável e feliz.

 

Evite ou trate a obesidade

Existem diferentes causas para a obesidade, e muitas pessoas lutam contra essa doença a vida inteira. Não é fácil, mas é possível, quando você conta com o suporte de profissionais de saúde e mantém sua rotina sob controle. A obesidade pode ser prevenida ou tratada com um conjunto de cuidados, incluindo uma alimentação balanceada, a prática de atividade física regular e o controle dos problemas que podem facilitar o ganho excessivo de peso.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/manual-de-habitos-prevenir-alzheimer-desde-cedo/ - por Priscilla Riscarolli


E nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor e quem está em amor está em Deus, e Deus, nele.

1 João 4:16


quinta-feira, 23 de maio de 2019

Manual das pernas torneadas: os 3 melhores exercícios para a região


Tem gente que já nasce com elas bem grossas, já outras sofrem para garantir um pouquinho de definição… As pernas, parte do corpo que as mulheres amam malhar, são alvos de treinos focados e tratamentos estéticos o tempo todo. Contudo, é preciso entender que cada uma é de um jeito. “As pessoas possuem metabolismos diferentes, composição corporal diferentes, o que pode resultar na velocidade dos resultados. Mas um treino correto, bem periodizado e orientado por profissionais, pode trazer resultados sempre positivos”, explica Patrícia Capucho, educadora física e gerente de ginástica da Companhia Athletica Kansas, em São Paulo.

E as vantagens para fortalecer as queridinhas vão muito além da definição, viu? Quanto maior a massa muscular nos membros inferiores, mais proteção para suas articulações (como o joelho, o tornozelo e o quadril, por exemplo), principalmente nas atividades de impacto, como é o caso da corrida.

Mas vale lembrar: coxa grossa não é sinônimo de tônus muscular. Às vezes pode significar também uma grande quantidade de gordura localizada. Por isso, quem reclama do tamanho exagerado das pernas pode trabalhar em “um treino focado na resistência do músculo. Os treinos cardio também são ótimos nesse caso, ainda mais os com alta intensidade”, explica Patrícia. Até se você estiver focada na hipertrofia, a atividade aeróbica pode ajudar. Desde que feita moderadamente e associada à musculação.

Perguntamos para a educadora física quais os exercícios que mais fortalecem as pernas. Veja o que ela respondeu:

1 – Agachamento aberto
Em pé, afaste os pés na largura do quadril e aponte ligeiramente para fora. Com o abdômen e glúteos contraídos e os braços estendidos à frente na altura dos ombros, realize uma flexão nos joelhos até atingir um ângulo de 90 graus. Mantenha o peso do corpo nos calcanhares e suba empurrando os pés no chão até a posição inicial.

4 séries de 16 repetições cada.

2 – Agachamento fechado
Em pé, deixe os pés na largura dos ombros e aponte-os para frente. Com o abdômen e glúteos contraídos, realize a flexão dos joelhos até atingir um ângulo de 90 graus e volte à posição inicial, da mesma maneira que o exercício anterior. Pode ser feito com pesinhos.

4 séries de 16 repetições cada.

3 – Avanço
Fique em pé e coloque as mãos na cintura. Deixe os pés paralelos na largura dos ombros. O movimento é como “andar para frente” (inicie com a perna direita). Dê um grande passo à frente e apoie o pé da frente inteiro no chão, eleve o calcanhar de trás e realize a flexão simultânea dos dois joelhos fazendo dois ângulos de 90 graus. Mantenha o tronco na vertical, e o joelho da frente não deve passar a ponta do pé. Suba empurrando o chão, com os glúteos contraídos, e em seguida puxe a perna esquerda para frente junto à direita, retornando com os pés paralelos e na largura dos ombros. Realize com a outra perna. Também pode ser feito com a ajuda de pesinhos.

3 séries de 12 repetições cada.


domingo, 21 de abril de 2019

Manual do bumbum durinho: os 6 melhores exercícios para os glúteos


Um treino focado gera o fortalecimento do tônus e a queima das gordurinhas

Junto com o abdômen, o bumbum costuma ser o local onde há o maior acúmulo de gordura nas mulheres, o que implica em uma certa flacidez e mais chances da celulite aparecer. Mas lá também estão localizados músculos importantes para o corpo. Por isso, exercícios para glúteos são imprescindíveis para quem quer uma região firme. “A região pode ser dividida em três partes: glúteo máximo, médio e mínimo. Trabalhar os três e aumentar o tônus do local permite que a massa magra aumente e a gordura vá embora, deixando o bumbum mais durinho e liso”, explica Patrícia Capucho, educadora física e gerente de ginástica da Companhia Athletica Kansas, em São Paulo.

Seja com movimentos funcionais, musculação ou treinos localizados, a educadora física garante que dá para atingir diferentes objetivos. Para definir, por exemplo, ela aconselha séries com cargas menores, mas com muitas repetições. “Já quando queremos aumentar os glúteos, causar a chamada hipertrofia, vale trabalhar com cargas maiores e menos repetições”, diz Patrícia.

