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quinta-feira, 6 de julho de 2023

Anda treinando muito? Entenda os perigos do overtraining


Respeitar o tempo de descanso é válido para uma boa performance

 

Dedicação, foco e renúncias em prol de uma alimentação saudável é o “trio” de condições para que um atleta se garanta dentro do treino ou competição. Dessa maneira, um competidor começa a evoluir e pensa que tudo que se deve fazer precisa ser deixado no seu circuito. No entanto, o cuidado para não entrar em overtraining precisa ser constante.

 

Efeitos do overtraining

“Muita gente acha que quanto mais treino melhor, mas assim como sedentarismo, a atividade física em excesso também pode causar inúmeros prejuízos, principalmente se a pessoa chega ao overtraining”, explica José Corbini, personal trainer e sócio do aplicativo Personal Virtual.

 

Corbini cita que o overtraining é o momento em que ocorre a perda de performance de uma pessoa devido ao treinamento excessivo, sem nenhum descanso adequado, com grande volume e intensidade, o que atrapalham a recuperação do corpo.

 

“Esse processo é caracterizado pela diminuição de rendimento nos treinos, mas também pode causar sintomas físicos, cognitivos, fisiológicos e até mesmo psicológicos”, sintetiza o personal trainer.

 

Assim, o “primeiro passo” é cumprir com aquilo que foi montado por um profissional de educação física. “Quando um professor vai elaborar um treino, leva diversos fatores em consideração. Como objetivo, rotina e o descanso deve estar nessa periodização, conforme a necessidade de cada um”, afirma José.

 

“É claro que dar um feedback para os profissionais que te acompanham é importante. Afinal, há fases em que estamos mais atarefados no trabalho ou em casa. E o cansaço pode ser mais intenso, contribuindo para a diminuição de rendimento em outras tarefas, como a academia”, acrescenta.

 

Outros perigos

“Dependendo dos sintomas, não somente o treino pode se comprometer, como também a vida pessoal e profissional”, detalha. Além disso, os riscos do overtraining prejudicam o sono, o humor e até a imunidade.

 

“Nos casos mais graves, pode ocorrer até mesmo a interrupção dos exercícios físicos e até mesmo de competições, até que a situação se ameniza. O quadro de overtraining é reversível quando não traz consequências graves. Como lesões ou alterações hormonais, por isso é importante ter acompanhamento profissional. Que envolve personal trainer, nutricionista e até mesmo fisioterapeuta e médico do esporte, em níveis mais avançados”, finaliza José Corbini.

 

Fonte: https://sportlife.com.br/anda-treinando-muito-entenda-os-perigos-do-overtraining/ - By Guilherme Faber - Shutterstock

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Entenda os perigos do vício em jogos


Psicóloga alerta sobre os sinais que indicam quando o hábito de jogar se transforma em doença

 

Difícil encontrar alguém que nunca tenha tentado a sorte em uma mega-sena acumulada, mesmo sabendo que é mais fácil ser atingido por um raio que acertar os seis “números da sorte”. O problema é quando o ato de jogar se torna uma atividade compulsiva e viciante, causando prejuízos emocionais, sociais e financeiros.

 

Perigos do vício em jogos

Por não ser muito divulgado, este tipo de vício não tem a devida atenção que merece, mas é uma doença e pode destruir vidas e famílias. “Tudo pode começar como uma simples diversão, mas, à medida que a frequência com que joga e o tempo aumentam, passa a ser um desafio e/ou uma busca pela conquista do prazer, que é sempre momentâneo e que o faz arriscar mais e mais nas tentativas em ganhar”, analisa a psicóloga Bartira Mendes.

 

Segundo ela, esse ganho “pode estar relacionado às dificuldades de conquistas reais, de como a pessoa se vê na sociedade, no trabalho, nos estudos e na vida amorosa. Resumindo, o vício por jogar é um processo lento, imperceptível e difícil de assumir”.

 

Vício por jogos não escolhe idade

Engana-se quem acredita que o vício por jogo pode atingir apenas adultos. Há diversos tipos de jogos, desde os jogos de azar até os eletrônicos, que podem roubar a infância das crianças, a juventude de adolescentes, a família de adultos e a paz dos idosos.

“O jogador viciado traz a obstinação e a perseverança. Não aceita perder e afirma jogar para se divertir. Apesar das graves consequências, como separação conjugal, demissão, perdas econômicas e assim por diante. O jogador tem muita dificuldade em controlar o impulso de jogar, em admitir a existência do problema e de pedir ajuda”, alerta Bartira Mendes.

A pessoa viciada sempre acredita naqueles 5 minutos de sorte, que uma jogada vai mudar a vida. “O que se observa é que, o viciado apresenta um processo repetitivo e frequente, que de alguma forma controla sua vida, levando a uma disfunção e afastamento social, ocupacional e dos valores familiares”, alerta a psicóloga.

De acordo com a profissional, de uma forma geral, “são sujeitos que apresentam uma oscilação de humor, e algumas vezes reagem insensíveis aos acontecimentos de tragédias ou de alegria daquele que está ao seu redor. Eles criam uma sensação e atração específica de um mundo próprio, com seus sonhos e poderes, em busca de uma aparente tranquilidade e segurança”.

 

Mesmo efeito que as drogas

O jogador pode utilizar o jogo como uma válvula de escape para fugir da vida real, por não se sentir como parte de um contexto social e cultural que o leva a acreditar não ser amado ou respeitado. O problema é que o jogo pode se tornar uma espécie de droga.

“Pesquisas científicas consideram que, levando em conta que o vício é uma desordem química no cérebro e que hábitos e comportamentos aumentam a produção de dopamina e diminuem o nível de norepinefrina (hormônios neurotransmissores), a única maneira de manter o nível desses hormônios é jogando mais tempo e com mais frequência”, explica Bartira Mendes.

Ela acrescenta que, “dessa forma, o jogador pode, sim, ser comparado aos dependentes químicos, como o álcool, o crack e a cocaína. Jogar ativaria os circuitos cerebrais que provocam um prazer semelhante ao das drogas”.

