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domingo, 10 de março de 2024

Obesidade aumenta riscos de AVC; veja como prevenir


Neurocirurgião explica como a doença crônica sobrecarrega o sistema cardiovascular

 

O controle de peso é essencial para a saúde, uma vez que a obesidade e o excesso de gordura corporal eleva os riscos de uma série de doenças – principalmente aquelas que atingem o sistema cardiovascular, como o AVC.

 

De acordo com o neurocirurgião Dr. Victor Hugo Espíndola, essa sobrecarga que a obesidade promove na saúde vascular ocorre de diversas maneiras.

 

“O excesso de peso aumenta a demanda metabólica, elevando a pressão arterial, sobrecarregando o coração e aumentando a resistência à insulina”, explica o médico.

 

Conforme o especialista, a relação entre obesidade e AVC está ligada, principalmente, ao aumento do risco de hipertensão, diabetes e dislipidemia associados ao excesso de peso.

 

“Esses fatores contribuem para a formação de placas nas artérias, aumentando as chances de um evento vascular cerebral”, salienta o neurocirurgião.

 

Vale lembrar que, além do AVC, a obesidade está associada a doenças coronárias, insuficiência cardíaca, arritmias e agravamento de outras condições cardiovasculares. A razão é a inflamação crônica e desequilíbrios metabólicos do organismo.

 

Prevenção

No entanto, Victor Hugo destaca que a obesidade é um fator de risco modificável. “O tratamento precoce e a manutenção de hábitos saudáveis não apenas reduzem o risco de AVC, mas também melhoram a saúde cardiovascular global e a qualidade de vida”, destaca o especialista.

 

Segundo o médico, a prevenção envolve a adoção de um estilo de vida saudável. Isso inclui dieta equilibrada, atividade física regular, controle do peso, monitoramento da pressão arterial e glicose.

 

 “A abordagem multidisciplinar, com acompanhamento médico e nutricional, é crucial”, finaliza.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/obesidade-aumenta-riscos-de-avc-veja-como-prevenir.phtml - Por Milena Vogado - Foto: Shutterstock


Louvai ao Senhor, porque é bom; pois a sua benignidade dura perpetuamente.

1 Crônicas 16:34


sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Obesidade nos homens é diferente, e mais perigosa, que obesidade nas mulheres


Obesidades masculina e feminina

 

Os homens são mais propensos do que as mulheres a desenvolver condições associadas à obesidade, como doenças cardiovasculares, resistência à insulina e diabetes.

 

Mas os fundamentos biológicos dessa diferença entre os sexos nas doenças relacionadas à obesidade são desconhecidos.

 

"As pessoas têm usado modelos de roedores para estudar a obesidade e as doenças associadas à obesidade - como diabetes - mas normalmente sempre estudaram roedores machos, porque as fêmeas são resistentes a desenvolver os mesmos tipos de doenças," conta a professora Tara Haas, da Universidade de York (Canadá). "Estávamos realmente interessados em explorar essa diferença porque, para nós, ela falava de algo realmente fascinante acontecendo nas mulheres que as protegem."

 

E os resultados não se fizeram esperar, revelando diferenças impressionantes nas células que dão origem aos vasos sanguíneos no tecido adiposo de homens e mulheres.

 

Diferentes, mesmo fora do corpo

 

A equipe observou que, quando os camundongos se tornam obesos, as fêmeas desenvolvem muitos novos vasos sanguíneos para suprir o tecido adiposo em expansão com oxigênio e nutrientes, enquanto esses vasos sanguíneos crescem muito menos nos machos. Isso fez com que eles voltassem sua atenção para as diferenças nas células endoteliais que compõem os blocos de construção desses vasos sanguíneos no tecido adiposo.

 

O que se viu é que os processos associados à proliferação de novos vasos sanguíneos são fortes nas camundongos fêmeas, enquanto os machos apresentam um alto nível de processos associados à inflamação.

 

"Foi muito impressionante a extensão dos processos associados à inflamação que prevaleceram nos machos," lembra Haas. "Outros estudos mostraram que, quando as células endoteliais têm esse tipo de resposta inflamatória, elas são muito disfuncionais e não respondem adequadamente aos estímulos".

 

Os pesquisadores também examinaram o comportamento das células endoteliais quando elas foram retiradas do corpo e estudadas em placas de Petri.

 

"Mesmo quando nós as retiramos do corpo, onde não há hormônios sexuais circulantes ou outros tipos de fatores, as células endoteliais masculinas e femininas ainda se comportam de maneira muito diferente umas das outras," detalhou Haas.

 

Tratamentos diferentes para homens e mulheres

 

Embora humanos e camundongos tenham genes diferentes que podem ser ativados ou desativados, Haas acredita que as descobertas gerais provavelmente poderão ser estendidas, e ela espera demonstrar isto a seguir, estudando as mesmas células em humanos.

 

"Você não pode presumir que ambos os sexos vão responder à mesma série de eventos da mesma maneira," disse a pesquisadora. "Esta não é apenas uma questão relacionada à obesidade - acho que é um problema conceitual muito mais amplo, que também abrange o envelhecimento saudável. Uma implicação de nossas descobertas é que haverá situações em que o tratamento ideal para homens não será o ideal para as mulheres e vice-versa."