Já quem deseja diminuir algumas medidas da calça precisa focar em três pilares. O primeiro deles é a atividade aeróbica, que promove perda de calorias e, consequentemente, de gorduras. O problema é que esse tipo de prática vai atuar no corpo todo e pode acarretar em uma certa flacidez dos tecidos. É aí que entra o segundo pilar: a musculação. “Exercícios de força trazem mais rigidez para os músculos. Mas nada disso funciona sem o terceiro pilar, que é a alimentação. Ela precisa ser balanceada e com boas doses de gordura para que os objetivos sejam atingidos”, afirma a educadora.

Melhores exercícios para glúteos:

Agachamento
“Para um movimento eficiente, é preciso usar a força do bumbum. Os exercícios de nível aberto — com um afastamento maior entre as pernas — além de serem ótimos para os quadríceps (coxas), acionam o glúteo mínimo, aquele localizado perto das pernas”, explica Patrícia.
Afaste os pés além da largura de seu quadril. Agache até formar 90° com as pernas.

Abdutores
Com a ajuda de uma miniband um puco abaixo dos joelhos, posicione os pés paralelamente aos ombros e flexione levemente as pernas, em posição de meio agachamento. Abra a perna direita e retorne à posição inicial sem deixar o elástico afrouxar. Repita com a perna esquerda.

Quatro apoios
Em quatro apoios, com o abdômen contraído e as costas alinhadas, estenda a perna esquerda para trás e para o alto e volte. Repita com a direita. Você pode realizar o movimento com a caneleira conforme for evoluindo.







Afundo
Em pé, mantenha um pé à frente e o outro atrás. Desça a perna de trás e faça um afundo até o joelho quase tocar o chão. Levante-se e repita o mesmo para o outro lado.




Avanço
Afaste as pernas na largura dos ombros. Avance com o pé direito ao mesmo tempo que flexiona os joelhos até formar 90°. Retorne à posição inicial e repita com a perna esquerda.








Elevação de quadril

Deite-se com a barriga para cima, apoie os pés no chão e deixe os joelhos dobrados, apontando para o teto. Inspire, eleve o quadril (até seu corpo formar uma linha diagonal) e solte o ar conforme for subindo. Volte à posição inicial.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

O manual anticâncer de dieta e exercício físico


Referências internacionais no combate à doença lançam documento com as recomendações mais importantes para reduzir o risco de encarar um tumor

Há mais ou menos quatro décadas — praticamente “ontem” no universo da ciência —, a alimentação começou a angariar atenção como fator de influência no surgimento de um câncer. Em pouquíssimo tempo, apareceram evidências robustas de que nossos hábitos, incluindo aí a prática de exercícios físicos, são, sim, determinantes nesse sentido. Hoje, sabe-se que 30 a 50% de todos os tumores podem ser evitados com ajustes no estilo de vida. É muita coisa.
Não à toa, o Fundo Mundial para Pesquisa em Câncer e o Instituto Americano para Pesquisa em Câncer, entidades de peso dedicadas ao enfrentamento da doença, criaram o Relatório de Especialistas, um compilado que reúne comportamentos eficazes contra tumores. A primeira edição do documento é de 2007, a segunda veio dez anos depois e a terceira acaba de ser publicada — as orientações estão nos tópicos abaixo.
Para o farmacêutico e bioquímico Thomas Ong, do Centro de Pesquisa em Alimentos, o FoRC, da Universidade de São Paulo (USP), muitas pessoas ainda têm a impressão de que o câncer é uma doença essencialmente hereditária. No entanto, isso só é verdade em 10% dos casos. “Em 90%, têm tudo a ver com estilo de vida, e como esses fatores chamados de ambientais interagem com o nosso genoma”, esclarece o professor.
Na visão da oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz, diretora do corpo clínico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), um dos grandes desafios para a adesão a uma rotina equilibrada é o reconhecimento de que o câncer pode bater à porta em algum momento. “Há uma tendência em não se pensar nisso”, avalia.
Um segundo obstáculo é que mudar hábitos não é tão simples. Longe disso. “Muitos deles vêm lá da infância”, observa a médica.
Mesmo que o indivíduo tope rever seu dia a dia, a realidade à sua volta às vezes dificulta o processo. “Hoje a legislação trabalhista não colabora para que toda mãe amamente o bebê até os 6 meses de idade”, lembra a nutricionista Luciana Grucci, do Instituto Nacional de Câncer (Inca), citando uma das medidas para barrar o câncer de mama nas mulheres e seus filhos. Contar com alimentação saudável a preço justo, dados nutricionais claros nos rótulos e espaços urbanos para a prática de exercícios são outros desafios.
Ainda assim, vale a pena fazer o que estiver a seu alcance. “Para ter ideia, de 15 a 20% dos cânceres hoje são atribuídos à obesidade”, exemplifica o oncologista Gilberto de Castro Junior, do Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista.
No laboratório do professor Ong, está cada vez mais claro que renovar os hábitos agora pode blindar até as próximas gerações contra a doença. “Seria muito melhor se seus pais tivessem pensado em prevenção antes de você nascer”, diz. Mas nunca é tarde para começar. Vamos lá?