 

O vício leva à perda do controle

O jogo se torna perigoso quando a pessoa perde o controle. “Este vício, quando não percebido, ignorado e não assumido pelo jogador, coloca em risco a própria vida. Ou seja, com a perda do controle de suas ações e reações, o que fica é uma insatisfação, que pode levá-lo à morte”, alerta Bartira Mendes.

 

Sinais do vício

Os sinais de que a pessoa precisa de ajuda podem ser visíveis, “como desidratação e desnutrição por substituir alimentação por jogos; psíquicos como insônia e coração disparado na falta dos jogos por algum impedimento; familiar de não conseguir atender a necessidades afetivas da família por substituição da convivência e troca afetiva pelo uso de jogos; e até criminal, quando, na falta de recursos, recorre ao crime para adquirir o dinheiro”, lista a psicóloga.

 

Busque ajuda

A melhor forma de prevenir esse tipo de vício é ficar longe dos jogos, principalmente se você sente que tem uma certa tendência a qualquer tipo de vício. Se já sente que o problema se instalou, a melhor forma é buscar a ajuda de profissionais de saúde, instituições como JA (jogadores anônimos) e o apoio da família.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/edicase/2023-05-09/entenda-os-perigos-do-vicio-em-jogos.html - Por EdiCase - Matilde Freitas - Imagem: massimofusaro | Shutterstock


Nossa Senhora, não nos desampare. Derrame sobre nós os dons do Espírito Santo e nos permita viver na presença do Senhor.


sexta-feira, 4 de março de 2022

Cardiologistas alertam contra potenciais perigos de suplementos


Suplementos anunciados como "naturais" podem na verdade se enquadrar em grupos de substâncias perigosas para a saúde.

 

Suplementos perigosos

 

Suplementos nutricionais tomados para aumentar o desempenho atlético podem representar riscos para o coração, de acordo com um comunicado publicado pela Sociedade Europeia de Cardiologia.

 

"Os suplementos nutricionais são comumente vistos como substâncias isentas de riscos que podem melhorar o desempenho físico," diz o comunicado. Contudo, "alguns suplementos nutricionais, incluindo vários extratos vegetais e 'naturais', podem representar um sério risco à saúde e os atletas podem até arriscar violar as regras antidoping".

 

"Atletas que usam suplementos muitas vezes não têm conhecimento sobre seus efeitos no desempenho esportivo e na saúde geral. Relata-se que a maioria dos atletas recebe aconselhamento nutricional de treinadores, colegas atletas, familiares e amigos, sugerindo que intervenções educacionais de maior alcance, em idade precoce, são necessárias," prossegue o documento.

 

Tendo em vista essa multiplicidade de fontes, nem sempre confiáveis, a Sociedade Europeia de Cardiologia destaca os pontos-chave para todas as pessoas, atletas profissionais ou não, que usam suplementos nutricionais:

 

Um suplemento natural não é necessariamente um suplemento seguro.

Use produtos de fabricantes estabelecidos com padrões de qualidade conhecidos.

Os atletas são pessoalmente responsáveis por quaisquer substâncias que consumam.

Alegações de ignorância não são aceitas como desculpa em relação a um teste de doping positivo.

 

Consentimento e doping genético

 

O documento descreve diversos efeitos cardiovasculares de substâncias dopantes, medicamentos prescritos e de venda livre, suplementos legais para melhorar o desempenho e drogas experimentais.

 

Por exemplo, a morte entre atletas dopados com esteroides anabólicos androgênicos é estimada em 6 a 20 vezes maior do que em atletas que não ingerem essas drogas, e cerca de 30% dessas mortes podem ser atribuídas a causas cardiovasculares.

 

O documento alerta que o desejo e consentimento dos atletas em usar drogas experimentais que ainda não sejam comprovadamente seguras em humanos é potencialmente ainda mais arriscado do que usar esteroides ou outras drogas proibidas. O uso contínuo de peptídeos ou moduladores seletivos de receptores androgênicos "carrega um risco substancial de consequências prejudiciais à saúde a longo prazo, que geralmente são subestimadas por seus promotores," afirma o artigo.

 

Também há um destaque para o chamado "doping genético" e as alegações de seus promotores de melhoria da força, redução da dor e reparação de tecidos. Esses tratamentos "normalmente ocorrem nos bastidores, com ações de proteção limitadas e, consequentemente, aumento dos riscos à saúde, constituindo uma grande ameaça de grande preocupação sobre o futuro da manipulação do desempenho humano," diz o documento.

 

"Os atletas devem estar cientes de que suplementos e substâncias naturais não são necessariamente seguros e só devem ser usados se recomendados por nutricionistas profissionais. É fundamental utilizar produtos de fabricantes consagrados, com padrões de qualidade conhecidos e aprovados internacionalmente," ressaltou o Dr. Paolo Emilio Adami, coordenador da equipe que elaborou o documento.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Cardiovascular effects of doping substances, commonly prescribed medications and ergogenic aids in relation to sports

Autores: Paolo Emilio Adami, Nikolaos Koutlianos, Aaron Baggish, Stéphane Bermon, Elena Cavarretta, Asterios Deligiannis, Francesco Furlanello, Evangelia Kouidi, Pedro Marques-Vidal, Josef Niebauer, Antonio Pelliccia, Sanjay Sharma, Erik Ekker Solberg, Mark Stuart, Michael Papadakis

Publicação: European Journal of Preventive Cardiology

DOI: 10.1093/eurjpc/zwab198

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=cardiologistas-alertam-contra-potenciais-perigos-suplementos&id=15185&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Paolo Emilio Adami et al. - 10.1093/eurjpc/zwab198


Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus.

Efésios 5:15-16


sábado, 4 de dezembro de 2021

Cuide da sua toalha de banho e evite doenças


Além do desconforto, ela pode esconder perigos para a sua saúde

 

Você usa todo o dia, mas nem se dá conta de que sua saúde também depende dos cuidados que tem com ela: a toalha de banho. A falta de atenção com a limpeza, além de hábitos pouco cuidadosos, também contribuem para que os micro-organismos façam a festa nas toalhas.

 

De acordo com o infectologista Milton Lapchik, a toalha de rosto também pode acumular bactérias e fungos por ficar úmida por muito tempo e, além disso, como é usada por várias pessoas acaba tornando-se em um meio de transmissão desses micro-organismos. "Por esse motivo só devemos utilizar toalhas descartáveis em ambientes de serviços de saúde", explica o médico.