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Transcriptomic profiling reveals sex-specific molecular signatures of adipose endothelial cells under obesogenic conditions

Autores: Martina Rudnicki, Alexandra Pislaru, Omid Rezvan, Eric Rullman, Aly Fawzy, Emmanuel Nwadozi, Emilie Roudier, Thomas Gustafsson, Tara L. Haas

Publicação: iScience

Vol.: 26, Issue 1, 105811

DOI: 10.1016/j.isci.2022.105811

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=obesidade-homens-diferente-mais-perigosa-obesidade-mulheres&id=15740&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: York University


Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem.

Hebreus 11:1


quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Obesidade pode diminuir produção de testosterona, alerta endocrinologista


Acúmulo de gordura costuma interferir diretamente na qualidade de vida

 

Rotina profissional agitada, compromissos particulares em excesso. Aquela comidinha rápida no meio do dia e aquele “snack” a qualquer hora figuram entre as principais consequências para engordar. Porém, há outro hormônio que estimula, ou seja, testosterona influencia no ganho de peso e obesidade.

 

Revelações

“Além de representar desafios sociais e ambientais significativos, a obesidade está associada a uma infinidade de resultados adversos à saúde. Incluindo doenças cardiovasculares, apneia do sono, osteoartrite, aumento do risco de certos tipos de câncer. E, nos homens, níveis reduzidos de testosterona”, afirma o Dr. Ronan Araujo.

 

Ronan Araujo é nutrólogo, endocrinologista e mostra que a gordura visceral se associa com a produção de testosterona e vitalidade. Então, as pessoas que acumulam maior quantidade de gordura visceral estão sujeitas a terem desequilíbrios hormonais e até níveis reduzidos de qualidade de vida.

 

Dá para perceber que muito obesos apresentam sintomas da deficiência de testosterona. Exemplos: menor resistência física, massa muscular diminuída, desinteresse sexual, ginecomastia (aumento mamário nos homens), redução de pelos e má qualidade do sono. Outro detalhe é que a idade independe em algumas ocasiões.

 

Acréscimos da interferência da obesidade na testosterona

Esse profissional complementa que o excesso de gordura corporal aumenta os níveis de colesterol LDL (“ruim”) e triglicerídeos ao mesmo tempo em que diminuem os níveis de colesterol HDL (“bom”). Os seus acréscimos são de que a obesidade prejudica a capacidade de resposta do corpo à insulina, “turbina” os níveis de açúcar no sangue e insulina.

 

Além disso, outros danos da obesidade são os riscos de ataques cardíacos, derrames, diabetes, cálculos biliares, hipertensões, câncer, osteoartrite, apneia obstrutiva do sono, depressão e fígado gorduroso.

 

Preocupação nacional

A pesquisa “Vigitel 2021” é de autoria do Ministério da Saúde, foi divulgada no primeiro semestre de 2022 e mostrou que quase seis em cada dez brasileiros (57,25%) lidavam com sobrepeso em 2021. Essa porcentagem denotou oscilação negativa pequena em relação ao ano anterior, que ficou em 57,5%. Até o ano de 2019, a taxa era menor de 55,4%.

 

Fonte: https://sportlife.com.br/obesidade-pode-diminuir-producao-de-testosterona-alerta-endocrinologista/ - By Redação - Shutterstock


Minha carne e meu coração podem desfalecer, mas Deus é a força do meu coração e minha porção para sempre. (Salmos 73:26)


sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Obesidade: como prevenir e combater a condição crônica


Dados do IBGE mostram que mais de 25% da população adulta brasileira possui obesidade. Entenda os riscos e como prevenir

 

De acordo com o IBGE, 26,8% da população brasileira com mais de 20 anos sofre com o problema (dados de 2020). Já a proporção de pessoas com excesso de peso na população com 20 anos ou mais de idade é de 61,7%.

 

“A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. Define-se um indivíduo como obeso quando este apresenta índice de massa corporal (IMC) maior que 30. As principais causas para esse problema incluem uma alimentação desbalanceada, principalmente rica em açúcar e gorduras, e o sedentarismo”, explica a Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

 

Principais riscos da obesidade

Conforme a especialista, a obesidade é um fator de risco para o aumento do colesterol e para o surgimento de doenças cardiovasculares. Isso porque o excesso de gordura favorece o acúmulo de placas de colesterol nas artérias coronárias responsáveis por irrigar o coração, aumentando a predisposição para condições como hipertensão, infarto, insuficiência cardíaca e tromboembolismo.

 

“Estar acima do peso também pode sobrecarregar os rins, o que, somado ao aumento da pressão arterial, faz com que o órgão perca progressivamente suas funções, deixando de filtrar o sangue e produzir hormônios. A consequência é o surgimento de doença renal crônica”, alerta a médica.

 

A diabetes tipo 2 é outra doença frequentemente associada à obesidade, pois o abuso de açúcar e carboidratos, além de favorecer o ganho de peso, faz com que o organismo se torne resistente à insulina, o que causa a condição.

 

Além disso, a doença hepática gordurosa não alcoólica é outra doença comumente observada em pessoas obesas. Ela se caracteriza pelo acúmulo de gordura nas células do fígado, o que pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, esteatohepatite, fibrose e cirrose hepática.

 

“Pessoas obesas também possuem maiores chances de desenvolver câncer, já que o acúmulo de gordura estimula a produção de hormônios envolvidos no desenvolvimento de células cancerígenas”, acrescenta a nutróloga.