1. Aposte em grãos, verduras e feijões
Esses alimentos têm, em comum, o fato de exibirem um conteúdo invejável de fibras. De acordo com o documento americano, o ideal é consumir 30 gramas delas por dia.
“As fibras facilitam o funcionamento do intestino. Isso é ótimo porque, quando as fezes ficam paradas, elas começam a fermentar e liberar substâncias carcinogênicas”, esclarece a nutricionista Thaís Manfrinato Miola, do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo.
Além disso, essas substâncias ajudam a fortalecer a barreira intestinal. Daí por que são associadas sobretudo à prevenção do câncer colorretal. Mas não é só. O combo de vegetais aí de cima fornece uma porção de antioxidantes, como betacaroteno, luteína e vitamina C. “São compostos capazes de proteger nossas células de agressões do meio externo”, diz Thaís.
Aí, falamos de uma blindagem contra vários tipos de tumor. A nutricionista Luciana, do Inca, acrescenta que uma dieta focada em vegetais deixa menos espaço para tranqueiras. Isso contribui para a manutenção do peso, outro fator que conta no aparecimento do problema.
Destaques no menu anticâncer
Grãos integrais: é o caso do arroz. Mas a ideia é trocar o branco pelo integral. Mesmo raciocínio com as massas, para aproveitar o trigo. Aveia e centeio participam do time.
Frutas: faça um rodízio, intercalando cores diferentes — cada tom denota a presença de substâncias específicas. Se der, mantenha a casca, parte cheia de fibras.
Verduras e tubérculos: não abuse de batata, inhame e afins, pouco fibrosos. Prefira cenoura, nabo, berinjela, folhas verde-escuras, couve, entre outros.
Leguminosas: o time conta com feijão, item valiosíssimo no cardápio brasileiro. Nada de desprezá-lo, tá? Ervilha, grão-de-bico e lentilha são alternativas legais.

2. Evite fast-food e ultraprocessados
Aqui entram batata frita, hambúrgueres e aqueles industrializados que passam por diversos processos, ganhando uma listona de ingredientes. Segundo Thomas Ong, o principal dilema é que tais itens são abastecidos de gorduras, carboidratos simples e sódio — conjunto que, em excesso, pavimenta o caminho para o ganho de peso, fator de risco para o câncer.
Embora não haja comprovação definitiva, Thaís acredita que aditivos como aromatizantes e conservantes, comuns nesses pacotes, tenham papel no desenvolvimento de tumores. Logo, maneire em salgadinhos, bolachas, molhos prontos, sopas em pó, congelados, macarrão instantâneo etc.

3. Coma menos carne vermelha
Suas vantagens são indiscutíveis: é rica em proteína, vitamina B12, zinco e ferro. Mas comer sempre não é bacana, já que, ao ir para o fogo, o alimento libera aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos policíclicos, substâncias de potencial cancerígeno.
“O ideal é limitar o consumo a três vezes por semana”, aponta o oncologista Frederico Muller, do Hospital Fundação do Câncer, no Rio de Janeiro.
Para minimizar a formação dos elementos perigosos, são indicados preparos que não tostem demais a carne, como cozido e ensopado.
Já os embutidos reúnem naturalmente substâncias nocivas e muito sódio. O recado do documento é passar longe de salame, salsicha, mortadela e presunto.

4. Pegue leve no álcool
Os motivos são inúmeros. Segundo a nutricionista Paula do Carmo, do Hospital de Amor, em Barretos, no interior paulista, eles envolvem conversão do álcool em elementos tóxicos, aumento na produção de radicais livres (moléculas que danificam nossas células), prejuízos em mecanismos de reparo do DNA e atuação como solvente, o que facilita a entrada de substâncias carcinogênicas nas células.
Não vá achando que o vinho tem passe livre, já que esbanja antioxidantes poderosos. “Os estudos mostram que todos os tipos de bebida alcoólica têm impacto semelhante no risco da doença”, afirma Paula. O documento relata que não existe nível prudente de ingestão. “Pensando em câncer, zero álcool é mais seguro”, crava Pilar.
Se for beber, a orientação é não extrapolar uma dose.

5. É mãe? Se puder, amamente
A gestação e a amamentação impõem alterações hormonais à mulher. “E, quando as células estão expostas a esse ambiente, elas tendem a se proliferar menos”, nota a oncologista Débora Gagliato, da BP — A Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Com essa replicação controlada, o risco de câncer, especialmente de mama, cai.
Ela avisa, porém, que tal vantagem é mais nítida se a gravidez acontecer antes dos 35 anos. Para a criança, também há ganhos em termos de prevenção. “Há menor possibilidade de sobrepeso na fase adulta”, justifica Débora.
Fora isso, o aleitamento garante o desenvolvimento pleno da imunidade do pequeno.