 

Sem dúvida, quando falamos de higiene, uma toalha de papel, virgem (não reciclado), representa o melhor. No entanto, fica difícil colocar no banheiro de uma casa um toalheiro de papel sem dar cara de shopping ou indústria. Por isso, não dá para substituir a toalha de tecido. Mas dá para trocar diariamente ou sempre que estiver muito molhada ou que impossibilitem a limpeza correta. Eduque as pessoas para não enxugar o rosto nestas toalhas, lugar de lavar o rosto é no banheiro e usando a toalha de banho.

 

O mesmo cuidado vale para a toalha que você usa para enxugar o corpo. Estenda a toalha sempre depois de usar para não acumular impurezas e troque as toalhas a cada semana - o ideal é que seja menos tempo que isso. Quando a toalha fica muito tempo sem ser lavada e sempre molhada, a chance de acumular fungos e bactérias é enorme. Com isso, podem surgir problemas na pele, cabelos e até nas partes íntimas.

 

Outro mau hábito é dividi-la com outras pessoas. Só para se ter uma ideia, até mesmo a transmissão do vírus do HPV é possível através do contato com uma toalha de banho contaminada. "O HPV é mais resistente que o HIV, porque sobrevive por mais tempo no ambiente. O risco de contágio dessas maneiras é menor, mas existe. Logo, se uma pessoa tiver atrito com uma peça infectada, a chance de contaminação não pode ser descartada", diz o ginecologista José Maria Soares, um dos autores do livro "Ginecologia" (Editora Manole).

 

Em casa, uma boa dica é comprar toalhas de cores diferentes para cada membro da família. Isso facilita a organização e evita trocas. E ainda dá para identificar puxar a orelha de quem esquecer a toalha embolada em cima da cama!

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/13118-cuide-da-sua-toalha-de-banho-e-evite-doencas?utm_source=news_mv&utm_medium=email_comercial&utm_campaign=protexintimo-canal&id_campanha## - Escrito por Redação Minha Vida - Foto Getty Images


E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.

Atos 16:31

 

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Por que os energéticos podem ser perigosos para o coração?


Entenda como a bebida pode afetar sua saúde cardiovascular

 

Sabe aquele momento em que você sente que precisa de uma dose extra de energia para dar conta da sua programação de atividades? O problema é que nem sempre a saída escolhida para esse caso é saudável ou benéfica para o organismo. E parte disso tem a ver, especialmente, com o exagero ou combinações perigosas de certos produtos.

 

É neste ponto que entram os energéticos que, como o próprio nome já diz, são bebidas que prometem fornecer mais energia em apenas alguns goles. Facilmente encontrado na prateleira dos estabelecimentos comerciais, o produto reúne substâncias que estimulam o metabolismo e colaboram para aumentar os níveis de disposição física e mental. Por exemplo, a cafeína, presente neste tipo de bebida, é um psicoestimulante, ou seja, um estimulante que age no sistema nervoso central.

 

Nos primeiros 45 minutos após a ingestão, de modo geral, há um pico da substância na circulação sanguínea, deixando o indivíduo mais alerta, atento e concentrado. O produto ainda ajuda a reduzir a sensação de cansaço, sono e fadiga mental. Porém, o efeito da cafeína começa a baixar com o passar do tempo e surge, então, a necessidade de repetir a dose - e aqui devemos acender o sinal de alerta.

 

Cafeína: mocinha ou vilã?

Em doses adequadas, é possível que a cafeína faça bem à saúde, inclusive ao coração. Mas, em excesso, ela se torna prejudicial. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a substância pode ser consumida, desde que de forma moderada, mesmo por hipertensos. Suas propriedades antioxidantes, por exemplo, eliminam os radicais livres e ajudam na resposta do sistema imunológico.

Como saber, então, a quantidade que estamos consumindo? A estimativa é que uma lata de 250 ml de energético tenha aproximadamente 80 a 90 mg de cafeína (o consumo recomendado para adultos é de até 400 mg por dia). Há, porém, algumas bebidas que chegam a ter, de cafeína, o equivalente a seis xícaras de café. Em um breve comparativo: uma xícara de café de 30 ml tem aproximadamente 35 mg da substância.

Assim, quando alguém consome energéticos excessivamente pode estar se colocando em risco. Estudos demonstram que a associação entre a ingestão deste tipo de bebida e os consequentes efeitos sobre arritmias atriais e ventriculares está diretamente relacionada à quantidade.

 

Cafeína e o coração

Devido ao seu poder estimulante, a cafeína promove a liberação de hormônios de excitação, como a adrenalina e noradrenalina, que favorecem o aumento da pressão arterial, da frequência cardíaca e promovem a vasoconstrição.

Por isso, as principais complicações cardiovasculares decorrentes do uso excessivo dos energéticos são os picos hipertensivos, irritação do músculo do coração (miocárdio) e as arritmias. A consequência do quadro em longo prazo - e se mantido o consumo excessivo regular - é uma possível sobrecarga no coração e um maior risco de infarto, especialmente quando já há algum tipo de suscetibilidade para doenças cardiovasculares.

A ingestão de cafeína em altas doses por períodos prolongados pode causar ainda superexcitação, insônia, ansiedade, nervosismo, inquietação, dor de cabeça, irritação do estômago, náuseas, vômitos, piora em quadros de gastrite, desconforto intestinal, tremores, diurese, convulsões, entre outros efeitos, que envolvem até a intoxicação aguda pela substância.

 

Ingredientes além da cafeína

Existem no mercado muitas marcas de energéticos, cada qual com sua própria composição. No entanto, a base da formulação consiste na presença de taurina e açúcar, além da cafeína.

A taurina é um aminoácido sintetizado no fígado e cérebro, que trabalha na regulação dos níveis de água e sais minerais do sangue. Seu papel nas bebidas energéticas é contrabalancear os efeitos da cafeína, isso porque melhora o receptor de GABA, um neurotransmissor que promove o relaxamento e diminui a euforia.