 

Prevenção

Devido a tantos riscos causados pela obesidade, é imprescindível investir em cuidados que ajudem a prevenir e combater o problema, além de manter uma boa saúde. A principal forma é adotar uma alimentação saudável e balanceada, sendo esse o melhor método para evitar o ganho de peso excessivo. “Evite consumir ‘junk foods’ e alimentos industrializados e ricos em sal, açúcar e gorduras. No lugar, aposte na ingestão de frutas, verduras, legumes, grãos, alimentos integrais e carnes magras”, aconselha a Dra. Marcella.

 

“Além disso, incluir atividades físicas na rotina é outra boa maneira de afastar os diversos problemas de saúde que o sobrepeso pode causar. O ideal é que você pratique exercícios físicos pelo menos três vezes por semana, de preferência caminhadas, corridas, natação e ciclismo, que estão entre as práticas mais simples e eficientes para o controle do peso”, completa a médica.

 

Mas, caso você já sofra com obesidade, o ideal é consultar um médico nutrólogo. “Evite a todo custo receitas milagrosas para emagrecer e dietas extremamente restritivas encontradas na internet. Isso porque, além de não serem realmente eficazes no emagrecimento, essas mudanças drásticas nos hábitos alimentares, como restrição de grupos alimentares e diminuição de calorias e refeições, podem oferecer riscos à saúde quando realizadas sem acompanhamento médico”, alerta a especialista.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/obesidade-como-prevenir-e-combater-a-condicao-cronica.phtml - By Redação - Foto: Shutterstock


O SENHOR os protege e os preserva – eles são contados entre os abençoados na terra – ele não os entrega ao desejo de seus inimigos. O SENHOR os sustenta em seus leitos de enfermos e os restaura de seu leito de enfermidade. (Salmos 41: 2-3)


quinta-feira, 7 de abril de 2022

Sinal de alerta! A obesidade está ligada a diversas doenças; entenda


Entenda a relação da obesidade com outras doenças e saiba mais sobre o impacto do excesso de peso e gordura corporal em sua saúde

 

Que a obesidade é uma doença crônica, multifatorial e que precisa de tratamento, você já sabe1. Mas você também está ciente de que o excesso de gordura corporal tem relação com diversas doenças, como diabetes, hipertensão arterial, apneia do sono, problemas cardíacos, colesterol alto, depressão, ansiedade e outros problemas de ordem mental2, além de diversos tipos de câncer3,4, inclusive o de mama?

 

A obesidade está relacionada à inflamação crônica, que por sua vez está ligada a diversas reações no organismo que podem levar a essas doenças. E não para por aí: o excesso de gordura corporal também está associado a alterações nos hormônios sexuais (como estrona e estradiol, por exemplo), cujas alterações específicas podem estar ligadas a crescimento, proliferação e diferenciação celular, o que pode ser responsável pelo surgimento de câncer, por exemplo1.

 

O ideal, portanto, é manter-se dentro do peso adequado. Abaixo, saiba mais a respeito das principais causas da obesidade e o que fazer para reverter o excesso de gordura corporal.

 

Principais causas da obesidade

A obesidade, de forma bem simples, é o acúmulo de gordura em excesso em todo o corpo. E é preciso tomar cuidado com esse excesso de gordura - e aqui não estamos falando da questão estética, mas, sim, pensando na saúde. Vale lembrar que a obesidade é uma doença crônica e pode trazer sérios problemas, de dificuldade para respirar e se locomover a enfermidades graves como diabetes, doenças cardiovasculares e o câncer, como já mencionamos1.

 

As causas da obesidade são diversas, ou seja, é uma doença multifatorial. Os fatores relacionados a ela incluem predisposição genética, aspectos ambientais e também sociais como maus hábitos alimentares e sedentarismo, e questões endócrinas e hormonais5. Saiba mais detalhes:

 

Maus hábitos alimentares e sedentarismo: Esses dois pontos são considerados os grandes vilões, isso porque a obesidade é consequência de um desequilíbrio nutricional com excesso de calorias, ou seja, a pessoa come mais do que o organismo gasta em energia. Com isso, a energia se acumula e, graças a ação da insulina, acaba virando gordura no corpo6.

Por um lado, com uma rotina de trabalho puxada e até um acesso mais fácil a determinados alimentos, como os industrializados, cada vez mais as pessoas estão consumindo uma dieta rica em gorduras, açúcares, alimentos processados, comida pronta e fast food7.

 

Soma-se a isso a falta de atividade física. Muita gente entrou em um ciclo de diminuir progressivamente o tempo de atividade física, seja ela uma simples caminhada ou um exercício na academia, para passar horas e horas diante do computador, da televisão ou outra tela6.

 

Está criado o cenário para o acúmulo de peso e de gordura no corpo!

 

Fatores genéticos e influência familiar: pesquisas mostram que há uma herança genética e familiar na obesidade6. Por exemplo, filhos de pais obesos correm um risco de duas a três vezes maior de serem obesos no futuro em comparação com crianças de famílias que nem o pai ou a mãe sofre com obesidade7.

Também se encaixam aqui fatores hormonais e neurais que são determinados geneticamente. Eles influenciam em pontos como saciedade e regulação do peso corporal e, com isso, acabam tendo relação com ganho de peso, acúmulo de gorduras e obesidade.

Problemas endócrinos e outras alterações: algumas questões endócrinas também apresentam relação com a obesidade, como hipotireoidismo e alterações no hipotálamo. A forma como o corpo metaboliza determinadas substâncias, como os corticóides, e até os ovários policísticos podem levar ao sobrepeso6.