6. Limite bebidas açucaradas
Isso inclui refrigerantes, néctares, refrescos e até sucos de frutas. “As pesquisas apontam de forma convincente que o consumo de bebidas açucaradas é causa de ganho de peso, sobrepeso e obesidade em crianças e adultos”, resume Paula. E você já sabe: ponteiro da balança em ritmo crescente é sinal de maior risco de câncer.
O oncologista Castro Junior pontua que o excesso de açúcar é temerário também porque, nessas circunstâncias, há maior liberação de insulina. “E esse hormônio é fator de crescimento para alguns tumores”, ensina.
Ao tomar suco natural — que, dentre as opções, pelo menos é nutritivo —, a dica é diluir em água, não adoçar e, claro, maneirar.
Vale ressaltar que bebidas adoçadas artificialmente não entram no combo. Isso porque não há consenso que adoçantes podem contribuir para o câncer.
Os líquidos mais indicados para o dia a dia
Água: é a melhor fonte de hidratação. Se quiser dar sabor, aromatize com frutas picadas e especiarias.
Chás: a recomendação é apostar nos naturais, provenientes de ervas. Os de lata e garrafa costumam ter açúcar demais.
Café: segundo Paula, ele provavelmente protege contra os cânceres de fígado e endométrio. Mas sem açúcar, por favor.

7. Não tome cápsulas por conta
Você lê que fibras e vitaminas são cruciais, assim como outros tantos compostos detectados naturalmente em alimentos. Aí, investir em suplementos com altas concentrações desses ingredientes parece mais fácil e eficiente para prevenir tumores, certo? Errado.
Na prática, isso pode abrir as portas para a doença. Um exemplo documentado: cápsulas de betacaroteno, antioxidante da cenoura e de outros itens alaranjados, elevam o risco de câncer de pulmão entre ex-fumantes e adeptos do hábito. É que as doses elevadas do composto oferecidas pelas cápsulas fazem com que ele adquira um perfil propício para danificar o DNA das células — o primeiro passo para o surgimento do câncer.
Agora, se o betacaroteno vier da comida, tranquilo. “A recomendação é justamente ter acesso a essas substâncias por meio da dieta”, reforça Luciana. Até porque o alimento fornece ao organismo um verdadeiro mix nutritivo.
Se você desconfia de que está com um déficit de vitaminas e minerais, busque um especialista.
Durante o tratamento
Nessa hora, utilizar suplementos por conta própria é mais delicado. De acordo com Thaís, do A.C.Camargo, os concentrados de antioxidantes podem blindar as células saudáveis e também as tumorais, já que não sabem diferenciar umas das outras. Daí o tratamento, como a quimioterapia, acaba prejudicado.
Mas há suplementos aliados, que auxiliam o paciente a suportar essa etapa, como whey protein, creatina e ômega-3. “Temos segurança e respaldo científico para usá-los”, afirma o médico Frederico Muller.
Acontece que a escolha e a forma de administração devem ser definidas pela equipe que cuida do paciente. Por mais inofensivos que cápsulas e pós pareçam, não é o momento para apostar no incerto.

8. Faça atividade física
Não importa o peso, ser ativo defende o organismo contra tumores. “O exercício influencia em múltiplos mecanismos biológicos envolvidos com a doença”, conta Daniel Galvão, diretor do Instituto de Pesquisa em Medicina do Exercício da Universidade Edith Cowan, na Austrália.
Entre eles estão redução de resistência à ação da insulina, diminuição dos níveis de hormônios circulantes, alívio da inflamação e melhora do sistema imune. Sem falar na forcinha ao emagrecimento, um extra de enorme utilidade.
No guia anticâncer, não é definida uma quantidade exata de exercício para afastar a doença. “Porém, existem recomendações genéricas de 150 minutos de atividade aeróbica moderada por semana. Ou de 75 minutos da versão vigorosa”, diz Galvão. Vale caminhar, pedalar ou nadar.
“Além de mais duas sessões semanais de treinamento de força”, observa o estudioso. Aqui, falamos de modalidades como musculação e pilates.
O documento também pede atenção ao tempo que passamos sentados. “Mas só ficar em pé não resolve. É essencial aliar isso a exercícios”, frisa Galvão.
O inimigo número 1 do exercício
É o sedentarismo, claro. E o documento ressalta que, hoje, as telas (ou seja, computador, tablet, televisão e celular) são as grandes promotoras desse comportamento.
Para piorar, o tempo passado em frente a esses dispositivos está ligado a um maior consumo de guloseimas e bebidas engordativas.