Já o açúcar, a principal fonte de energia destes produtos, quando em excesso no corpo, pode ser prejudicial à saúde, sobretudo para pessoas com (ou com tendência) a diabetes, um dos fatores de risco para o sistema cardiovascular. A ingestão de altas doses de açúcar causa picos de glicemia e, em seguida, pode trazer uma exaustão maior do que a sentida antes do seu consumo.

A grande quantidade de açúcar aumenta ainda a possibilidade de danos aos dentes e à saúde bucal, além de contribuir para o sobrepeso e a obesidade - também pontos de alerta para problemas cardíacos.

Normalmente, essas bebidas apresentam de 10 a 30 g de açúcar por 250 ml, a depender da marca - considerando as do tipo padrão, ou seja, excluindo as versões com redução de açúcar ou sugar free. As versões sem açúcar, por sua vez, contêm adoçantes artificiais, mas continuam a ter substâncias estimulantes e, portanto, não são isentas de riscos.

 

Combinação perigosa

Se não bastassem os riscos inerentes ao produto sozinho, o cenário fica ainda mais preocupante quando o energético vem acompanhado de uma bebida alcoólica. A mistura pode se tornar uma bomba relógio no sistema cardiovascular. Caso a pessoa já tenha uma doença cardíaca, como arritmias e doença arterial coronária, o cuidado deve ser redobrado. O álcool por si só já acelera os batimentos e faz subir a pressão arterial - e com o energético, os efeitos são potencializados.

Outro agravante: de modo geral, a combinação permite, inclusive, que o indivíduo tolere uma quantidade de álcool muito maior do que o normal. Isso gera uma confusão que precisa ser esclarecida. Alguns acreditam que, ao ingerir cafeína com uma bebida alcoólica, o impacto estimulante da substância neutraliza a ação depressora do álcool. Porém, isso não é verdade!

Como vimos, a cafeína apenas diminui a sensação de sonolência causada pelo álcool, mas não seus efeitos. Ou seja, altos níveis de cafeína mascaram e reduzem a percepção da embriaguez. Ademais, tanto a cafeína quanto o álcool são diuréticos. Eles estimulam o organismo a eliminar líquidos e aumentam o fluxo urinário. Com isso, podem levar mais facilmente à desidratação.

E aqui vale mais um alerta: jovens também podem ter uma doença cardíaca muitas vezes de forma silenciosa, não diagnosticada nos exames de rotina, assintomática e que, em grande parte dos casos, só se manifesta quando o coração é estimulado. E como nem sempre uma arritmia ou outros problemas no órgão dão sinais claros, as chances de uma parada cardíaca e até mesmo uma morte súbita são uma realidade com o abuso do consumo de energéticos.

 

Outros efeitos que merecem atenção

Como dito anteriormente, as bebidas energéticas podem trazer problemas e distúrbios do sono, como a insônia, que afetam diretamente a qualidade de vida. E dormir bem é fundamental para a saúde cardiovascular. É o momento em que os batimentos cardíacos são reduzidos, assim como a pressão arterial, o que permite ao organismo compensar energia.

Quando dormimos mal, pode ocorrer um aumento da pressão, amplificando o trabalho do coração e a possibilidade de aparecimento da doença coronária. Noites mal dormidas geram também cansaço, estresse e irritabilidade, estimulando a liberação de cortisol - hormônio que age no controle da pressão. Com tudo isso misturado, os riscos são, portanto, ainda maiores!

 

Consumir ou não consumir?

Falar do consumo de energéticos é importante para desmistificar a relação da bebida como algo bom para a saúde. Não é difícil encontrar ações de marketing e publicidade que associam o produto com vitalidade, esportes e atividades saudáveis, especialmente aquelas que envolvem adrenalina.

Apesar de ser regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ter respaldo em pesquisas e padrões internacionais, é preciso tomar cuidado, já que há riscos e efeitos negativos para o organismo, principalmente em caso de consumo exagerado. Uma opção é a utilização de energéticos 100% naturais, mas sempre buscando a moderação e não o uso frequente. Sintomas recorrentes de fadiga, cansaço, sono e falta de concentração, por exemplo, devem ser investigados e tratados.

Generalizar e dizer o quanto de cafeína ou de energético cada pessoa pode ingerir por dia pode ser perigoso, pois cada um tem um metabolismo e reações distintas ao consumo. A recomendação é que crianças, gestantes, mulheres que estão amamentando, idosos e portadores de enfermidades (como diabetes, pressão alta, arritmias, doenças do coração ou úlceras no estômago) evitem o produto e procurem orientação médica antes de optar por sua ingestão.

Os energéticos também não são indicados para quem sofre de insônia, ansiedade, enxaqueca, zumbido e labirintite, já que pode piorar os sintomas. Entram ainda nesse grupo aqueles que fazem uso de alguns antidepressivos. Portanto, esteja sempre em dia com seus exames de rotina e busque a opinião de um especialista antes de consumir o produto.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/38117-por-que-os-energeticos-podem-ser-perigosos-para-o-coracao - Por Dr. Paulo Chaccur


Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei.

Gálatas 5:22-23


quinta-feira, 4 de março de 2021

Efeito sanfona traz perigos para a saúde


Dietas restritivas e pouca consciência sobre o hábito alimentar podem gerar perda e ganho de peso constantes

 

Quantas vezes você já fez dieta, conseguiu emagrecer e depois de pouco tempo recuperou o peso perdido? Esse é um sinal do efeito sanfona, que diz muito sobre a forma como nos acostumamos a eliminar o excesso de peso e sobre a necessidade de dietas restritivas.

 

O efeito sanfona pode ser mais perigoso do que se imagina e envolve um ciclo de perda e ganho de peso em pouco tempo, normalmente como consequência de dietas restritivas, com grupos alimentares excluídos da alimentação, ou devido a tratamentos medicamentosos sem uma mudança real no comportamento alimentar.

 

É comum acharmos que o risco para a saúde do efeito sanfona é apenas estético, como flacidez, estrias e perda de massa muscular. Porém, segundo pesquisa publicada no New England Journal of Medicine, o hábito de engordar e emagrecer o tempo todo eleva a possibilidade de problemas cardiovasculares e morte precoce. A pesquisa comprovou ainda que existe uma relação direta entre a variação recorrente de peso e o desenvolvimento de problemas como o diabetes e hipercolesterolemia.