Fatores psicológicos: baixa-autoestima, ansiedade e depressão também podem resultar em ganho excessivo de peso.


Tratamentos para obesidade

Da mesma forma que a obesidade é uma doença multifatorial, o tratamento também pode incluir diversas etapas e técnicas, ele é multidisciplinar. É indicado que o portador de obesidade passe por acompanhamentos de especialistas como nutricionista, endrocinologista, psicólogo e educador físico para buscar uma mudança no estilo de vida que seja eficiente e duradoura8.

 

E nada de partir para dietas malucas ou da moda na ânsia de perder peso! Os tratamentos devem ser individualizados, com planos alimentares e exercícios voltados para aquele paciente. Já é comprovado que um planejamento flexível, que vise a reeducação alimentar respeitando as necessidades e características de cada um, desde profissão, arranjo familiar a questões econômicas, é a chave para os melhores resultados8.

 

Para melhorar hábitos alimentares e a questão do sedentarismo é possível partir para uma reeducação alimentar e um plano de exercícios, por exemplo. Em diversos casos, essas atitudes podem vir acompanhadas do uso de medicamentos6, que serão prescritos por um médico - de novo, nada de tomar remédio para emagrecer por conta própria! Também vale ressaltar que não existe tratamento com medicamentos a longo prazo que não envolva mudanças no estilo de vida8.

 

Como a obesidade também está relacionada a questões emocionais, parte do tratamento também passa pelo uso de técnicas comportamentais. A ideia, com isso, é conseguir atuar em estímulos que antecedem ao comportamento compulsivo, de comer por comer ou apenas para tentar controlar a ansiedade ou o estresse. Aqui também é possível associar tais técnicas ao uso de medicamentos8.

 

Mais um caminho é apostar, junto com os demais tratamentos, em terapias alternativas, como acupuntura, aromaterapia ou o uso de fitoterápicos e suplementos8.

 

A cirurgia bariátrica é mais uma forma de tratamento para a obesidade. O procedimento é indicado para pacientes que não conseguiram emagrecer ou manter a perda de peso apesar de cuidados médicos por um período de dois anos, que tenham entre 18 e 65 anos, IMC maior a 40 kg/m² ou 35 kg/m² e com uma ou mais comorbidades graves relacionadas com a obesidade8.

A perda de peso resultante da cirurgia pode ajudar a melhorar também outras doenças, como diabetes do tipo 2, hipertensão, doenças cardíacas, função respiratória, refluxo, síndrome de ovário policístico, entre outras. É preciso, entretanto, seguir protocolos de pré e pós-operatório e acompanhamento médico de perto para o sucesso no tratamento8.

 

Referências

1 - Pinheiro ARO, Freitas SFT, Corso ACT. Uma abordagem epidemiológica da obesidade. Revista de Nutrição. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script= sci_arttext & pid=S1415-52732004000400012. Acesso em 27/01/2021.

 

2 - Centers for Disease Control and Prevention. Adult Obesity - Causes & Consequences. Overweight & Obesity. Disponível em: https://www.cdc.gov/obesity/adult/causes.html Acesso em 14/10/2021.

 

3 - Rezende LFM, Arnold M, Rabacow FM et al. The increasing burden of cancer attributable to high body mass index in Brazil. Cancer Epidemiology. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1877782118300900 Acesso em 27/01/2021.

 

4 - Organização Pan Americana da Saúde (OPAS). Doenças Transmissíveis e Não-Transmissíveis - Câncer. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=393:cancer&Itemid=463 Acesso em 27/01/2021.

 

5 - 10 Coisas que Você Precisa Saber Sobre Obesidade. Sociedade Brasileira de Endocrinologia. Disponível em: https://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-obesidade/. Acesso em 26/01/2021.

 

6 - Barbieri AF, Mello RA. As causas da obesidade: uma análise sob a perspectiva materialista histórica. Conexões - Educação Física, Esporte e Saúde. Unicamp. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/article/view/8637693. Acesso em 27/01/2021.

 

7 - Dalcastagné G, Ranucci JMA, Nascimento MA et al. Influência dos pais no estilo de vida dos filhos e sua relação com a obesidade infantil. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento. Disponível em: http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/67. Acesso em 27/01/2021.

 

8 - Diretrizes Brasileiras de Obesidade. 4ª edição. Abeso. Disponível em: https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/Diretrizes-Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf. Acessado em 27/01/2021.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/38469-sinal-de-alerta-a-obesidade-esta-ligada-a-diversas-doencas-entenda?utm_source=news_mv&utm_medium=email_comercial&utm_campaign=medicaldevices-informe2 - Escrito por Hellen Cerqueira - Redação Minha Vida


Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei.

Gálatas 5:22-23


quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Seis doenças (algumas potencialmente fatais) causadas pela obesidade


O excesso de peso é um fator de risco para o desenvolvimento de diferentes patologias

 

Se o seu Índice de Massa Corporal está acima dos 25/30, não ignore. Já não é só de estética que se trata, mas dos vários riscos, alguns dos quais potencialmente letais, que a obesidade comporta para a sua saúde.

 

Saiba quais as doenças que, segundo o um artigo assinado pelo médico Ângelo Ferreira, estão associadas à obesidade:

 

1- Hipertensão

Perder peso permite reduzir os níveis de açúcar e das gorduras no sangue — como os triglicerídeos, o colesterol total e o colesterol mau — além de aumentar o colesterol bom, que melhora a circulação.