9. Mantenha um peso saudável
Se reparar bem, as medidas citadas até aqui são imprescindíveis para o peso não decolar. Isso é muito valorizado na guerra contra o câncer. “Recentemente, uma pesquisa associou a obesidade a 13 tipos de tumor”, lembra Débora. “Por isso o quadro é encarado hoje como um importantíssimo fator de risco”, destaca.
Razões não faltam. Segundo Pilar, pessoas obesas apresentam um estado de inflamação sistêmica, têm alterações em células de defesa e convivem com altos níveis de insulina em circulação. São condições apropriadas para incitar a proliferação celular e o aparecimento de um tumor.
No documento, os autores pedem, inclusive, que o peso seja alvo de atenção desde a infância — afinal, já está claro que crianças com sobrepeso ou obesidade têm tudo para manter esse padrão na fase adulta.
“É preciso considerar que a exposição a um fator de risco não leva ao câncer num curto intervalo. Falamos de décadas. Logo, a prevenção deve começar desde cedo”, raciocina Pilar.
10. Continue se cuidando

Para quem está lutando contra o câncer, o conselho é se manter fiel a esse estilo de vida saudável — na medida do possível. “O exercício traz benefícios, como redução de fadiga”, aponta Thaís. “E a dieta equilibrada ajuda a manter o estado nutricional do paciente”, declara.
Para orientações adequadas, nutricionista e educador físico devem trabalhar em aliança com o oncologista. E eles podem ajustar o cardápio e os treinos conforme os sintomas. Após o tratamento, nada de se descuidar à mesa nem ficar paradão. Até porque há risco de volta do tumor.
No seu ritmo
Há dias em que o paciente não se sentirá tão disposto para mexer o corpo. Mas acredite: é melhor render bem menos do que ficar largado no sofá. “Mesmo indivíduos acamados podem se exercitar”, defende Pilar.
“O melhor remédio contra a falta de energia é a atividade física”, enfatiza Débora. Basta respeitar os limites do corpo.


sábado, 13 de janeiro de 2018

Vício em videogames entrará oficialmente para catálogo de doenças mentais

A nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, do inglês Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), que será publicada em 2018, deverá incluir pela primeira vez o vício por jogos de videogame. A última versão do documento, originalmente publicado em 1952 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é de 2013.

De acordo com a “New Scientist”, a nomenclatura oficial do distúrbio mental provocado por jogos de videogame ainda não foi divulgada, mas deve ser classificado como uma condição de saúde séria a ser monitorada. O manual definirá, assim como faz com os outros distúrbios, quais características o paciente deve apresentar para se encaixar na condição.

Não são todos os gamers

Em entrevista à “New Scientist”, um membro do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS, Vladimir Poznyak, apontou a importância de reconhecer o vício em jogos eletrônicos como uma doença. “Os profissionais de saúde precisam reconhecer que o vício em jogos eletrônicos pode ter sérias consequências para a saúde”, disse.

“A maioria das pessoas que jogam videogames não tem um transtorno, assim como a maioria das pessoas que bebem álcool também não têm um transtorno. No entanto, em determinadas circunstâncias, o uso excessivo pode levar a efeitos adversos”, afirma.

Segundo o Independent, um estudo de 2016, realizado por pesquisadores da Universidade Oxford e publicado no “American Journal of Psychiatry”, descobriu que, entre os 19 mil gamers entrevistados, apenas 2 a 3% sofriam de cinco ou mais dos sintomas que poderiam indicar um distúrbio. A lista com os sintomas era baseada em características que a Associação Americana de Psicologia afirma que podem indicar que o indivíduo sofrem com o vício em videogames. Entre eles estão ansiedade, sintomas de abstinência e comportamento antissocial.

“Ao contrário do previsto, o estudo não encontrou uma ligação clara entre o potencial vício e efeitos negativos sobre a saúde”, contou, à época, Andrew Przybylski, autor principal do estudo. “No entanto, mais pesquisas baseadas em práticas científicas abertas e robustas são necessárias para saber se os jogos são realmente tão viciantes como muitos temem”. [Independent, New Scientist]


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Manual para abandonar o fumo

Se você é mais um daqueles que está pensando ou tentando deixar o fumo, aqui vão algumas regrinhas de ouro que poderão ajudá-lo a abandonar o vício responsável por mais de 30% das mortes relacionadas ao câncer.

Nem sempre é fácil largar o hábito de fumar, mas sempre é muito bom para a saúde. Alguns benefícios são imediatos; por exemplo: trinta minutos depois de a pessoa fumar o último cigarro; a pressão arterial, o batimento cardíaco e a temperatura corporal já voltam ao normal. Ao final de oito horas; o nível de oxigênio e gás carbônico do sangue começa a se equilibrar, e a chance de se ter um ataque do coração já começa a cair. Algumas semanas depois de ter abandonado o fumo; o olfato e o paladar voltam a funcionar normalmente, e a respiração já se normaliza.

A pessoa que para de fumar sente-se mais energética e o seu risco de desenvolver um ataque cardíaco, após alguns meses, vai cair para menos de 50% do que quando fumava. Depois de 10 anos sem fumar, aquelas pessoas que tinham células pré-cancerosas nos pulmões passam a ter células normais e, após 20 anos de abstinência, passam a ser consideradas não fumantes.

Tentações fundamentais

a. A primeira caneca de café: Mude sua rotina de tomar café longe da mesa.
b. Ao finalizar uma refeição: Em vez de permanecer sentado à mesa levante-se e caminhe.
c. O cônjuge que fuma: Todas as manhãs, lembre-se como é o bom não fumar.
d. Horas que demoram a passar: Faça alguns singelos exercícios abdominais ou faça alguns alongamentos.
e. Um amigo que lhe oferece um cigarro: Conteste que você já é um ex fumante e que pensa assim permanecer. Peça ao amigo para que jamais volte a lhe oferecer cigarros.