 

Se você precisa ou deseja perder peso, o melhor caminho é alterar os hábitos alimentares e deixar de lado as "fórmulas milagrosas" e as dietas da moda. A dificuldade em manter o peso perdido está relacionada à forma como esse peso foi eliminado: todo peso perdido rapidamente tende a ser recuperado em curto período de tempo - e isso é uma condição que nosso corpo criou para se manter funcionando.

 

Em média, nosso cérebro precisa de um espaço de tempo de no mínimo um ano para readequar o equilíbrio de peso corporal. Ou seja, a melhor maneira de conquistar de vez o peso ideal é mudando o comportamento alimentar e alterando hábitos de vida para que haja uma perda de peso gradual.

 

Nosso organismo possui diversos mecanismos que controlam o peso, como fatores hormonais, sinais biológicos de fome e saciedade, controle metabólico e outros que fazem parte desse sistema. Por isso, costumo ensinar meus pacientes sobre o efeito que dietas restritivas geram no metabolismo corporal: a famosa ideia de que quanto menos se come mais rápido emagrecemos é um engano. De fato, fazer dieta ENGORDA!

 

Como assim nutri? Bem, o corpo sofre adaptações metabólicas e ajustes no gasto calórico serão realizados para manter o organismo funcionando corretamente. Por exemplo, se antes eram necessárias 1.500 calorias para manter o corpo funcionando, após uma dieta com restrição calórica esse gasto energético irá sofrer uma adaptação - e, como consequência, haverá uma diminuição no metabolismo basal.

 

É por isso que a cada dieta que fazemos, mais difícil fica o emagrecimento, pois nosso corpo foi projetado para manter a reserva de gordura corporal para tempos de escassez - e para isso ele faz adaptações no gasto energético.

 

Então, como posso emagrecer e manter o peso perdido? A chave para uma perda de peso eficiente está na reeducação alimentar e no equilíbrio mental; comer de maneira adequada respeitando o gasto calórico e as necessidades fisiológicas é essencial para evitar o efeito sanfona.

 

O comportamento alimentar, a maneira como você se relaciona com a comida, seus pensamentos e sentimentos sobre o ato de comer deverão ser substituídos por novos comportamentos em que um novo hábito de vida deverá acompanhar essa mudança. Assim, a perda de peso deverá ser gradual, permitindo ao corpo realizar as alterações metabólicas necessárias para manter o peso perdido. O segredo é o equilíbrio e a persistência!

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/37365-efeito-sanfona-traz-perigos-para-a-saude - Escrito por Camilla Marques Meizler

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Perigos que ameaçam sua saúde no verão


Entenda por que combinar álcool e frituras com o calor excessivo pode ser prejudicial

 

Para alguns, não pode faltar uma cerveja gelada. Para outros, o essencial mesmo é uma porção de fritas. E aí é que se encontra o perigo. Segundo o fisiologista do esporte e consultor científico Daniel Portella, da Secretaria de Esportes de São Caetano do Sul, o consumo de bebidas alcoólicas e frituras oferece riscos extras no verão.    

 

"O álcool, por exemplo, acelera o processo de desidratação natural do corpo", explica o profissional. E os perigos não param aí: se você quer aproveitar os dias de calor sem passar por desconfortos, veja as dicas dos especialistas e evite as principais ameaças ao seu bem-estar nesta época.

 

Álcool

Segundo o fisiologista e pesquisador do Centro de Estudos da Medicina da Atividade Física e do Esporte (CEMAFE), Raul Santo de Oliveira, o problema não está no consumo das bebidas alcoólicas, mas nos exageros. "Álcool e bebidas à base de cafeína são altamente diuréticos e aceleram a desidratação natural do corpo, já mais intensa quando está calor". Por isso, ele recomenda alternar as doses de álcool com um copo de água.

 

Frituras

"Com o aumento da perda de líquidos, causada pelo calor excessivo, as gorduras não são bem metabolizadas. Por isso, você pode sentir sensação de mal-estar e desconforto", explica Daniel. Além disso, o consumo de frituras acontece junto à ingestão de bebidas alcoólicas, o problema piora. "O álcool altera o controle de liberação da bile, fluido que auxilia na digestão de gorduras", explica o especialista do CEMAFE.

 

Sal

Uma porção de fritas e sal. Salada e mais sal para temperar - sem contar o sal que já vem embutido nos alimentos. Resultado: pernas e pés inchados. Segundo Raul Santo, isso acontece porque o sódio, presente no sal, favorece a retenção de líquidos no corpo. "Até certa quantidade ele é benéfico, mas grande parte das pessoas exagera e não se lembra que o sal consumido não é somente aquele visivelmente acrescentado aos alimentos", afirma. No calor, a situação complica ainda mais: os vasos ficam dilatados, dificultando o retorno do sangue principalmente dos membros inferiores.

 

Overtraining

"Overtraining é a prática excessiva de exercícios e pode prejudicar até quem está acostumado a treinar regularmente',afirma Raul. Segundo ele, quem se exercita demais pode apresentar problemas como dificuldade para dormir, falta de disposição e irritabilidade. No calor forte, típico do verão, há ainda o perigo de desmaio, devido à queda de pressão; risco de insolação, caso o treino seja feito sob o sol da tarde; desidratação e hipertermia, quando a temperatura corporal fica muito elevada.

 

Superexposição solar

A temperatura corporal interna de uma pessoa deve ser de 37º C, independente do horário do dia. Por isso, ficar exposto ao sol, principalmente entre 10h e 16h, pode causar hipertermia, quando o corpo não consegue mais estabilizar o calor interno. "Nesse estágio, o organismo direciona toda sua energia para tentar dissipar o calor e, assim, algumas células param de funcionar, podendo causar desmaios graves", diz Daniel Portella.

 

Baixa ingestão de líquido

Desidratação, a perda de líquidos pelo organismo, age de forma similar à insolação. "Ela atrapalha o funcionamento de algumas células essenciais para a manutenção da vida, podendo gerar desde um pequeno mal-estar até desmaios", esclarece Daniel. Por isso, ande sempre com uma garrafinha de água e crie o hábito de dar pequenos goles de tempos em tempos. Não espere sentir sede para se hidratar - nesse estágio, o corpo já está sofrendo com a falta de líquidos.