 

2- Diabetes

Além da genética, a obesidade é a principal causa da diabetes tipo 2, o tipo mais frequente e que começa a surgir em idades cada vez mais precoces.

 

3- Asma

Embora as causas da asma não sejam totalmente conhecidas, "sabe-se que a reação inflamatória provocada pela leptina, uma substância produzida pelo tecido adiposo, tal como elevados níveis de colesterol, aumentam o risco de asma nas crianças". Ângelo Ferreira acrescenta ainda que as pessoas obesas desenvolvem "com frequência" síndromes respiratórias e têm mais dificuldade em controlar os sintomas da doença.

 

4- 'Fígado gordo'

Uma das complicações associadas à obesidade é a esteatose, também conhecida por 'doença hepática gordurosa não-alcoólica' quando surge sem resultar de um exagerado consumo de álcool. "Não existe medicação para a esteatose e, em cerca de 20% dos casos, o problema evoluiu para cirrose hepática", alerta o médico.

 

5-  Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono

A obesidade quase duplica o risco de apneia, ou seja, a excessiva sonolência diurna. A apneia do sono acontece porque as vias respiratórias superiores sofrem colapsos intermitentes durante a noite, superiores a 10 segundos, que provocam mini despertares e desequilibram os níveis de oxigénio no sangue.

 

6- Câncer

"O excesso de peso e a obesidade são responsáveis por meio milhão de novos casos de câncer por ano – 3,6% da totalidade", segundo contas feitas em 2014 pelo Centro Internacional de Investigação sobre o Câncer, uma agência da Organização Mundial da Saúde, que analisou dados de incidência e mortalidade da doença em 184 países. O especialista escreve ainda que, de acordo com o American Institute for Cancer Resarch, a obesidade é um importante fator de risco, sobretudo nos cancros do endométrio, esófago e pâncreas.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1878770/seis-doenas-algumas-potencialmente-fatais-causadas-pela-obesidade - © Shutterstock


Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.

Mateus 11:28


quarta-feira, 2 de junho de 2021

Obesidade: graves riscos para a saúde e mudança no estilo de vida


A obesidade representa, atualmente, um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo, e é considerada uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que estima que 1 bilhão de pessoas estejam com excesso de peso, e 300 milhões estão obesas. É uma doença crônica que, por trazer complicações metabólicas, é fator de risco para outras doenças crônicas não transmissíveis, como as cardiovasculares, diabetes, doenças musculoesqueléticas e alguns tipos de câncer. E no cenário atual, representa gravidade para a Covid-19.

 

De acordo com os especialistas, os hábitos de vida da sociedade moderna representam um dos principais fatores para o aumento do sobrepreso e da obesidade, impactado, principalmente, por uma má alimentação com abuso de produtos ultraprocessados, hipercalóricos e frituras, associada à diminuição dos níveis de atividade física. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, metade dos brasileiros está acima do peso, e 20% estão obesos.

 

 “O ambiente moderno se transformou em um grande estímulo para obesidade, que tem agravo multifatorial porque suas causas também estão relacionadas a questões biológicas, históricas, ecológicas, econômicas, sociais, culturais e políticas”, declara a endocrinologista e professora Thaisa Trujilho, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, regional Bahia (SBD/BA) e diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

 

Mudar o estilo de vida

A endocrinologista explica que para sucesso no tratamento da obesidade é importante considerar o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar que vai promover mudanças no estilo de vida, com orientações nutricionais e atividade física. Em alguns casos o apoio psicológico também é importante, assim como a indicação de medicações. “A perda de peso melhora a saúde e a qualidade de vida, resultando, muitas vezes, na reversão das complicações relacionadas à obesidade. E a perda de peso modesta, entre 5 a 10%, já traz benefícios para a saúde”, alerta a endocrinologista.

Em Salvador, o Cedeba (Centro de Referência Estadual para Assistência ao Diabetes e Endocrinologia) oferece assistência para obesidade com equipe multidisciplinar integrada com endocrinologista, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo, psiquiatra e assistente social.

 

Prevenção e demora em tratar

A prevenção é fundamental e, de acordo com Dra. Thaisa, deve começar na infância. “A família tem que estabelecer hábitos alimentares saudáveis, compartilhar o momento das refeições, evitar o consumo excessivo de açucares e gorduras, e incorporar a prática de atividade física diariamente”. Além disso, a procura por ajuda é fundamental, não apenas como prevenção, mas porque a demora em buscar tratamento é um dos fatores que dificulta perder peso posteriormente, sem falar que causa estresse e frustração, e aumenta o risco para outras doenças. “Ficar lutando contra a balança sem um programa adequado para emagrecer só dificulta”, avisa a endocrinologista.

 

Fator genético também conta

Além do estilo de vida, a predisposição genética tem bastante influência na obesidade. Filhos de pais obesos, por exemplo, têm maior chance de serem obesos também, assim como o padrão genético pode influenciar no tratamento. Desta forma, tanto fatores genéticos quanto ambientais são determinantes e precisam ser levados em consideração.

 

Resposta ao tratamento

Devido a esses fatores a endocrinologista esclarece que o tratamento da obesidade é complexo e deve ser individualizado para ter mais sucesso e determinar metas realistas para alcançar os objetivos. Outras variáveis contribuem para melhorar a resposta ao tratamento, como idade, peso inicial, gênero e percentual de tecido muscular. “É fundamental que o tratamento seja feito de forma individualizada, considerando as características de cada um”, esclarece.