Tentações no Trabalho

a. Conversas no corredor: Aproveite para beber um enorme copo com água ou suco.
b. Chamada telefônica de cliente chato: Use uma caneta para rabiscar uma folha de papel ou faça correntinha de clipes.
c. Cafézinho no escritório: Use a colherzinha para mexer seu café como substituto do cigarro.
d. Prazos de entrega impossíveis: Respire profundamente para relaxar. Aspire profundamente e depois lentamente. Repita este exercício dez vezes.
e. Problemas com o chefe: Analise o que deseja da situação. Fumar não lhe ajudará a encontrar a forma de resolver o problema.

Tentações no lar

a. Vendo o programa de TV favorito: Mude de lugar. Sente-se no sofá em vez de seu "cadeirão do papai".
b. Ao falar ao telefone com um amigo: Mantenha suas mãos ocupadas, por exemplo, com a lista telefônica.
c. Crise familiar: Respire profundamente várias vezes. Depois trate de focar-se na solução do problema e não em fumar.
d. Sozinho em casa: Trate de manter-se ocupado. Limpe os armários, recolha o lixo... corte a grama.
e. Após as refeições: Levante da mesa imediatamente e vá escovar os dentes.

Tentações sociais

a. Happy Hour após to serviço: Antes de sair, ensaie mentalmente como se portará como ex fumante. Imagine-se pedindo uma bebida, conversando com os amigos, etc. Fazendo tudo, mas sem fumar.
b. Uma festa: Antes de sair faça um pacto com você mesmo e com algum amigo que não fume.
c. Joguinho de baralho com os amigos: Tenha à mão algum substituto, o misturador de bebida, uma goma de mascar ou um palito de dentes.
d. A primeira reunião familiar após deixar de fumar: Trate de manter suas mãos ocupadas; ofereça-se para ajudar a lavar os pratos ou faça a salada.
e. Recebendo visitas que fumam: Enfoque sua atenção nos objetos que lhe rodeiam, um por um, até que o desejo de fumar passe.

Tentações ao ir de um lugar a outro

a. Indo para o trabalho: Mude a forma de ir ao trabalho. Caminhe em vez de dirigir; vá de ônibus ou use uma rota alternativa.
b. Sozinho no automóvel: Para ajudá-lo a relaxar, escute uma música suave. Os substitutos orais resultam muito úteis como balas ou gomas de mascar.
c. Suas primeiras férias como não fumante: Faça alguma atividade física que distraia sua atenção, caminhe, ande de bicicleta, nade...

Truques que ajudam a fumar menos

a. Comprar uma marca de cigarro que goste menos ou qualquer outra "mata-rato" (se bem que todas matam).
b. Usar piteiras.
c. Espera 5 a 10 minutos antes de acender o cigarro.
d. Lavar as mãos e enxaguar a boca após cada cigarro ajuda ao fumante a perceber como o cigarro é mal cheiroso.
e. Enxaguar a boca, escovar os dentes ou tomar um chá de menta antes de fumar, para mudar o gosto do fumo.
f. Fumar só ao ar livre ou com as janelas abertas.
g. Fumar marcas com baixo teor de nicotina e alcatrão.
h. Não fumar nunca em jejum (é quando mais nicotina se absorve).
i. Guardar o cigarro em lugares onde seja difícil encontrá-lo.
j. Comprar uma carteira por vez.
k. Não agite o cigarro na mão para diminuir sua combustão e para que a nicotina não se acumule.
l. Faça pequenos furos com um alfinete próximo ao filtro de maneira que entre ar e, a cada aspirada, diminua a quantidade de fumaça.
m. Dar menos fumadas em cada cigarro.
n. Atrasar a cada dia meia hora o primeiro cigarro.
o. Apontar diariamente o número de cigarros para estar consciente do quanto fumou.
p. Controlar o número de cigarros diários e fumar um a menos em cada dia.
q. Fumar só a metade do cigarro.
r. Tentar não tragar entre uma fumada e outra.
s. Fixar-se em um número de dias que consegue ficar sem fumar.
t. Não ficar próximo a amigos fumantes.
u. Tomar a decisão de deixar o fumo aproveitando as férias ou durante uma doença - gripe, por exemplo-, quando o fumo é menos apetecível.

