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sexta-feira, 27 de abril de 2018

Exercícios intensos fortalecem sistema imunológico, diz estudo inédito

Nova pesquisa contraria o consenso de que muito esforço físico pode aumentar risco de infecções

Você já deve ter ouvido por aí que fazer exercícios intensos, como correr uma maratona, pode deixá-la mais predisposta a pegar infecções. Mas um novo estudo mostra o contrário e defende que, na verdade, atividades vigorosas aumentam a proteção imunológica do organismo, reforçando a defesa contra doenças. 

Para a pesquisa, cientistas da Universidade de Bath, no Reino Unido, revisaram artigos publicados nos anos 1980. Na época, após analisarem corredores da Maratona de Los Angeles, nos Estados Unidos, estudos constataram a relação negativa entre exercícios e a imunidade, já que muitos dos atletas ficaram doentes nos dias seguintes à prova.

A explicação seria o fato de que as células do sistema imune sofrem duas alterações importantes durante o exercício: no começo, elas podem se multiplicar em até 10 vezes na corrente sanguínea, especialmente as que defendem infecções; depois do esforço físico, porém, sofrem uma queda brusca, supostamente deixando as defesas do corpo defasadas.

Mas o novo estudo mostra que a realidade não é bem assim: as células imunológicas não são completamente exterminadas, apenas mudam de lugar, saindo de veias e artérias e concentrando-se em órgãos que precisam de proteção, como os pulmões.

Desse modo, considerando todos os benefícios da atividade física à saúde, como a redução do risco de doenças cardiovasculares e diabetes, os autores concluem que não se deve evitar a prática por medo de prejudicar o sistema imunológico. Além disso, existem outras situações em que o risco de pegar uma infecção é muito maior, como ficar em lugares fechados com grande concentração de pessoas, ter hábitos alimentares que não são saudáveis e conviver com o stress.


Fonte: https://boaforma.abril.com.br/saude/exercicios-intensos-fortalecem-sistema-imunologico-diz-estudo-inedito/ - Por Camila Junqueira, Luiza Monteiro - jacoblund/Thinkstock/Getty Images

domingo, 12 de julho de 2015

7 alimentos que vão deixar sua imunidade mais forte

A época mais fria do ano chegou e, com ela, doenças típicas da temporada, como gripes, resfriados e alergias. Para afastar os incômodos e deixar o seu sistema imunológico mais resistente, selecionamos os alimentos que não podem faltar no seu cardápio

Comer para se proteger. Sim, alguns alimentos específicos podem deixar seu sistema imunológico bem mais forte, para enfrentar ou até escapar de resfriados, gripes e alergias. “Uma dieta balanceada deixa a imunidade mais resistente e evita as doenças típicas dessa época. Bônus: você também vai diminuir a compulsão por comida, mais comum no inverno”, garante a nutricionista Flávia Morais, da rede Mundo Verde. Apostar nos chás também é uma boa opção, por hidratar e ajudar o organismo a se aquecer nos dias frios.

Couve, cenoura, tomate
O betacaroteno, um antioxidante presente nesses alimentos, combate as infecções e estimula as células imunológicas.

Gengibre
Ele possui ação expectorante, reduz a inflamação e a dor. Com a raiz, é possível preparar chás. Já o pó de gengibre, pode ser adicionado em sucos e receitas diversas.

Mel
Tem ação bactericida e antisséptica. É um bom coadjuvante no tratamento de problemas pulmonares e de garganta. Contém substâncias que agem como antibióticos naturais. Só não ferva esse poderoso aliado para que não perca suas propriedades. Use puro ou para adoçar o chá.

Goji berry
Em 100g dessa frutinha é possível encontrar 2500mg de vitamina C, que tem ação antioxidante e estimula a atividade imunológica do corpo. Também é fonte de betacaroteno, relacionado à maior defesa imunológica do corpo.

Cacau
Fonte de zinco, nutriente crucial para a o bom funcionamento do sistema imunológico.


quinta-feira, 27 de junho de 2013

Conheça dez sinais de alerta para a baixa imunidade

Descubra os sintomas mais comuns que indicam um sistema de defesa deficiente

Unhas fracas, queda de cabelo, cansaço, problemas de pele... Se você apresenta um ou mais desses problemas, deve imaginar que está com a imunidade baixa, certo? Na verdade, não é tão simples assim. Sinais como esses podem ser muito vagos, já que podem significar uma infinidade de complicações, doenças e até fatores genéticos, que pouco têm a ver com uma imunodeficiência.

A médica imunologista Elisabete Blanc, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ, conta que a baixa imunidade pode ser de causa primária, ou seja, quando a pessoa já nasce predisposta pela genética. "Por outro lado, pessoas que são saudáveis, em um dado momento da vida, podem se expor a situações que levem à dificuldade do organismo em manter um equilíbrio imunológico", completa.