Alguns fatores podem contribuir para o tratamento não obter sucesso. Um deles é a demora em buscar ajuda especializada, o que muitas vezes pode levar anos. Outro fator que atrapalha é a expectativa em perder peso rapidamente, o que pode não acontecer na velocidade desejada, causando frustração e abandono do tratamento.

 

Cuidado com dietas

Dietas muito restritivas, artificiais e rígidas, embora levem à redução do peso, não são sustentáveis e podem representar riscos por não considerar as necessidades nutricionais individualizadas. O recomendado é a reeducação alimentar, que vai promover mudanças definitivas para toda a vida, e deve ser planejada e conduzida por profissional especializado.

 

Obesidade mórbida e cirurgia bariátrica

A obesidade mórbida (grau III) deve ser tratada não apenas com mudanças no estilo de vida, mas combinada com o uso de medicamentos e controle das patologias associadas, com acompanhamento de equipe multidisciplinar. E deve considerar a cirurgia bariátrica caso o tratamento clínico não tenha êxito.

 

Para saber se está obeso

A obesidade é determinada pelo Índice de Massa Corpórea (IMC), dividindo o peso pelo quadrado da altura. O resultado revela se o peso está ideal, abaixo ou acima do desejado.

 

Menor que 18,5 - Abaixo do peso

Entre 18,5 e 24,9 - Peso normal

Entre 25 e 29,9 - Sobrepeso (acima do peso desejado)

Igual ou acima de 30 -  Obesidade

 

Cálculo do IMC:

Exemplo: uma pessoa de 83 kg e 1,75 m de altura:

1,75 x 1,75 = 3.0625 / IMC = 83 divididos por 3,0625 = 27,10

O resultado de 27,10 indica sobrepeso

 

Fonte: https://www.revistaabm.com.br/blog/obesidade-mudar-o-estilo-de-vida-e-fundamental-para-ter-mais-saude

domingo, 7 de março de 2021

Especialista deixa alerta para hábitos que contribuem para a obesidade


Além da alimentação, o sedentarismo e o estresse também contribuem para o desenvolvimento do ganho de peso

 

Especialista  faz alerta para os inimigos da alimentação que contribuem para a obesidade. A doença crônica é a segunda causa de morte evitável no mundo, perdendo somente para o tabaco. No Brasil, mais da metade da população tem excesso de peso e mais de 40 milhões sofrem de obesidade.

 

De acordo com dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, cerca de 55,7% da população adulta do país apresenta excesso de peso e 19,8% está obesa. Outro dado alarmante é que 7,7% da população adulta possui diabetes e 24,7%, hipertensão.

 

Considerada uma doença crônica pela Organização Mundial de Saúde (OMS), os pacientes obesos são alvo de estigmas e preconceitos por questões físicas, sem que sejam considerados possíveis portadores de várias comorbidades associadas ao excesso de peso.

 

De acordo com a médica endocrinologista, Natasha Vilanova Dinardi, é fundamental explicar aos pacientes a importância de cultivar a longo prazo hábitos saudáveis de alimentação para manter o peso adequado e prevenir enfermidades.

 

“O diagnóstico de obesidade ainda é baseado na avaliação do índice de massa corpórea (IMC) que consiste no cálculo do peso sobre altura ao quadrado. O valor considerado normal é entre 18,5 e 24,9. A partir de 25 já é considerado sobrepeso e a partir de 30 faz-se o diagnóstico de obesidade. Mediante identificação recomenda-se o tratamento através da equipe multidisciplinar, composto de nutricionista, educador físico, psicólogo e médico, o qual envolve mudança de estilo de vida através de reeducação alimentar e a prática regular de exercícios físicos associado ao tratamento farmacológico”, destaca ela.

 

A endocrinologista ainda ressalta os possíveis inimigos da má alimentação que contribuem para o excesso de peso. “Infelizmente, com o fácil acesso aos alimentos ultraprocessados, as pessoas estão perdendo o hábito de consumir alimentos saudáveis. Pela praticidade das embalagens, cada vez mais ‘descasca’ menos. Decorrente dessa mudança, tais alimentos costumam ser altamente calóricos contribuindo para o acúmulo de gordura. Associado a isto, o sedentarismo e estresse também contribuem para o desenvolvimento do ganho de peso” alerta.

 

Compulsão alimentar

 

A obesidade, por si só, traz sérios riscos para a saúde e a ocorrência de episódios de compulsão alimentar compromete os resultados do tratamento. Por outro lado, entre as pessoas que se submetem a dietas restritivas para controle de peso, a incidência de compulsão alimentar aumentou significativamente

 

Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/especialista-deixa-alerta-para-habitos-que-contribuem-para-a-obesidade - Rick Souza - Foto: Divulgação

sexta-feira, 6 de março de 2020

Os efeitos da obesidade são semelhantes aos do envelhecimento


De acordo com um novo da Universidade Concórdia e da Universidade McGill (ambas no Canadá), a obesidade deve ser considerada uma forma de envelhecimento precoce.

Isso porque a condição está associada com fatores de riscos normalmente vistos em idosos, como genoma comprometido, sistema imunológico enfraquecido, declínio na cognição e maior chance de desenvolver diabetes tipo 2, Alzheimer, doenças cardiovasculares, câncer e outras doenças.