Motivos para deixar o fumo:

a. Faça as contas: multiplique o preço do número de carteiras que fuma por dia por 365 e vai notar que poderia pagar uma boa limpeza dentária para limpar este amarelo de seus dentes.
b. Você já fez as contas com o quanto gasta com os fumantes "chupins" (parasitas)?
c. O maldito cheiro que faz qualquer um fugir como o diabo foge da cruz. A maioria dos não fumantes se nega a beijar um fumante, dizem que é como lamber um cinzeiro.
d. Por mais que escove e lave os dentes eles permanecem com aquele amarelo pálido, assim como a unha das mãos com aquela marca amarela do alcatrão.
e. Nenhum drops ou spray disfarça de todo o cheiro do fumo. E sua roupa, ainda que esteja impecável, também manterá a fedentina do cigarro.
f. Você já pensou na quantidade de coisas que está deixando de fazer por causa do fumo? Consegue ainda dar um pique na quadra sem que o ar falte?
g. Consegue ficar mais de um minuto debaixo d'água como fazia na aposta com os amigos na infância?
h. Você está economizando uma boa parcela na conta bancária para custear as doenças que virão numa idade mais avançada decorrentes do seu hábito de fumar?
i. Para muita gente, parar de fumar é extremamente difícil. Mas deveriam pensar em todos os benefícios que isso iria trazer, como saúde, bem estar, economia, além de evitar o incômodo e a doença dos indivíduos próximos que não fumam.
j. E a mais importante de todas, quanto tempo seu amiguinho permanece ereto em cada batalha? Já está dando vexame e deixando sua parceira na mão?

Fonte: site Dag Vulpi

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Manual de defesa contra doenças


Seu manual de defesa contra doenças

Elencamos sete atitudes fáceis de adotar que aumentam a proteção contra doenças propagadas por micróbios e estimulam o sistema imune a agir com mais rapidez e sem errar os alvos

1. Lave bem as mãos
Eis uma verdade inconveniente: nossas mãos costumam ser um meio de transporte para vírus, fungos e bactérias embarcarem corpo adentro. Quando eles garantem seu espaço, nós, os hospedeiros, é que padecemos da turbulência — seja uma infecção respiratória, seja uma diarreia. Para barrar os penetras, não se contente com uma lavagem rápida, principalmente depois de mexer com dinheiro ou sair do banheiro. “É preciso esfregar as mãos, com água e sabão, por cerca de um minuto para remover os micro-organismos”, avisa o microbiologista João Tórtora, da Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro. “Podemos completar a limpeza utilizando álcool a 70%.” Em um trabalho realizado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, o aumento do uso de álcool gel pelos funcionários de UTIs reduziu as infecções hospitalares. “As taxas caíram pela metade”, conta o infectologista Alexandre Marra, um dos envolvidos no projeto.

Higienize as mãos depois de:

• Mexer em dinheiro: preze por uma boa lavagem após manusear as cédulas, sobretudo as de menor valor.
• Andar de trem, metrô e ônibus: o grau de contaminação de barras e assentos é enorme.
• Usar escadas rolantes: aquele corrimão é tão ou mais contaminado que a barra do trem público.
• Usar o teclado do computador: ele é um celeiro de micróbios por não ser limpo com frequência.
• Ficar na areia da praia: procure banhar bem as mãos — e o corpo inteiro — após um dia à beira-mar.
• Usar o orelhão: os telefones públicos estão entre os campeões de contaminação.
• Ir ao banheiro: nem é preciso entrar em detalhes.

2. Proteja sua comida
O que os olhos não veem o coração não sente. O ditado é consagrado, mas, quando falamos em micróbios ávidos pelo corpo humano, nem sempre tem validade. Frutas e hortaliças aparentemente frescas também abrigam bactérias capazes de sacudir o sistema gastrointestinal. Não se deixe enganar. “Elas devem ser colocadas na geladeira e permanecer ali por duas horas”, orienta o biomédico Roberto Figueiredo, especialista em segurança de alimentos, de São Paulo. “No caso de verduras ou frutas consumidas com casca, é preciso deixá-las de molho durante cinco minutos numa solução feita de 1 colher de sopa de água sanitária diluída em 1 litro de água”, ensina. Em seguida, lave-as bem na torneira. Fora de casa, evite pedir bebidas com uma rodela de laranja ou limão. Com casca e tudo, elas carregam uma bela pitada de micróbios. Quanto às carnes, nunca as deixe descongelando em temperatura ambiente. “A recomendação é fazer isso dentro da geladeira ou no micro-ondas”, diz Figueiredo. Aliás, na hora de cortá-las, opte por tábuas de plástico ou vidro — madeira jamais.

3. Zele pela água
Não basta se contentar com uma água potável de ótima fonte e bem envasada. Se o suporte, o filtro ou a moringa por onde ela passa antes de cair no copo não são higienizados no dia a dia, uma porção de germes passará a nadar em meio ao líquido. E quando você tomar uns goles... já sabe o resto da história. “Vale lavar os recipientes, por dentro e por fora, no mínimo uma vez por semana usando uma solução à base de água sanitária”, recomenda Figueiredo. “Além disso, a vela dos filtros precisa ser trocada de tempos em tempos.” Quando for a lanchonetes e restaurantes — principalmente os com pouca infraestrutura —, fuja dos sucos com pedrinhas de gelo. A origem delas nem sempre é confiável. “E muitos micróbios resistem a baixas temperaturas”, diz Figueiredo.