 

Alimentos mal conservados

Se existe algo que pode estragar de vez suas férias, a intoxicação alimentar está na lista. Isso porque o alimento contaminado ou mal conservado que você consumiu precisará ser eliminado por vômito ou diarreia. "Além disso, dependendo do estado do alimento, ele pode conter bactérias bastante perigosas à saúde e até causar a morte nos casos mais graves", afirma Raul. Se você desconfiar de intoxicação, não pense duas vezes: procure imediatamente um pronto-socorro e se hidrate intensivamente. Para prevenção, evite alimentos de origem duvidosa, prefira consumir frutas e sanduíches que você mesmo comprou ou preparou manteve em mochilas térmicas.

 

Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/perigos-que-ameacam-sua-saude-no-verao - Redação - Foto: Alex Ferraz/Jornal A Tribuna

sábado, 8 de agosto de 2020

Nove perigos à saúde de passar muitas horas do dia sentado


Obesidade, problemas renais e dor na coluna estão entre os problemas

Já parou para pensar quanto tempo do seu dia você fica sentado? No trabalho, em casa e ao longo do dia, vale observar o quantas horas você passa sem se movimentar. O chamado "sedentarismo oculto" pode ser muito nocivo para o organismo. Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de Queensland, na Austrália, realizada com mais de 12 mil pessoas, comprovou, por exemplo, que cada hora que uma pessoa passa sentada reduz a sua expectativa de vida em 21 minutos. Outros estudos mostram que até mesmo quem pratica exercícios regularmente, mas passa o restante do dia executando o mínimo de movimentos, é prejudicado. Veja o que dizem os especialistas e descubra os prejuízos de passar tantas horas do dia sentado.

Longevidade e expectativa de vida
Cada hora que uma pessoa passa sentada reduz a sua expectativa de vida em 21 minutos - é o que afirma uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de Queensland, na Austrália. Os cientistas levantaram dados de 12 mil australianos, que responderam perguntas sobre o seu estado de saúde, doenças que já tiveram, sedentarismo, tabagismo e hábitos alimentares. Para medir as horas que os participantes passavam sentados, os estudiosos perguntaram quantas horas de televisão eles assistiam por dia.
Os resultados mostraram que um adulto que passa seis horas por dia sentado em frente à TV deve viver quase cinco anos a menos que uma pessoa que não passa esse tempo sentada. Uma das possíveis explicações para essa relação é a ausência prolongada de contrações dos músculos das pernas. Depois de ficar meia hora sentado, o corpo liga o "modo repouso" e a taxa metabólica cai. Ficar de pé evita essa queda, pois o músculo permanece rígido, o que consome mais energia. Além disso, a pessoa em pé tende a se movimentar involuntariamente.
Outro estudo australiano, da Universidade de Sidney, faz um alerta aos sedentários no ambiente de trabalho: pessoas que passam muito tempo sentadas podem estar até 40% mais suscetíveis a morrer por qualquer causa, em comparação com aquelas que não ficam sentadas por períodos tão longos. O estudo acompanhou mais de 200 mil adultos com mais de 45 anos por cerca de três anos. As chances de morte por qualquer coisa se mostraram 15% maiores em pessoas que ficavam sentadas por pelo menos oito horas e 40% maiores naqueles que passam 11 horas ou mais sentados por dia.

Obesidade
A conta é simples: quando o organismo consegue aproveitar tudo o que você come, seu peso permanece estável. Se houver excesso no consumo de alimentos e/ou falta de atividade para consumir energia, o risco de ganho de peso aumenta consideravelmente. "Quando o indivíduo não se movimenta muito, o metabolismo fica mais lento e sua queima calórica é mais baixa", afirma o endocrinologista Paulo Rosenbaum, do Hospital Albert Einstein. Dessa forma, passar muito tempo sentado reduz nosso gasto energético, comportamento que pode favorecer o ganho de peso e, em casos graves, a obesidade. "Outros fatores como má alimentação, sedentarismo e pré-disposição ao ganho de peso também são determinantes", completa o especialista.

Dor nas costas e coluna
A maior consequência de ficar muito tempo sentado é o comprometimento da coluna vertebral. "Dentre todas as posições que ficamos ao longo dia, a postura sentada causa muita sobrecarga na coluna, em especial ao disco intervertebral, podendo levar ao seu desgaste", explica o ortopedista Rodrigo Junqueira Nicolau, da clínica Colunar. Segundo o especialista, ao ficarmos sentados e sedentários, a musculatura responsável em estabilizar nossa coluna - principalmente do abdômen e da região lombar - passa a ficar mais relaxada e enfraquecida, aumentando as pressões sobre a estrutura e facilitando a ocorrência de dor.
"É difícil conseguir manter a postura ideal durante muito tempo enquanto estamos sentados", afirma Rodrigo. "Por isso, ao longo dia, vamos ficando em posturas que facilitam o aparecimento de dores pelo corpo, principalmente se estivermos utilizando o computador." Dessa maneira, é importante alterarmos as posições ao longo dia e nos mexermos mais - caminhe um pouco, movimente a coluna e as articulações. O uso de pequenas almofadas na região lombar e ajustar a altura do banco de forma a manter a coluna cervical neutra são algumas recomendações. Também é importante evitar utilizar carteiras ou objetos no bolso de trás da calça ao estar sentado, pois estes podem levar a compressão do nervo ciático e dores na região dos membros inferiores.

Dor nas articulações
"Os problemas posturais são as queixas mais frequentes das pessoas que passam muitas horas sentados em escritórios", afirma o ortopedista Luciano Pellegrino, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. É frequente a dor na coluna cervical e na coluna lombar, por conta da má postura. O especialista explica que passar muito tempo sentado pode afetar nossas articulações, que devem sempre estar em equilíbrio e sem sobrecargas. Os erros mais comuns de ficar sentado são manter as articulações constantemente flexionadas ou constantemente estendidas durante muitas horas. "Nessas situações pode haver uma sobrecarga da cartilagem que reveste as articulações e também compressão dos nervos na região, levando a sintomas dolorosos." Segundo o especialista, artrites e tendinites podem surgir dos esforços repetitivos. Por isso é importante assumir uma postura correta sentado, procurar levantar de hora em hora, fazer alongamentos e participar de algum tipo de ginástica laboral durante o dia. Na cadeira, devemos sentar com bom apoio de toda a coluna vertebral, manter o monitor do computador na nossa frente e na mesma altura da cabeça. "Procure evitar sentar muito tempo inclinado para frente, pois essa postura sobrecarrega os discos da coluna, além de levar a dor na região lombar."