“Estamos tentando argumentar de forma abrangente que a obesidade é paralela ao envelhecimento. De fato, os mecanismos pelos quais as comorbidades da obesidade e do envelhecimento se desenvolvem são muito semelhantes”, disse a principal pesquisadora do estudo, Sylvia Santosa, professora da Universidade Concórdia.

Um espelho para o envelhecimento
Diversas pesquisas já ligaram a obesidade à morte prematura. O que o novo estudo sugere é que a obesidade é um fator que diretamente acelera os mecanismos do envelhecimento.
Santosa e seus colegas revisaram mais de 200 artigos sobre os efeitos da obesidade no nível das células, tecidos e todo o corpo humano.
Alguns desses estudos mostraram que a obesidade induz a apoptose (morte de células) no coração, fígado, rim, neurônios, ouvidos e retinas de ratos. Além disso, inibe a autofagia (manutenção de células saudáveis), o que pode levar a doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e Alzheimer.
No nível genético, a obesidade influencia diversas alterações associadas com a idade, como o encurtamento dos telômeros, estruturas que ficam na ponta dos cromossomos e servem para impedir o desgaste genético. Os telômeros de pacientes obesos podem ser até 25% menores do que os de pacientes de um grupo de controle.
Por fim, a obesidade tem efeitos na cognição, mobilidade, hipertensão e estresse que são bastante similares aos do envelhecimento.

Sistema imunológico
Além do nível celular, a obesidade também faz o corpo lutar contra doenças relacionadas ao envelhecimento.
Por exemplo, pode acelerar o processo de enfraquecimento do sistema imunológico que ocorre normalmente com a idade, e perder peso nem sempre reverte esse declínio.
Os efeitos da obesidade no sistema imunológico, por sua vez, afetam a probabilidade das pessoas de contraírem doenças como gripe e sarcopenia (perda de força e massa muscular), mais comuns em idosos.
E obesos também estão em maior risco de condições que costumam atingir populações mais velhas, como diabetes tipo 2, Alzheimer e alguns tipos de câncer.

Novo olhar
Segundo Santosa, a inspiração para este estudo veio a partir da observação de crianças obesas e como elas estavam desenvolvendo doenças normalmente vistas em adultos, como hipertensão, colesterol alto e diabetes tipo 2.
A ideia é olhar para a obesidade de uma forma diferente e procurar novas formas de tratá-la.
“Espero que essas observações concentrem nossa abordagem na compreensão da obesidade um pouco mais e, ao mesmo tempo, nos permitam pensar na obesidade de maneiras diferentes. Estamos fazendo diferentes tipos de perguntas além daquelas que tradicionalmente são feitas”, concluiu.

Um artigo com as descobertas do estudo foi publicado na revista científica Obesity Reviews. [Concordia]


segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Alimentos altamente processados ​​ligados ao ganho de peso


No primeiro estudo desse tipo, cientistas mostraram que comer alimentos ultraprocessados ​​leva ao ganho de peso em voluntários humanos em apenas duas semanas.

Há uma abundância de estudos em camundongos ligando alimentos processados ​​a problemas como obesidade e inflamação intestinal.

Mas os ratos não são pessoas, como os críticos de tais estudos são rápidos em apontar.

Em humanos, pesquisadores relataram associações entre alimentos processados ​​e resultados de saúde, como um aumento do risco de desenvolver obesidade, câncer, condições autoimunes e até a morte.

Os alimentos ultraprocessados incluem refrigerantes, salgadinhos embalados, nuggets de carne, refeições congeladas e alimentos ricos em aditivos e pobres em ingredientes não processados.

“Estudos anteriores encontraram correlações entre o consumo de alimentos ultraprocessados ​​e a obesidade “, Kevin D. Hall, do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais em Bethesda, MD, que faz parte do National Institutes of Health (NIH)

Hall e seus colegas agora apresentam os resultados de um ensaio clínico controlado, comparando os efeitos de alimentos não processados ​​versus ultraprocessados ​​em humanos no Journal Cell Metabolism.

‘Surpreendido pelos resultados’
A equipe de pesquisa recrutou 10 voluntários do sexo masculino e 10 do sexo feminino que permaneceram no NIH Clinical Center por 28 dias.

Metade dos participantes comeu alimentos ultraprocessados ​​nas primeiras 2 semanas, enquanto os outros receberam alimentos não processados. Após o período de 2 semanas, os grupos mudaram, permitindo que cada participante comesse os alimentos ultraprocessados ​​e os alimentos não processados ​​por duas semanas.

Na dieta altamente processada, as pessoas ingeriram mais calorias e ganharam uma média de 2 quilos. Na dieta não processada, eles ingeriram menos calorias e perderam cerca de 2 quilos.

Os resultados suportam os benefícios dos alimentos não processados. Mas os pesquisadores observam que os alimentos processados ​​podem ser difíceis de evitar.

“Apenas dizer às pessoas para comerem mais saudáveis ​​pode não ser eficaz para algumas pessoas sem melhorar o acesso a alimentos saudáveis”, diz o especialista em obesidade do NIH, Dr. Kevin Hall

Velocidade pode ser o problema
Há várias razões que Hall e seus colegas acham que podem ter levado os voluntários do grupo de estudos ultraprocessados ​​a ganhar peso.

Embora os participantes do estudo tenham avaliado o prazer e a familiaridade das dietas como iguais, eles comeram significativamente mais rápido no grupo ultraprocessado.