Exemplos dessas situações vão desde maus hábitos a tipos específicos de tratamentos: uso de medicamentos que suprimem a imunidade, exposição à radiação, quimioterapia, má alimentação, uso de drogas, consumo de álcool, excesso de exercício físico, estresse prolongado, doenças que levam a uma grande perda de proteínas - substâncias que são "a matéria prima dosanticorpos", como explica Elisabete -, doenças crônicas, deficiências de vitaminas, falta de repouso adequado, entre muitos outros fatores.

De olho nas doenças mais persistentes
Como saber, então, se você realmente está com o sistema de defesa comprometido? De acordo com o clínico geral Fernando Manna, do Laboratorio NASA, não existe um exame único capaz de detectar se a pessoa está com a imunidade prejudicada. "O ideal é procurar um médico ao perceber sintomas recorrentes ou persistentes. O exame clínico realizado pelo médico assistente, aliado à queixa e evolução de sintomas, são orientadores na solicitação de exames", completa.

É mais fácil, portanto, perceber que o sistema imunológico está pedindo ajuda quando há repetições de várias complicações no organismo, que demoram a ir embora. "A diminuição da resistência orgânica cria condições para o desenvolvimento frequente de doenças", conta Fernando. Se a pessoa apresentar um mesmo problema - ou mais de um - diversas vezes, deve procurar um profissional.

A lista dos sinais alarmantes
Ainda assim, não é tão simples a detecção, uma vez que repetir demais uma complicação não é certeza de uma queda na imunidade. Um indivíduo pode ter as unhas fracas durante meses, por exemplo, mas isso pode ser apenas consequência de má higiene ou falta de alguns nutrientes na alimentação.

Por isso, vale ficar mais atento aos sintomas decorrentes de doenças que são mais comuns quando as defesas do organismo estão frágeis. Confira exemplos dados pelo clínico geral Fernando Manna e a imunologista Elisabete Blanc:

Boca: herpes, amigdalite e estomatite

Pele: infecções recorrentes, abscessos, doenças gerais causadas por fungos, vírus e bactérias

Ouvido: otites

Região genital: herpes

Sistema respiratório: gripes e resfriados

A percepção da imunodeficiência fica ainda mais clara com a lista da Fundação Jeffery Modell e a Cruz Vermelha Americana, elaborada para guiar médicos e profissionais no diagnóstico de pacientes. Elisabete explica que, ao apresentar um ou mais desses itens abaixo, a pessoa já deve ser investigada. 

Duas ou mais pneumonias no último ano
Os sintomas da infecção no pulmão costumam ser: febre muito alta, calafrios, tosse com expectoração, falta de ar, dor no peito, vômitos, prostração, perda de apetite e dores no corpo. 

Oito ou mais otites no último ano
A inflamação é provocada pelo acúmulo de líquido no ouvido. Há vários tipos de otite, que podem apresentar os seguintes sintomas: dor intensa, diminuição da audição, secreção, coceira, febre, falta de apetite, entre outros. 

Estomatites de repetição ou monilíase por mais de dois meses
A estomatite pode ser percebida por lesões na boca e gengivas. Já a Monilíase é uma infecção causada por fungos e apresenta pontos brancos e escamosos em qualquer área da região bucal: língua, bochechas, gengivas ou lábios. 

Abscessos de repetição ou ectima
O acúmulo de pus na pele em determinada área do corpo é conhecido como abscesso, também chamado de furúnculo. A ectima é uma infecção bacteriana que acontece, geralmente, por falta de higiene, com lesões que costumam acontecer com maior frequência nas pernas e nos pés.  

Um episódio de infecção sistêmica grave: meningite, artrose ou septicemia
Essas infecções comprometem o organismo como um todo e podem ser perigosas. A meningite é uma inflamação das meninges, membranas do encéfalo e da medula espinhal e pode ser causada por vírus ou bactérias. A artrose, por sua vez, é caracterizada por problemas que alteram as juntas dos joelhos, quadris, mãos e coluna vertebral, prejudicando o movimento. Já a septicemia é uma infecção generalizada que se espalha por todo o organismo, por causa de bactérias que infectam o sangue.

Infecções intestinais de repetição ou diarreia crônica
O mau funcionamento do intestino pode ser causado por vários fatores, como alimentação ruim e problemas emocionais. No entanto, frequentes diarreias e problemas intestinais, relacionados a infecções, são mais preocupantes e podem ser indícios de imunodeficiência. 

Asma grave, doença do colágeno ou doença autoimune
Tanto a doença do colágeno quanto a doença autoimune, como explica Elisabete, representam um grupo de doenças que faz o organismo produzir anticorpos contra ele mesmo, o que provoca uma queda na imunidade. 

Efeito adverso ao BCG e/ou infecção por micobactéria
Esse caso diz respeito, principalmente, a crianças que têm reação da vacina BCG, contra tuberculose. "A pele pode não cicatrizar após a vacina ou a criança pode sofrer com própria bactéria que dá a tuberculose", conta Elisabete.  