Problemas circulatórios
Quando estamos sentados, há uma compressão de todos os vasos sanguíneos. O sangue não circula direito, há dificuldade de oxigenação do corpo, de transporte de nutrientes e de hormônios. Esse quadro favorece a formação de trombos (coágulos sanguíneos) principalmente nas pernas, aumentando o risco de problemas como a trombose. O cansaço e a fadiga podem também ficar acentuados com a má circulação sanguínea.
A prática de atividade física estimula a circulação e previne o problema de forma natural. "Se você passa muito tempo sentado, organize a rotina para se levantar e fazer breves caminhadas algumas vezes ao dia - essa é uma maneira simples de estimular a circulação", afirma o cardiologista Rui Ramos. A tática torna-se ainda mais eficiente combinada à prática de exercícios físicos regulares.

Diabetes e doenças cardíacas
Um estudo envolvendo quase 800 mil participantes concluiu que ficar sentado por muito tempo pode dobrar os riscos de um indivíduo ter diabetes. Os especialistas da Universidade de Leicester, na Inglaterra, descobriram que quem passa 50-70% do dia sentado pode ter o dobro de chances de sofrer com diabetes, 90% mais chances de morrer por eventos cardiovasculares e 50% mais incidência de morte por qualquer causa, se comparados com aqueles que passavam menos tempo sentados. De acordo com o estudo, essa relação é válida mesmo se uma pessoa pratica frequentemente exercícios moderados ou intensos.
Manter o corpo em inatividade faz o coração ficar mais preguiçoso, uma vez que não há estímulo. A circulação prejudicada intensifica esse quadro, uma vez que o sangue não consegue chegar a todas as partes do corpo de maneira eficiente. "O músculo cardíaco precisa fazer mais pressão para que o sangue consiga correr por todo o corpo, aumentando a pressão arterial e favorecendo a hipertensão", explica o cardiologista Rui Ramos, diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP).
A relação entre passar muito tempo sentado e o risco de diabetes pode acontecer devido ao acúmulo de gordura abdominal. Isso ocorre porque o movimento estimula os músculos a trabalharem mais e se fortalecerem, e quando estamos em inatividade a tendência é acumular gordura - principalmente na região do abdômen. "Esse processo favorece a produção de substâncias inflamatórias, que podem afetar o pâncreas e causar a resistência insulínica", afirma o endocrinologista Paulo. Em última instância, o mau funcionamento do órgão pode se agravar, levando ao diabetes tipo 2.

Câncer
A inatividade física também pode favorecer o aparecimento de tumores - é o que afirmam pesquisadores da Washington University School of Medicine. Segundo o estudo, passar mais de seis horas por dia sentado está ligado a maiores taxas de câncer de cólon e reto (24%), câncer de endométrio (32%) e câncer de pulmão (21%). "Diversos mecanismos biológicos podem ser evocados para explicar o efeito protetor do exercício na evolução de tumores malignos", afirma o oncologista Artur Malzyner, da clínica Oncoguia. Segundo o especialista, acredita-se que o trabalho muscular reduz os níveis de certos fatores de crescimento liberados pelo tecido adiposo, capazes de estimular a multiplicação das células malignas.
Além disso, a prática de atividade física também pode beneficiar pessoas que superaram um câncer. ?Todas as pessoas operadas de câncer de mama, câncer de intestino, câncer de próstata e, possivelmente, de outros tumores malignos devem investir na prática regular de exercícios com a mesma energia utilizada para enfrentar operações, radioterapia ou quimioterapia.?

Saúde mental
Uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Tasmânia, Austrália, mostrou que trabalhar o dia inteiro sentado, ou seja, movimentando-se pouco durante o dia, causa também um impacto na saúde mental, elevando o risco de ansiedade e depressão. Os autores entrevistaram mais de 3 mil funcionários do governo da Tasmânia, que foram questionados sobre sintomas de ansiedade e depressão durante as últimas quatro semanas e quanto tempo passavam sentados no ambiente de trabalho. Os resultados mostraram que passar mais de seis horas sentado diariamente aumenta a prevalência dos sintomas de ansiedade e depressão, em comparação com participantes que ficaram sentados por menos de três horas.
A psicóloga Milene Rosenthal, do projeto Psicolink, afirma que fazer pequenas pausas durante o expediente estimula o bem-estar do funcionário, além de melhorar o rendimento profissional. "Alguns minutinhos são revitalizantes, por isso levante e dê uma volta quando sentir que o trabalho não está rendendo", diz. Experimente conversar com seu colega da mesa ao lado sobre assuntos do cotidiano, para clarear a mente e estimular a produtividade.

Saúde dos rins
Os rins são responsáveis por filtrar o sangue, removendo impurezas que serão eliminadas através da urina. Quem apresenta doença renal crônica não consegue realizar esse processo, o que caracteriza um quadro de insuficiência renal. E passar muito tempo sentado pode elevar esse risco.
Uma pesquisa realizada pela organização americana The National Kidney Foundation comprovou que passar muito tempo sentado favorece a doença renal crônica, especialmente em mulheres. Para chegar a essa conclusão, 6 mil adultos forneceram informações sobre o tempo que passavam sentados diariamente e a regularidade com que praticavam exercícios físicos. Aqueles que ficavam na posição menos tempo apresentaram um risco reduzido de desenvolver doença crônica renal, independentemente de praticarem exercícios ou estar acima do peso. Eles descobriram ainda que mulheres que relataram permanecer menos de três horas por dia sentadas apresentaram uma probabilidade 30% menor de desenvolver doença renal crônica do que aquelas que disseram passar mais de oito horas em suas cadeiras.


sábado, 15 de fevereiro de 2020

Proteja a sua saúde no carnaval com essas nove dicas


Usar camisinha e evitar energéticos são alguns dos conselhos para quem vai cair na folia

Fevereiro já chegou e, com ele, o tão esperado carnaval. A preocupação com diversão é tanta que é fácil se esquecer dos cuidados mais básicos com a saúde. O infectologista da Unifesp, Paulo Olzon Monteiro da Silva, explica que a alimentação errada, o abuso do álcool e a ausência de sono causam um desgaste muito grande ao organismo. "Há também os perigos do sexo sem camisinha e até das doenças transmitidas pelo beijo", lembra o especialista. Você quer curtir todos os dias de folia com o pique lá em cima? Então siga os conselhos dos especialistas para manter a energia sem detonar a saúde.