Na verdade, eles consumiram 17 calorias a mais, ou 7,4 gramas de comida por minuto, do que seus equivalentes no grupo de alimentos não processados.

“Pode haver algo sobre as propriedades texturais ou sensoriais dos alimentos que os fizeram comer mais rapidamente”, comenta Hall. “Se você está comendo muito rapidamente, talvez você não esteja dando ao seu trato gastrointestinal tempo suficiente para sinalizar ao seu cérebro que você está satisfeito. Quando isso acontece, você pode facilmente comer demais.”

Apesar de uma estreita correspondência na composição de macronutrientes das duas dietas, a dieta não processada continha um pouco mais de proteína. “Pode ser que as pessoas comessem mais porque estavam tentando atingir certos alvos de proteína”, comenta Hall.

No entanto, a equipe descobriu que o grupo de alimentos ultraprocessados ​​na verdade consumia mais carboidratos e gorduras do que o grupo de alimentos não processados, mas não as proteínas.

Finalmente, as refeições no grupo ultraprocessado tiveram uma densidade de energia mais alta do que no grupo não processado, o que Hall propõe “provavelmente contribuiu para o consumo excessivo de energia observado”.

Os alimentos ultraprocessados ​​são um problema social?
Os autores identificam várias limitações em seu estudo, que incluem que “o ambiente de internação da enfermaria metabólica dificulta a generalização de nossos resultados para condições de vida livre”.

Eles também reconhecem que não levaram em consideração como o custo, a conveniência e a habilidade influenciam os consumidores a escolher produtos ultraprocessados ​​sobre alimentos não processados.

“Os alimentos ultraprocessados ​​contribuem para mais da metade das calorias consumidas no mundo, e são opções baratas e convenientes”, comentou Hall à MNT .

“Portanto, acho que pode ser difícil reduzir substancialmente o consumo de alimentos ultraprocessados”, continuou ele, “especialmente para pessoas de níveis socioeconômicos mais baixos que podem não ter tempo, habilidades, equipamentos ou recursos para comprar e armazenar com segurança, sem processar os ingredientes alimentares e, em seguida, planejar e preparar com segurança refeições saborosas e não processadas “.

No artigo, Hall conclui: “No entanto, as políticas que desencorajam o consumo de alimentos ultraprocessados ​​devem ser sensíveis ao tempo, habilidade, despesa e esforço necessários para preparar refeições de alimentos minimamente processados ​​- recursos que muitas vezes são escassos para aqueles que não são membros das classes socioeconômicas superiores “.

Ele não é o primeiro a sugerir uma conexão entre a socioeconomia e as escolhas alimentares.

Um estudo recente e de grande escala na revista Nature sugere que, em países de alta renda, como os EUA, as populações rurais estão ganhando peso mais rapidamente do que suas contrapartes na cidade.

Os autores desse estudo comentam que isso pode, em parte, se dever a “desvantagens econômicas e sociais, incluindo menor escolaridade e renda, menor disponibilidade e maior preço da saúde [alimentos] e alimentos frescos”.


terça-feira, 12 de novembro de 2019

Estresse: um gatilho para hábitos que podem levar ao câncer


Uma especialista relaciona a tensão diária a obesidade, sedentarismo e outros fatores por trás de diferentes tipos de tumor

Tenho ouvido de muitas pessoas que o maior obstáculo para se cuidarem é a falta de tempo. E temos mesmo uma agenda estressante, sobrecarregada de atividades. Sem contar que nós, mulheres modernas, estamos sempre atentas às necessidades dos filhos, dos companheiros, dos pais… além de querermos estar bonitas e nos desenvolvermos como pessoas e profissionais.

Nem sempre é fácil gerenciar toda essa demanda. Sem tempo suficiente para se recompor, o corpo e a mente vão gastando seu estoque de energia. Aí passamos a ter hábitos de vida menos saudáveis, como uma dieta rica em produtos processados e carente em alimentos mais naturais. Nós pulamos o horário das refeições, ou vamos ficando compulsivos com doces, álcool, café etc.

O sono também sai prejudicado. Não dormimos horas suficientes para os processos internos do organismo se restabelecerem — ou até descansamos oito horas por noite, mas de maneira superficial, porque a cabeça está sempre ansiosa.

Atividade física então, nem pensar!

Em resumo, a vida estressante gera hábitos de vida que não favorecem a nossa saúde. Ela cria o cenário ideal para o surgimento de uma série de condições: obesidade, sedentarismo, dependência por cigarro, álcool e outras drogas…

E aqui chegamos ao câncer. Já sabemos que todas essas condições favorecem o desenvolvimento de alguns tipos de tumor, entre eles o de mama, o mais comum nas mulheres (com exceção do de pele).

A questão é que dedicar mais tempo para se cuidar não é uma decisão simples. Infelizmente, não é porque você leu sobre esse assunto que tudo estará resolvido. Cultivar o autocuidado é um exercício diário. Significa mudar prioridades e crenças profundamente enraizadas sobre sua identidade.

Daí porque eu digo que não precisamos buscar a perfeição, e sim dar um primeiro passo. Faça pequenas pausas ao longo do dia para perceber as suas necessidades, respire com calma e reserve um tempo diariamente — nem que sejam dois minutos — para pensar em si. Esse já é um excelente começo.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/estresse-um-gatilho-para-habitos-que-podem-levar-ao-cancer/ - Por Regina Chamon, hematologista - Ilustração: Kate Mcdonnell/SAÚDE é Vital