4. Cuide bem dele (ou dela)
A segurança dos órgãos genitais não depende de cuidados apenas na hora agá. A higiene diária é essencial para homens e mulheres afastarem visitas microscópicas ao seu aparelho reprodutor. “O pênis deve ser lavado com água corrente e sabão”, diz o urologista Sandro Faria, da Sociedade Brasileira de Urologia. “E é fundamental secá-lo com uma toalha depois, já que um ambiente úmido e quente é o paraíso para os fungos.” Com as mulheres não é diferente. “Elas devem fazer a higiene íntima com água e sabonete neutro, enxugando bem em seguida”, diz o ginecologista Rogério Ramires, do Femme Laboratório da Mulher, em São Paulo. “Não é recomendável lançar mão das duchas vaginais, capazes de desequilibrar a flora da vagina, que a protege contra micro-organismos nocivos.” No momento da transa, o preservativo é obrigatório, porque previne um rol de doenças (veja a lista abaixo). E nada de dormir depois do bem-bom — o pênis e a vagina merecem um banho.

Mantenha distância
Quem pratica o sexo seguro, com uso da camisinha , pode evitar uma lista de moléstias

1. Clamídia
2. Sífilis
3. Candidíase
4. Verrugas genitais e lesões por HPV
5. Gonorreia
6. Hepatite B
7. Herpes genital
8. Aids
9. Cancro mole
10. Infecção urinária

5. Esteja com a vacinação em dia
Muita gente associa as agulhas (ou as gotinhas) a uma obrigação típica da infância. “Mas quem se foca na vacinação dos filhos e se esquece de si próprio pode pagar um preço alto”, alerta o médico sanitarista Ricardo Cunha, da rede de laboratórios Diagnósticos da América, em São Paulo. “A vacina antitetânica, por exemplo, vale por dez anos e, assim, exige um reforço a cada década”, diz. A da gripe, por sua vez, requer aplicações anuais, devido à constante modificação do vírus influenza. Já idosos e pessoas com a imunidade comprometida merecem se vacinar também contra doenças pneumocócicas e meningocócicas. “E quem vai viajar deve se informar com antecedência a respeito dos imunizantes necessários para ficar seguro em seu local de destino”, lembra Cunha. Antes de desbravar o interior do Brasil, é prudente se proteger contra a febre amarela; quem parte para a Índia tem que se vacinar contra cólera...

6. Tenha um animal de estimação
Selar amizade com um cão ou um gato traz inúmeras vantagens à saúde dos donos. “Estudos indicam que as crianças que crescem junto a animais têm menor probabilidade de desenvolver alergia”, conta Carine Redígolo, doutoranda em psicologia experimental na Universidade de São Paulo. A hipótese é que o contato com micróbios do pet ajude a treinar o sistema imune do pequeno, que deixa de ficar sensível demais ao pó ou a algum alimento (veja abaixo). A companhia de um bicho presta outro serviço: minimizar o estresse do amigo humano. Isso faz muita diferença em matéria de imunidade porque a tensão diária deprime nossas tropas de defesa. “Um trabalho recente mostra que o mero fato de brincar com um cachorro já traz benefícios fisiológicos a uma pessoa”, diz Carine. Só não podemos nos esquecer de alguns cuidados básicos para quem quer conviver numa boa com um animal. Trate de levá-lo ao veterinário de vez em quando e recolha as fezes dele munido de luvas e uma pá.

Vitamina “S”
Um pouco de sujeira na infância — uma brincadeira no parquinho ou um jogo de futebol no gramado — faria bem ao organismo, ainda mais em um mundo rodeado de vacinas e antibióticos. É o que defende uma corrente de médicos ao propor que o contato precoce com micróbios e afins incitaria o sistema de defesa a amadurecer, deixando o indivíduo menos suscetível a descompassos como asma e alergia.

7. Coma direito e pratique exercícios
A dupla formada por alimentação balanceada e atividade física regular não fica de fora de nenhum manual que busque salvaguardar o corpo. Alguns nutrientes desempenham, de fato, papel de patrocinadores do sistema imune, como os minerais zinco e selênio, das castanhas e dos peixes, e as vitaminas C e E, fornecidas pelos vegetais. “As proteínas das carnes também são importantes porque favorecem as células de defesa e os anticorpos”, diz o infectologista Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. Ao nadar, correr ou pedalar, você também está erguendo uma muralha imunológica. “O exercício físico moderado estimula o sistema imune, reduzindo as chances de infecção e melhorando o controle das inflamações”, afirma o médico do esporte Mauro Vaisberg, também da Unifesp.

Academia contaminada
Milhões de germes se escondem em selins de bicicletas ergométricas, colchonetes e aparelhos de musculação, revela uma avaliação de nove academias cariocas conduzida pelo microbiologista João Tórtora e pela estudante de farmácia Adriana Pereira, da Universidade Gama Filho. “Encontramos grandes concentrações de bactérias e fungos que causam problemas na pele e infecções intestinais”, conta Tórtora. Para malhar os riscos, higienize os equipamentos com papel e álcool a 70% e, entre um exercício e outro, aplique álcool gel nas mãos.

Fonte: Revista Viva Saúde