Sexo? Só se for seguro
Muitas doenças podem ser transmitidas pelo sexo. Paulo explica que a contaminação pelo vírus da Aids, da gonorreia, da herpes e da sífilis pode acontecer numa única relação sexual. Mas a camisinha, por si só, já é eficaz para prevenir esses problemas. "O preservativo é sempre o melhor método para evitar Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e a gravidez. Optar por métodos contraceptivos, como a pílula do dia seguinte, pode prejudicar o organismo, pois causam alterações hormonais e não previnem a contaminação de doenças", conta.

Não saia distribuindo beijos
Não é apenas o sexo que pode transmitir doenças. Existem alguns vírus que podem ser passados também pelo beijo. Paulo explica que a mononucleose infecciosa, conhecida como a "doença do beijo", é transmitida, principalmente, dessa forma. Ela pode causar febre, dor de garganta e até aumento do baço e do fígado.
A herpes labial também é adquirida através do beijo. Uma vez adquirida, ela será a sua companheira pela vida toda. Basta uma situação estressante ou alguma queda da imunidade para que as bolinhas avermelhadas apareçam na mucosa da boca. Mas fique tranquilo, ela só é transmissível enquanto estiver aparente.

Não abuse das substâncias energéticas
Algumas substâncias, como o pó de guaraná e as bebidas energéticas, dão mais pique para curtir o carnaval. Mas o infectologista faz a ressalva: essas substâncias são ricas em cafeína e, se consumidas em excesso, atrapalham o sono na hora de dormir, causam gastrite e sobrecarregam o organismo, podendo levar até à arritmia cardíaca.

O especialista explica ainda que a quantidade segura é variável, pois a concentração de cafeína em cada cápsula varia de fabricante para fabricante. Além disso, o corpo se acostuma com a cafeína, que passa a ter menos efeitos, e o organismo precisa, progressivamente, de mais remédio para conseguir o efeito desejado.

Modere no álcool
As bebidas alcoólicas são potencialmente diuréticas e, por isso, promovem uma eliminação de líquidos muito maior do que a ingestão em si e podem provocar desidratação. Paulo Olzon dá a dica: além de moderar no consumo de álcool, intercale um copo de bebida alcoólica com um de água. Dessa forma, os efeitos negativos, e até a ressaca, ficam mais brandos. Comer alguma coisa enquanto bebe também faz bem, pois mantém a glicose estável no sangue e evita que você passe mal.

Evite os remédios para ressaca
Paulo explica que o ácido acetilsalicílico pode provocar gastrite, principalmente durante a ressaca, quando o estômago já está comprometido. O paracetamol associado ao álcool pode levar a alterações de funcionamento do fígado.
Outros remédios para ressaca têm uma combinação de substâncias que ajudam a evitar os sintomas, mas não reparam os danos ao corpo. "O ideal é aproveitar a folia de maneira responsável, sem se esquecer de beber água, alimentar-se adequadamente e descansar o tempo suficiente para recuperação das energias", recomenda o especialista.

Descanse
O corpo precisa de seis a oito horas por dia para se regenerar. Caso ele não tenha esse o período de descanso, fica muito difícil manter o ritmo nos quatro dias. Em algum momento ele dará sinais de cansaço e esgotamento. Caso a folia vá até tarde, Paulo Olzon recomenda que seja feita uma compensação dormindo até mais tarde. Se não for possível, tirar um bom cochilo durante o dia já ajuda.

Cuidados com a alimentação
"Antes das festas, evite alimentos ricos em gorduras, que tornam a digestão mais lenta e causam a sensação de estufamento", adverte a nutricionista Roseli Rossi, especialista em nutrição clínica funcional. Ela recomendar fazer uma refeição ou um lanche reforçado com alimentos ricos em carboidratos (pão, arroz, batata, mandioca, milho, macarrão) antes de sair para a festa, para ter bastante energia.
Durante a folia, não fique mais do que quatro horas sem se alimentar. Escolha alimentos leves e que favoreçam uma rápida digestão, além de hidratação e nutrição, como barrinhas de cereais, frutas desidratadas, sanduíches naturais e sucos de frutas.
Passado o carnaval, a especialista recomenda uma dieta desintoxicante, com muita água, água de coco e sucos naturais, pobres em gorduras e carboidratos refinados. Isso ajudará a limpar e reequilibrar o organismo.

Hidrate-se
A nutricionista Roseli Rossi recomenda que a hidratação seja feita com antecedência. ?O carnaval coincide com a estação mais quente do ano. Para uma hidratação correta, é necessária a ingestão diária de dois a três litros de líquidos antes mesmo das festas?, explica.
Para prevenir a desidratação causada pelo excesso de transpiração durante a diversão, consuma muita água, sucos naturais de frutas, água de coco ou até mesmo bebidas isotônicas, que repõem os eletrólitos como sódio, potássio, magnésio e cloro perdidos. Os sucos de frutas são uma ótima opção, pois, além de hidratar, fornecem um açúcar natural (frutose) que repõe a energia gasta e impede a hipoglicemia.

Cuidado com o sol
Como a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva em todo o planeta, os cuidados com o sol devem ser redobrados. Se você vai curtir o carnaval durante o dia, não se esqueça de proteger a pele. A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda o uso de chapéus, camisetas e protetores solares, com Fator de Proteção Solar (FPS) mínimo de 15, reaplicado de duas em duas horas. Também deve ser evitada a exposição entre as 10 e 16 horas.