Quadro clínico associado à imunodeficiência
De acordo com Elisabete, nesse tópico entram as mais variadas doenças e síndromes que podem ter relação com o sistema imunológico. "O médico poderá suspeitar de acordo com o histórico da pessoa e da predisposição genética", completa a imunologista. 

História familiar de imunodeficiência
Pessoas que possuem casos na família de baixa imunidade também devem ficar mais atentas às respostas do organismo para doenças e, de preferência, fazer uma avaliação médica. 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Sistema de Cotas nas Universidades: A inclusão que exclui

“Uma criança afrodescendente observava o homem dos balões na quermesse.
Evidentemente, o homem era um bom vendedor, pois deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores em perspectiva.
Então ele soltou um balão azul, depois um amarelo e, finalmente, um branco.
Todos foram subindo cada vez mais até desaparecerem.
A criança ficou bastante tempo olhando o balão preto, aí perguntou:
- Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?
O vendedor de balões deu ao garotinho um sorriso compreensivo.
Partiu o cordão que prendia o balão preto e, enquanto ele se elevava nos ares, disse:
- Não é a cor, filho. É o que está dentro dele que o faz subir.”

O governo criou um sistema de cotas nas universidades públicas para beneficiar os alunos afrodescendentes e os que estudam em escolas públicas com a afirmação de que haverá uma diminuição das desigualdades entre cidadãos e grupos sociais, como se eles fossem menos competentes, capazes ou inteligentes em relação aos brancos e aos que estudam em escolas particulares para passar no vestibular.

Algumas décadas atrás estudei em escola pública e o nível de ensino era bom, mas com o passar dos anos piorou, vieram os filhos e optei em colocá-los para estudar na escola particular para terem uma melhor qualidade de ensino. O fato de ter estudado em escola particular não quer dizer que meu filho seja de família rica, porque na maioria das vezes, quem tem filhos estudando na escola particular está se sacrificando financeiramente para oferecer melhores condições de ensino a eles e aumentando as chances de aprovação no vestibular, mas com o sistema de cotas, estão perdendo 50% de chances de ingressarem nas universidades públicas.

O sistema de cotas já foi muito discutido no país, uns a favor e outros contra, mas agora que saíram os resultados dos vestibulares é que veremos na prática as suas deficiências. Milhares de alunos estão comemorando a aprovação no vestibular, mas também é verdade que outros milhares estão frustrados, decepcionados e revoltados, principalmente, os que estudaram em escola particular e não conseguiram a vaga por causa do sistema de cotas e viram alunos do grupo B e C (afrodescendentes e alunos das escolas públicas), com menos pontos ingressarem nos seus lugares. Por exemplo, no curso de medicina da UFS, apenas um aluno do grupo B e C ficaria classificado para o grupo A (escolas particulares) se não existissem as cotas, provavelmente dezenas de alunos do grupo A tiveram mais pontos que os alunos aprovados nos grupos B e C e ficaram de fora. Provavelmente, isto ocorreu em quase todos os cursos oferecidos pela UFS e em todas as universidades públicas brasileira.

Algumas perguntas precisam de reflexões e respostas: É justo que os alunos do grupo A que obtiveram mais pontos que os alunos do grupo B e C fiquem de fora da universidade por causa das cotas? O ensino nas universidades será nivelado pelos alunos aprovados no grupo A ou pelos alunos dos grupos B e C? É justo que depois de 12 anos de estudo, o aluno seja discriminado por ter estudado em escola particular e perca a chance de 50% em ingressar na universidade pública por causa de um sistema de cotas? Os afrodescendentes que são juízes, promotores, engenheiros, professores, médicos precisaram de cotas para ingressar nas universidades e serem bem sucedidos na vida ou foi por estudo, capacidade e competência? O sistema de cotas não está sendo uma discriminação racial e social para todos?

O governo também deveria criar um sistema de cotas para o ingresso de políticos no congresso nacional, nas assembleias legislativas e nas câmaras de vereadores determinando vagas obrigatórias aos índios, sem terra, trabalhadores assalariados, mulheres, afrodescendentes e cidadãos que estudaram em escolas públicas, porque a maioria dos políticos eleitos vem da elite que domina o Brasil há centenas de anos como: fazendeiros, empresários, usineiros, banqueiros.

O que o governo precisa fazer é melhorar o ensino nas escolas públicas e aumentar o poder aquisitivo do cidadão para diminuir as desigualdades sociais e não criar sistemas de cotas, porque desta maneira o mérito acadêmico está ficando em segundo plano, em que alguns alunos bem pontuados perdem as vagas para outros menos pontuados. Seria o mesmo que você chegar em 3º lugar numa corrida e perder a medalha de bronze para o 4º colocado.

Para o cidadão ser alguém na sociedade, ele precisa ser capaz, competente, inteligente e não privilegiado por um sistema de cotas, por que é injusto incluir alguns, excluindo outros. O sistema de cotas precisa ser revisto para que a injustiça não prevaleça no mérito do conhecimento, por que alguém está sendo discriminado por ele; quem será?

Por Professor José Costa